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Unirovuma

Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais


Aula teórica
Tema:Teoria do consumidor
Na teoria do consumidor a questão fundamental que se coloca é saber como o consumidor gasta a
sua renda para adquirir bens e serviços de forma a maximizar a sua satisfação (bem-estar,
utilidade). Para melhor entender é preciso compreender o comportamento do consumidor. Para a
sua compreensão, é necessário examina-lo em três etapas:
1. Preferências do consumidor: consiste em encontrar uma forma pratica de descrever por
que as pessoas preferem uma mercadoria a outra.
2. Restrições orçamentais: dado que o consumidor tem uma renda limitada, deve ter em
conta os preços dos bens e serviços.
3. As escolhas do consumidor: considerando as preferências do consumidor e, tendo em
conta a limitação da sua renda, o consumidor compra as combinações que maximizam a
sua satisfação.
As primeiras duas etapas são evidentes – os consumidores têm preferências e as suas rendas
limitadas. A questão que se coloca é: será que sempre fazem escolhas racionais? A resposta é não.
Algumas vezes compram por impulso sem ter em conta a sua restrição orçamenta (contraem
dividas), outras por influências de outras pessoas, etc.; além disso, mesmo que se comportem
racionalmente, nem sempre é possível a sua materialização completamente devido à multiplicidade
de preços com que se defrontam.
Algumas premissas básicas sobre preferências:
1. Integralidade (exaustão ou plenitude): assume-se que as preferências são completas, isto
é, os consumidores podem comparar e ordenar as cestas de mercado (cabazes de consumo)
e decidir por uma delas ou até ser indiferente (gostar das duas). Sejam duas quaisquer cestas
A e B:
 Prefere A a B
 Prefere B a A
 A e B são-lhe indiferentes.
Isto significa que o consumidor é capaz de escolher.
2. Transitividade: as preferências são transitivas. Se
 Prefere A a B
 Prefere B a C

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 1


 Então, prefere A a C.
Isto é, as escolhas são consistentes.
3. Mais é melhor que menos (insaciabilidade ou monotocidade): dadas duas cestas
(presumindo que todas sejam desejáveis), o consumidor prefere aquela que integrar maior
quantidade de pelo menos um dos bens e não menores quantidades dos restantes.
Isto é, para o consumidor quanto mais melhor.

Curvas de indiferença
As preferências do consumidor podem ser representadas por curvas – as curvas de indiferença.
Uma curva de indiferença representa todas as combinações de cestas de mercado1 que o
consumidor considera indiferentes entre si, dado que lhe dão o mesmo nível de satisfação.

Fig. 1. curva de indiferença. Fonte: www.iscapp.pt/~asaraiva

Características das curvas de indiferença


1. As curvas de indiferença não se cruzam.

, , , ,
Esta característica é resultado das premissas da transitividade e da insaciabilidade (mais é
melhor que menos). Se se cruzassem as cestas e teriam todas
de serem indiferentes umas às outras e, assim, deveriam estas todas situadas na mesma
curva de indiferença e não em curvas distintas (fig.2).

1
Conjunto de bens e serviços que um consumidor considera para fins de compra.
APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 2
Fig. 2. As curvas de indiferença não se cruzam. Fonte: www.iscapp.pt/~asaraiva

2. As curvas de indiferença são negativamente inclinadas.


Resulta da premissa da insaciabilidade (mais é melhor que menos).

Fig.3. as curvas de indiferença têm inclinação negativa. Fonte: www.iscapp.pt/~asaraiva

,
Todas as cestas situadas na região 1 são preferíveis a qualquer cesta situada na curva da

,
indiferença (p. exe. e estas a todas situadas na região 3. Por exclusão, as cestas

,
que o consumidor considera indiferentes a estão nas regiões 2 e 4. Por isso, a
curva que contém apresenta uma inclinação negativa. O mesmo pressuposto
também implica que as curvas de indiferença não têm inclinação positiva porque equivalia

,
o consumidor estar indiferente às cestas situadas nas regiões 1 e 3, o que não pode ser
porquanto todas as cestas da região 1 são preferíveis a , e esta preferível a todas
da região 3 (contrariando o pressuposto de que mais é melhor que menos).
3. As curvas de indiferença são convexas em relação à origem.
O termo convexo quer dizer que a curva de indiferença aumenta, isto é, torna-se menos
negativa à medida que nos movimentamos para baixo ao longo da curva. Equivale dizer

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 3


que uma curva de indiferença é convexa quando a taxa marginal de substituição diminui
ao longo da curva, ou seja, o consumidor está cada vez menos disposto a ceder mais bens
de uma cesta para obter outras que está consumindo em maiores quantidades (os
consumidores preferem cestas balanceadas).

