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TEORIA DO CONSUMIDOR – Introdução à Economia I

Resumos

1. TEORIA DO CONSUMIDOR

Comecemos pela atividade do consumo: ao estudarmos o problema do consumidor, a principal


questão consiste em saber “o que dá valor às coisas”, “por que é que umas coisas valem mais do que as
outras e como se sabe quanto?” – TEORIA DO VALOR.

1.1. UTILIDADE
A complexa questão da teoria do valor foi logo apresentada por Adam Smith, ficando conhecida como
“PARADOXO DO VALOR”, ou paradoxo da água e do diamante:
É estranho que, num sentido, a água é tão valiosa em comparação com o diamante, enquanto que,
noutro sentido, o diamante é mais valioso do que a água. Esta constatação deve-se aos dois tipos de valor
existentes: valor de uso, ou seja, o ganho que se tem ao usar o bem; valor de troca, ou seja, o que o bem
vale no mercado. Enquanto que a água tem um alto valor de uso e um baixo valor de troca, o diamante
depara-se com a situação oposta.

Esta anomalia só foi explicada quando se deu a grande revolução da Economia, baseada na
UTILIDADE e no MARGINALISMO.

I) Utilidade (Utilidade Total)


A utilidade total corresponde ao valor de uso, ou seja, ao grau de satisfação que cada ser humano
tira do uso dum determinado bem, atribuindo, assim, valor às coisas.
A utilidade é, então, aquilo que todos os bens têm em comum: um pão, um poema, um passeio, entre
outros, dão satisfação à multiplicidade de necessidades humanas, mas é o grau que esses bens dão
satisfação a essas necessidades que é a utilidade. A intensidade da utilidade e a forma como se revela são
muito diferentes de bem para bem, de pessoa para pessoa, uma vez que é devido às preferências pessoais
de individuais de cada pessoa que se dá o consumo de bens e que estes são avaliados.
O valor das coisas não está nas próprias coisas mas na utilidade total das mesmas, ou seja, no valor
que o agente económico, consoante as suas preferências e desejos lhes atribui.

II) Marginalismo (Utilidade Marginal)


A utilidade marginal corresponde ao valor de troca, ou seja, valor da última unidade que é
consumida.

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Lei da utilidade marginal decrescente: à medida que se consome mais do bem, a utilidade marginal
desse mesmo bem vai diminuir.
A lei justifica-se pela racionalidade, uma vez que cada unidade do bem vai valer menos utilidade que
as anteriores pois o agente económico vai utilizar a primeira unidade do bem para satisfazer a
necessidade mais urgente.
O valor de troca é, também racionalmente, o valor da última unidade a ser consumida pois essa
unidade é aquela que vale menos e, por isso, é trocada.

1.2. A DECISÃO DO CONSUMIDOR


I) Problema geral da afetação
O problema do consumidor aparece como a afetação de certos recursos (rendimento, R) pelos vários
bens, que têm preços, se forma a maximizar a utilidade. A questão teórica, “problema geral da afetação”,
reside em encontrar a regra que o consumidor deve seguir para maximizar, então, a sua utilidade.

II) Solução ótima


Regra de ouro da decisão do consumidor: a utilidade marginal do último euro gasto em cada bem
deve ser igual em todos os bens.

Umi/Pi = Umj/Pj = ... = Umz/Pz

Assim sendo, caso a utilidade marginal do último euro gasto no bem i seja superior à utilidade
marginal do último gasto no bem j, devemos aumentar a quantidade consumida do bem i, fazendo
diminuir a utilidade marginal deste bem, e, consequentemente, diminuir a quantidade consumida do bem
j, aumentando a sua utilidade marginal. Esta situação vai decorrer até que a regra de ouro seja verificada.
Ou seja, olhamos euro a euro e vemos qual a melhor maneira de os gastar: empregando cada euro
marginal na utilidade mais alta, temos a certeza que estamos a ganhar o mais possível.

