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O ciclo de cash flow corresponde ao período de tempo que vai do ponto em que a empresa faz
um desembolso para adquirir matéria-prima, até ao ponto de recepção do dinheiro resultante da
venda do produto acabado fabricado com aquela matéria-prima.
Intimamente ligado a este conceito existe o de giro (rotação) de caixa.
Giro de caixa - é o número de vezes por ano que a caixa da empresa efectivamente se reveza.
Por outro lado, podemos ainda dizer que, o conceito de ciclo de cash-flow procura demonstrar as
implicações das estratégias de administração de cash flow (de caixa) dentro da empresa.
A rotação de caixa (Giro de caixa) consiste na relação de quociente entre o número de dias de
ano pelo ciclo de caixa:
Giro de caixa (GC) = N° de dias do ano (360)/ciclo de caixa(1)
Ou
GC = Desembolsos Anuais Totais/Saldo Médio de caixa(2)
Regra de Gestão: Quanto maior for a rotação de caixa, menor é o valor de caixa requerido
(lembre-se que caixa aqui refere-se `a meios circulantes líquidos, isto é, facilmente convertíveis
em dinheiro).
Porém, deve-se chamar atenção para que este critério não seja adoptado cegamente, sob pena de
se ficar sem caixa.
Esta chamada de atenção suscita a seguinte questão: “Qual deve ser, então, o montante de caixa
mínimo?”
GC = Giro de Caixa
DAT = Desembolsos Anuais Totais
SMC = Saldo Médio de Caixa
CM = Caixa Mínimo
Onde
Pela manutenção de caixa mínimo incorre-se num custo de oportunidade, cujo montante em
valor se pode determinar:
CCM = CM* K
Onde:
CCM – Custo de Caixa Mínimo
CM – Caixa Mínimo
K – Custo de oportunidade anual para manter um caixa mínimo
Conforme visto anteriormente, este objectivo pode ser atingido com a aplicação das diferentes
estratégias de administração de caixa:
Como qualquer outra estratégia de gestão de caixa, esta também permite a redução das
necessidades de caixa.
Ela consiste em aumentar o período de pagamento (X1 – no gráfico anterior) o que vai
resultar na diminuição do ciclo de caixa; mantendo todo o resto constante (X2 + X3 – X1<
X2 +X3 –X1 anterior).
Deve-se notar que nem sempre esses retardamentos são bem correspondidos pelos
fornecedores o que, leva a que as empresas tenham muitas restrições em retardar os
pagamentos.
Os fornecedores são dependentes dos seus clientes para realizar vendas maiores ou
adequadas.
Os fornecedores reconhecem que a empresa (seu cliente) e nova e, em crescimento, e que
se deve ajuda-la a crescer para ela conseguir maiores vendas futuras.
A minimização da caixa necessária na base desta estratégia pode ser conseguida numa das
formas seguintes:
Padrões de crédito são créditos da empresa usadas para determinar a quem se deve conceder
credito.
Depois de termos visto, isoladamente, os efeitos de implementação de cada uma das estratégias
da administração de caixa com vista a determinação da necessidade total de caixa operacional,
vimos e concluímos que cada uma delas favorece a gestão de caixa (i.e, rotação = giro de caixa).
Porém, as necessidades de caixa operacional da empresa terão uma redução mais significativa se
se combinarem as diferentes estratégias de administração de caixa. Essa é, deve ser, a
preocupação de qualquer empresa, tendo em conta os cuidados já referidos para cada uma das
estratégias, isto é:
As necessidades financeiras de exploração normais podem não ter uma tradução efectiva no
capital circulante permanente de exploração ideal, pois é essencial a consideração das condições
concretas de organização e gestão da empresa.
2.1.1.2. De extra-exploração
1. De exploração
2. De extra-exploração
Decorrem directamente do ciclo das operações de exploração e são, em condições normais, geral
e permanentemente renováveis.
