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Numa fase primitiva o Homem era auto-suficiente, produzia tudo o que precisava. Com os primórdios
da vida social começou-se a produzir mais (um excedente) para que se pudesse trocar por outra coisa precisa e
que não fosse da especialidade de produção da respetiva pessoa. Por exemplo: os agricultores plantavam mais
do que o suposto para poder trocar alimentos por roupa. Passou-se de um estado de auto-suficiência para uma
sociedade de troca direta de produtos.
Nestas trocas diretas havia dificuldade de reciprocidade de gostos e desejos. Por exemplo: o agricultor
que tinha à disposição certo tipo de produto para troca teria de encontrar uma pessoa que quisesse os seus
produtos e que, ao mesmo tempo, essa pessoa tivesse os produtos que o agricultor necessitasse. Então, alguns
bens começaram a ser utilizados como intermediários de troca. Por outro lado, bens como o sal, azeite ou até
cabeças de gado não podiam oferecer as vantagens que alguns metais proporcionavam.
Trata-se de produtos divisíveis (em qualquer quantidade, adequando-se aos pagamentos), imperecíveis
(não se perdem em termos materiais) e homogéneos (não havendo preferência por uma moeda de ouro ou de
prata). Alguns metais (ex: ouro e prata) podem concentrar grandes valores em pesos e volumes modestos.
Assim, um metal raro oferece a característica de ser facilmente guardado e transportado (grande valor em
pequeno peso e volume).
A existência de moeda não exclui a existência de trocas diretas. Assim acontece no comércio
internacional (barter trade), com relevo para países que não dispõem de moeda aceite internacionalmente como
meio de pagamento (dólar, iene, libra). Segundo cálculos, as trocas de produtos entre países representam 5% a
10% do comércio mundial. A nível interno são poucos os assoas de troca direta.
2. Funções:
2.1. Meio geral e definitivo de pagamento: com a moeda deixa de ser necessária a coincidência
temporal nas trocas. Podendo vender-se hoje e comprar-se mais tarde, a moeda dá uma liberdade que de
outro modo não haveria. A moeda é um meio geral de pagamento pois, sendo aceite por todos, permite a
compra de qualquer bem. É também um meio legalmente estabelecido para se fazerem pagamentos é um
meio definitivo que desonera quem estava obrigado
2.2. Unidade de conta: a moeda dá-nos uma escala de valor em relação a todos os bens do mercado.
Sem a moeda teríamos listas intermináveis com as possibilidades de troca de cada bem. Mesmo que
houvesse 100 bens no mundo o número de relações subiria a 4 950 (considerando que é a mesma a
relação de troca entre fazenda e leite e entre leite e fazenda. — 5l de leite por 3m de fazenda = 3m de
fazenda por 5l de leite). Com a moeda temos uma unidade de conta padrão como referência para todos os
bens, ou seja, o preço de um bem. Por exemplo: duas pessoas querem permutar um andar por um terreno.
Sem moeda era difícil de saber quanto vale um e outro. Se o terreno valesse 80 000€ e o andar 100 000€
a moeda acaba por servir como meio de pagamento para liquidação a diferença, ou seja, o ex proprietário
do terreno paga 20 000€ e entrega o terreno para comprar o andar..
Trata-se de uma função que permite estabelecer pagamentos diferidos, fixando-se em moeda
um valor a entregar posteriormente. No caso do metro, o quilo e o litro são unidades de conta que valem
agora, no presente, o que valerão no futuro e o que valiam no passado. A moeda é uma unidade de conta
inconstante (perde valor em períodos de inflação e ganha valor em períodos de deflação) que exige
correções monetárias.
2.3. Reserva de valor: com a moeda podemos proceder a pagamentos agora ou no futuro. Ter moeda é
ter um valor, como ter um prédio, um quadro caro, uma empresa, etc. Trata-se de um valor que se vai
perdendo quando há inflação (vale menos à medida que vai subindo o nível geral de preços). O que
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justifica ter moeda em casa, num depósito à ordem (sem ou quase sem juros), sendo que é um valor que
vai baixando? Por exemplo: uma inflação anual de 10%, quem guardou 10 mil €, ao fim de um ano, tem
um valor que permite comprar apenas 10% menos. Mesmo com inflação, ter moeda é renunciar ao ganho
que se poderia ter com a sua utilização, em consumo, num negócio ou cedendo-a a outrem para obtenção
de juros. Neste último, pode colocar-se o dinheiro num depósito a prazo, levando a detenção de moeda à
renuncia ao juro de 3% ou 4% que poderia obter-se. Há situações que justificam a detenção de alguma
moeda (motivos de preferência para liquidez).
3.1. Motivo-transações: um primeiro motivo está em não haver coincidência entre os recebimentos e
os pagamentos. Se houvesse, não teríamos a necessidade de deter moeda. É óbvio que não pode haver tal
coincidência. Chama-se ao motivo-transação dos indivíduos motivo-rendimento de preferência pela
liquidez. No caso dos empresários, dependerá do volume dos negócios, sendo maior a necessidade de
detenção por quem tenha uma grande atividade. Por consequência, o motivo-transação dos empresários
denomina-se de motivo-negócios. A atividade das empresas depende muito da capacidade de compra de
uma economia, dependendo também do rendimento dos cidadãos que aí fazem despesas.
