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PERITO RURAL
CURSO de perito rural
realização
Escola de Negócios e Seguros
rio
1. CONCEITOS BÁSICOS DE SEGUROS RURAIS 6
1.1. INTRODUÇÃO E HISTÓRICO 6
1.1.1. Introdução e história do Seguro Rural 6
rio
2. VISTORIAS DE SEGURO AGRÍCOLA 60
2.1. INTRODUÇÃO 60
2.1.1. Tipos de vistoria 60
2.1.2. Fluxo Operacional das Vistorias 69
rio
2.6. PROCEDIMENTO PARA
ACOMPANHAMENTO DE SINISTRO 91
2.6.1. Introdução 91
2.6.2. Adversidades na realização da perícia 91
2.6.3. Avaliação de sinistro em grãos 94
GLOSSÁRIO 131
REFERÊNCIAS
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MÓDULO
CONCEITOS
BÁSICOS
DE SEGUROS
RURAIS
O produtor rural que não possui nenhum tipo de seguro, não tem
garantias de reparação de danos. Nesse caso, o produtor diminui os
investimentos para não ficar tão vulnerável financeiramente.
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Histórico
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
No início das operações, o gestor do FESR era o IRB-Brasil Re. Por for-
ça de todas as mudanças que ocorreram no mercado de Resseguros,
o IRB deixou essa função a cargo da Agência Brasileira Gestora de
Fundos Garantidores e Garantias (desde novembro/2015).
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
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Exemplo: quando um indivíduo morre, pode ser que sua família fi-
que econômica e financeiramente desamparada, o que vem a ser
um problema de ordem social. O mesmo acontece em caso de in-
validez, com a perda da capacidade laborativa do responsável pelo
sustento da família.
Função econômica
Função social
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1.2.2.1. Previdência
O seguro oferece proteção às pessoas com relação a perdas e da-
nos que venham a sofrer no futuro, atingindo a elas próprias ou às
suas propriedades ou bens. Assim, verificamos que uma pessoa que
se preocupa em resguardar a si ou a seus bens contra os prováveis
riscos a que estão expostos no seu dia a dia, adotando medidas de
prevenção e/ou contratando seguro, está sendo previdente.
1.2.2.2. Incerteza
Na contratação do seguro, sempre há o elemento de incerteza, seja
quanto à ocorrência (se vai acontecer), seja quanto à época (quando
vai acontecer). Nos seguros de vida, a incerteza refere-se somente
à época. Racionalmente sem incerteza não há seguro, uma vez que
não faz sentido se fazer um seguro de evento de ocorrência certa. Se
fosse dessa forma as seguradoras seriam apenas “sócias” nos prejuí-
zos dos seus clientes.
1.2.2.3. Mutualismo
Na atividade de seguros, entende-se por mutualismo a reunião de
um grupo de pessoas, com interesses seguráveis comuns, que con-
correm para a formação de uma massa econômica, com a finalidade
de suprir, em determinado momento, necessidades eventuais de al-
gumas daquelas pessoas do grupo ou de parte do grupo.
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CONTRATO
SINISTRO
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1.3.2.1. Risco
Risco Evento incerto ou de data incerta que independe da vontade
das partes contratantes e contra o qual é feito o seguro. Sem risco,
não faz sentido pensarmos em contratar um seguro. Sob o ponto
de vista legal, o risco constitui o objeto do seguro, pois o segurado
transfere à seguradora, através do seguro, o risco, e não o bem.
1.3.2.2. Segurado
É a pessoa física ou jurídica que tem um interesse legítimo relativo a
pessoa ou bem e que transfere à seguradora, mediante o pagamento
do prêmio, o risco de determinado evento atingir o bem ou a pessoa de
seu interesse. Segurado é a pessoa em nome de quem se faz o seguro.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
1.3.2.4. Prêmio
É a quantia paga pelo segurado (ou estipulante, quando houver) à se-
guradora, prevista no contrato de seguro, em troca da transferência
do risco a que ele está exposto. É o mesmo que o custo ou o preço
do seguro. O prêmio é um dos elementos essenciais do contrato de
seguro, e a falta de seu pagamento nas condições legais e contratual-
mente estabelecidas implica a dispensa da obrigação de indenizar
por parte da seguradora, na forma do artigo 763 do Código Civil.
