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Índice

1. Introdução............................................................................................................................2

2. Objectivos............................................................................................................................3

2.1. Gerais:..............................................................................................................................3

2.2. Específicos...................................................................................................................3

3. Metodologia de trabalho......................................................................................................3

4. Administração financeira ou controlo financeiro................................................................4

4.1. Controlo de caixa.........................................................................................................4

4.2. Controlo de contas a receber........................................................................................6

4.3. Controlo de estoque......................................................................................................8

5. Ponto de equilíbrio.............................................................................................................10

6.1. Alavancagem operacional..........................................................................................12

6.2. Alavancagem financeira.............................................................................................13

6.3. Alavancagem total......................................................................................................13

7. Risco Operacional e Risco Financeiro...............................................................................14

8. Margem de segurança........................................................................................................14

9. Conclusão..........................................................................................................................16

10. Referências bibliográficas..............................................................................................17

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1. Introdução
Gestão financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da forma mais eficaz
possível, no que diz respeito a concessão de crédito para clientes, planeamento, análise de
investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e
actividades da empresa, visando sempre o desenvolvimento, evitando gastos desnecessários,
desperdícios, observando as melhores práticas para condução financeira da empresa.
O tema do presente trabalho que é controlo financeiro faz parte da gestão financeira e nele
iremos abordar alguns subtemas tais como: ponto crítico de vendas, margem de segurança,
risco e grau de alavancagem operacional, financeira e combinada ou total.

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2. Objectivos

2.1. Gerais:
 Dar a conhecer ao leitor alguns aspectos que fazem parte da gestão financeira de uma
organização.

2.2. Específicos:
 Analisar assuntos relacionados a ponto crítico de vendas;
 Analisar margem de segurança e risco.
 Conhecer o controlo financeiro dentro das empresas;
 Conhecer grau de alavancagem nas empresas.

3. Metodologia de trabalho
A metodologia da pesquisa foi essencialmente qualitativa com base no enfoque participativo,
tendo em conta as seguintes abordagens e métodos: a pesquisa bibliográfica e documental.

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4. Administração financeira ou controlo financeiro
O objectivo do controlo financeira de curto prazo é gerir cada um dos activos circulantes tais
como caixa, duplicatas a receber, estoques, etc., e dos passivos circulantes tais como
duplicatas a pagar, contas a pagar, impostos a recolher, etc. A fim de encontrar um equilíbrio
entre lucratividade e risco que contribua positivamente para o valor da empresa. Um
investimento alto demais em activos circulantes reduz a lucratividade, enquanto um
investimento baixo demais aumenta o risco de a empresa não poder honrar suas obrigações
nos prazos estipulados. Ambas as situações levam à redução do valor da empresa. Coelho, M.
A. S. (2007).

Os activos circulantes, normalmente chamados de capital de giro ou capital circulante


representam a parcela do investimento que circula transitando de conta, durante a condução
normal dos negócios. Essa idéia compreende a transição periódica de caixa para estoques e
destes para duplicatas a receber e de volta para caixa que compõe o ciclo operacional da
empresa. Na condição de substitutos de caixa, as aplicações financeiras são consideradas
como parte do capital de giro. Da mesma forma, as despesas pagas antecipadamente estão
incluídas no capital de giro porque representam serviços devidos à empresa e que são usados
na realização de suas actividades, eliminando a necessidade de desembolsos posteriores.
Coelho, M. A. S. (2007).

Ferramentas utilizadas para controlo financeiro:

4.1. Controlo de caixa


O caixa representa os activos que têm a característica principal de possuir liquidez imediata,
ou seja, a sua utilização independe de acções de terceiros ou de outras acções que não a de seu
uso. Coelho, M. A. S. (2007).
São valores em moeda, mantidos na tesouraria da empresa, ou depositados em contas-
correntes bancárias de liquidez imediata e, em sua maior parte, livres para serem usados a
qualquer momento. Todos os bens do Activo serão convertidos em caixa em algum momento
da vida da empresa. Coelho, M. A. S. (2007).
A gestão de caixa é a actividade da administração financeira que objectiva a optimização dos
recursos financeiros, integrados às demais actividades da empresa. É a actividade de
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tesouraria da empresa, que acompanha os reflexos das políticas de investimentos, vendas,
crédito, compras e de estoques. O gestor do caixa participa das definições dessas políticas
orientando-as para que não ofereçam problemas de liquidez para a empresa. Coelho, M. A. S.
(2007).

