Teoria do Consumidor
Mancha Santos
1.1. Contextualização...............................................................................................................1
1.2. Objectivos.........................................................................................................................1
2. Teoria do consumidor...........................................................................................................2
Referencias Bibliográficas.........................................................................................................11
Capítulo I: Introdução
1.1. Contextualização
No contexto da sociedade industrial, o progresso econômico é acompanhado de mudanças na
estrutura e nos padrões culturais da sociedade. Com o ritmo acelerado de produção, os
consumidores são também produzidos, a mídia e o marketing possuem papéis importantes em
impulsionar vontades e necessidades antes inexistentes nos indivíduos e popularizar produtos,
moldando a mentalidade do consumidor. Segundo Lipovetsky (2007), “a economia do consumo
é inseparável do marketing: a busca do lucro pelo volume e pela prática dos preços baixos. Por
os produtos ao alcance das massas: a era moderna do consumo é condutora de um projeto de
democratização do acesso aos bens mercantis” (LIPOVETSKY, 2007, p.28). Segundo
Baudrillard, a publicidade se vê por toda parte a conquistar os modos de comunicação
subsequentes, intimistas e pessoais.
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral
Analisar a Teoria do Consumidor
1.2.2. Objectivos Específicos
Demostrar a Curva de oferta de trabalho Efeito Total; Efeito Renda; e Efeito
Substituição;
Utilidade total e marginal.
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Capítulo II: Revisão de Literatura
2. Teoria do consumidor
2.1. Conceitos Iniciais
O núcleo conceptual da Teoria do Consumidor é o princípio de que a decisão dos agentes
económicos resulta de uma comparação entre o benefício da sua acção (i.e., o ganho de bem-
estar que origina) com o custo de a implementar (i.e., o dispêndio de recursos escassos
disponíveis)
Na teoria do consumidor assumimos que o indivíduo escolhe um cabaz formado com uma certa
quantidade de dois bens ou serviços estando sujeito ao rendimento que tem disponível. Os
indivíduos possuem informação e raciocínio perfeitos (o que é público).
A utilidade (i.e., o valor económico) dos bens e serviços resulta da sua capacidade em satisfazer
as necessidades humanas. Se um objecto não satisfaz nenhuma necessidade humana, então não
tem utilidade de entre as coisas com utilidade, a afectação das que estão disponíveis em
quantidades ilimitadas não são um problema porque o indivíduo consegue sempre apropriar a
quantidade suficiente para satisfazer as suas necessidades.
As utilidades das coisas (i.e., o seu valor económico) é subjectiva pois depende dos gostos e
preferências da pessoa que as vai consumir/fruir. A aceitação deste princípio moral inviabiliza a
existência de uma economia centralizada eficiente.
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2.2.3. Princípio da Transitividade da Comparação
Traduz que as escolhas do consumidor são consistentes. e.g, se A é melhor que B e B é melhor
que C, então A é melhor que C. Vamos codificar “melhor que” por >; “análogo a” por =; e “pior
que” por <;
No local dos “melhores”, tenho mais de ambos os bens na fronteira tenho igual quantidade de um
bem e maior quantidade de outro bem A > B se (a1 = b1 e a2 > b2) ou (a1 > b1 e a2 = b2) ou (a1 >
b1 e a2 > b2)
Segundo os autores “as pessoas obtêm ‘utilidade’ apropriando-se de coisas que lhe dão prazer e
evitando coisas que lhe trazem insatisfação. ” (PINDYCK; RUBINFELD, 2002, p. 72). As cestas
são hierarquizadas e ordenar conforme sua grandeza. Essa, classificada de maior para menor, é
chamada de utilidade cardinal. A suposição em cima dessa teoria, utilidade cardinal, é de que o
tamanho da cesta de bens tem relevância e que, para descobrir qual o consumidor irá escolher, é
necessário que seja oferecido as cestas e observar sua escolha.
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Posso caracterizar as preferências do indivíduo por um conjunto de curvas de indiferença.
Comparando duas curvas de indiferença, as que estão à direita e acima contêm cabazes que são
preferíveis aos que se encontram nas curvas de indiferenças à esquerda e abaixo:
O rendimento disponível das famílias tem origem principalmente nos salários, sendo também
importantes os rendimentos do capital (e.g., dividendos e juros) e as transferências do estado
(e.g., rendimento de inserção social).
Tal como consideramos para as curvas de indiferença, tomemos o exemplo de um cabaz genérico
com dois bens ou serviços, A = (a1, a2).
