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04/09/23, 16:55 MERCADO FINANCEIRO | Passei Direto

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conversão dessa moeda estrangeira para reais por meio de um contrato de câmbio, repassando o valor ao exportador. Como já frisamos, os
contratos de câmbio efetuados pelos agentes de câmbio são o meio utilizado para se trocar moeda local e estrangeira com as empresas e as
pessoas que realizam transações no mercado internacional de bens e serviços.

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No mercado secundário, as moedas estrangeiras no país são negociadas entre os agentes de câmbios autorizados a operar pelo BCB. Por isso,
ele também é chamado de mercado interbancário. As negociações nesse mercado não afetam o balanço de pagamentos; portanto, elas não
alteram o estoque de divisas estrangeiras no país. Conheceremos agora alguns exemplos de como funcionam esses mercados.
Suponha, por exemplo, que o Banco A esteja com um estoque baixo de dólares e deseje aumentá-lo. Ele negocia a compra de dólares com o
Banco B, que conta com muitos exemplares dessa moeda estrangeira. Como o domicílio de ambos é o Brasil, não houve aumento nem redução
da quantidade de dólares no país. Este é um exemplo do tipo de negociação efetuada no mercado interbancário (ou secundário). Outra razão
para os bancos negociarem moeda estrangeira entre si é a melhor gestão de suas exposições ao risco cambial. Vamos entender o que isso
significa.

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É um registro fundamental para controlar a evolução do relacionamento financeiro – entrada e saída de divisas – e serve como insumo para o
processo de tomada de decisão macroeconômica. Consiste no registro de todas as transações comerciais e financeiras entre os agentes
econômicos residentes em um país e os residentes em outro pais, dentro de determinado período de tempo que é, em geral um ano. Os
investidores em geral, domésticos ou estrangeiros, têm muito interesse no balanço de pagamentos do país, porque, por meio dele medem sua
capacidade de honrar compromissos com o exterior. Quando sai mais dinheiro do país do que entra, ocorre um déficit externo, e as contas
externas ficam desequilibradas. Quando isso acontece de forma sistemática, fica evidenciada a vulnerabilidade do país perante os outros.
Déficits sucessivos no balanço de pagamentos indicam fragilidade das relações externas, o que provavelmente se refletirá nas reservas
internacionais (em moeda estrangeira). Estas ficarão reduzidas, se usadas constantemente para cobrir os déficits. Quando isso acontece, muitas
vezes o país é obrigado a captar recursos no exterior via emissão de títulos ou a recorrer a empréstimos de regularização com o FMI para poder
honrar seus compromissos e resguardar parte de suas reservas. Por outro lado, superávits do balanço de pagamentos são geralmente
considerados positivos pelo mercado e, nesses casos, verifica-se uma acumulação de reservas. Pode ter havido um aumento no volume de
mercadorias e serviços vendidos pelo país ou então a economia local está recebendo mais recursos externos sob a forma de investimentos
diretos. As variações na taxa de câmbio de um determinado país têm uma estreita relação com os registros do balanço de pagamentos. Crises de
financiamento externo geralmente são seguidas de forte desvalorização monetária e aumento dos custos na economia, podendo gerar inflação.

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O risco cambial é um dos riscos no qual incorrem os agentes econômicos que possuem direitos ou obrigações em moeda estrangeira. Ele é o
risco de oscilações adversas nas taxas de câmbio.
Suponha que um importador tenha um milhão de dólares para receber daqui a uma semana por conta de um negócio fechado recentemente. Se,
nesse período, o dólar sofrer uma depreciação frente ao real (ou, de forma equivalente, se este se apreciar frente àquele), esse importador,
quando o contrato de câmbio for fechado, não conseguirá a mesma quantidade de reais que conseguiria antes da depreciação da moeda
americana.
A mesma coisa acontece com um investidor que possua títulos nominados em dólar. Uma depreciação dessa moeda fará com que ele tenha um
retorno menor em seu investimento após a conversão para reais.
Por outro lado, se um exportador tiver uma dívida em dólares, seu risco será o oposto: a chance maior, neste caso, é que o dólar se aprecie, ou
seja, sua cotação na moeda brasileira aumente, pois sua dívida em reais também irá aumentar.

Para proteger-se contra estes tipos de riscos, os instrumentos que os agentes econômicos utilizam são os derivativos cambiais. Eles devem ser
empregados quando um agente assume uma posição contrária àquela a que está exposto.

Se o risco contra o qual ele queira se proteger for o de uma depreciação do dólar, o agente assumirá uma posição em derivativos que gere
ganhos com essa depreciação. Se o risco for a subida do dólar, ele fará o contrário.

Os principais derivativos cambiais são os contratos futuros de dólar, os contratos a termo e os swaps.
Comentário: Os swaps e o termo são contratos no mercado de balcão (operações nas quais se conhece a contraparte) utilizados, na maioria das
vezes, para proteção contra a variação cambial. Já o futuro de dólar é transacionado na Bolsa de Valores, servindo tanto para proteção quanto
para especulação.

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O artigo 2º da Circular BCB nº 3.691, de 2013, determina que as pessoas físicas e jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou
realizar transferências internacionais em reais de qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo a contraparte da operação o agente
autorizado a operar no mercado de câmbio.

Ou seja, apesar de não haver limitações de volume de negociação para a compra e venda de moeda estrangeira, as pessoas físicas e jurídicas
devem negociar com instituições autorizadas pelo Banco Central a operar câmbio, ou seja, os agentes de câmbio.

O artigo 33 do mesmo normativo indica quem pode obter tal autorização junto ao Banco Central para operar como agente de câmbio:
1. Bancos múltiplos; 4. Bancos de investimento; 7. Agências de fomento;
2. Bancos comerciais; 5. Bancos de desenvolvimento; 8. Sociedades de crédito,
3. Caixas econômicas; 6. Bancos de câmbio; financiamento e investimento;

https://www.passeidireto.com/arquivo/104633379/mercado-financeiro 1/2

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