Estratégias de caixa
Segundo Coelho, M. A. S. (2007). As empresas, no intuito de administrar eficientemente o
caixa, seguem algumas tácticas, entre as quais podemos destacar:
Aproveitar os descontos favoráveis - Descontos favoráveis oferecidos pelos credores, além
de constituírem redução na pressão por recursos no caixa, contribuem para a redução do ciclo
de caixa, de vez que seu aproveitamento diminui o tempo dos valores pagos aos credores.
Incentivar a diminuição do ciclo de produção - A introdução de novas máquinas, novos
layouts de produção, racionamento de procedimentos, produtos mais simples, etc.
Favorecem a redução do tempo em que o produto leva na linha de produção, encurtando a
distância entre pagamento de insumos e recebimento do produto vendido. Isto é bom para o
fluxo de caixa de uma empresa.
Acelerar o recebimento de valores. - A concessão de crédito é ferramenta propulsora das
vendas. A venda a crédito, entretanto, exige recursos financeiros para financiá-la. Portanto, a
redução do prazo médio de recebimento necessita de uma acção combinada com o
departamento de vendas da empresa.
Retardar os pagamentos - A melhor forma de retardar pagamentos está na negociação dos
prazos no momento da compra. Fora disso, simplesmente pagando fora dos prazos pactuados,
a empresa corre o risco de ficar mal conceituada na praça, e os custos poderão ser elevados.
Antecipar os recebimentos - O quanto antes os recursos entrarem na empresa, mais ela terá
folga financeira para funcionar. Uma observação rigorosa nos prazos de recebimento, com
providências saneadoras imediatas favorece esta antecipação. Uma política de descontos bem
administrada (que será estudada mais adiante) também favorece esta meta.
Aproveitamento do “float” - Esta técnica se baseia no aproveitamento da compensação dos
cheques emitidos. O float é o intervalo de tempo que vai desde a emissão do cheque até sua
efectiva liquidação financeira pelo banco.
Utilizar as melhores formas de cobrança - Existem diversas formas de cobrança, como:
duplicatas, cheque pré-datado, fichas de compensação (boleto bancário), cobrança em
carteira, cobrança bancária, cobrança por cobrador ou por tesouraria, débito automático,

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ordem de pagamento, transferências electrónicas, cartões de crédito, etc. Analisar qual a
melhor se encaixa à empresa.
Segundo Gitman (1997, p. 590), “O orçamento de caixa, ou projecção de caixa, é um
demonstrativo dos fluxos das entradas e saídas projectadas de caixa da empresa, usado para
estimar suas necessidades de caixa a curto prazo”.
Exemplo de administração de caixa:
Controle de caixa Mês de Fevereiro de 2015
Dia Histórico Entradas Saídas Saldos
01/01 Saldo inicial 890,00
03/01 Venda a vista 650,00 1.540,00
nota
05/01 Recebimentos de 1.250,00 2.790,00
vendas a prazo
em cheque
06/01 Pagamento serv. 500,00 2.290,00
de contabilidade
06/01 Depósito em 1.250,00 1.040,00
cheques no Banco
XYZ
07/01 Pagamento serv. 70,00 970,00
de manutenção
eléctrica
Total em caixa 970,00

4.2. Controlo de contas a receber


Concessão de crédito
Como era de se esperar, o valor recebido não corre mais risco, entretanto o valor a receber
sim. Este é o principal componente da análise de crédito. Para isso, as empresas tomam todas
as precauções possíveis na concessão de crédito aos seus clientes. Isto se dá tanto para
pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. Coelho, M. A. S. (2007).

