Microeconomia I

Palestra 7
Teoria do Consumidor

1 UCM. Feng. Microeconomia I. 1.o Ano.1.o Semestre.2015 06/10/2015

Curso Diurno e Nocturno. Palestra 7. MA. Edite Assane
 Conteúdo da Palestra
 Teoria do consumidor
 Preferências do consumidor
 Utilidade e restrição orçamental

UCM. Feng. Microeconomia I. 1.o Ano.1.o

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 Teoria do consumidor
Teoria do Consumidor

A Teoria do Consumidor, ou Teoria da Escolha, é uma teoria

microeconómica, que busca descrever como os consumidores
tomam decisões de compra e como eles enfrentam os tradeoffs
e as mudança em seu ambiente ou seja Teoria do Consumidor:
estuda as preferências do consumidor analisando o seu
comportamento, as sua escolhas, as restrições quanto a valores
e a demanda de mercado

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 Teoria do consumidor
Preferências do consumidor
Existe três premissas ligadas a escolha do consumidor que são:

 As pessoas têm ideia dos prazer ou satisfação que eles terão

nos bens ou serviços consumidos ou usados, Preferências;

 As pessoas não podem ter tudo o que desejam, as escolhas são

limitadas, Constrangimento e

 Dadas as limitações as pessoas fazem o seu melhor, maximizar

o seu bem sujeito a um constrangimento.
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 Teoria do consumidor
Propriedades da ordenação de preferências do consumidor:

Existem 3 propriedades que permitem ver como o consumidor

faz a ordenação das suas preferências. Estas propriedades são as
seguintes;

a) Relação completa;
b) Transitividade e
c) Quanto mais melhor.

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 Teoria do consumidor
Propriedades da ordenação de preferências do consumidor:

a) Relação Completa
Quando o consumidor consegue ordenar todas as combinações
possíveis de bens e serviços denominamos por relação completa.
Esta hipótese constitui uma aberração, pois nem sempre
conhecemos o suficiente todos os bens e serviços para depois
fazer uma avaliação certa sobre a vontade de obter aquele bem
ou serviço. Portanto, nesta propriedade assume-se somente que
o consumidor decide sobre os cabazes de bens e serviços que
ele conhece.

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 Teoria do consumidor
Propriedades da ordenação de preferências do consumidor:

b) Transitividade
Uma ordem de preferências diz-se transitiva quando o consumidor
tem as suas preferências já enumeradas. Supondo que analisamos um
cabaz de 3 equipes de futebol que actuam na primeira divisão do
campeonato moçambicano, vulgo Moçambola, o Costa do Sol,
Ferroviário de Maputo e o Maxaquene; se o consumidor, neste caso, o
adepto de futebol gosta do Costa do Sol depois o Ferroviário de
Maputo e Finalmente do Maxaquene, então ele gostará mais do
Costa do Sol do que do Maxaquene.
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 Teoria do consumidor
Propriedades da ordenação de preferências do consumidor:

c) Quanto Mais Melhor

A propriedade de quanto mais melhor é em si mesma clara,
significando simplesmente que, ceteris paribus uma maior
quantidade de um bem é melhor do que uma menor quantidade
desse mesmo bem.

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 Teoria do consumidor
Curva de Indiferença

A curva de indiferença representa um conjunto de cabazes

indiferentes para o consumidor, ou seja, ela mostra um conjunto de
combinações de dois bens que o consumidor visualiza como tendo a
mesma satisfação.

Uma curva de indiferença permite-nos comparar a satisfação que os

cabazes que se situam na mesma curva nos proporcionam com os
cabazes que se situam acima ou abaixo da curva referida.

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 Teoria do consumidor
Curva de Indiferença

A curva de indiferença abaixo apresenta as combinações A, B e C do

consumidor Inayat, um consumidor que vive nos arredores do bairro
da Munhava. Ele é indiferente em consumir os cabazes A, B e C que se
situam na mesma curva de indiferença I0.
Produto 1
A
25
20 B
C
12 I0

. 3 5 6
Produto 2
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 Teoria do consumidor
Propriedades da curva da Indiferença
Cabazes distantes das origens são perfeitos
Pela propriedade quanto mais melhor, cabazes distantes das origens são perfeitos, em
relação a aqueles que se encontra próximo das origens.

Cada ponto representa uma curva de indiferença

Pela relação completa existem curvas de indiferença em cada ponto ou cabaz, os
consumidores podem fazer comparações entre os cabazes.

As curvas de indiferença não se intersectam

Um cabaz não pode estar entre duas curvas de indiferença. Pois as preferências são
intransitivas e quanto mais melhor e elas não se podem intersectar.

As curvas de indiferenças têm uma inclinação negativa

As curvas de indiferença não podem ter uma inclinação positiva

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 Teoria do consumidor
Trande-offs Entre os Bens

Uma das importantes propriedades das preferências dos

consumidores é a taxa aqui ele esta disposto a trocar (trande-offs)
um bem pelo outro. Esta propriedade é representada em qualquer
ponto da curva de indiferença pela taxa marginal de substituição
(MRS).

