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QUINTA AULA - Microeconomia

Departamento de Economia, UnB


Prof. José Guilherme de Lara Resende

1 Dualidade
1.1 Equivalência dos Problemas do Consumidor
1.1.1 Os Dois Problemas do Consumidor
Considere os dois problemas do consumidor:
max u(x) s.a px = y (1)
x∈Rn
+

min px s.a u(x) = u (2)


x∈Rn
+

1.1.2 Equivalência dos Problemas do Consumidor


Se certas condições técnicas são satisfeitas, então:
1) Maximização da utilidade implica minimização do dispêndio. Se x∗ = (x∗1 , ..., x∗n ) é
solução de (1) e seja u = u(x∗ ). Então x∗ é solução do problema (2).
2) Minimização do dispêndio implica maximização da utilidade. Se x∗ = (x∗1 , ..., x∗n ) é
solução de (2) e seja y = px∗ , y > 0. Então x∗ é solução do problema (1).

1.1.3 Dualidade
Algebricamente, temos que as seguintes relações entre a função de utilidade indireta e a função de
dispêndio são válidas:
e(p, v(p, y)) = y
v(p, e(p, u)) = u
Para as funções de demanda, valem as seguintes relações para todo i = 1, ..., n:
xM h
i (p, y) = xi (p, v(p, y))
xhi (p, u) = xM
i (p, e(p, u)),

1.1.4 Dualidade
As relações entre a função de utilidade indireta e a função de dispêndio, dadas por
e(p, v(p, y)) = y
v(p, e(p, u)) = u,
mostram uma maneira mais curta para se achar a função dispêndio (a função de utilidade indireta)
a partir da função de utilidade indireta (da função dispêndio).
Para isso, basta ”invertemos” uma das funções para achar a outra, e, portanto, não é, em geral,
necessário resolver os dois problemas do consumidor.

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1.1.5 Estática Comparativa
As estáticas comparativas dos dois problemas do consumidor são diferentes. Por exemplo, os
ajustamentos nas duas demandas devido a uma mudança de preços são diferentes, já que diferentes
variáveis são mantidas constantes em cada problema.
A demanda Marshalliana xM (p, y), obtida do problema de maximização da utilidade, mantém o
nı́vel de renda constante. Se o preço do bem 1 diminui, por exemplo, a reta orçamentária se torna
mais horizontal (ver figura a seguir). O consumidor, com o mesmo nı́vel de renda, pode alcançar
um nı́vel de utilidade mais alto (cesta ótima se desloca de E para Ê).

1.2 Intuição Gráfica


1.2.1 Representação Gráfica
x2
6
y Preço do bem 1 diminuiu
p2 Q
eQ Solução muda de E para Ê
eQ
e Q
Q
e Q
e E QQ
er Q
e Q rÊ
Q
e Q
e Q
Q
e Q
e Q
Q
e Q
e Q
QQ
e -
y - y x1
p1 p̂1

1.2.2 Representação Gráfica


A demanda Hicksiana xh (p, u), obtida do problema de minimização do dispêndio, mantém o nı́vel
de utilidade constante.
Se o preço do bem 1 aumenta, por exemplo, a inclinação da reta de dispêndio aumenta (em valor
absoluto). Para essa nova relação de preços, o equilı́brio muda de E para Ê.
Observe que a cesta original E não é mais acessı́vel, no sentido de que o dispêndio mı́nimo
necessário para alcançar Ê não é suficiente para alcançar E (aos novos preços).

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1.2.3 Representação Gráfica
x2
6 Equilı́brio: E
Preço do bem 1 aumentou
T Solução muda de E para Ê
T
T
T
Q
Q T r Ê
Q T
QT @ I
Q @
T rE
Q
T QQ
T Q
T Q
Q
T Q
T Q
-
x1

1.3 Formalização
1.3.1 Equivalência entre v(p, y) e e(p, u)
Teorema 1 (Theorem 1.8 - Relações entre v(p, y) e e(p, u)) Sejam v(p, y) e e(p, u) as funções
de utilidade indireta e dispêndio do consumidor, cuja utilidade é contı́nua e estritamente crescente.
Então para todo p >> 0, y ≥ 0 e u ∈ U valem as seguintes identidades:
1. e(p, v(p, y)) = y, e
2. v(p, e(p, u)) = u.