Eles abrangem:
O crédito não titulado obtido dos fornecedores correntes (matérias primas, matérias
subsidiarias, embalagens, etc).
O crédito concedido pelos trabalhadores da empresa.
O crédito obtido do sector público Estatal: IRT, imposto de selo, IVA, etc.
O crédito obtido da segurança social (INSS patronal e dos trabalhadores)
As antecipações ou adiantamentos de clientes.
Os créditos obtidos dos fornecedores correntes (créditos titulados) com prazos pré-
negociados ou tradicionais.
O crédito normal obtido dos trabalhadores da empresa
Os créditos obtidos do sector público Estatal que resulte de situações litigiosas ou de
mora.
Os adiantamentos normais (contratuais) dos clientes, i e, não forçados pela empresa.
Resultam por via de regra da dilatação dos prazos de pagamento aos fornecedores correntes, aos
trabalhadores, ao sector público e aos organismos Estatais e, geralmente originam pesados custos
financeiros explícitos.
Não são provenientes do ciclo de exploração, mas sim do ciclo das operações financeiras, como
por exemplo:
É também definido como a previsão de receitas e despesas que terão lugar num
determinado período de tempo em relação aos activos fixos de exploração de uma
empresa.
4.1. Independentes
Quando a aceitação ou rejeição de um projecto não é influenciável pela aceitação
ou rejeição de outro ou outros projectos.
4.3. Dependentes
Quando a aceitação de um projecto depende da aceitação de outro ou outros projectos (há
complementaridade).
6.2. A tecnologia
Consiste na ponderação de toda a tecnologia alternativa existente, de modo a escolher a
adequada; tendo em conta a dimensão e a localização do investimento. A tecnologia a
utilizar determina o montante total, da despesa de investimento e, consequentemente, a
rendibilidade do projecto.
Regra de Stigler
É uma regra que permite criticar a dimensão de projectos de investimentos,
embora seja uma regra empírica (pois não considera importantes diferenças
entre as empresas do mesmo sector de actividade) que permite aproximar à
realidade.
6.4. A localização
É óptima a localização de um projecto que permite minimizar os custos de exploração
(numa óptica empresarial) ou de maximizar o diferencial Benefícios-Custos (numa óptica
social).
Factores que determinam a localização de um projecto:
As disponibilidades, características e custos dos factores produtivos necessários.
As características dos produtos acabados
Os custos de transporte e as facilidades de comunicação
As economias externas de escala (caso dependa de subcontração) e as condições
socio-políticas e climatéricas de cada região ou país.
Os estímulos e os benefícios de natureza fiscal
7.1. O custo do projecto pode ser determinado. O processo é o mesmo que o de obtenção
do preço que deve ser pago por uma acção ou uma obrigação.
O risco de um projecto dos fluxos de caixa de um projecto pode ser estimado. Para isto o gestor
necessita de informação sobre a distribuição de probabilidades dos fluxos de caixa.
Conhecido o risco dos fluxos de caixa de um projecto, o gestor determina o custo de capital com
base no qual os fluxos de caixa são descontados ou actualizados.
Finalmente, o valor presente dos fluxos de caixa futuros é comparado ao custo do projecto; se o
valor actual dos fluxos de caixa positivos excede o custo do projecto, então, este é aceite, o
contrário o projecto é rejeitado. Alternativamente a taxa de retorno esperada de um projecto pode
ser calculada, e se ela excede a taxa de retorno requerida (custo de capital), então o projecto é
aceite.
Onde:
i. A preparação da implementação dos investimentos
Consiste essencialmente em definir as equipas e os responsáveis, e em estabelecer
adequados mecanismos de controlo: a este ponto, na prática, é igual à gestão do
projecto.
ii. O ritmo de cruzeiro
É atingido quando o projecto industrial atinge a sua capacidade normal de
produção ou quando o projecto comercial alcança os efeitos normais esperados.