Umi/pi > Umj/pj mas


Qi ↑ implica Umi ↓ , Qj ↓ implica Umj ↑, até que Umi/pi = Umj/pj

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III) Casos particulares
Alguns casos particulares, tais como a indivisibilidade de certos bens (afetação do tempo; televisão)
são resolvidos desta forma: caso não seja possível igualar a utilidade marginal do último euro a todos os
bens, devemos, pelo menos, aproximá-las tanto quanto possível.
Relação entre escassez e utilidade marginal: Um bem não escasso é todo aquele que existe em
quantidade tal que a sua utilidade marginal é nula, ou seja, as quantidades disponíveis do mesmo são
mais do que suficientes para satisfazer as necessidades presentes.

IV) Excedente do consumidor


Relação entre a curva da procura e a curva da utilidade marginal: A curva da procura traduz a
quantidade de bem que o consumidor está disposta a comprar, para cada preço; Ora, o consumidor só
está disposto a pagar porque retira do bem utilidade; Ambas as curvas medem o valor do bem,
diferenciando-se na unidade de medida (curva da procura mede o valor do bem em dinheiro e a curva da
utilidade marginal mede esse valor em utilidade).
Assim sendo, esse o valor de troca do bem (preço) é igual à utilidade marginal, então o que se paga
por um bem não representa o que ele realmente vale (valor de uso), mas sim o que a última unidade vale.
Logo, o valor de uso do que se compra é superior ao valor de troca. Assim sendo, a diferença entre o valor
de uso pelo valor de troca é o excedente do consumidor.
Para decidir sobre a produção dos bens públicos o excedente do consumir é uma noção essencial:
Uma vez que o preço (valor de troca) destes bens é nulo, o excedente do consumidor é toda a área abaixo
da curva da procura; Assim sendo, o valor (de uso) da estrada calculado através do excedente, deve ser
comparado com os custos que a produção dum bem público vai ter, nomeadamente para o Estado.

A solução do problema do consumidor centra-se nas duas leis de Gossen:


1ª Lei de Gossen – À medida que se consome mais do bem, a utilidade de cada unidade adicional
consumida desce;
2ª Lei de Gossen – A utilidade marginal do último euro gasto em cada bem deve ser igual em todos
os bens.

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1.3. A ANÁLISE MODERNA DO CONSUMIDOR
I) Comparação entre bens
A análise que vimos atrás resolve o problema do consumidor, mas tem um inconveniente grave:
obriga a medir a utilidade. Apesar de ser possível ter a sensação da utilidade das coisas que consumimos
e da sua sensação (utilidade é um fenómeno muito real e palpável), não é possível medir exatamente
este fenómeno.
Resolução do problema da medição da utilidade: Só existe problema económico quando se
confrontam, pelo menos, duas alternativas; Desta maneira, não é preciso saber qual é a avaliação
absoluta dum bem (não interessa “quanto vale” cada uma das alternativas), mas saber qual é a
avaliação relativa entre as várias alternativas de bens de consumo, com que o agente económico
se confronta (interessa saber “qual delas é a melhor”).

Representando um cabaz de livros e pão (montante concreto destes bens), através do ponto A:
O consumidor não consegue saber quanto é que vale (valor de uso, utilidade total), para ele, estar no
ponto A. No entanto, consegue comparar a situação do ponto A (aquela quantidade de livros e pão) com
outras, e saber e gosta mais ou menos delas.

Uma vez que se tratam de dois bens (e não males): Os melhores pontos são aqueles em que ele tem
mais quantidade de livros e pães (E, F, G); Os piores pontos são aqueles em que ele tem menos
quantidade de livros e de pães (B, C, D); Os restantes pontos são duvidosos, logo é impossível decidir qual
a sua relação em ordem do ponto a sem conhecer as preferências do consumidor.
Para resolver a questão dos pontos duvidosos: Encontrar todos os pontos indiferentes ao ponto A,
ou seja, pontos em que a utilidade que o consumidor tem no ponto A é a mesma.

II) Cuva de indiferença


O conjunto dos pontos indiferentes a A forma uma curva de
indiferença. Esta representa as preferências dos agentes,
definindo os pontos que valem o mesmo para um agente.