1.3.2 Exemplo - Cobb-Douglas


Vimos que para a utilidade Cobb-Douglas u(x1 , x2 ) = xα1 x1−α
2 , α ∈ (0, 1), as demandas Marshal-
lianas e a função de utilidade indireta são:
y y
xM
1 = α e xM
2 = (1 − α)
p1 p2
−(1−α)
v(p1 , p2 , y) = αα (1 − α)1−α p−α
1 p2 y

Usamos a relação v(p1 , p2 , e(p, u)) = u para achar e(p, u):


−(1−α)
v(p1 , p2 , e(p, u) = αα (1 − α)1−α p−α
1 p2 e(p, u) = u
−α −(1−α) α 1−α
⇒ e(p, u) = α (1 − α) p1 p2 u

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1.3.3 Exemplo - Cobb-Douglas
Vimos que as demandas Hicksianas geradas pela utilidade Cobb-Douglas são:
 1−α
h α
x1 (p1 , p2 , u0 ) = pα−1
1 p1−α
2 u0
1−α
 −α
α
h
x2 (p1 , p2 , u0 ) = pα1 p−α
2 u0
1−α
Se substituirmos essas demandas em px, achamos a função dispêndio:
e(p1 , p2 , u) = α−α (1 − α)−(1−α) pα1 p1−α
2 u,

exatamente a expressão que achamos usando a identidade v(p1 , p2 , e(p, u)) = u, como esperado.

1.3.4 Equivalência entre xM (p, y) e xh (p, u)


Teorema 2 (Theorem 1.9 - Relações entre xM (p, y) e xh (p, u)) Suponha que a hipótese 1.2
é válida. Nesse caso, para p >> 0, y ≥ 0, u ∈ U e i = 1, ..., n temos que as seguintes identidades:

1. xhi (p, v(p, y)) = xM


i (p, y), e
2. xi (p, e(p, u)) = xhi (p, u).
M

1.3.5 Exemplo - Cobb-Douglas


As demandas Marshallianas e a função dispêndio geradas pela utilidade Cobb-Douglas são:
y y
xM1 = α e xM2 = (1 − α)
p1 p2
−α −(1−α) α 1−α
e(p1 , p2 , u) = α (1 − α) p1 p2 u
Usamos a relação xM (p, e(p, u)) = xh1 (p, u) para achar xh1 (p, u):
1 −α 1−α

α (1−α)−(1−α) pα
1 p2 u
xM
i (p, e(p, u)) = α p1
−(1−α)
⇒ xMi (p, e(p, u)) = α
1−α
(1 − α)−(1−α) p1 p1−α
2 u,
exatamente o que derivamos no problema dual, como esperado.

2 Elasticidades
2.1 Elasticidade-preço da demanda
2.1.1 Definição
A elasticidade-preço da demanda pelo bem i é calculada como a mudança percentual na quantidade
dividida pela mudança percentual no preço:
∂ log(xMi (p, y)) pi ∂xM
i (p, y)
εM M
i = εi (p, y) = = M
∂ log(pi ) xi (p, y) ∂pi
Apesar de a elasticidade-preço da demanda ser (quase sempre) um número negativo (a demanda
responde negativamente a mudanças no preço do bem), é comum se referir a ela como um número
positivo, já que o que importa é a magnitude do número e não o seu sinal.

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2.1.2 Classificações
Quando a elasticidade-preço da demanda é

1. < 1: dizemos que a demanda é inelástica;


2. > 1: dizemos que a demanda é elástica;
3. = 1: dizemos que a elasticidade é unitária.

A demanda pode ser elástica para certas faixas de preço e inelástica para outras faixas de preço.

2.1.3 O que Determina εM


i

A elasticidade-preço da demanda do bem i depende da possibilidade de o consumidor abdicar do


bem i. Portanto, ela será maior:

1. Quanto mais fácil for substituir o consumo do bem i pelo consumo de outros bens.
2. No longo prazo.
3. Quanto menos ”necessário” o bem for.

Ou seja, o fator fundamental para determinar a elasticidade-preço da demanda de um bem é a


possibilidade de substituir o seu consumo.