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Recta orçamental, RO
A linha fronteira entre a zona dos cabazes que o indivíduo pode adquirir e a zona dos cabazes
que o indivíduo não pode adquirir p1.a1 + p2.a2 = r.
Podemos explicitar a RO, a2 = r/p2 – a1.p1/p2 a intersecção com o eixo vertical é r/p2,
Traduz o máximo que eu posso comprar do bem 2 a intersecção com o eixo horizontal é r/p1,
Traduz o máximo que eu posso comprar do bem 1
Traduz que para comprar mais uma unidade do bem 1 eu tenho que abdicar de comprar – p1/p2
unidades do bem 2:
É idêntico à TMSxy mas aqui pretendo manter a despesa constante, enquanto na TMS pretendo
manter o nível de utilidade constante.
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Quando o rendimento aumenta (e os preços se mantêm), o indivíduo pode consumir cabazes
mais recheados.
A taxa marginal de substituição (TMS) é a taxa que expressa a relação de substituição entre os
bens x1 e x2.
As derivadas parciais desta função ∂U/∂x1 e ∂U/∂x2, denominadas como utilidade marginal de
x1,e x2, respectivamente, têm interpretações quantitativas bem definidas. Relembre-se que uma
curva de indiferença representa um nível de utilidade constante em todos os seus pontos. Assim,
podemos representar uma curva de indiferença pela seguinte equação:
Resoluções de Exercícios
1. Um indivíduo tem como curva de indiferença y = 100/x. Qual é, em A = (x, y) = (5, 20), a
taxa marginal de substituição do bem X pelo bem Y? E no cabaz B = (20, 5)?
Solução
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Quando tenho 5 unidades do bem X, para compensar a perda de uma unidade do bem X,
necessito de adquirir 4 unidades do bem Y
TMSB = – 0.25
Quando tenho 20 unidades do bem X, para compensar a perda de uma unidade do bem X, apenas
necessito de adquirir 0.25 unidades do bem Y.
Soluções
a2 = 100/a12 e a2 = 10/a12
100/a12 = 10/a12
ii) Pegando num cabaz de CI1, A = (10, 1), existe em CI2 o cabaz B = (10, 0.1) que é pior
que A
Pelo princípio da insaciabilidade, então qualquer cabaz da CI1 é preferíveis a qualquer outro
cabaz da CI2.
– preciso de 1.6 unidades do bem 2 para compensar a perda de uma unidade do bem
1.
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– preciso de 1.28 unidades do bem 2 para compensar a perda de uma unidade do
bem 1.
Apesar de eu ter menor quantidade do bem 1, como estou em curvas de indiferença diferentes,
não se aplica o princípio de que a TMS diminui quando a quantidade do bem 1 aumenta. No
exemplo, também varia a quantidade do bem 2.
U 'x y 5
TMSxy=− =− =− =−0 .5
U'y x 10
U(a1,a2) = a1.a2.
a2 = 50/a1
a2 = 50/a1
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4. Um aluno tem 600 mzn /mês de rendimento que pode gastar em alimentação cujo preço é
5mzn/u., vestuário cujo preço é 10mzn/u. e habitação cujo preço é 100mzn/u. Qual será o cabaz
que o aluno pode consumir em cada mês?
5.Um indivíduo tem de rendimento disponível 1000€/mês que gasta em alimentação e habitação,
(a, h), cujos preços unitários são 2.5€/u. e 5€/u., respectivamente.
ii) Sobre a RO, quantas unidade de alimentação tem que abdicar para adquirir mais uma
unidade de habitação?
Soluções
ii) Para manter a despesa sobre a RO, tem que abdicar de 2 unidades de a por cada
unidade a mais de h: –ph/pa = –5/2.5 = –2.
iii) Não pode adquirir pois a despesa, 200*2.5+150*5 = 1250mzn, seria maior que os
1000mzn de rendimento disponível.
6. Sendo que um indivíduo tem de rendimento disponível 500mzn/mês que gasta em dois bens,
(x, y), cujos preços unitários são 2mzn/u. e 5mzn/u., respectivamente.
i) Represente graficamente a RO
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Soluções
Posso localizar os pontos extremos (0;100) e (250;0) e uni-los por uma recta (linha azul) ;
Posso localizar os pontos extremos (0;120) e (300,0) e uni-los por uma recta (linha rosa).
120
100
80
60
y
40
20
0
0 50 100 x 150 200 250 300
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Referencias Bibliográficas
DOUGLAS, M.; ISHERWOOD B. O mundo dos bens - Para uma antropologia do consumo.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2004.
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