Fig.4. convexidade de curvas de indiferença. Fonte: www.iscapp.pt/~asaraiva

Mapa de indiferença
Um mapa de indiferença é um conjunto de curvas de indiferença que descrevem as preferências
de um consumidor.
Quanto mais afastada da origem uma curva de indiferença estiver maior é o grau de satisfação do
consumidor (a cesta A é preferível à B e esta à C).

Fig. 5. Mapa de indiferença. Fonte: Pindyck & Rubenfeld.

Taxa marginal de substituição


A taxa marginal de substituição mede a quantidade de um bem que um consumidor está disposto
a trocar pelo outro (mede a inclinação das curvas de indiferença).

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 4


Formato das curvas de indiferença
O formato ou a configuração das curvas de indiferenças está associado ao grau de substituibilidade
ou complementaridade do par de bens.
Substitutos (preferências bem-comportadas) – são bens que na sua maioria são consumidos
juntos (mas não em proporções fixas). Nestes casos o normal é que o consumidor queira trocar um
pouco de um bem por outro e acabar por consumir um puco de cada.

Fig. 6. Bens Complementares Perfeitos. Fonte: Goolsbee, Levitt & Syverson


Substitutos perfeitos – são substitutos perfeitos quando o consumidor aceita substituir um pelo
outro a uma taxa constante e mantem o seu nível de utilidade (TMS=constante).

Fig. 7. Bens Substitutos Perfeitos. Fonte: Pindyck & Rubenfeld


Complementares perfeitos – são bens consumidos sempre juntos e em proporções fixas (a sua
taxa marginal de substituição é infinita). Os complementos perfeitos geram curva de indiferença

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 5


distintas, em formato de L; matematicamente, pode ser representado por = , , onde
e são números que refletem o modo como o consumo de mais unidades de e afeta a
utilidade2 (satisfação) do consumidor. Esta representação matemática significa que um

cada um dos bens e .


consumidor atinge um determinado grau de satisfação consumindo uma quantidade mínima de

Fig. 8 Bens Complementares Perfeitos. Fonte: Goolsbee, Levitt & Syverson.


Utilidade
Os economistas clássicos referiam-se à utilidade como uma medida numérica da felicidade de um
individuo. De acordo com esta visão, supunha-se que os consumidores ao fazerem as suas escolhas,
maximizassem a sua utilidade, isto é, fizessem o mais felizes possível. Este conceito de utilidade
levantava muitas questões, tais como medir a quantidade que cada escolha proporciona, uma batata
dá mais utilidade que um pão, etc.
Este tipo de dificuldades levou a que este conceito fosse abandonado como medida de felicidade
e a teoria do comportamento do consumidor a ser reformulada com base nas preferências do
consumidor. A utilidade passou a ser apenas o modo de descrever as preferências.
Função utilidade
É uma fórmula ou modo de atribuir um número a cada cesta de acordo com o nível de utilidade,
sendo que os números maiores são atribuídos às cestas mais preferidas, isto é, função utilidade
permite a hierarquização das mesmas (ordena).
Princípio da utilidade marginal
À medida que aumenta o consumo de um bem, a sua utilidade total cresce, mas a partir de um
certo nível de consumo a utilidade associada a cada unidade adicional consumida do bem –
utilidade margina – tende a decrescer.

