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Moeda
Importância da Moeda
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Importância da Moeda
Uma economia simples, em que os agentes trocam entre si, diretamente, os bens
que produzem, é uma economia de escambo ou de troca pura. Não existem aí a
venda e a compra, que são relações de troca que necessariamente envolvem, em
uma das pontas, a moeda.
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Funções da Moeda
Uma das principais funções da moeda é justamente a de ser meio de troca, ou,
em outras palavras, a de ser exatamente aquele elemento que viabiliza a
ocorrência de milhares de trocas a cada momento, porque intermedia o
movimento das mercadorias, permitindo que elas troquem de mãos.
Em uma economia monetária, uma mercadoria A tem seu valor expresso não de
inúmeras formas, mas de uma única forma e, melhor ainda, a mercadoria que
está servindo para a expressão do valor de A é a mesma que está servindo para
expressar os valores de todas as demais. É nesse sentido que se diz que a moeda
é unidade de conta. Se um bem qualquer não for unidade de conta, ele poderá
ocasionalmente funcionar como meio de troca, mas não será moeda.
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Funções da Moeda
É fácil, porém, perceber que não é só a moeda que pode desempenhar tal papel.
Qualquer bem que não se deteriore com o tempo pode ser mantido como reserva
de valor. Assim, uma casa, um terreno ou qualquer tipo de imóvel também pode
cumprir esse papel. No entanto, esses bens não são moeda porque não podem
desempenhar suas duas outras funções (meio de troca e unidade de conta).
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Funções da Moeda
Outra forma de dizer a mesma coisa é dizer que esses bens não são líquidos, ao
passo que a moeda é o bem de maior liquidez existente na economia. Isso
significa que, apesar de funcionarem como reserva de valor, sua transformação
efetiva em dinheiro, ou seja, em poder de compra imediatamente disponível,
leva certo tempo (a venda de um imóvel pode levar meses) e, além disso, pode
impor perda de capital a seus detentores. Por exemplo, se o proprietário de um
imóvel, por alguma razão, tem pressa de transformá-lo em dinheiro, pode ter de
se sujeitar a vendê-lo por um preço abaixo do que conseguiria se tivesse tempo
para esperar um comprador que pagasse por ele um valor mais elevado, ou,
ainda, pode acontecer de esse proprietário ter de vender o imóvel em um
momento em que o mercado imobiliário esteja desaquecido e os preços, baixos.
Esse tipo de argumento, porém, implica considerar que, com o dinheiro, a perda
de capital nunca acontece, o que não é bem verdade.
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Funções da Moeda
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Moeda Mercadoria, Papel-Moeda e Moeda Eletrônica
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Moeda Mercadoria, Papel-Moeda e Moeda Eletrônica
As três funções da moeda aqui analisadas são condições necessárias para que
determinado bem ou ativo seja considerado moeda. Se uma delas falha, como a
de reserva de valor, sua manutenção como moeda começa logo a ser
questionada. Quando o processo de deterioração da moeda se intensifica, outras
funções também podem ser colocadas em xeque. Vivemos em nosso país, em
vários momentos de nossa história econômica recente, situações como essa. O
último desses momentos (e, nesse caso, ao menos em parte, intencionalmente
provocado pelas autoridades) foi o período de março a junho de 1994, em que a
moeda oficial do país, o cruzeiro real, funcionava apenas como meio de troca,
uma vez que perdera há tempos sua capacidade de funcionar como reserva de
valor, em função da elevada e persistente taxa de inflação, e seu papel como
unidade de conta era então desempenhado pela Unidade Real de Valor (URV).
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Moeda Mercadoria, Papel-Moeda e Moeda Eletrônica
Consideradas as três funções da moeda, podemos então avaliar que tipo de bem
pode exercer esse papel. Como já comentamos, antes de nossa sociedade vir a
ser inteiramente organizada pelas trocas, ou, em outras palavras, antes que a
economia de mercado fosse dominante, as trocas existiam eventualmente e de
modo episódico. Nesses vários momentos, o papel da moeda foi desempenhado
pelos mais variados tipos de bem, como o sal, os animais, as conchas e os
metais. Na maior parte desses casos, porém, a única função que esses bens
desempenhavam era a de meio de troca. Eles não desempenhavam o papel de
unidade de conta porque, uma vez que as trocas eram eventuais, eles não
serviam como instrumentos de mensuração do valor de toda a riqueza material
produzida pela sociedade, e nem isso se fazia necessário. De outro lado, também
não desempenhavam o papel de reserva de valor, visto que a manutenção da
riqueza, bem como sua alocação, estava na dependência de outros critérios,
como poder, nobreza e hereditariedade.
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Moeda Mercadoria, Papel-Moeda e Moeda Eletrônica
Em função de suas características materiais específicas, o ouro e a prata
transformaram-se em moeda, cunhados nas mais diferentes frações de valor, e
seu uso foi se difundindo e se intensificando pari passu ao processo histórico de
constituição da economia capitalista.
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Moeda Mercadoria, Papel-Moeda e Moeda Eletrônica
É esse mesmo tipo de processo que vai dar origem ao papel-moeda. Por questão
de segurança e por várias outras razões, muitas vezes os indivíduos, em vez de
carregarem ou manterem consigo as moedas, colocavam-nas sob a guarda de
alguém de sua confiança, ou seja, depositavam-nas em determinadas casas – que
existiam para esse fim e que mais tarde viriam a constituir os bancos – e
recebiam em troca um certificado de depósito, vale dizer, um papel que atestava
a existência efetiva da moeda na casa em questão.
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Moeda Mercadoria, Papel-Moeda e Moeda Eletrônica
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Moeda Mercadoria, Papel-Moeda e Moeda Eletrônica
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Referências
PAULANI, Leda Maria. A nova contabilidade social uma introdução à macroeconomia. 4.
São Paulo Saraiva 2013 1 recurso online ISBN 978850193840 (CAP 7)
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