Taxa marginal de substituição (MRS), em qualquer ponto de

uma curva de indiferença, a taxa a qual o consumidor deseja trocar
um bem medido ao longo do eixo vertical pelo bem medido ao
longo do eixo horizontal é igual ao declive da curva da indiferença.

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 Teoria do consumidor
Curva de Indiferença

O que acontece do cabaz b para c?

∆𝐵 𝑈𝑀𝑧
𝐼𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎𝑐𝑎𝑜 = 𝑀𝑅𝑆 = =−
B, Burrites ∆𝑍 𝑈𝑀𝐵
A Indiferente entre cabaz b e c
25
B De b para c o consumidor é
15
12
C
I0
indiferente desistir
de ter 3 burrites para
3 5 6 ter mais uma pizza
P, Pizzas
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 Teoria do consumidor
Formato das Curvas de Indiferença
Existem dois casos extremos Para o formato das curvas de
Indiferenças
Substitutos perfeitos Complementares Perfeitas
Ovos Sapatos
Brancos Esquerdo
3
3
2
2 I3
1 I2
I2 I3 1
I1 I1
1 2 3 Ovos 1 2 3 Sapatos
Brancos Direito
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 Teoria do consumidor
Utilidade

O modelo da teoria do consumidor recai sobre a premissa de

que o consumidor é capaz de comparar vários cabazes e de
decidir qual desses cabazes lhe proporciona maior prazer.
Porém, as preferências do consumidor também poderiam ser
descritas recorrendo ao uso de utilidade total e utilidade
marginal.

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 Teoria do consumidor
Utilidade Total

A satisfação, o prazer que uma pessoa tem ao consumir um bem

ou ao exercer uma outra actividade qualquer, denominamos por
utilidade. A utilidade permite visualizar a ordenação das
preferências dos cabazes que o consumidor faz. Se os calções
tornam mais feliz o Tarmomade do que as camisas, então para o
Tarmomade, dizemos que o calções tem maior utilidade do que o
calções.

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 Teoria do consumidor
Utilidade Marginal

A utilidade marginal mede a satisfação adicional, obtida mediante

o consumo de uma quantidade adicional de um bem. Um outro
conceito que se pode adicionar a utilidade marginal, é o de
utilidade marginal decrescente. Esta última, é descrita como
sendo a diminuição da utilidade quando se consome unidades
adicionais de um bem.

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 Teoria do consumidor
Função da Utilidade

Por exemplo suponha que a função do Madinho é dada por:

𝑈 = 𝐵𝑍
Qual é o cabaz que o Madinho prefere?
Cabaz X com 9burrites e 16Pizzas; ou
Cabaz Y: com 13burrites e 13Pizzas?

Cabaz X da uma satisfação de 12Utilis e Cabaz Y 13Utilis

Então ele prefere cabaz Y.
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 Teoria do consumidor
Recta Orçamental
A linha do orçamento é descrita como sendo o conjunto de todos
os cabazes acessíveis dado o rendimento e o preço. Ela é
também conhecida por conjunto de possibilidades do consumidor .
A linha do orçamento restringe ou limita a escolha do
consumidor.

Considere uma situação em que o rapaz Tiago, um estudante da

UCM-Feg possui uma renda fixa de Y=$80 e ele pode gastar na
compra de dois bens, Pizzas e Burrites, os Preços dos dois bens
são denominados por 𝑃𝑧 e 𝑃𝐵 .

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 Teoria do consumidor
Recta Orçamental
Os preços de cada bem são indicados abaixo com a respectiva
formula da recta orcamental.
𝑌 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑒𝑚𝑛𝑡𝑜 = $50
B, Burrites 𝑃𝐵 𝑃𝑟𝑒𝑐𝑜 𝐵𝑢𝑟𝑟𝑖𝑡𝑒𝑠 = $2
A
25 𝑃𝑍 𝑃𝑟𝑒𝑐𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑃𝑖𝑧𝑧𝑎 = $1
B 𝑌 = 𝑃𝐵 𝐵 + 𝑃𝑍 𝑍
20
50 = 2𝐵 + 𝑍
C
10 𝑃𝑧
. Conjunto
𝐼𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎𝑐𝑎𝑜 = 𝑀𝑅𝑇 = −
𝑃𝐵
Possibilidades D
0 10 20 50 Z, Pizzas
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 Teoria do consumidor
Recta Orçamental

A inclinação da recta orçamental denominada por taxa marginal

de transformação (marginal rate transformation – MRT) da
linha do orçamento é dado pelo rácio dos preços

𝑃𝑧
𝐼𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎𝑐𝑎𝑜 = 𝑀𝑅𝑇 = −
𝑃𝐵

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 Teoria do consumidor
Exemplo

Suponha que a função de utilidade e a restrição orçamental de

Mandinho e Pedrito são dado por:
𝑈 = 𝑀𝑃
𝑀 + 2𝑃 = 20
a) Encontre o cabaz óptimo do consumidor
b) Anime sua resposta desenhando o respectivo gráfico

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 Literatura Usada:
Obrigatória:
Samuelson, P., Nordhaus, W. (1993). Economia. 16ª Edição.
McGraw Hill, Lisboa

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