2
Índice numérico que representa a satisfação que um consumidor obtém com uma cesta de mercado.
APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 6
A renda do consumidor e a restrição orçamental
Os bens e os serviços que o mercado oferece ao consumidor não são gratuitos. Por outro lado, a
renda que o consumidor possui é limitada impondo-lhe, desta forma, a necessidade de fazer
escolhas. Portanto, as suas decisões não dependerem apenas da utilidade que ele retira de cada
bem, mas também das variáveis preço do bem/serviço e renda disponível do consumidor.
Na análise que será feita, supondo que a cesta do consumidor é constituída por apenas dois bens,
vamos considerar as seguintes condições:
 Os preços dos bens são fixos
 O consumidor dispõe apenas renda fixa para gastar
 O consumidor usa toda a renda (não faz poupança) e não pede emprestado.
Para incorporar os preços e a renda no modelo, utiliza-se a restrição orçamental que demonstra as
opções do consumidor. A restrição orçamental descreve o conjunto de cestas de consumo que
consumidor pode adquirir despendendo a totalidade da sua renda.
Matematicamente representa-se por:
= +

onde é a renda, o preço do bem , a quantidade do mesmo, o preço do bem e a

aquisição do bem . A restrição orçamental indica que o montante gasto não exceda a renda do
respectiva quantidade. é o montante em dinheiro gasto para aquisição do bem e para

consumidor. A linha de orçamento = + , divide as cestas de consumo em duas partes:

≥ +
< +
 As que o consumidor pode adquirir
 E as que não pode adquirir .

= " − "%
! "
# #
Reescrevendo a linha do orçamento na forma , podemos constatar que o declive é

=" eo
!
negativo e é representado pelo rácio dos preços3; intercepta o eixo das ordenadas em
#

= " . As interseções da linha do orçamento com os eixos das


!
%
eixo das abcissas no ponto

quantidade de , " e , " .


! !
ordenadas e das abcissas correspondem ao rendimento real do consumidor medido em termos de

% #

Problema do consumidor
O problema do consumidor é um problema de maximização da sua utilidade. Em termos
matemáticos o problema pode ser colocado da seguinte forma:

+∆ + ' +∆ (= + = , temos: ∆ + ∆ = 0; = − %.
∆,# "
∆,% "#
3
Subtraindo de
∆ e∆ são aumentos no consumo dos bens e respectivamente.
APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 7
- . ,

/012 34 = +

ou
- . +

/012 34 ' , (=

Para encontra a escolha óptima do consumidor vamos escrever o problema na forma de Lagrange:

5= ' , (−6 + −
75 7 , 7 ,
= −6 = 0; 6 = /
7 7 7
75 7 , 7 ,
= −6 = 0; 6 = /
7 7 7
75
=− − + = 0; = +
76
Dado que 6 = 6, tem-se

7 ' , ( 7 ' , (
/ = / ;
7 7

= ; ' , (; = ; ,
9: ,% ,,# 9: ,% ,,#
9,% 9,#
como , podemos escrever:

; ' , ( ; ' , (
=

que é a escolha óptima do consumidor.

Curvas de indiferença, curvas de consumo e curvas de procura associadas a uma função


utilidade do tipo Cobb-Douglas.

Seja a função utilidade ' , ( = < =


+ >,
do bem e do bem , , ?, @ e > são parâmetros positivos. Calculando as utilidades marginais de
e são respectivmente as quantidades

e , temos:
7 , 7 ,
= ? <A =
; = @ < =A
7 7
Usando a condição de optimização,

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 8


; ' , ( ; ' , (
=

podemos escrever:

= = ; =
B<,% CDE ,# F B=,% C ,# FDE ,# F "% = ,% C "% =,%
"% "# ,# FDE "# < ,% CDE "# <
;

=
"% =,%
"# <
A expressão representa a curva consumo rendimento (CCR) que passa pela origem

. O óptimo do consumidor é encontrado no


= "%
< "#
das coordenadas cujo declive (positivo) é igual a
ponto de intersecção entre a curva consumo rendimento e a linha orçamental, isto é
= +
= + @ @
G @ H I = +
?
= − ? −
?
@ ? @
= J1 + L ; = = ; =
? @ ?+@ ?+@
1+?

As expressões:

⎧ ?
⎪ =
?+@
⎨ @
⎪ =
⎩ ?+@

podem ter diferentes significados de acordo com o caracter endógeno ou exógeno das variáveis
contidas nelas. Por exemplo, supondo , e fixos, isto é,

= ; =
<!Q =!Q
<R= "Q% <R= "Q#

A primeira expressão designa curva consumo preço de bem e a segunda curva consumo preço
de bem , respectivamnte.