A procura da moeda por este motivo depende da frequência dos pagamentos. Este motivo-
transação de preferência pela liquidez depende do rendimento e da frequência dos pagamentos.
3.2. Motivo-precaução: podemos guardar dinheiro para se fazer face a pagamentos que não podemos
corresponder com os rendimentos regularmente recebidos. Não só por despesas imprevistas mas também
por despesas previstas mas não comuns (ex.:compra de uma casa). A detenção maior ou menor da moeda
dependerá do rendimento, de circunstâncias pessoais e institucionais.
A detenção de moeda para acudir a situações imprevistas (motivo-precaução) depende do
temperamento das pessoas: uma pessoa pessimista guardará mais dinheiro em casa ou no banco do que
uma pessoa otimista que não pensa nessas eventualidades, gastando tudo em consumo. Depende também
da não existência de instituições que correspondem a situações não previstas. Por exemplo: se houver um
sistema hospitalar eficiente e grátis não vale a pena guardar dinheiro para uma eventual operação.
3.3. Motivo-especulação: está ligado à possibilidade de se ganhar dinheiro com alterações nas
cotações de títulos, comprando-os com cotação baixa e vendendo-os quando alta. Trata-se de ações, a
cotação depende de várias circunstâncias que vão desde o menor ou maior êxito da empresa até à
conjuntura da economia.
No caso das obrigações (títulos representativos de empréstimos) a cotação depende do
rendimento e da taxa de juro do mercado. Cotação nominal = rendimento x 100
juro
3.4. Motivo-financiamento: trata-se de procurar a moeda para se fazer um investimento num projeto
atrativo. Quando se pondera a realização de um investimento compara-se o ganho com os custos
previsíveis, sendo os ganhos avaliados pela taxa interna de rentabilidade e os custos pela taxa de juro do
mercado.
As expectativas de ganho dependem do rendimento disponível na sociedade e das
circunstâncias concretas de cada caso (influenciando a preferência pela liquidez). Em relação ao custo,
sendo dinheiro aforrado pelo investimento há um custo de oportunidade, a remuneração que seria
conseguida com a sua colocação no mercado financeiro. Por exemplo: aplicando o meu dinheiro num
negócio renuncio ao juro que poderia obter comprando obrigações ou depositando-o a prazo.
3.5. Motivo-colocação: detém-se moeda como mera forma de detenção de riqueza, da mesma maneira
que se detém riqueza em jóias, apartamentos, quadros. Vê-se a moeda na sua função de reserva de valor.
Não será atrativo numa época de inflação (o bem perde valor na medida da subida de preço).
A procura da moeda por este motivo depende da taxa de juro do mercado pois quem ganha
moeda renuncia ao juro que poderia obter emprestando-a.
Nota: a procura da moeda depende da taxa de juro do mercado, a par com outros fatores.
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4. Espécies de moeda: há 4 tipos de moeda, com subdivisões, com relevos que se foram alterando /
desaparecendo ao longo do tempo.
4.1. Moeda de metal: cunhagem de metais raros e, por isso, de alto valor. Há que considerar 2 tipos:
4.1.1. Moeda-mercadoria: com interesse histórico apenas. Moeda de metal que vale pelo seu
peso, sendo indiferente ter metal amoedado ou não.O próprio mercado, com as suas leis,
encarregava-se de levar à equivalência entre o valor facial (valor inscrito nas espécies
monetárias) e o valor do metal correspondente no mercado dos capitais.
4.1.2. Moeda de trocos: ou divisionária. Moeda metálica com valor facial superior ao valor do
metal nela contido. Com pequena expressão, a sua designação exprime a ideia de ser frequente
não ser feita com ela a totalidade dos pagamentos, com a sua entrega pelo devedor: que
entregará outro tipo de moeda, com espécies de valor unitário mais elevado. É utilizada pelo
credor apenas no acerto de pequenos montantes em relação ao montante exato a pagar.
Pretende-se que cada espécie se mantenha por muito tempo em circulação. Com uma subida
dos preços dos metais o valor metálico passa a ser superior ao valor facial, valendo a pena
vender a moeda pelo seu peso
4.2.1. Moeda representativa: na origem da moeda de papel temos a situação de pessoas com
quantidades avultadas de moeda de metal procederem, por razões de segurança, ao depósito
junto de comerciantes (hoje banqueiros). Os depositantes de moeda queriam ficar com provas
dos seus valores e os depositários entregavam certificados dos depósitos feitos.
Posteriormente, para pagamentos, quem tinha moeda depositada levantava-a, contra a
apresentação dos certificados. Começou a acontecer que os destinatários destes pagamentos
não queriam ficar, também, com as moedas em casa, depositando-as contra o recebimento de
novos certificados. Para evitar inconvenientes os depositantes iniciais passaram a entregar os
certificados dos depósitos aos seus credores.