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O objectivo da concessão do crédito é o aumento de vendas. Espera-se que com maiores
prazos ou menores valores de prestações o cliente se anime em comprar, e com isso as vendas
aumentem. Coelho, M. A. S. (2007).
O crédito pode ser definido como “todo ato de vontade ou disposição de alguém de destacar
ou ceder, temporariamente, parte de seu património a um terceiro, com a expectativa que esta
parcela volte à sua posse integralmente, depois de decorrido o tempo estipulado” MATIAS
(apud LONGELUPE, 1977 p. 6) citado por Coelho, M. A. S. (2007).
Esse é o primeiro passo no sentido de se controlar contas a receber. Poderíamos dividir a
concessão de crédito para grandes compras e para pequenas compras:
Pequenas compras Grandes compras
Histórico do cliente Sim Sim

Informações bancárias Sim Sim

Informações de outros fornecedores Sim Sim

Informações de empresas Não Sim


especializadas
Análise das demonstrações Não Sim
financeiras

Histórico do cliente – Neste item verifica-se os dados cadastrais, sócios, gestores, produção e
vendas, etc; se o cliente já comprou os artigos da empresa, e se pagou em dia. Verifica-se
também desde quando é cliente, qual o volume histórico de seus negócios com a empresa.
Coelho, M. A. S. (2007).
Informações bancárias – Neste item verificam-se informações junto aos órgãos de
informações bancárias, sobre a idoneidade do cliente. Se já tem títulos protestados ou não.
Coelho, M. A. S. (2007).
Informações junto a outros fornecedores – Através de cartas vai-e-vem as empresas de
mesmo segmento se defendem dos maus pagadores, dando e recebendo informações sobre seu
relacionamento com o investigado. Coelho, M. A. S. (2007).
Informações junto a empresas especializadas – Existem no mercado empresas
especializadas em dar informações cadastrais. A Dun & Bradstreet, por exemplo, é uma delas.
Esta empresa publica um anuário que é distribuído para seus clientes, onde constam as
principais informações de um grande número de empresas de todos os ramos. Coelho, M. A.
S. (2007).
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Análise das demonstrações financeiras – Uma vez concedido o crédito, é necessário
acompanhar o pagamento pelo cliente. Se atrasar, telefonar, e se continuar o atraso, mandar
rapidamente uma cartinha lembrando-o. Em continuando o atraso, fazer correspondência de
advertência e dar prazo para que cumpra com sua obrigação. Se puder, mandar cobrador.
Permanecendo em aberto, remeter o instrumento de cobrança para Cartório de Protesto de
Títulos. Ainda em aberto, remeter o título para cobrança judicial. Tomadas estas providências,
é necessário à empresa reavaliar sua política de crédito, para verificar se ela é eficaz e
coerente com as aspirações do departamento de vendas. Coelho, M. A. S. (2007).

Exemplo de controlo de contas a receber:


Controlo de contas a receber
Cliente For. Pagamento Banco Valor Data do Data de
vencimento recebimento
Goba Cheque 386-A Bim 370,00 05/01 05/01
Loide Cheque 4720 Bim 320,00 08/01 08/01
Marque Cheque 1236 BCI 305,00 09/01 09/01
s
Recina Cheque 886-C Barclays 290,00 10/01 10/01
Bruno Cheque 0079 BCI 315,00 12/01 12/01
Joana Cheque 8209 Barclays 450,00 15/01 Não pagou
Filipa Cheque 8400 Stan. B 650,00 20/01 20/01

4.3. Controlo de estoque


Estoques são itens adquiridos que ficam parados na empresa até serem utilizados.
Quando são vendidos, ou quando o produto a que serão incorporados for vendido, geram
recursos financeiros para serem readquiridos. Portanto, seu controle é muito importante em
todas as empresas que os têm. Enquanto as contas a receber ocorrem após a venda, os
estoques existem antes das vendas. Diversos são os motivos para se manter estoques. Coelho,
M. A. S. (2007).