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Justificação das suas propriedades geométricas
Abaulada para baixo (concava para a origem) e Decrescente: Lei da substituição – quanto menos
livros o consumidor tem, maior é a utilidade marginal do livro e mais pães têm de lhe dar para ficar com
a mesma utilidade marginal; 1ª Lei de Gossen – à medida que se consome menos livros, a utilidade
marginal do livro aumenta.
A cuva da indiferença divide o espaço em duas zonas: Uma zona melhor que os pontos da curva
(acima da curva) e uma zona pior (os pontos abaixo da curva).
Uma vez que podemos fazer este exercício partindo de qualquer ponto, temos muitas curvas da
indiferença. Por cada ponto do espaço, que representa uma combinação da quantidade de dois bens,
passa somente uma curva da indiferença. As curvas nunca se cruzam uma vez que, cada uma das curvas
acima da outra represa uma utilidade maior (ou seja, têm utilidades diferentes), e como os pontos duma
curva têm todos a mesma utilidade, um ponto não pode pertencer a duas curvas.

1º caso: A tem maior utilidade


que C; 2º caso: têm ambos os
pontos a mesma utilidade.

III) Condição de ótimo


Quantas unidades de pão têm de dar ao consumidor, quando lhe tiram um livre, para que a utilidade
marginal do último euro gasto em cada bem seja igual? Taxa Marginal de Substituição (TMS):
Representa a utilidade relativa do pão e dos livros, ou seja, quantos pães valem um livro – rácio das
utilidades marginais dos dois bens.

TMS (livros, pão) = Uml/Ump

Se o preço do livro for 7 (Uml = 7) e o preço do pão for 1 (Ump = 1), a TMSl,p = 7. Se o consumidor, no
ponto A, está disposto a trocar 1 livro por 3 pães, ele fica a ganhar se consumir mais pães (de A passa para
D, que se encontra numa curva de indiferença acima, comprovando que, em D, o consumidor tem maior
utilidade). Desta maneira, ao tentar encontrar sucessivamente a solução ótima, vamos aumentar
progressivamente a utilidade e deslocar-nos para um novo ponto numa nova curva da indiferença acima
da anterior. O ponto encontrado é ótimo quando a TMS iguala o quociente dos preços, ou seja, o
consumidor está a trocar da mesma forma que a sociedade.

TMS l,p=Pl/Pp

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Estamos perante a 2ª Lei de Gossen, dita doutra forma: a condição de ótimo diz que a maximização
da utilidade dos consumidores é conseguida quando os consumidores consomem até que a TSM iguale o
rácio dos preços. Como o quociente de preços é a TSM, então o ótimo de cada pessoa é, na margem, fazer
o mesmo que o mercado.

IV) Restrição do rendimento


O consumidor está limitado por um certo nível de rendimento. Dado um certo rendimento R, o
consumidor tem algumas possibilidades de consumir estes os bens desejados (neste caso, pão e livros).
Assim, representamos as possibilidades de consumo dum certo consumidor através da reta do
rendimento.

Uma vez que a relação entre dois bens é constante/fixa, estamos perante uma reta, e não uma curva
(neste caso, cada livro vale sete pães). A inclinação da reta do rendimento diz, então, quanto pode
comprar mais de pão se deixa de comprar um certo montante de livros, dado o preço dos livros e do pão.
A reta divide o espaço em duas zonas: Zona acima onde os pontos de consumo são impossíveis
(não há rendimento disponível suficiente para cobrir a despesa); Zona abaixo onde os pontos
representam um rendimento disponível mais do que suficiente para cobrir a despesa.