Apareceu assim a moeda representativa, os certificados representavam os montantes
correspondentes que estavam depositados.
4.2.2. Moeda fiduciária: os depositários constataram que os depositantes não vinham todos
ao mesmo tempo exigir o levantamento dos valores. Grande parte dos credores aceitava o
pagamento com os certificados, o mesmo volume de moeda metálica passou a poder estar na
base de um volume muito superior de pagamentos.
Os certificados deixaram de representar um montante depositado sendo aceites
porque quem os recebia confiava em que os montantes neles indicados seriam restituídos
sempre que se fosse junto do depositário. A moeda que circulava porque se confiava nela era a
moeda fiduciária. (fidúcia = confiança)
4.2.3. Papel-moeda ou moeda legal: vieram períodos de falta de confiança no conjunto das
economias ou em relação a alguns depositários. Com o pânico, acorreram ao mesmo tempo
quase todos os depositantes, exigindo o levantamento dos seus depósitos. Os depositários não
tinham o valor correspondente, não estavam em condições de solver os seus compromissos
(com todas as consequências que daí resultavam).
Para as evitar, as autoridades viram-se forçadas a impor a aceitação das notas como
forma correta de pagamento. Assim, não eram aceites por serem moeda na qual se confiava a
sua conversão, eram aceites por serem moeda legal. Temos, com a moeda decretada, o
chamado papel-moeda, terceira forma (atualmente a única) de moeda papel.
4.3. Moeda escritural ou bancária: a sua génese é muito semelhante à da moeda papel, mas já com
verdadeiros banqueiros. Quando se deposita dinheiro à ordem num banco passa a ter-se aí uma
disponibilidade que pode ser utilizada em pagamentos. Quem precisa de proceder um pagamento dirige-
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se ao balcão, levanta as notas necessárias e entrega-as ao credor. Este, por sua vez, vai dirigir-se a outro
banco para depositar na sua conta o montante recebido. Com este procedimento não há os custos e riscos
em tempos. Não deixa de haver riscos com a deslocação de quantias elevadas em notas, bem como uma
incomodidade desnecessária.
Numa primeira fase a utilização de cheques teve um relevo maior. Estes são títulos através dos
quais é dada uma ordem de pagamento: podendo ser nominatizados ou endossados. Com este relevo
houver quem o chama-se de moeda-cheque. Porém, nunca foi o modo exclusivo de utilização de
disponibilidades em depósitos à ordem, desde sempre foi possível utilizar estas disponibilidades com
ordens de pagamento aos bancos.
Nos dias de hoje utiliza-se mais o pagamento por multibanco e por internet, com os quais as
quantias em dívida passam de imediato das nossas contas para as contas de depósito à ordem do credor.
Havendo todas estas formas de mobilização de recursos, perdeu-se todo o sentido em falar de
moeda-cheque, devendo falar-se em moeda escritural ou bancária. Designação que, não deixando de
considerar os casos em que são utilizados cheques, abrange esses e todos os demais casos.
5. As operações de crédito realizadas pelos bancos: importa conhecer algumas das principais operações
realizadas pelos bancos, dada a sua ligação estreita com a matéria de moeda. Contudo, há diferenças entre as
várias instituições. Nem todas podem praticar o mesmo tipo de operações. Justifica-se fazer uma referência
ao sistema financeiro.
5.1. Sistema financeiro português: no qual se pode distinguir o Banco de Portugal. Por muito tempo
deteve o monopólio de emissão de moeda em Portugal. Com a decisão de se afogar uma moeda única
europeia houve a necessidade de se alterar a própria Constituição. Hoje, o Banco de Portugal exerce as
suas funções nos termos da lei e das normas internacionais a que o Estado Português se vincula.
Os bancos centrais, nos limites do Sistema Europeu de Bancos Centrais, participam na
emissão das notas e têm a responsabilidade de supervisão dentro do seu país.
Para além do Banco de Portugal temos no nosso país instituições de crédito e sociedades
financeiras. Entende-se por instituições de crédito as empresas cuja atividade consiste em receber do
público depósitos o outros fundos reembolsáveis para os aplicarem por conta própria mediante a
concessão de crédito. Por exemplo: bancos, caixas económicas, instituições de crédito, sociedades de
investimento, etc.
Operações que as instituições de crédito podem efetuar: receção de depósitos ou outros fundos
reembolsáveis, operações de crédito, serviços de pagamento, comercialização de contratos de seguro, etc.
As sociedades financeiras são empresas que não sejam instituições de crédito, cuja atividade
principal seja a de exercer operações de crédito, incluíndo concessão de garantias e outros compromissos.
Só as instituições de crédito é que podem exercer a atividade de receção, do público, de
depósitos ou outros fundos reembolsáveis, para utilização por conta própria.
5.2. Operações passivas: os depósitos. Através destas os bancos recolhem fundos avultados, nas várias
formas de depósito.