Dentre eles podemos salientar:


• Características particulares do sector onde a empresa actua;
• Sazonalidade de seus produtos;
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• Expectativa de aumento nos preços das matérias-primas e produtos finais;
• Protecção conta perdas inflacionárias;
• Política de vendas do fornecedor (descontos para compras maiores);
• Especulação.
Custo de estoque
As políticas de controlo de estoques devem estar focadas na determinação do nível ideal de
estoques de cada produto, ou grupo de produtos. O nível ideal é estabelecido em relação à
flexibilidade operacional proporcionada pela manutenção de estoques. Coelho, M. A. S.
(2007).
Quanto maior for o volume de estoque, maior será a flexibilidade da empresa. As vantagens
dessa flexibilidade devem ser comparadas com os custos de manutenção de estoques. Coelho,
M. A. S. (2007).
Os custos vinculados aos estoques estão classificados em duas categorias: Custos de
manutenção e de administração. Coelho, M. A. S. (2007).

Custos de Manutenção – Para manter estoques, as empresas consideram os custos que estão
directamente ligados à sua manutenção, tais como:
• Investimento aplicado;
• Armazenagem;
• Transferência;
• Impostos;
• Seguros;
• Perdas;
• Controle e desuso.

Custos de Controlo (De pedir) – Para comprar ou repor estoques, devem ser considerados
custos vinculados à compra ou reposição dos produtos em estoque. Esses custos são
importantes, pois muitos deles ocorrem sempre que houver nova compra ou reposição, e este
fato deve influenciar a definição dos níveis de estoques. São estes os principais custos de
controlo:
• Pesquisa de preços;
• Comunicação (correio, telefone, faz, internet);
• Negociação com fornecedores de bens e serviços;

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• Emissão de ordens de compra;
• Recepção e conferência dos produtos comprados;
• Devoluções ocasionais.

Exemplo de controlo de estoques:


Data Descrição ENTRADAS SAIDA SALDO
Quant Preço Valor Quant Preço Valor Quant Preço Valor
. . .
01/0 Exist. 7 4500, 31.500,0
1 Iniciais 00 0
02/0 Compra 23 1350 31050 23 1350 31050
1 fact nr. 1
03/0 Compra 30 1750 52500 30 1750 52500
1 fact nr. 2
04/0 Vendas de 7 4500 3150
1 30 quant. 0
23 1350 3105
0
Exist. 30 1750 52500
Finais

5. Ponto de equilíbrio
Também chamado de análise custo-volume-lucro, é usado para determinar o nível de
operações necessárias para cobrir todos os custos operacionais e para avaliar a lucratividade
associada a vários níveis de renda. Coelho, M. A. S. (2007).
Ponto de equilíbrio operacional
Representa o nível de vendas necessário para cobrir todos os custos operacionais, ou, mais
especificamente, quando LAJRI (lucro antes dos juros e do imposto) = 0. Coelho, M. A. S.
(2007).
Custos fixos - São os custos que independem do volume produzido. Coelho, M. A. S. (2007).

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Custos variáveis - São os custos que variam de acordo com o volume produzido. Coelho, M.
A. S. (2007).
Para que uma empresa esteja em equilíbrio, é necessário que suas receitas totais sejam iguais
a seus custos totais. Ou seja, RT = CT. Coelho, M. A. S. (2007).
RT = Receitas totais
CT = Custos totais
As receitas totais, por sua vez, são iguais ao seu preço unitário de venda vezes a quantidade
produzida, isto é RT = VQ. Coelho, M. A. S. (2007).
V= preço unitário de vendas
Q = quantidade produzida/vendida

Os custos variáveis serão iguais ao custo variável unitário vezes a quantidade produzida.
CV = CQ. Coelho, M. A. S. (2007).
CV = Custo variável
C= Custo variável unitário

Os custos fixos são iguais a eles mesmos. Desta forma a fórmula:


VQ = CQ + CF

Graficamente teremos:

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6. Alavancagem

Segundo Gitman, L.J. (2002) a alavancagem é o produto do uso de activos ou fundos a custo
fixo para multiplicar retornos para os proprietários da empresa. Em geral, aumentos de
alavancagem resultantes em elevação de retornos e riscos, ao passo que diminuições de
alavancagem provoca redução de retornos e riscos. Em virtude de seu efeito sobre o valor, o
administrador financeiro deve saber como medir e avaliar a alavancagem, particularmente ao
tomar decisões quanto a estrutura de capital.