Algebricamente, a restrição do rendimento manifesta-se pela necessidade das despesas em livros


somadas às despesas em pão sejam, no máximo, iguais ao rendimento (R):

Pl x L + Pp x P = R, equivalente a:

(Pl/Pp) x L + P = R/Pp

O melhor ponto das possibilidades de consumo é conseguido quando se sobrepõe o mapa da


indiferença à reta do rendimento. Nesse caso, vemos que o ponto de possibilidades de consumo que tem
maior utilidade (pertence à curva da indiferença mais acima) é o de tangência entre a curva de
indiferença e a reta do rendimento. Assim temos que a inclinação da curva de indiferença (TMS)
iguala à inclinação da reta do rendimento (inclinação da recta de rendimento: escrevendo-a na forma que segue, P
= - (Pl/Pp) x L + R/Pp, vemos que a derivada dP/dL vem igual ao rácio de preços Pl/Pp), ou seja, a TMS iguala o rácio dos

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preços. Assim, deparamo-nos de novo com a 2ª Lei de Gossen: os consumidores consomem até que a
TMS iguale o rácio dos preços, desta vez com mais uma condição de ótimo – a reta do rendimento.

Só com as duas condições juntas é possível obter o ponto ideal. Ao fazer a substituição de livros por
pão, o consumidor vai-se deslocando ao longo da reta do rendimento, mas subindo de curva de
indiferença para a curva acima. Ao chegar a um certo ponto em que, mantendo-se na reta, não é possível
subir para uma curva superior, o ponto de máxima utilidade é o ponto em que essa curva de indiferença
mais acima é tangente à reta do rendimento. A condição necessária e suficiente para que nos encontremos
nesse ponto é que, simultaneamente, verifique estas duas condições:

TMS l,p=Pl/Pp

(Pl/Pp) x L + P = R/Pp

1.4. TRÊS OUTRAS QUESTÕES DO CONSUMIDOR


I) Variação de rendimento
A) Curvas consumo-rendimento e de Engel
A reta de rendimento será mais acima, quanto maior for o rendimento (a inclinação da reta não
se altera, uma vez que os preços não variam).
Quando aumenta o rendimento, a reta do rendimento desloca-se
para cima. Com essa curva mais elevada, a aplicação da regra de Gossen
leva a escolher o ponto que é tangente a uma curva de indiferença. Deste
modo, obtém-se o novo ponto ótimo.
Se calcularmos os pontos ótimos para muitos níveis de rendimento, e se unirmos esses pontos
entre si, obtemos a curva consumo-rendimento: o lugar geométrico dos pontos de consumo ótimo
dos dois bens, para certos níveis de preços e de valores de rendimento.

Quando relacionamos diretamente o consumo ótimo de cada bem com o nível de rendimento que
o gera, referimo-nos às curvas de Engle. Estamos perante a mesma informação da curva de consumo-
rendimento, mas individualizando cada bem por si.

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B) Elasticidade rendimento da procura
Para analisar as variações do padrão de consumo à medida que um consumidor varia o seu
rendimento, é preciso conhecer a variação percentual dum certo bem, no total da despesa efetuada,
e não a variação absoluta. Com esta finalidade, deparamo-nos com a elasticidade rendimento da
procura: a variação percentual da procura de um bem quando rendimento varia 1%
C) Classificação de bens
Se um bem aumenta a sua importância nas despesas do consumidor, quando o rendimento sobre,
é um bem superior. Os bens superiores têm uma elasticidade rendimento superior a um, e uma curva
de Engel crescente (exemplo: bens de luxo).
Se, quando o rendimento do consumidor sobre, aumenta o consumo dum bem, mas menos que
proporcionalmente à subida do rendimento (peso no rendimento desce), é um bem normal. Estes
vens têm elasticidade rendimento positiva, mas menor que um, e uma curva de Engel crescente, mas
cada vez menos crescente (exemplo: bens alimentares – Lei de Engel, quanto maior o rendimento da
família, menor o peso dos bens alimentares no total das despesas).
Finalmente, se quando o rendimento aumenta, o consumo dum bem diminui, é um bem inferior.
Estes bens têm uma elasticidade rendimento negativa e uma curva de Engel decrescente. Para além
disso, são constituídos pelos bens que satisfazem necessidades que também podem ser satisfeitas por
outros bens de melhor qualidade (exemplo: transportes públicos).

II) Variações de preços


A) Curvas preço-consumo e da procura
Quando o preço varia, a reta do rendimento sofre uma alteração na sua inclinação: se o preço
aumentar, a inclinação da reta aumenta. Caso isso aconteça (preço dos livros aumentar), se o
rendimento for todo gasto em livros, é apenas possível comprar menos livros, enquanto que se ele
fosse gasto em pão (cujo preço não variou).