Sendo depósitos à ordem não são remunerados com juros. Os bancos não podem contar com
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estes montantes para operações ativas de médio ou longo prazo.O ganho está em ceder o dinheiro por um
preço maior do que o preço que pagam a quem lhes “empresta” (exemplo: através dos depósitos)
Outra distinção é entre os depósitos reais (há entrada de dinheiro no banco, por exemplo, com
notas) e os depósitos fictícios (resulta de ficar na conta de um cliente dinheiro resultante de uma o mais
operações ativas).
5.3.1. Descontos: feitos, com frequência, com a utilização de letras, títulos de grande
utilização na atividade económica do dia a dia.
O sacador é o primeiro interveniente numa letra (sendo ou não o credor dum
montante). Intervindo como sacador, dá ao devedor desse montante uma ordem de pagamento,
ficando escrito que no fim de um prazo deverá pagar o montante em dívida.
Reconhecendo a dívida, o devedor assina a letra (devedor passa a aceitante). É
apenas um documento de dívida e a obrigação de pagar reporta-se para o dia do vencimento.
Com frequência, o sacador, não pode esperar até essa data. Os particulares poderão esperar
dois ou mais meses. As letras são utilizadas por empresários na sua atividade industrial ou
comercial. Ora, pessoas e empresas não podem esperar tanto tempo pelos recebimentos, têm
então que: ir solvendo compromissos com fornecedores, pagar juros com regularidade o pagar
salários todas as semanas.
Com esta necessidade de antecipação de recebimentos aparece a operação de
desconto junto dos bancos comerciais. O tomador da letra dirige-se ao seu banco e solicita o
seu desconto (o banco fica com a letra contra a entrega da verba mencionada). Para o banco
isto é uma operação de garantia reforçada pois, em caso de incumprimento do aceitante, o
sacador também responde. É uma operação que lhe proporciona também um ganho (o
desconto), o juro cobrado pela cedência de dinheiro ao aceitante.
5.3.2. Abertura de crédito: uma outra via através da qual os bancos emprestam dinheiro.
Podem ser simples ou em conta corrente. As simples esgotam-se com a utilização do dinheiro
(com ou sem parcelamento).
Podem ser em dinheiro (sai mesmo dinheiro do banco) ou por aceite (o banco
empresta apenas a sua assinatura, aceitando uma letra, só sairá dinheiro se o beneficiário não
cumprir com o compromisso, assumindo a responsabilidade o banco).
6. A criação de moeda:
6.1. Da moeda metálica: com a moeda mercadoria era o próprio mercador que se encarregava de
encaminhar as coisas num caminho desejável, não havendo risco do valor facial se afastar do valor metal.
Assim, a cunhagem era livre (qualquer pessoa com metal podia pagar para o fazer amoedar) e
a moeda era vendida a peso.
Se o valor da moeda descesse, de 100 para 90, por exemplo, valia a pena os detentores de
metal procederem à cunhagem, ganhando 10 em cada caso. Passava a haver menos oferta no mercado
metalúrgico, subindo o seu preço, até ao ponto de ser quase 100 e deixava de valer a pena continuar a
proceder-se à cunhagem.
Se aumentasse o valor do metal, para 110 por exemplo, quem tivesse moeda vendia-a a peso,
ganhando mais 10 do que aquilo que lhes tinha custado a obtê-la. Havia um aumento de oferta de metal
no seu mercado, diminui-a o seu preço, até que o metal incorporado em cada moeda valesse
aproximadamente o seu valor facial (100).
Atualmente, a única hipótese que se coloca é a de haver ma moeda com valor facial superior
ao valor metálico. Assim, cunhar moeda é uma atividade rendosa. Ganhos desta natureza revertem para o
Estado pois detém o monopólio de emissão de moeda metálica.
6.2. Da moeda papel (ex.: papel-moeda): quando esta era convertível levantasse a questão de saber
como garantir dois objetivos simultaneamente: segurança da convertibilidade e estabilidade da oferta da
moeda, adequando-a às necessidades da economia. Atualmente é uma questão com valor histórico
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apenas. Neste propósito, defrontaram-se duas escolas: escola monetária e escola bancária.
De acordo com a primeira, defensora do princípio monetário, a circulação das notas devia
cingir-se a uma reserva-ouro (moeda representativa). Havia mais segurança na conversão e evitava-se
inflações duradouras (possíveis e prováveis).
De acordo com a segunda, defensora do princípio bancário, não havia tal risco, pois as notas
não chegavam ao público por capricho das autoridades mas na sequência das operações ativas solicitadas
pelo público.
Nenhuma tinha inteira razão. A primeira era criticável pela rigidez excessiva (levava à
escassez de meios de pagamento). A segunda não tinha razão na desvalorização do receio de inflação que
podia surgir como consequência de políticas incorrectas das autoridades.
Consagro-se a exigência de reservas nos bancos emissores, com as quais havia de se evitar os
riscos apontados: não poderão ser reservas limitadas da emissão necessária, por um lado, por outro
reservas demasiado permissivas ou mesmo incentivadoras de um exagero de emissão, levando a
inflações.