Onde:
I0 = Investimento inicial
n = Vida útil do projecto
Ri = fluxos gerados pelo projecto
Onde:
K = custo de capital
I0 = Investimento inicial
n = Vida útil do projecto
Ri = fluxos gerados pelo projecto
Procedimentos de cálculo
Calcular os valores acumulados dos cash-flow do projecto mediante a
soma ao longo dos anos
Identificar o ano em que ocorre a mudança do sinal, de negativo para
positivo.
Adicionar o quociente entre o último valor negativo e o valor do ano
imediatamente a seguir, ao número de períodos em que a soma dos fluxos
de caixa permaneceu negativo devido ao sinal negativo do investimento
inicial (e subsequentes se existirem).
PB
Ex: __0____1_____2__.__3____
CF -100 40 40 40
CFAC -100 -60 -20 20
0
Exemplo: Sejam dois projectos que carecem de um investimento igual de 1000 Mt, os
seus FC são:
Anos
_______1_____2_____3_____4______5__
Y 500 500 100 10 10
Z 300 400 300 400 300
Y tem um PB (PRI) = 2 anos, enquanto Z tem PB = 3 anos, ora pelo PB, escolhe-se o Y,
porém considerando os FC posteriores Z gera maiores excedentes (700 Mt) que Y (120
Mt).
Interpretação do Pay-Back
Risco
Quanto menor for o PB, menor é o risco do projecto, pois a incerteza de ocorrência futura
de fenómenos económicos danosos torna-se reduzida e, por conseguinte, reduz a
preocupação de não recuperar pelo menos o valor investido no projecto.
n
t
VAL = ∑ [ Ri / (1 + K*) ] - I0
i=1
A utilizar sempre em fluxos de caixa mistos
VAL = 0;
n
∑ [ Ri / (1 + K*)t] - I0 = 0
i=1
n
∑ [ Ri / (1 + K*)t] = I0
i=1
onde K* = TIR
3.1. Critério de decisão, escolhe-se o projecto com maior TIR, ou se TIR > K
n
t
IRP = ∑ [Ri /(1 + K) ] / I0
i=1
O IRP mostra a rendibilidade do projecto por cada dólar investido
b) Se IRP = 1, Indeterminado
Proj A
Proj B
Zona de conflito
K
Ki KA KB TIR B
TIR A
Eventuais conflitos devem ser resolvidos, usando como critério de resolução o VAL
i Ri
0 -1.600
1 +10.000
2 -10.000
VAL
0 K
25% 400%
-1600
Observações
1. Normalmente o VAL é uma função decrescente da taxa de actualização.
Exemplo:
i Tempo
n
t
VAL = 0 = ∑ [ Ri / (1 + K*) ] - I0
i=1
Exemplo:
A diferença entre os dois projectos (A e B) pode ser analisada como um novo projecto
“C”, com I0 = 70.000Mt e o VAL = 100.000Mt. A opção pelo projecto B, só porque tem a
TIR superior, corresponderá a prescindir de um investimento de 700.000 a que
corresponde um VAL positivo igual a 100.000 Mt.
Exemplo gráfico:
VAL
Zina de conflito
K
Ki TIR A TIR B
Exemplo
Ki Taxa de 3
Projecto Custo reinvestimen VF = ∑Ri (1 + K)i-4 VA = VF/(1+i)3
i=1 i=2 i=3
to 1
A 10.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 6,00% 15.918,00 13.365,00
10,00% 16.550,00 13.896,00
18,30% 17.912,00 15.040,00
20,00% 18.200,00 15.281,00
23,40% 18.784,00 15.771,00
B 10.000,00 0,00 0,00 16.550,00 6,00% 16.550,00 13.896,00
10,00% 16.550,00 13.896,00
18,30% 16.550,00 13.896,00
20,00% 16.550,00 13.896,00
23,40% 16.550,00 13.896,00
Para k = 6%
VAL A = 13.365 – 10.000 = 3.365
VAL B = 13.896 – 10.000 = 3.896
3
t
5000 * ∑ [ 1 / (1 + K*) ] -10.000 = 0
i=1
Assim, podemos usar o conceito do valor futuro para redefinir o VAL e a TIR:
Por todas as razões apontadas e, ainda, pelo facto de só o VAL atender ao efeito do custo
de capital, o critério do VAL é o mais indicado para a decisão do projecto de
investimento.
