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FACULDADE DE ECONOMIA DO HUAMBO

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DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À ECONOMIA I

1º ANO / MANHÃ E NOITE

Huambo / Angola
2014
ECONOMIA

TEMA 5
UTILIDADE E CONSUMO
Utilidade e consumo
As escolhas dos consumidores constituem um dos
fundamentos essencias das economias de mercado.
As mesmas não tem sido feitas ao acaso, sendo que
os bens que escolhem são aqueles disponiveis e
acessiveis de modo a maximizarem a sua utilidade ou
seja aqueles que o seu consumo, garantem a
satisfação das suas necessidades.
Se analizarmos o comportamento do
consumidor, temos que saber que tipo de
bens quer, como reage perante as
caracteristicas desses bens e, sobre tudo,
quais os sentimentos que expressa em
relação ao bem.
A utilidade, conceito base de toda a teoria do
consumidor, mede a sua satisfação, em resultado
do consumo de bens e serviços. Ao estudarmos o
problema do consumo, a principal questão, que
ocupava maior parte do tempo dos economistas
classicos, Smith, Ricardo e seus discipulos,
consistia em saber o que é que dava valor as
coisas.
Porque que algumas coisas tem mais valor que
as outras? Desta nasceu a teoria do valor
(valor de uso e valor de troca).
• Nada é mais util do que a agua: mas com
ela, praticamente nada se pode comprar.
Praticamente nada pode obter-se em troca
dela. Pelo contrario, um diamante não tem
valor, praticamente qualquer valor de uso;
no entanto, pode normalmente obter-se
grande quantidade de outros bens em troca
dele (Smith 1779, pag. 117).
Função Utilidade
No âmbito da economia, o conceito de utilidade
expressa a satisfação de um indivíduo quando
consome um determinado bem ou serviço. Remete
para o lucro, proveito, fruto ou juro que um
indivíduo tem com a utilização de algo.
A função utilidade, é a relação entre o consumo
de varios bens e o total de utilidade que gera.
A utilidade também indica a importância
relativa de um bem econômico em relação à
satisfação de uma necessidade específica.
Por exemplo: Para uma pessoa que mora
em uma cidade quente, um ventilador
provavelmente terá mais utilidade do que
para uma pessoa que mora em uma cidade
fria.
Assim, é provável que a pessoa que mora na
cidade com temperaturas mais altas esteja
disposta a pagar mais por esse bem.
A noção, de que a satisfação que cada ser humano
tira do uso do bem é que dá valor as coisas,
constitui a primeira ideia revolucionaria. Ao grau
com que os bens, dão satisfação as necessidades
humanas, chamamos de utilidade.
Utilidade marginal e Utilidade total.
A utilidade marginal de um bem diminui
quanto maior for o seu consumo. Assim, a
água tem uma baixa utilidade marginal. A
utilidade marginal de um bem diminui à
medida que a nossa necessidade é
satisfeita.
Ex. Se eu tenho muita sede, o primeiro copo de
água tem elevada utilidade marginal, mas essa
utilidade vai diminuindo a cada copo que se bebe,
porque a sede estará saciada.

A utilidade total de um consumidor é a satisfação


total que o consumidor tira do consumo de um bem
ou serviço.
E a utilidade marginal de um consumidor é a
variação na satisfação (utilidade) que resulta do
consumo adicional de um bem ou serviço em
causa, a partir de um dado nível de utilidade.
Copos Utilidade Utilidade
marginal total
1 4 4
2 3 7
3 2 9
4 -1 8
5 -2 6
Podemos observar que a utilidade total é a
utilidade que o individuo obtem pelo consumo do
total dos copos de água, enquanto que a utilidade
marginal é a utilidade de cada um dos copos de
água. A utilidade marginal é o acrescimo de
utilidade que a ultima unidade consumida trouxe. A
utilidade total é a satisfação total que resulta do
consumo de um bem ou serviço.
Lei da utilidade marginal decrescente.
A medida que se consome mais do bem, a
utilidade de cada unidade consumida desce.
Significando que o que da valor as coisas, é
a utilidade marginal.
Umgx:Px = Umgy:Py ou
Umgx:Umgy = Px:Py
TEORIA DO CONSUMIDOR