Solução: haver reservas proporcionais com uma percentagem de ouro ou valores-ouro e a
restante de títulos. A primeira evita excessos e com a segunda assegura-se o interesse na emissão
(evitando-se escassez).
Sendo agora a moeda papel papel-moeda (moeda legal) a problemática referida perdeu relevo,
não se pondo o problema dos bancos terem de pagar notas apresentadas a conversão. Mantem-se a prática
com exigência legal de haver reservas (âncora a eventuais excessos e uma disponibilidade de meios de
pagamento ao estrangeiro). Com a criação do euro ainda se mantém estas reservas, geridas pelo BCE, no
quadro do Sistema Europe dos Bancos Centrais. É o BCE que tem o direito exclusivo de autorizar a
emissão de notas de banco em euros na União. Estas notas são as únicas com curso legal, estas têm o
mesmo desenho em todo o espaço monetário.
6.3.1. A reserva de caixa: os bancos exercem uma função de intermediação, recebem dinheiro
emprestado de uns e cedem-no de empréstimo a outros: sendo o recebimento feito por
depósitos (operações passivas, fica-se a dever) e a cedência através de descontos e abertas de
crédito (operações ativas, quantias a que ficam a ter direito).
O se ganho resulta das taxas de juro aplicadas às operações ativas serem superiores às
taxas de juro aplicadas às operações passivas. Acontece que não podem utilizar todo o dinheiro
disponível (dinheiro dos depósitos) nas operações ativas, sendo obrigados a ter ma reserva de
caixa em relação aos depósitos à ordem.
Exemplo: nm depósito à ordem de 1 milhão de euros, sendo a reserva de caixa 20%
só podem emprestar 800 000€ (para descontos e aberturas de crédito). Na contabilidade fica:
Ativo: Passivo:
Dinheiro em cofre . . . . . . 200 000 Depósito à ordem . . . . . 1 000 000
Carteira Comercial . . . . . 500 000
Empréstimos . . . . . . . . . . 300 000
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cheques, que os credores vão depositar, o com transferência bancária para essas contas.
Verifica-se ma situação semelhante, nos bancos, à verificada no primeiro. Com os
depósitos de 800 mil € não há criação líquida de moeda, apenas a substituição de papel-moeda
por moeda escrituras. Os bancos têm de reter como reserva de caixa 20% (160 000€) e há m
excedente de 640 000€ que os bancos procurarão colocar no mercado (através de descontos e
abertas de crédito). A história repete-se em relação a estes movimentos com a fórmula:
k = 1 ÷ (1 - r), em que r é a razão de cada um dos termos para o que o antecede.
No caso de uma reserva de caixa de 0,20 fica: k = 1 ÷ (1 - 0,8) = 1 ÷ 0,2 = 5.
Acrescentando este coeficiente ao primeiro aumento de moeda temos: 800 x 5 = 4 000. Trata-
se de um resultado a que pode chegar-se directamente com uma fórmula que tenha no
numerador o primeiro aumento de quantidade de moeda, A: S = A ÷ (1 - r). Com o exemplo
que se tem considerado: S = 800 ÷ (1 - 0,80) = (800 ÷ 0,20) = 4 000.
Na prática é provável que se fique aquém dos volumes para que apontam as
fórmulas. É de esperar que os bancos procurem limitar-se aos valores de reserva de caixa (ficar
acima deles é não tirar total partido possível do dinheiro de que dispõem). Procurarão
emprestar todo o dinheiro, através de descontos e abertas de crédito. Não se pode esperar que
tenham, a todo o momento, o dinheiro integralmente aplicado; haverá algumas diferenças
temporais até aos momentos em que são feitos os pagamentos aos fornecedores; poderá
acontecer que estes não depositem na íntegra os montantes recebidos.
De qualquer modo é significativa a capacidade de criação de moeda do sistema
bancário. Os bancos podem ter títulos, com a compra dos quais lançam notas (moeda) em
circulação.
7. A teoria quantitativa da moeda: remonta a Irving Fisher a formulação desta teoria. Equação das trocas:
MV = PT. Onde M é a quantidade de moeda existente num determinado período (este é m valor médio, pois
varia), V a velocidade de circulação da moeda (valor médio), P o nível geral dos preços e T o número de
transações.
Numa primeira formação o nível de preços seria proporcional à quantidade de moeda. Tendo-se: P =
MV ÷ T. P dependeria de M porque V e T seriam variáveis exógenas, não influenciáveis pela quantidade de
moeda. V dependeria dos hábitos do público e T depende da produção das empresas. Não se alterando V e T,
P variaria na proporção de M. Porém, não é realista o que se pressupõe em relação a V e a T.
V é o inverso pela preferência pela liquidez: se circula é porque não se mantém em saldo, se se mantém
em saldo deixa de circular. É uma relação inversa dada por: L = 1 ÷ V (L = preferência pela liquidez).