No entanto alguns gestores afirmam que a TIR é mais fácil visualizar e interpretar que o
VAL.
Pela tabela podemos ver que o momento óptimo para o corte de madeira é o ano
4, pois aí maximiza o valor. E até o ano 4, o VFL aumenta mais de 10%. Depois
do ano 4 o ganho em valor absoluto é positivo, mas menor que o custo de capital.
Exemplo:
Suponha que tem de escolher entre duas máquinas, A e B.
As duas máquinas têm uma concepção diferente, mas tem capacidades idênticas e
executam exactamente a mesma função.
A máquina A custa 15.000 cts e tem uma duração de 3 anos. O seu
funcionamento custa 4000 cts/ano.
A máquina B é um modelo “económico” que custa apenas 10.000 cts, mas
só dura 2 anos e o seu funcionamento custa 6.000 cts/ano. Estes são fluxos
de tesouraria reais: os custos são previstos em cts de poder de compra
constantes.
Assim, uma máquina com VA total (custos) de 21.000 cts distribuídos por 3 anos
(0 a 2) não é necessariamente melhor do que uma máquina competitiva com VA
(custos) de 25.690 cts distribuídos por 4 anos (0 a 3).
Deste modo temos de converter o VA (custos) num custo anual. Isto é, teremos
que determinar qual deverá ser a justa renda anual ou custo anual equivalente) que
seria pago a partir do ano1 caso a máquina fosse alugada, de modo que o valor
actual total das mesmas seja igual ao valor actual total do custo da máquina.
Ao mesmo tempo que nos certificamos que as vendas resultantes igualam à esse
VA total (custo).
VA da anuidade = PMT*PviFAk,n
Este método, que não pode ser abrangente por tão simples que, pressupõe que
determinada máquina será substituída por outra igual – que nenhuma máquina
mais barata surgirá nos anos 2 e 3. Se esta surgisse, então a escolha entre as
máquinas A e B no ano zero, teria que ter em conta a outra máquina porque a
escolhida deve ser substituída.
Não é necessário se as decisões futuras não forem afectadas pela escolha inicial.
Assim, não havendo substituição de qualquer máquina, teremos que ter em conta
a receita suplementar gerada pela máquina A, no seu terceiro ano, quando ainda
está a funcionar, ao contrário de B.
No ponto 12.2, consideramos que o tempo de vida de cada máquina é fixo. Porém,
na prática a substituição de equipamento depende mais dos aspectos económicos
do que a sua usura física.
Exemplo:
A decisão é não substituí-la pois a nova só gera 2.387 cts de fluxo de tesouraria,
enquanto a velha gera maiores fluxos (4.000 cts/ano).
Exemplo: Considere que o presente valor residual é de 8.000 cts e que no próximo
ano será de 7.000 cts.
Exemplo:
Suponha que o custo de oportunidade do capital é de 10%, que a nossa empresa
dispõe de 10.000 cts na totalidade e que tem as seguintes oportunidades:
Limitações do método
Quando é relacionado mais do que recurso, o método falha bastante.
Exemplo:
Suponhamos que o limite orçamental de 10.000 cts se aplica aos fluxos de
tesouraria em cada um dos anos 0 e 1 e que a nossa lista de projectos é assim
aplicada:
Aqui neste exemplo falhou a hierarquização com base no IR, porque os recursos
são restritos em cada um dos períodos. Aliás, este método (de IR) de selecção é
inadequado sempre que haja qualquer outra restrição à escolha de projectos. Daí
que este método não se aplique quando os projectos são mutuamente exclusivos,
ou quando um projecto depende do outro (dependentes).