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 9


Fig. 9. Curvas consumo preço e de procura de 2 '40 S2 2 S2 (4. Fonte:
www.iscapp.pt/~asaraiva
As expressões

= ; =
<!Q =!Q
<R= "% <R= "#

a primeira expressão representa a função procura marshalliana de (e curva da procura


marshalliana de e no segundo caso, a função procura marshalliana de (e curva da procura
marshalliana de , (ver fig. 8). Por último,

4
Na nossa exposição temos vindo a usar e no lugar das variáveis e , para representar as quantidades
desses bens.
APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 10
= ; =
<! =!
<R= "Q% <R= "Q#

Em que e são as curvas de Engel5 de bem e de .

Fig. 10. Curva consumo rendimento e curva de Engel de (ou de . Fonte:


www.iscapp.pt/~asaraiva
Quadro resumo:

5
Diferentemente da curva consumo rendimento onde são tratados três valores (dois bens e a renda), mas
apresentados em duas dimensões, a curva de Engel compara o consumo de um único bem com a renda do
consumidor; mostra, portanto, a relação entre a quantidade óptima de um bem consumido e o nível renda do
consumidor.q
APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 11
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Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais
Aula prática
Tema: Teoria do consumidor
1. Considere um consumidor que enfrenta os preços e e com uma renda .
a) Determine, analiticamente, o conjunto de possibilidades de consumo e restrição
orçamental.
R: o conjunto de possibilidades de consumo (CPC) é o conjunto formado pelas cestas de
mercado (cabazes) que um consumidor pode adquirir num dado momento, gastando total

+ ≤
ou parcialmente a sua renda monetária. Analiticamente, é representado por:

A restrição orçamental (RO) é o lugar geométrico dos cabazes que o consumidor pode
adquirir gastando toda a sua renda monetária (cabazes situados ao longo da recta

+ =
orçamental). De forma analítica

b) O que acontece à restrição orçamental se:


b1. duplicar e não se alterar.
R: a restrição orçamental roda para esquerda em torno da ordenada na origem, tornando-
se mais inclinada.
b2. duplicar e triplicar.
R: a restrição orçamental desloca-se para a esquerda e torna-se mais inclinada.
b3. triplicar e duplicar.
R: a RO desloca-se a esquerda e menos inclinada
b4. Ambos triplicam.
R: a RO desloca-se paralelamente a esquerda
b5. Ambos os preços duplicam e o rendimento triplica.
R: uma vez que a RO mais que duplica (aumenta mais que os preços) desloca-se
paralelamente a direita.
b6. Ambos os preços triplicam e o rendimento duplica.
R: dado que a RO menos que triplica (os preços aumentam mais que a renda) desloca-se

2. Do exercício anterior considere que = 2, = 4 e = 10.


paralelamente a esquerda.

R: 10 = 2 + 4
a) Deduza a restrição orçamental do consumidor.

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 12


b) Considere uma redução de = 2 para = 1, mantendo inalterados e . Escreva
a expressão analítica da nova restrição orçamental. O que acontece a restrição

R: a nova expressão analítica da RO é 10 = + 4 . A nova RO faz uma rotação


orçamental e qual o significado económico do declive da recta orçamental?

para fora (para direita) e mantem 4 na origem das ordenadas e, por isso mesmo,
"
menos inclinada que a RO inicial. O declive da recta de restrição orçamental (que em
termos absolutos é igual a % , indica a taxa marginal de substituição de
"#
por ,
isto é, para cada unidade adicional de , quantas unidades de deve desistir.

3. Considere a utilidade de um consumidor descrita pela função ' , ( = 5 X.Y X.Y,


dispondo de uma renda igual a = 100; os preços de são, respectivamente, 2 e
10 0. ., calcule a Z[\ , e explique o seu significado. Determine a escolha óptima do
e

consumidor. Se consumir = 10 e = 8, o consumidor estará em equilíbrio?

R: Z[\ , = :^_% = = X = Y. Indica a relação de troca a que o consumidor está


:^_
Explique.