Segundo Coelho, M. A. S. (2007) Alavancagem é o uso de activos ou recursos, com custo


fixo, a fim de aumentar os retornos dos proprietários da empresa. Quanto maior a
alavancagem, segundo a reacção do investidor de aversão ao risco, maior o risco, maior o
retorno. A aplicação da alavancagem operacional e financeira na avaliação de uma empresa
permite que se conheça sua viabilidade económica, identificando-se claramente as causas que
determinaram eventuais variações nos resultados.

Os três tipos básicos de alavancagem podem ser definidos da melhor maneira usando a
demonstração de resultado da empresa. Gitman, L.J. (2002), tais como:

 Alavancagem operacional;
 Alavancagem financeira; e
 Alavancagem total.

6.1. Alavancagem operacional


É determinada pela relação entre as receitas de vendas da empresa e seu LAJIR
(Lucro antes dos juros e do Imposto de Renda). Em outras palavras, é o uso potencial de
custos operacionais fixos para aumentar os efeitos das mudanças nas vendas sobre os lucros
das empresas, antes dos juros e dos impostos. Quanto maior for o uso dos custos fixos em
relação aos custos variáveis unitários, maior será o grau de alavancagem operacional. Coelho,
M. A. S. (2007).

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Grau de alavancagem operacional (GAO)
Segundo Gitman, L.J. (2002), O grau de alavancagem operacional (GAO) é o valor numérico
da alavancagem operacional da empresa. Pode ser obtido com a seguinte equação:
Variaçã o percentual do Laji
GAO=
Varia çã o percentual das vendas

Sempre que a variação percentual do Laji (lucro antes do juro e do imposto) resultante de uma
variação percentual nas vendas é maior do que a variação percentual das vendas, ocorre
alavacangem operacional. Isso significa que, sempre que o GAO é maior que 1, há
alavancagem operacional Gitman, L.J. (2002).

6.2. Alavancagem financeira


Refere-se à relação entre o LAJIR e o LPA (Lucro por Acção). É a capacidade da empresa
para usar encargos financeiros fixos, a fim de maximizar os efeitos da variação do LAJIR
sobre o LPA da empresa. Quanto maior for o uso destes encargos financeiros fixos, maior será
o grau de alavancagem financeira. Coelho, M. A. S. (2007)

Grau de alavancagem Financeira


Segundo Gitman, L.J. (2002) O grau de alavancagem financeira (GAF) é o valor numérico da
alavancagem financeira da empresa. Seu cálculo é muito parecido com o do grau de
alavancagem operacional. A seguinte equação apresenta um enfoque à obtenção da GAF.

Variaçã o percentual da LPA


GAF=
Varia ção percentual da Laji
Sempre que a variação percentual do LPA resultante de uma variação percentual do Laji é
maior que essa variação, há alavancagem financeira. Isso significa que ela ocorre sempre que
o GAF é maior que 1. Gitman, L.J. (2002)

6.3. Alavancagem total


É o uso potencial de custos fixos, tanto operacionais como financeiros, para aumentar o efeito
de variações nas vendas/LPA. Coelho, M. A. S. (2007).

