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1 Introdução
1.1 Conceitos Básicos
1.1.1 O que é Microeconomia
Microeconomia Estuda a rationale das decisões dos agentes econômicos. Provê justificativas
para uma série de problemas econômicos.
• Consumidores
• Firmas
• Governo
• Firmas
– Manifestam suas ações na economia por intermédio de sua demanda por insumos ou
fatores de produção e por sua oferta de bens e serviços produzidos.
– Procuram maximizar seu lucro a partir da tecnologia de que dispõem para produzir o
bem ofertado e dos preços dos insumos que compõem o bem ofertado.
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1.1.4 Análise Positiva e Análise Normativa
Análise Positiva
• Descreve o comportamento dos agentes e os resultados da interação entre os comportamentos
dos agentes.
Análise Normativa
Exemplo: Um modelo de economia positiva constata que existe monopólio em algum setor da
economia. A economia normativa estuda como este monopólio atinge a sociedade e o que pode
ser feito para corrigı́-lo.
2) Equilı́brio.
Esses dois princı́pios usam a idéia de racionalidade: As ações dos agentes econômicos são
coerentes com a busca de seu propósito (mesmo que essa busca resulte em um comportamento
prejudicial ào próprio agente ou à sociedade).
1.2 Mercado
1.2.1 Economia de Mercado
Em uma economia de mercado temos que:
Eficiência de Pareto: Uma alocação satisfaz o critério de eficiência de Pareto se não existe
como melhorar a situação de algum agente sem piorar a de outro agente.
Observação: o critério de eficiência de Pareto não diz nada sobre desigualdade. Ele é apenas
um critério mı́nimo de eficiência, que exclui desperdı́cios na sociedade.
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1.2.3 Falhas de Mercado
Algumas falhas de mercado:
• Externalidades;
• Poder de mercado;
• Informação Imperfeita;
• Bens Públicos.
Se alguma dessas falhas de mercado estiver presente, não podemos afirmar que a alocação de
recursos e bens alcançada por essa sociedade satisfaz o critério de eficiência de Pareto.
1.3 Modelos
1.3.1 Modelos Econômicos
Simplificações da realidade que ajudam a entender um problema complexo.
Navalha de Occan: regra para a escolha entre modelos: se temos dois modelos que explicam o
mesmo fenômeno, escolhemos o modelo mais simples.
1.4 Postulados
1.4.1 Postulados
Algumas idéias são primordiais no raciocı́nio econômico:
• Escassez
• Escolha (tradeoffs)
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1.4.2 Postulados (continuação)
• Comportamento Individual Maximizador
• Substituição
• desenho de polı́ticas públicas deve levar em conta que as pessoas podem alterar seu compor-
tamento devido a uma nova lei, e essa mudança pode ter efeitos não desejáveis.
2 O Problema do Consumidor
2.1 O Problema do Consumidor
2.1.1 O Problema do Consumidor
O consumidor busca a satisfação mais alta possı́vel, dada a quantidade de recursos de que dispõe.
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2.2 O Conjunto de Escolha de Consumo
2.2.1 O Conjunto de Escolha
O primeiro objeto que devemos definir é o conjunto de escolha de consumo do indivı́duo, repre-
sentado por X.
Esse conjunto contém todas as alternativas de consumo possı́veis do indivı́duo. Para problemas
sem incerteza, esse conjunto quase sempre é Rn+ .
Seja uma cesta de consumo x ∈ X, onde X = Rn+ . Então x = (x1 , ..., xn ), onde x1 , ...., xn são
as quantidades dos bens ou serviços (indexados de 1 a n) que o indivı́duo pode desejar consumir.
6 X ⊂ Rn+ ;
1. ∅ =
2. X é fechado;
3. X é convexo;
4. 0 ∈ X.
Em muitos problemas que vamos analisar este conjunto é descrito pela restrição orçamentária.
3 A Restrição Orçamentária
3.1 Definições Básicas
3.1.1 Notação
A restrição orçamentária representa a escassez no problema do consumidor. Cada consumidor
possui uma quantidade de dinheiro para gastar em um determinado perı́odo de tempo, digamos
um mês.
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• x1 , ...., xn : quantidade dos bens 1, ..., n;
• y: renda do consumidor.
p1 x1 + .... + pn xn ≤ y
Ou seja, o que o consumidor gasta não pode ultrapassar a quantidade de dinheiro de que dispõe.