2.2 Elasticidade-preço cruzada da demanda


2.2.1 Definição
A elasticidade-preço cruzada da demanda do bem i mede a sensibilidade da demanda do bem i
com relação ao preço de algum outro bem:
∂ log(xMi (p, y)) ∂xM
i (p, y) pj
εM M
ij = εij (p, y) = = M
∂ log(pj ) ∂pj xi (p, y)
A elasticidade-preço cruzada da demanda do bem i com relação ao bem j pode ser usada para
definir relações de complementaridade e de substitubilidade:
• εM
ij > 0: i e j são bens substitutos,

• εM
ij < 0: i e j são bens complementares.

Obs: existem outras formas de definir bens complementares e substitutos.

2.2.2 Exemplo
Em marketing, bens complementares dão um poder adicional à firma, permitindo que a firma
”prenda” o consumidor quando os custos para mudar de produto são altos. Algumas estratégias
de valoração usadas por firmas quando produzem um bem base e um bem complementar ao bem
base, são:
1) Cobrar barato o bem base em relação ao bem complementar (incentivo à entrada).
2) Cobrar caro o bem base em relação ao bem complementar (barreira à entrada).

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2.3 Elasticidade-renda
2.3.1 Definição
A elasticidade-renda do bem i mede a sensibilidade da demanda em relação a mudanças na renda:

∂ log(xMi (p, y)) ∂xM


i (p, y) y
ηi = ηiM (p, y) = = M
∂ log(y) ∂y xi (p, y)

Classificações do bem i quanto à sua variação com a renda:

1. Inferior : ηi < 0;

2. Normal : ηi ≥ 0;

3. Necessários (ou básicos): 0 ≤ ηi ≤ 1;

4. Bens de luxo: ηi > 1.

2.3.2 Caminho de Expansão da Renda e Curva de Engel


O caminho de expansão da renda (também chamada de curva de renda-consumo) mostra
as cestas de bens consumidas para vários nı́veis de renda.
Se, no caso de dois bens, quando ambos são normais, a curva de renda-consumo tem inclinação
positiva.
A curva de Engel relaciona a quantidade demandada de um bem com o nı́vel de renda, todo o
resto constante.

2.4 Relações entre Elasticidades


2.4.1 Relação obtida com a Agregação de Engel
Todas as elasticidades-renda somam um, quando ponderadas pela fração da renda gasta em cada
bem:
s1 η1 + s2 η2 + ..... + sn ηn = 1,
onde si = pi xi /y.
Podemos concluir que:

1. Todas as elasticidades-renda podem ser iguais a um.

2. Se algum bem é de luxo, deve existir pelo menos um bem necessário ou inferior.

3. No máximo n − 1 bens (do total de n bens) podem ser inferiores.

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2.4.2 Relação obtida com a Agregação de Cournot
Se um bem é elástico (inelástico), os outros bens são, na média ponderada pela fração da renda
gasta no bem, substitutos (complementares) desse bem:
n
X
si (1 + εM
ii ) = − s j εM
ji (3)
j=1, j6=i

Se o bem i é elástico (inelástico), então εM


ii < −1, e o lado esquerdo de (3) é negativo (posi-
tivo). O lado direito de (3) deve ser negativo (positivo) também, ou seja, a soma ponderada das
elasticidades-preço cruzadas dos outros bens com relação ao bem i deve ser na média positiva
(negativa). Portanto, se a demanda do bem i é elástica, então os outros bens devem ser, na média
ponderada pela fração gasta em cada bem, substitutos do bem i, independente de como esses bens
afetem a função de utilidade.

2.5 Preferências Homotéticas


2.5.1 Curvas de Engel Geradas Utilidade pela Cobb-Couglas
Vimos que as demandas geradas por uma utilidade Cobb-Douglas xα1 x21−α , 0 < α < 1, são:
y y
xM
1 = α , xM
2 = (1 − α) .
p1 p2
α 1−α
As curvas de Engel nesse caso são lineares, com inclinação p1
para o bem 1 e p2
para o bem 2.
As curvas de Engel geradas por utilidades lineares (bens substitutos perfeitos) e por utilidades de
Leontieff (bens complementares perfeitos) também são lineares.
Quando podemos afirmar que a curva de Engel será linear?