Com o aumento da quantidade de moeda (oferta), diminui o seu preço (taxa de juro). Com a descida da
taxa de juro aumentará a preferência pela liquidez, diminuindo a velocidade de circulação da moeda. Por
outro lado, o aumento da quantidade de moeda influencie T. Não terá influência se se nos encontrarmos
numa situação de pleno emprego. Porém, com frequência temos situações de desemprego ou subemprego,
havendo resposta do lado da oferta, aumenta T e os preços sobem em maior medida do que o aumento da
quantidade de moeda.
Em situação e pleno emprego aparece outro desmentido da formulação rígida da teoria. Passando a
haver inflação as pessoas reagem antecipando compras, fazendo-as antes dos preços aumentem. Assim,
aumenta V, subindo por isso os preços em maior medida do que o aumento da quantidade de moeda.
É por se prever que, nos termos da formulação mitigada (nos termos do qual os preços variam no
mesmo sentido que a quantidade de moeda, não necessariamente na mesma proporção), assim aconteça que
se pode justificar a intervenção das economias através da política monetária.
8. Política monetária: a par da política orçamental, é tradicionalmente ma política nacional. No caso dos
países euro, deixou de ser ma política nacional. Trata-se de uma política do Sistema Europeu de Bancos
Centrais de acordo com a linha e objetivo estabelecidos pelo Tratado de Maastricht.
8.1. Atuação sobre as reservas mínimas obrigatórias: via de atuação que pode consistir na alteração
dos valores mínimos de reserva de caixa dos bancos comerciais com o que se alterará o volume total da
moeda.
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No Sistema Europeu de Bancos Centrais o regime das reservas foi fixado por um regulamento
do BCE. Com este, os bancos têm de manter o depósito correspondente às reservas mínimas de caixa
durante um mês. Findo este, procede-se a novo apuramento e a nova constituição de reserva.
Temos assim uma via de intervenção na massa monetária.
O BCE não tem procedido a alterações das taxas de reserva como instrumentos de controlo da
moeda em circulação.
8.2. As operações em mercado aberto: uma outra via de intervenção na oferta monetária é através da
compra e venda de títulos (conseguindo-se alterar a massa monetária).
Se a quiséssemos reduzir para atenuar uma situação de inflação: tendo títulos em carteira, as
autoridades procedem à sua venda, com o que se reduz o dinheiro em circulação.
Para aumentar a massa monetária para reanimar uma economia em recessão: as autoridades
compram títulos que bancos ou outras entidades tenham em carteira passando a ser maior o volume de
moeda em circulação.
Estas operações são organizadas em leilões através dos quais o BCE se dirige aos
estabelecimentos de crédito. Podem ser de 4 tipos: operações principais de refinanciamento, operações de
refinanciamento a prazo alargado, operações ocasionais de regularização e operações estruturais.
8.3. As ‘facilidades permanentes’ de cedência e aceitação de fundos. O relevo das taxas de juro.
Podendo estar em causa nas operações utilização de títulos, no Eurossistema o dinheiro entra
ou sai dos bancos comerciais através das facilidades permanentes: a facilidade permanente de cedência
de liquidez (disponibiliza fundos) e a facilidade permanente de depósito (absorve os fundos).
No primeiro caso o BCE anuncia a taxa de juro a que o Sistema está disposto a fornecer
liquidez aos bancos que a requeiram (por iniciativa destes, os bancos centrais nacionais fornecem-lhes os
fundos requeridos à taxa de juro fixada).
No segundo caso, quando os bancos têm excesso de liquidez podem solicitar aos bancos
centrais nacionais que os recebam em depósito (sendo remunerados à taxa de juro pré-anunciada pelo
BCE).
Através destas operações, o BCE pode influenciar a circulação monetária fixando as taxas de
juro respetivas ()estas têm influência nas taxas de juro do mercado monetário e financeiro).
Se aumenta a taxa de juro da facilidade de cedência de liquidez, os bancos centrais sobem as
taxas cobradas nas suas operações ativas (se não, perdem dinheiro), cobrando menos aos clientes do que
aquilo que têm de pagar ao BCE. Tudo aponta para a redução da circulação monetária.
Se baixa a taxa de juro da facilidade os bancos comerciais, na concorrência entre si, baixam o
mais possível as taxas dos clientes, para os atrair. Consequentemente aumenta a circulação monetária.
Em relação à taxa de juro da facilidade permanente de depósito, os bancos centrais recebem
juros mais altos do que aqueles que pagam pelo depósito que recebem (sob pena de perderem dinheiro).
Assim, as taxas anunciadas pelo Eurossistema para cedência ou absorção de liquidez
funcionam como limite superior e inferior para todas as restantes operações. Nenhum banco está disposto
a obter / ceder fundos a uma taxa de juro superior / inferior à do BCE.
9. O euro:
9.1. As razões da sua criação: a ideia de haver uma moeda única na Europa vem desde o Plano Werner
(1971). Porém, só depois do êxito do Ato Único Europeu é que se verificaram condições económicas e
políticas para a sua criação.
Para a aceitação de uma moeda única era importante o reconhecimento das vantagens gerais
que poderia proporcionar. Podemos ver primeiro os benefícios e os custos de ordem geral:
a) efeitos de eficiência resultantes da exigência de uma moeda única: com diferenças mesmo
em relação ao estabelecimento de paridade fixas, mantendo cada país a sua própria moeda.