A reta orçamentária é o conjunto de cestas de bens que custam exatamente y (ou seja, cestas
de bens que exaurem toda a renda do consumidor):
p1 x1 + .... + pn xn = y
B = {x ∈ Rn+ ; px ≤ y}
Observe que:
• Se o consumidor gastar todo o seu dinheiro no bem 1, ele pode comprar no máximo y/p1
unidades desse bem.
• Se ele gastar todo o seu dinheiro no bem 2, ele pode comprar no máximo y/p2 unidades
desse bem.
• A reta orçamentária possui inclinação −p1 /p2 . A inclinação da reta orçamentária informa
o valor de troca de mercado entre os dois bens: para se obter uma unidade do bem 1, o
consumidor tem que abrir mão de −p1 /p2 unidades do bem 2.
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3.1.4 Representação Gráfica
x2
6
y/p2
Q
Q
Q
Q Reta Orçamentária
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Restrição Q
Q
Orçamentária Q
Q
Q
Q
Q
Q
QQ -
y/p1 x1
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3.2 Estática Comparativa
3.2.1 Efeitos de uma Alteração na Renda
x2
6
Por exemplo, se o preço do bem 1 aumentar, a reta se desloca de modo que o intercepto vertical
não muda, já que o preço do bem 2 não mudou (se o consumidor comprar apenas o bem 2, ele
adquire a mesma quantidade que antes, y/p2 ).
Porém, o intercepto horizontal muda para um ponto de menor valor (se o consumidor comprar
apenas o bem 1, ele agora adquire uma quantidade menor do que antes, já que o preço desse bem
aumentou).
x2
6
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3.2.4 Preços Absolutos e Preços Relativos
O que ocorre se todos os preços e a renda aumentam?
Por exemplo, suponha que todos os preços dobram de um perı́odo para o outro. Nesse caso a
restrição orçamentária se torna
(2p1 )x1 + (2p2 )x2 + .... + (2pn )xn ≤ (2y),
igual à restrição orçamentária original,
p1 x1 + p2 x2 + .... + pn xn ≤ y.
Intuitivamente, se todos os preços da economia aumentam (ou diminuem) na mesma proporção,
incluindo a renda do consumidor, então nada muda.
3.2.5 Numerário
Portanto:
• Mudanças nos preços absolutos não têm efeito real;
• Agentes econômicos não sofrem de ilusão monetária;
• Apenas mudanças nos preços relativos têm efeito.
Podemos então transformar um dos preços em numerário, o que significa torná-lo igual a 1.
Por exemplo, preço do bem 1 como o numerário da economia: a restrição orçamentária se torna
x1 + (p2 /p1 )x2 + .... + (pn /p1 )xn ≤ (y/p1 )
xi = xi (p, y).
3.3.2 Restrições
Restrições:
• ”Adding-up”:
p1 x1 (p, y) + ... + pn xn (p, y) = y.
• Homogeneidade. A demanda Marshalliana de cada bem é homogênea de grau zero:
xi (tp, ty) = xi (p, y), para todo bem i, para todo t ≥ 0.
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3.3.3 Agregação de Engel e Agregação de Cournot
Vamos agora diferenciar a propriedade de ”adding-up” com relação a y e com relação a cada preço
pi , respectivamente:
n
X ∂xj (p, y)
pj = 1 (Agregação de Engel)
j=1
∂y
n
X ∂xj (p, y)
pj + xi (p, y) = 0 (Agregação de Cournot)
j=1
∂pi
3.3.4 Homogeneidade
A propriedade de homogeneidade também restringe as variações que podem ocorrer com as de-
mandas Marshallianas. Podemos mostrar que a seguinte relação é válida:
n
X ∂xi (p, y) ∂xi (p, y)
pj + y = 0, para todo i.
j=1
∂pj ∂y
Ou seja, uma mudança proporcional nos preços e na renda deixa a demanda dos bens inalterada.
Mais à frente veremos essas restrições em termos de elasticidades, um conceito fundamental em
economia.
3.3.5 Conclusão
Observações:
Então para inferirmos mais restrições sobre as demandas, precisamos modelar as preferências
dos consumidores.
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