2.5.2 Preferência e Utilidade Homotéticas


A curva de Engel será linear se a preferência (e, portanto, a utilidade que a representa) for
homotética (o caso de todas funções de utilidade vistas até agora)
Definição. Preferências homotéticas. As preferências  são homotéticas se todas as curvas
de indiferença são relacionadas por expansões proporcionais ao longo de raios:

se x ∼ y, então αx ∼ αy, ∀α ≥ 0,

onde x e y são cestas de bens.

2.5.3 Propriedades de Preferências Homotéticas


Para qualquer linha reta saindo da origem em direção ao quadrante positivo, todos os pontos de
curvas de indiferença distintas que essa linha cruza possuem a mesma TMS.
Portanto, se conhecemos uma única curva de indiferença gerada por uma preferência homotética,
somos capazes de descrever todas as curvas de indiferença geradas por essa preferência, pois todas
as curvas de indiferença são versões aumentadas ou diminuı́das umas das outras. Ou seja, podemos
descrever completamente o sistema de preferências que gerou essa curva. Esse fato tem implicações
importantes, principalmente na análise empı́rica da teoria do consumidor.

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2.5.4 Representação de Preferências Homotéticas
Teorema 3 (Representação de Preferências Homotéticas) Toda função utilidade que rep-
resenta preferências homotéticas pode ser escrita como:
u(x1 , ..., xn ) = f (v(x1 , ..., xn )),
onde f é uma função estritamente crescente e v é uma função homogênea de grau 1 (ou seja,
v(tx) = tv(x), ∀t ≥ 0).
É fácil verificar que a função Cobb-Douglas é homotética, pois ela é homogênea de grau 1 (f é a
identidade nesse caso).

2.5.5 Propriedades das Utilidades Homotéticas


A curva de Engel gerada por uma utilidade homotêtica é linear. Essa propriedade é intuitivamente
clara: Se aumentarmos a renda do consumidor pouco a pouco, a cesta ótima se desloca sobre um
raio que parte da origem e passa pela cesta ótima original, pois a TMS continua a mesma ao longo
desse raio e o sistema de preços não se alterou.
Portanto, se a renda em 10 vezes, o consumo de cada bem aumenta em 10 vezes. Nesse caso, as
elasticidades-renda de todos os bens são unitárias: um aumento na renda aumenta o gasto em
cada bem na mesma proporção (um aumento de 10% na renda aumenta o gasto com cada bem
em 10%).

3 Propriedades das Funções de Demanda


3.1 Demanda Marshalliana
3.1.1 Homogeneidade e ”Adding-Up”
Vimos as demandas Marshallianas xM (p, y) satisfazem as seguintes propriedades:
1. Homogeneidade de Grau 0: xM (tp, y) = xM (p, y), ∀t ≥ t.
2. ”Adding-Up”: pxM (p, y) = y
Vimos também que essas propriedades podem ser derivadas diretamente da restrição orçamentária.

3.2 Equação de Slutsky


3.2.1 Equação de Slutsky
Como o ajustamento da demanda Marshalliana é diferente do ajustamento da demanda Hicksiana
quando um preço se altera, a pergunta óbvia é se existe alguma conexão entre esses dois ajusta-
mentos. A resposta é sim, e essa conexão é descrita pela equação de Slutsky. Vimos anteriormente
que:
xhi (p, u) = xM
i (p, e(p, u)), ∀p >> 0 e u ∈ U
Se u∗ ∈ U é o nı́vel de utilidade máximo que o consumidor obtém aos preços p e renda y, ao
derivarmos a identidade acima com relação a pj obtemos a equação de Slutsky:
∂xM
i (p, y) ∂xhi (p, u∗ ) ∂xM (p, y) M
= − i xj (p, y)
∂pj ∂pj ∂y

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3.2.2 Equação de Slutsky
A equação de Slutsky permite decompor o efeito de uma mudança de preço em dois efeitos, o
efeito renda e o efeito substituição:

∂xM
i (p, y) ∂xhi (p, u) ∂xM
i (p, y)
= − xMj (p, y) ,
∂pj ∂pj ∂y
| {z } | {z } | {z }
efeito total efeito substituição efeito renda

onde u é o nı́vel de utilidade que o consumidor consegue alcançar aos preços p e renda y.
A equação de Slutsky relaciona a demanda Marshalliana, observável, com a demanda Hicksiana,
não observável, por meio do efeito renda.