#
disposto entre os dois bens. Neste caso troca uma unidade de por cinco de , isto é
aceita renunciar 5 unidades de para ter acréscimo de 1 unidade de .
Se o consumidor optar pelas referidas quantidades, ele esgotará a renda 2 × 10 +
10 × 8 = 100 , mas não estará numa situação de equilíbrio, já que com elas não
maximiza a sua utilidade. As quantidades óptimas para o consumidor são ab = cd e
ae = d.

4. Considerando os dados do exercício nº 3, determine a escolha óptima do consumidor e o


seu nível de satisfação.
R: o exercício pode ser resolvido pelo multiplicador de Lagrange ou pelo método das
igualdades marginais.

; ' , ( ; ' , (
Escolha óptima pelo método das igualdades marginais:

= ; = 0.2
2 10

= 0.5 − − − ae = 5
f H100 = 2 + 10 × 0.2 H100 = 4 H = 25 fab = 25
100 = 2 + 10

g cd; d = d × cdh.d × dh.d ≈ dd. j


O nível de satisfação:

5. Considere a seguinte utilidade de um consumidor: ' ; (=2 +


restrição orçamental é 40 = 4 + . Determine:
; a sua

a) A escolha óptima do consumidor.

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 13


R: aqui temos que ter em conta os preços relativos uma vez que se trata de substitutos

ab = h
;,% 2 4 ;,%
perfeitos. Sendo assim teremos uma solução de canto.

= = 2; = = 4; < ⇒G l nh
;,# 1 1 ;,# ae = = = nh
me o
b) O seu nível de satisfação.

g h; nh = c × h + o × nh = nh
R:

6. Dados a utilidade ' ; ( = 5 + , os preços = 3, = 1 e a renda = 15.


Determine:
a) Escolha óptima do consumidor.
R: procedemos como no exercício anterior por se tratar, também, de substitutos

ae = h
;,% 5 3 ;,%
perfeitos.

= = 5; = = 3; > ⇒G l od
;,# 1 1 ;,# ab = = =d
mb r

g d; h = d × d + o × h = cd
b) A sua satisfação.

7. Considere g = sab + tae ; mb ; me ; l. Determine a função procura, escolha óptima e a


utilidade máxima do consumidor.

⎧ mb ; t > me ⎧ h; t > me
l s mb s mb
R: função procura:

usbge,b = sab + tae ⎪ ⎪


xh; y ; = ; e = zh; m { ; t = mb
l s mb
f →b=
l s m
v. s. l = mb ab + me ae ⎨ mb t me
⎨ e e
⎪ h; s < mb ⎪ l ; s < mb
⎩ t me ⎩ me t me
Escolha óptima:

l l
Se
> /4|0çã4 S2 > 34 ⇒ ae = h; ab = ;g = + ×0 =s
mb mb

l l
se
< /4|0çã4 S2 > 34 ⇒ ab = h; ae = ;g = ×0+ =s
me me

l
⎧b• zh;
Se
{
⎪ mb
= →
⎨e• €h; l •
⎪ me

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 14


= min…2 ; 5 † ; = 10; = 2; = 80
8. Considere um consumidor com as seguintes condições:

Determine a escolha óptima e a satisfação do consumidor.


R: trata-se de complementos perfeitos, por isso, não faz nenhum sentido determinar a taxa
marginal de substituição (uma vez que são consumidos conjuntamente em proporções
fixas).
Escolha óptima

= min…2 ; 5 †
I ,
/. . 80 = 10 + 2
2 =5 =Y − ae = d × ‰. no ≈ c. jŠ
c
⇒f G f = 40 × ‡ ≈ 7.41 I
Y
40 = 5 + 40 = 5 + ab ≈ ‰. no
Y

g ≈ d × c. jŠ = on. ‹
Utilidade

9. Considere g = uŒ•…sab , tae †; mb ; me ; l. Determine a escolha óptima e a utilidade


para o consumidor.