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Grau de alavancagem total
Segundo Gitman, L.J. (2002) Grau de alavancagem total (GAT) é o valor numérico da
alavancagem total de uma empresa. Pode ser calculado da mesma maneira que a alavancagem
operacional e a financeira. A seguinte equação apresenta um enfoque à mensuração do GAT:

Varia çã o percentual do LPA


GAT=
Variaçã o percentual de vendas
Sempre que a variação percentual do LPA resultante de uma variação percentual das vendas é
maior que essa variação, há alavancagem total. Isso que dizer que, enquanto o GAT for maior
que 1, ocorrera alavancagem total. Gitman, L.J. (2002)

7. Risco Operacional e Risco Financeiro


O custo de capital próprio pode ser dividido em duas partes: o risco operacional e o risco
financeiro. O risco operacional diz respeito às operações da empresa, ou seja, é o risco que a
empresa corre de não gerar receitas suficientes para cobrir seus custos operacionais.
Gortadelo, D.R. (2007).
Risco financeiro é o risco que a empresa corre por utilizar o capital de terceiros, ou seja, é
resultado directo da decisão de financiamento da empresa, tendo em vista o risco existente
pelo alto volume de amortizações e juros a pagar. Em suma, é o risco de não gerar lucro
suficiente para arcar com o principal e juros dos empréstimos de terceiros. É o que os autores
definem como o custo da inadimplência ou custo de falência. Dentre outros aspectos,
Modigliani e Miller revelam que, à medida que uma empresa se torna mais endividada, o
maior risco da empresa é assumido pelos accionistas, os quais, por conta disso, passam a
exigir um retorno mais elevado. Gortadelo, D.R. (2007)

8. Margem de segurança
Se fosse preciso resumir o segredo do investimento sensato em três palavras, elas seriam
“margem de segurança”. Todos os investidores experientes reconhecem que este conceito é
essencial para a escolha de obrigações e acções sólidas. A capacidade da empresa de gerar
lucros acima das necessidades de juros constitui a margem de segurança com a qual se conta
para proteger o investidor de prejuízos ou desconfortos, caso algum declínio futuro ocorra nos
lucros líquidos. (Tiago Machado)
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O investidor não espera que os lucros médios futuros sejam iguais aos do passado; se ele
tivesse certeza disso, a margem exigida poderia ser menor. Tampouco ele confia muito em
sua avaliação da evolução futura dos lucros. Se ele o fizesse, teria que medir sua margem em
termos de uma conta de receita cuidadosamente projetada, em vez de enfatizar a margem
histórica. Aqui, a margem de segurança é, em essência, tornar desnecessária uma estimativa
precisa dos lucros futuros. (Tiago Machado)
Podemos dizer que a margem de segurança para acções reside em um poder de lucro (termo
utilizado por Graham para os lucros potenciais de uma companhia ou, como ele diz, a
quantidade que “se espera que uma firma lucre ano após ano se a conjuntura dos negócios
prevalecente durante o período permanecer inalterada) esperado que é consideravelmente
maior do que a taxa vigente para as obrigações. (Tiago Machado)

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9. Conclusão
Terminado o trabalho concluiu-se que controlo financeiro é uma ferramenta ou técnica
utilizada para controlar da forma mais eficaz possível, no que diz respeito a concessão de
crédito para clientes, planeamento, análise de investimentos e, de meios viáveis para a
obtenção de recursos para financiar operações e actividades da empresa, visando sempre o
desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando as melhores
práticas para condução financeira da empresa, que é dado pelos relatórios financeiros obtidos
através dos dados patrimoniais e da situação do fluxo de caixa, sendo o mesmo feito através

de Controlo de caixa, Controlo de Contas a Receber e Controlo de estoque.

Ao longo do trabalho falou se tambem do ponto do equilibrio onde é usado para determinar o
nível de operações necessárias para cobrir todos os custos operacionais e para avaliar a
lucratividade associada a vários níveis de renda, da alavancagem onde é o produto do uso de
activos ou fundos a custo fixo para multiplicar retornos para os proprietários da empresa, da
margem de segurança onde a capacidade da empresa de gerar lucros acima das necessidades
de juros constitui a margem de segurança com a qual se conta para proteger o investidor de
prejuízos ou desconfortos, caso algum declínio futuro ocorra nos lucros líquidos.

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10. Referências bibliográficas
GITMAN, L. (1997). Princípios de administração financeira. (10ªed) São Paulo: Harbra.
COELHO, M. A. S. (2007). Administração financeira e Orçamental I.
SANVICENTE, A. Z. (1981). Administração financeira. São Paulo: Atlas.

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