3.2.3 Efeito Substituição e Efeito Renda


Considere a equação de Slutsky para o bem i:

∂xM
i (p, y) ∂xhi (p, u) ∂xM
i (p, y)
= − xMi (p, y)
∂pi ∂p ∂y
| {z } | {zi } | {z }
efeito total efeito substituição Efeito Renda

1) Efeito substituição Hicksiano: e o preço do bem aumentou, o consumidor substitui o


consumo desse bem pelo consumo de outros bens, dada a nova relação de preços dos bens e
mantendo-se o bem-estar do consumidor constante.
2) Efeito Renda: com o aumento do preço, há uma diminuição da renda disponı́vel a ser gasta.
Esse efeito pode ser positivo ou negativo, dependendo se o bem é normal ou inferior.

3.2.4 Observação
O consumidor, quando o preço muda, não calcula o seu efeito subsituição e o seu efeito renda, ele
apenas escolhe uma nova cesta de bens.
Essa divisão é apenas uma decomposição teórica que auxilia na compreensão do efeito de uma
mudança de preços na quantidade demandada do bem.

3.2.5 Representação Gráfica


Digamos que o preço do bem 1 diminuiu. A decomposição gráfica do efeito total na demanda
Marshalliana da diminuição do preço p1 nos dois efeitos acima pode ser representada da forma
ilustrada no gráfico a seguir.
O efeito total na demanda devido a uma diminuição do preço do bem 1 é x∗∗∗
1 − x∗1 . O efeito
substituição é x∗∗ ∗ ∗∗∗ ∗∗
1 − x1 . O efeito renda x1 − x .
O efeito total é a soma desses dois efeitos:

x∗∗∗ − x∗ = (x∗∗ − x∗ ) + (x∗∗∗ − x∗∗ )


| 1 {z }1 | 1 {z 1} | 1 {z 1 }
Efeito Total Efeito Substituição Efeito Renda

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3.2.6 Representação Gráfica
x2 Equilı́brio: E, consumo de x∗1 unidades do bem 1
6
m Preço do bem 1 diminuiu
p2 Q
e Q Efeito Substituição: x∗1 → x∗∗
1
eQ Efeito Renda: x∗∗1 → x1
∗∗∗

Efeito Total: x∗1 → x∗∗∗


e Q
Q 1
e Q ∗∗∗ ∗ ∗∗ ∗ ∗∗∗ ∗∗
Q x1 − x1 = (x1 − x1 ) + (x1 − x1 )
Qe r E Q
Q
| {z } | {z } | {z }
Qe Q ˆ Efeito Total Efeito Substituição Efeito Renda
Qe Q
Qr

Q
eQ r Ê Q
eQQ Q
Q
e Q Q
e QQ Q
Q
e Q Q
e Q Q
r r re
QQ
-

x - x -x∗∗ ∗∗∗ x1
1 1 1

3.2.7 Bem de Giffen


Vimos que a demanda Marshalliana quase sempre responde negativamente a uma mudança de
preço, todo o resto mantido constante, pois existe a possibilidade teórica da quantidade consumida
de um bem aumentar (diminuir) com um aumento (queda) do seu preço (bem de Giffen).
A equação de Slustky mostra que para um bem de Giffen, o efeito renda tem que ser negativo o
suficiente para suplantar o efeito substituição.
=⇒ Todo bem de Giffen é um bem inferior.

3.2.8 Lei da Demanda


Podemos então caracterizar melhor o efeito de uma mudança no preço de um bem sobre a sua
demanda:
Lei da Demanda - Theorem 1.13
Uma diminuição no preço de um bem normal faz a demanda por este bem aumentar. Se essa
diminuição faz a demanda pelo bem cair, então o bem deve necessariamente ser inferior

3.2.9 Matriz de Slutsky


Teorema 4 (Theorem 1.16) A matriz de Slutsky associada à demanda xM (p, y) definida por:
 
∂x1 (p,y) ∂x1 (p,y) ∂x1 (p,y) ∂x1 (p,y)
+ x 1 (p, y) .... + x n (p, y)
 ∂p1 ∂y ∂pn ∂y
.... .... ....

 
∂xn (p,y) ∂xn (p,y) ∂xn (p,y) ∂xn (p,y)
∂p1
+ ∂y x1 (p, y) .... ∂pn
+ ∂y xn (p, y)
é simétrica e negativa semidefinida (vamos denotar essa matriz por s(p, y)).

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