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Da nova reta do rendimento, o ponto ótimo é obtido pela tangência entre essa reta e uma curva
da indiferença. Ao fazer novas variações de preços é possível unir os vários pontos de consumo ótimo,
obtendo assim a curva preço-consumo.
A curva que exprime a relação da curva preço-consumo, somente para um bem, é uma curva que
relaciona a quantidade ótima de consumo desse mesmo bem, para cada um dos preços que a motivam
– curva da procura.
B) Efeitos rendimento e substituição
Quando o preço dum bem varia, ao longo da curva da procura, dá-se dois efeitos: o efeito
substituição (porque o bem fica mais caro, o consumidor desloca-se ao longo da curva de indiferença,
para um ponto em que o consumo desse bem é menor) e o efeito rendimento (porque se fica mais
pobre pela subida de preço, o consumidor é forçado a deslocar-se para uma curva de indiferença
inferior. O efeito total é a soma destes dois efeitos.
O Paradoxo de Giffen diz-nos que, para alguns bens, quando o preço sobe, as pessoas consomem
mais quantidades do mesmo (violação da lei da curva da procura negativamente inclinada). O
snobismo (comprar um bem mais caro só porque é mais caro) pode ser uma das justificações a dar,
no entanto, não é a única.
O efeito substituição leva sempre a uma redução da quantidade consumida do bem cujo preço
aumentou. O efeito rendimento pode diminuir ou aumentar a quantidade consumida do bem,
conforme este seja superior, normal ou inferior. Normalmente, o efeito que domina é o efeito
substituição, mas, no caso dos bens de Giffen, perante uma subida de preços o efeito rendimento é
não só inverso do efeito substituição, mas de tal forma poderoso que o anula, causando um aumento
da quantidade procurada, o que gera a parte positivamente inclinada da curva da procura. Por
exemplo, quando o preço das batatas sobe, as pessoas ficam tão pobres que deixam de consumir bens
superiores (carne) e, como têm de os substituir, compram mais batatas.

C) Elasticidade preço da procura


Elasticidade preço da procura: a percentagem de descida da procura se o preço subir 1%.
Um bem de procura elástica é aquele que tem uma elasticidade procura-preço maior que
(exemplo: bem supérfluos, bens que têm múltiplos bens substitutos). A procura perfeitamente rígida
diz respeito a um bem que, quando o preço aumenta 1%, a procura do mesmo não se altera (curva da
procura vertical).

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Um bem de procura inelástica ou rígida é aquele cuja elasticidade procura-preço é menor que
um (bens de Giffen, bens de primeira necessidade, bens com poucos ou nenhum substitutos). A procura
infinitamente elástica é quando a procura dum bem não se altera, independentemente do aumento
percentual de 1 unidade do preço do bem (curva da procura horizontal).
Um bem de procura unitária é aquele que as variações de preço mantêm a receita.

Efeito de King: uma boa colheita provoca um decréscimo do preço do bem, face ao aumento da
oferte, levando a um decréscimo da receita do produtor. Como?
- O que determina a sensibilidade da receita (despesa) do produtor (consumidor) a variaçõ es do
preço é a elasticidade procura preço.
- Se a procura é elá stica, se Px diminui entã o a receita (PxQ) aumenta, porque a quantidade
aumenta mais do que a descida do preço.
- Se a procura é rı́gida, se Px diminui entã o a receita (PxQ) diminui porque a quantidade aumenta
menos do que a descida do preço.

Elasticidade preço cruzada da procura: variação da procura dum bem causada por alterações
de preço de outro bem. Esta elasticidade, que mede o grau de interdependência entre a procura de bens,
também serve para classificar os bens. Assim, bens que tenham a elasticidade preço-cruzada positiva são
bens substitutos, ou seja, quando o preço dum deles sobre, a procura do outro também sobre (houve
uma substituição do consumo de um por outro. Se a elasticidade do bem for negativa, então estamos
perante bens complementares, ou seja, a procura dum bem move-se em função do outro.

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