Num plano micro-económico, são relevantes os benefícios resultantes de ter deixado de ser
necessário cambiar espécies monetárias e divisas (títulos de crédito em moeda estrangeira) para a
concretização de todos os tipos de relações económicas entre os países da União, com os custos de
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transação inerentes, de ter deixado de haver imprevisibilidade em relação a possíveis variações cambiais,
com custos de incerteza e de haver um conhecimento imediato para se saber os preços dos bens e dos
fatores nos vários países (evitando-se custos de informação e de cálculo).
Não é fácil quantificar exatamente todos os custos que são evitados, mas é seguro que são
significativos, maiores (em geral) do que o ganho que os bancos e os cambistas tinham antes com a troca
de moedas e os especuladores com as variações imprevistas das cotações cambiais. A moeda única
proporcionou um acréscimo na procura de serviços bancários o que compensa a perda das percentagens
obtidas antes com a troca de moeda e divisas.
O afastamento de tais custos teve um impacto positivo na taxa de crescimento das economias.
A par do juízo que os economistas podem fazer, deve ter-se em conta a perceção que os empresários têm
das vantagens microeconomias da União Monetária.
c) Vantagens no plano financeiro, sendo reduzida a necessidade de reservas com uma única
moeda comunitária.
Por outro lado, deixando os países de cunhar e emitir a sua própria moeda, alguns deles
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perderão uma fonte de receita (ganhos de emissão). Não pode dizer-se, contudo, que que se trata de uma
vantagem para a sociedade em geral, pode ser ma forma de tributação que penaliza a atividade
económica dos países e o conjunto dos cidadãos.
d) Com moeda única comunitária a Europa passa a poder ter um papel de maior relevo a nível
mundial. Será possível diminuir o peso do dólar e do yen, aparecendo a Europa com um papel
importante, com uma moeda que pode figurar entre as mais utilizadas nas relações económicas
internacionais.
Há m ganho para a União, reduzindo custos de transação, de incerteza, de informação e
cálculo na medida dos empréstimos de transações comerciais com países terceiros que são feitos em
euro. Passa a ser maior a influência da União. Poderá esperar-se um ganho mundial na linha dos
entendimentos expressos ou tácitos dos mercados oligopolistas, havendo 2 o 3 grandes moedas: com a
inerente responsabilização das autoridades dos EUA na política monetária e cambial.
Atualmente, as autoridades perdem a possibilidade de continuarem a seguir políticas do menor
rigor, mesmo tendo uma atitude de não intervenção dos mercados cambiais. Será exigido m maior rigor
que, no final, beneficiará os EUA.
Só assim será possível movimentos especulativos que se manteriam entre as grandes moedas
do mundo.
9.2. Implicações para Portugal: em que medida se verificariam em Portugal os benefícios e os custos
gerais da não monetária. Tivemos (em 2002) um PIB per capita de 72,5% da média comunitária.
9.2.1. Primeiro: poderá pensar-se que ma maior aproximação real entre países será a
consequência natural dum maior crescimento global, induzido pelo acréscimo de eficiência
proporcionado pela união monetária. Não haveria preocupações com algo qe promoveria o
conjunto.
É este resultado da experiência conhecida da própria Comunidade , tendo os anos de
crescimento sido de convergência real e os de abrandamento (incluindo recessão) de
agravamento dos desequilíbrios regionais entre países.
Sendo de prever, por estas razões, que a moeda única viria promover um crescimento
da União. Não havendo razões para preocupação em Portugal.
9.2.2. Existem razões para julgar que os referidos benefícios diretos da moeda única teriam
expressão mais sensível em países mais desfavorecidos.
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generalidade dos países da OCDE.
São razões acrescidas para se procurarem modos de atuação com menores custos
sociais. Não parece, contudo, que para os países da periferia deva ser diferente o juízo acerca
da intervenção cambial e monetária.
Em contraposição, serão beneficiados com a estabilidade de preços e a redução de
juros proporcionadas pela moeda única, com vantagens que poderão ultrapassar os custos da
renúncia à via cambial e monetária.
c) Por fim, no plano financeiro é de ter em conta a perda de ganhos de emissão, com relevo
para Portugal, onde em 1986-90 representavam 1,9% do PNB (mais do dobro dos valores de
Espanha, Itália, Alemanha, …). Porém, eram ganhos que estavam a perder rapidamente relevo.
Somando, há que ter em conta que com a emissão de euro há ganhos de emissão para
o BCE, não sendo receitas do orçamento da UE, mas dos países participantes. Nos termos
definidos a distribuição por estes é feita de acordo com a dimensão das economias. Esta
distribuição favorece Portugal, em relação ao escudo, que numa primeira estimativa calculou-
se que começasse por ter um ganho de 100 milhões de contos.
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Capítulo XII: Inflação
Inflação é a subida continuada e apreciável do nível geral dos preços, portanto uma generalizada
avultada subida do nível geral dos preços (declínio do valor da moeda) numa economia durante um período de
tempo. Uma subida de preços se pode ser caracterizada como inflação se ela for continua e permanente e se
simultaneamente for um fenómeno verificado na maioria dos produtos.