usbge,b = Ž••…sab ; tae †


R: escolha óptima
I
v. s. l = mb ab + me ae
sab = tae ae = t ab
s − −
f I fl = mb ab + me s ab fl = ab mb + s me
l = mb ab + me ae l = mb ab + me ae t t

s l
⎧ae = s
⎪ t mb + me
t
⎨ a = l
⎪ b s
⎩ mb + me
t
Aqui não faz nenhum sentido o cálculo da Z[\, uma vez se tratar de complementos

; = 0; ; = 0, portanto, a Z[\ não existe.


perfeitos, devendo, portanto, ser consumidos conjuntamente em proporções fixas

l s l l
Utilidade

g = uŒ• Gs s ;t s ‘=s s
mb + me t mb + me mb + me
t t t

10. Dadas a utilidade =5 X.Y X.Y


e a restrição 100 = 2 + 10 , encontre:

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 15


a) A função procura6

,% ,,# = 5
X.Y X.Y
R:
I →5=5 X.Y X.Y
−6 − −
/. . + =

⎧9,% = 2.5 − 6=0


9’ AX.Y X.Y

⎪ 9’
= 2.5 X.Y AX.Y − 6=0→ = → =
.Y,%D”.• ,#”.• "% “ "%

⎨9,# .Y,%”.• ,#D”.• "# “ "#


⎪ 9’
⎩ = − − =0
9“

− ⎧ae = l
= − ⎪ cme
G – + = ; H' + (= ; l
+ = ⎨
⎪ab = cm
⎩ b

= 100 a = ohh = d
b) A escolha óptima

=2 G
e
R: G c×oh

= 10 ab = c×c = cd
ohh

R: Z[\ = "% ; , = ; ae = h. cab


"Q ,#
c) A curva consumo-rendimento
, X
# %

d) As curvas consumo-preço dos bens e


R:

Z[\ , = "Q% = % 10 = −
" ,# "
Para bem

– ⇒– , X f H20 = 100
+ 10 = 100 10 + 10 = 100
# %
+ =

ae = d

Z[\ = "% =" −


"Q ,#
2 =
Para bem

– ⇒– f H
,
+ 2 = 100 4 = 100
,%
= 100 2
# #
+ = 2 +

ab = cd

e) As curvas de Engel para os bens e


R:
Para bem

6
Comparar o resultado final com as fórmulas na figura 9, página 10 (Aula teórica).
APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 16
? 0.5 0.5
b= = = = h. cdl
?+@ Q 0.5 + 0.5 2 2

@ 0.5 0.5
Para bem
e= = = = h. hdl
?+@ Q 0.5 + 0.5 10 10

11. Dadas a utilidade = 5 + 2 e a restrição 12 = 3 + , encontre:


a) A função procura

⎧ "% ; > "# ⎧ 0; > "#


! Y "% Y "%
R:

⎪ ⎪
, = 5 +2
→ = x0; " y ; = " ; = x0; " y ; = "
! Y "% ! Y "%
f
/. . 12 = 3 + ⎨ % #
⎨ % #

⎪ 0; Y < "% ⎪ ! ; Y < "%


⎩ "# ⎩ "# "#
b) A escolha óptima e nível de satisfação

b=h
R:

< % → Ie = ! = = oc ; g = 5 × 0 + 2 × 12 = cn
Y "
"# " #
É uma solução de canto uma vez que a Z[\ do consumidor não é igual a razão entre
os preços. Neste caso maximiza a sua utilidade adquirindo apenas um dos bens.

c) A curva consumo-rendimento

;
R:
> →b=h
;
d) A curva consumo-preço do bem

> ; > 2.5 → = 0 (ver função procura condição 0; < "% .


"% Y Y "
#
Se
< ; < 2.5 → = 0 (ver condição 0; > " ).
—% Y Y "%
#
Se
= ; = 2.5 → 12 = 2.5 + 12 − 2.5 = ; ae = oc − c. dab
—% Y
Se ;
y; = " .
! Y "%
"% #
(condiçãox0;
A curva consumo-preço do bem

> "% → =0
Y "
#
se
<" → =0
Y "%
#
se

= "% → = Y; = 1.2 → 12 = 3 + 1.2 ; 12 − 3 = 1.2 ;


Y " "#
#
ae = oh − c. dab
se

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 17


e) A curva de Engel para o bem

b=h
R:

A curva de Engel para o bem

e = = = oc
l oc
R:
me o

12. Considere = 3 + 4 ; = 6; = 8; = 150. Determine:


a) Função procura

; > ⎧ 0; ™ > "#


! "% "
R:

%
"% ™ "#
=3 +4 ⎪ ⎪
→ b = x0; " y ; ™ = " ; e = x0; " y ; ™ = "
! "% ! "%
I
,% ,,#
/. . 6 + 8 = 150 ⎨ % #
⎨ % #

⎪ 0; < " ⎪ !
; <
"
⎩ ⎩ "# ™ "#
% %
™ "#
b) Escolha óptima

b ∈ ›h; cdœ
R:
Z[\ , = ⇒ f
e ∈ ›h; o‹. ‰dœ
c) Nível de satisfação

g = 3 × 25 = 4 × 18.75 = ‰d
R:

d) Curva consumo-rendimento
R:
É todo o espaço dos bens.

e) Curva consumo-preço do bem e bem


R:

3
Para bem
= ; =6
8 4
Se < 6 ⇒ = 0
Se > 6 ⇒ = 0
Se = 6 ⇒ 6 + 8 = 150; ae = o‹. ‰d − h. ‰dab

3 4 4
Para bem
= ; = ; = ; =8
4 3 6 3
<8⇒ =0
>8⇒ =0
Se

=8⇒6 +8 = 150; ae = o‹. ‰d − h. ‰dab


Se
Se

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 18


13. Considere = …2 , 5 †; = 2; = 10; = 72. Determine:
a) Função procura

, = …2 , 5 †
R:
I
/. . + =
2 =5 = 2.5 = 2.5 = 2.5
f ;f ;f ;–
+ = + = 2.5 + = ="
!
#R .Y"%
l
⎧ab =
⎪ me + h. nmb
⎨a = l
⎪ e m + c. dm
⎩ e b

‰c
=2
b) Escolha óptima
ab = = oc
– = 10 → • c + h. n × oh
‰c
= 72 ae = = n. ‹
oh + c. d × c

g = uŒ• c × oc; d × n. ‹ = cn
c) Nível de satisfação

2 = 5 ; ab = h. nae
d) Curva consumo-rendimento

2 = 5 ; ab = h. nae
e) Curva consumo-preço de bem

2 = 5 ; ab = h. nae
f) Curva consumo-preço de bem

l
g) Curva de Engel do bem e bem
= ;a = =
+ 0.4 2 + 0.4 × 10 Š
l
= ; ae = =
+ 2.5 10 + 2.5 × 2 od

14. Considere = …3 , †; = 6; = 2; = 48. Determine:


a) Função procura

3 = 3 = =3
= …3 , †
R:

I ,
f ;f ; –
+ = + = ="
!
/. . + =
%R "#

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 19


l
⎧ab =
⎪ me + rmb
⎨a = rl
⎪ e m + rm
⎩ e b

n‹
=6
b) Escolha óptima
ab = =n
– =2 →• Š + r × c
r × n‹
= 48 ae = = oc
Š+r×c

g = uŒ• r × n; oc = oc
c) Nível de satisfação

ae = rae
d) Curva consumo-rendimento

ae = rae
e) Curva consumo-preço de bem

f) Curva consumo-preço de bem

ae = rae

l
g) Curva de Engel do bem e bem
= ;a = =
+3 6+3×2 oc
3 3
= ; ae = = h. cd l
+3 6+3×2

Leitura recomendada:

Fernandez, José Carrera. Curso Básico de Microeconomia. 3ª edição. Salvador. EDUFBA.


2009.
Goolsbee, A.; Levitt, S.; Syverson, C., Microeconomia. 2ª Edição. São Paulo. Editora Atlas.
2018.
Microeconomia. Compêndio. Disponível em www.iscap.pt/~asaraiva.
Krugman, Paul; Wells, Robin., Microeconomia. 3ª edição. Rio de Janeiro. Elsevier. 2015.
Pindyck, R.; Rubinfed, D., Microeconomia. 8ª edição. São Paulo. Pearson Education. 2013.
UP-FEP. Apontamentos

APONTAMENTOS MICROECONOMIA COMPILADOS POR A. BUGUDADE 20

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