Primeira lei de Gossen: A medida que se


consome mais do bem, a utilidade de cada
unidade adicional consumida desce.
Segunda lei de Gossen: o consumidor, para obter
o máximo de satisfação, deve consumir até que a
utilidade marginal do último valor gasto em cada
bem seja igual em todos os bens.
TEORIA DO CONSUMIDOR
LEI DA UTILIDADE DECRESCENTE

Na medida em que aumenta o consumo de


uma mercadoria, a Utilidade Marginal dessa
mercadoria diminui.
TEORIA DO CONSUMIDOR
Ao verificarmos o movimento da curva de cima a baixo, e da esquerda para a direita, a
mesma vai atingindo uma posição horizontal, significando uma verdadeira substituição
Utilidade Total

de um bem pelo outro. Ou seja determinado bem é substituido pelo outro.


Daí surge a Lei de Substituição.
350
300
250
200
150
100
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Consumo de chocolate
TEORIA DO CONSUMIDOR

QUANTO MAIS ESCASSO É UM BEM, MAIOR É O SEU VALOR RELATIVO DE SUBSTITUIÇÃO;


A SUA UTILIDADE MARGINAL, AUMENTA RELATIVAMENTE A UTILIDADE MARGINAL DO BEM

QUE SE TORNOU ABUNDANTE. Lei de Substituição


Utilidade Marginal

60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8

Consumo de chocolate
TEORIA DO CONSUMIDOR
Excedente do consumidor
Conceito identificado pelo economista Alfredo Marshal,
para significar:

A diferença entre o valor total que os


consumidores se dispõem a pagar pela
quantidade de um bem ou serviço que
desejam comprar e o valor que efectivamente
pagam no mercado por essa quantidade do
TEORIA DO CONSUMIDOR
Ex. Suponha que, por uma quantidade de produto,
estaria disposto a pagar o valor de 100 unidades
monetárias, quando de facto o seu valor de mercado
é de apenas 60 unidades monetárias.
Se opta pela realização da compra (consumo),
consegue um ganho (poupança) de 40 unidades
monetárias. Nas economias de mercado, é muito
comum e natural que estas situações ocorram.

No exemplo considerado, atribui-se o nome de


excedente de consumidor às 40 unidades
monetárias poupadas.
TEORIA DO CONSUMIDOR
EXCEDENTE DO CONSUMIDOR

Barra Preço marginal Preço de mercado Excedente


(1) de reserva (2) (3) (2) – (3)

1a 4 1,50 2,50

2a 3 1,50 1,50

3a 2 1,50 0,50

Excedente do consumidor (total) 4,50


TEORIA DO CONSUMIDOR
.

4
Preço marginal de reserva

3,5
3
Excedente do consumo
2,5
2
1,5 p = R$ 1,50
1
0,5
0
1 2 3 4 5
Barras de chocolate
TEORIA DO CONSUMIDOR

EQUILÍBRIO DO CONSUMIDOR

• Quantidade consumida para a qual

• Preço Mg de Reserva = Preço de Mercado


TEORIA DO CONSUMIDOR
CURVAS DE INDIFERENÇA

As curvas de indiferença, demonstram aquilo que


determinado consumidor deseja fazer.
 Representando um conjunto de situações em
que o consumidor se encontra igualmente
satisfeito.
 É uma curva convexa e os seus pontos,
indicam as opções de consumo que são
indiferentes para os consumidores, desejando-
os de igual modo.
TEORIA DO CONSUMIDOR
CURVAS DE INDIFERENÇA
Representação gráfica de um conjunto de cestas
de consumo indiferentes para o consumidor, ou
seja, cestas que trazem a mesma satisfação.
CURVAS DE INDIFERENÇA
Propriedades
 Quanto mais distantes da origem, representam cestas
mais desejadas e vice-versa;
 Tem sempre inclinação negativa;
 Duas curvas de indiferença nunca se cruzam.
TEORIA DO CONSUMIDOR
TEORIA DO CONSUMIDOR
MUITO
OBRIGADO PELA
PACIÊNCIA

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