‣ Causas da inflação:
• Aumento da procura;
‣ Consequências da inflação:
• Depreciação do valor da moeda (consumidores têm de dar mais moeda para comprar a mesma
quantidade de produtos);
• Queda do investimento;
Nota: A inflação designa uma subida durável dos preços. Quando o preço de um único bem ou mesmo de
alguns bens aumenta, não há forçosamente inflação, já que o preço dos outros bens pode não se alterar ou
mesmo diminuir. A inflação corresponde então a uma alta do preço médio de todos os bens e serviços.
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Todos achamos que a inflação pode ser definida como uma subida continuada e apreciável do nível dos
preços, no entanto, para haver inflação não basta uma qualquer subida de preços. Para haver inflação tem que se
tratar de um processo, não bastante uma elevação momentânea, ainda que ainda que de grande expressão, tem
que se tratar de uma subida apreciável, acima de uns 3% a 5% ao ano, embora exista quem chame de inflação
rastejante uma subida aquém daquele valor. Tem que se tratar de uma subida generalizada dos preços, não
bastando que embora continuada e alta só se verifique num ou outro setor. Mesmo em inflação nem todos os
preços sobem e alguns mais do que outros.
2. Mediação:
Existe dificuldades na mediação da inflação. Aos números- índices que constituem o modo mais
comum e mais prático de comparar níveis de preços no tempo, vendo-se assim a sua subida, tem que se chegar
através de valores médios, pois nem todos os preços se alteram na mesma medida.
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consegue saber através do apuramento dos índices de preços.
Um dos critérios de conversão nominal estipulado pela EU, para se entrar no euro foi a
diminuição das taxas se inflação respetivas.
Esquema:
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3. Causas:
Ainda hoje não há uma teoria pacificamente aceite do que origina a inflação.
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terá ocorrido sem que houvesse pressão assinalável do lado da procura dos custos.
Os casos mais citados são por exemplo, o caso dos oligopólios e monopólios que fixam
determinada margem de lucro de acordo com os objetivos que prosseguem. Mas existem também os
casos de preços fixados pelas autoridades para os produtos agrícolas, com o intuito de proteger os
agricultores em casos em que pelo jogo do mercado as remunerações seriam insuficientes.
4. Desenvolvimento:
✓ Passam a fixar os preços em função não dos custos efetivamente suportados, mas dos custos atuais ou
mesmo futuros dos elementos utilizados;
✓ Em certos casos começam a substituir a aplicação dos seus lucros em mais investimentos por aplicações
meramente especulativas.
✓ Quando há expectativas que os preços vão subir, compra-se hoje o que se podia comprar noutro
momento. Levando isto a maior recorrência a créditos;
Espiral salários-preços:
Em casos extremos podemos chegar a inflação Galopante, ou hiper-inflação. Quando tal acontece a
moeda perde boa parte ou a totalidade das suas funções.
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5. Efeitos:
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provavelmente a reduzir também o défice da balança dos pagamentos, também se está por outro lado a
contribuir para o aumento do desemprego e a comprometer o crescimento económico.
‣ Curva de Philips:
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Questões de aula:
1. Dos motivos de preferência pela liquidez que estudou, quais dependem exclusivamente do
rendimento ou do fator rendimento? Quase todos dependem. Tudo na economia, está pensado no rendimento
da economia.
3. Suponha a seguinte situação: sabendo que Daniel comprou 100 mil euros em títulos
obrigacionistas da Altice há cerca de 45 dias e que, neste momento, a taxa de juro corrente no mercado é
de 0,5%, depois de ter descido meio ponto percentual e que, por cada título de 100€ o rendimento anual é
de 4€, responda às seguintes questões.
a) sabendo que os títulos foram emitidos ao par, calcule a cotação dos títulos e o valor previsível
da carteira de títulos de Daniel. C = (4 000 x 100) : 0,5 = 800 000. Um título passa sempre pela CMVM.
4. Explique a partir da equação das trocas como podemos vigiar a inflação. MV = PT, com isto
queremos dizer que quantidade de moeda em circulação não deve exceder as transações VS os preços. O
equilíbrio da equação diz-nos que se o 1º membro valer mais que o 2º é sinal de desequilíbrio e de
endividamento. O T aumentando toda a gente pode ter mais dinheiro sem que haja um ciclo inflacionista,
significa que através da equação das trocas eu fico a saber que a inflação se mede …
T = transações (PIB)
5. Explica como o salário real varia com o aumento do salário nominal e a taxa de inflação?
R: Quando o salário nominal aumenta, o salário real aumenta também, porque se o trabalhador recebe
mais pelo o seu trabalho, tem maior poder de compra para adquirir bens e serviços.
Quando a taxa de inflação aumenta, o salário real diminui (as coisas são mais caras e o dinheiro é o
mesmo), pois o preço que se paga pelos bens e serviços aumenta e o poder de compra diminui.
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