1.3.2.5. Indenização
É o pagamento devido pela seguradora ao segurado ou ao(s) beneficiá-
rio(s) do seguro, no caso de risco coberto na ocorrência do sinistro. É
considerada um dos elementos do seguro por ser a contraprestação da
seguradora ao segurado caso ocorra um sinistro coberto. Assim sendo,
se por um lado o segurado tem por obrigação pagar um prêmio à segu-
radora quando contrata um seguro, por outro lado, a seguradora tem
por obrigação efetuar o pagamento de uma indenização ao segurado
quando ocorre um risco coberto pelo contrato de seguro (sinistro).
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Cobertura
Efetivação do seguro
Proposta
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Apólice
Contrato do seguro
Além disso, só terá valor se for redigido segundo o Código Civil Bra-
sileiro (solene). Vale ressaltar que a credibilidade entre as partes é
fator fundamental (boa-fé).
1.3.3. Sinistros
Ninguém espera usar o seguro, mas, infelizmente, o risco previsto no
contrato pode acontecer, ou seja, a efetivação do risco. Quando isso
ocorre, chamamos de sinistro.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
1.3.3.2. Regulação
O objetivo da regulação é verificar se o sinistro está ou não coberto e
definir, em caso de indenização, qual o valor e quem será o beneficiário.
Prejuízos indenizáveis
Ressarcimento
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1.3.3.3. Liquidação
A liquidação é a etapa final do processo de sinistro.
Indenização
Salvados
É tudo que restar dos bens sinistrados e que tenha valor econômico
para qualquer das partes contratantes. Consideram-se salvados tan-
to os bens em perfeito estado quanto os parcialmente destruídos ou
danificados.
Franquia
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Automóveis
Vida
Incêndio
Danos
Responsabilidades
Estrutura do SNSP
CNSP SUSEP
CONSELHO NACIONAL SUPERINTENDÊNCIA
DE SEGUROS PRIVADOS DE SEGUROS PRIVADOS
Empresas de Resseguro
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Resseguros
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Rural
conjunto amplo de seguros dirigidos à agricultura e à pecuária; e
Agrícola
subdivisão do ramo de Seguro Rural, direcionado a culturas
permanentes e temporárias.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Seguradoras
Beneficiárias da subvenção de governo, firmam contratos
com os produtores rurais, assumindo uma parte do risco e
repassando a outra parte para os resseguradores, seja por
contrato ou negociações facultativas.
Resseguradoras
Assumem parte do risco das seguradoras, atuando como o
“seguro do seguro”. Têm papel fundamental no desenvolvi-
mento do seguro agrícola no Brasil, pois garantem a capaci-
dade financeira para atuação no país, além de transferirem
know-how de suas operações para o mercado interno.
Governo Federal
Oferece o Programa de Subvenção do Prêmio do Seguro
Rural (PSR), que paga parte do preço do seguro contratado
pelos produtores nas seguradoras. A subvenção oficial va-
ria entre 20% e 40% do prêmio, conforme a modalidade do
seguro e a cultura agrícola. É importante ressaltar que não
se tem verificado no mundo qualquer ação de sucesso nos
seguros rurais sem a participação dos governos federais
em seus países de origem.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
I. Produtividade Esperada
Trata-se da referência de potencial produtivo da lavoura se-
gurada. Deverá corresponder tanto quanto possível à média
histórica de produtividade da área a ser segurada. O merca-
do segurador geralmente define este parâmetro com base
em série histórica do IBGE, banco de dados de cooperativas
e instituições financeiras e até do próprio produtor rural.
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Exemplo:
Cálculos:
0,4286 x R$ 300.000,00
Indenização: R$ 128.571,43
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Exemplo:
Cálculos:
Perda: 15 sc/ha
Indenização: R$ 150.000,00
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Exemplo:
Indenização: R$ 180.000,00
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PERSISTÊNCIA DO ÍNDICE
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
PRODUTIVIDADE
Se a produtividade for
Sem acima de 25 sc/ha, o produtor
30 sc/ha
indenização não recebe indenização
25 sc/ha
10 sacas por hectare segurado
20 sc/ha
Com
Se a produtividade ocorrer
indenização entre 15 e 25 sc/ha, o produtor
15 sc/ha recebe a indenização
0 sc/ha
Os riscos cobertos mais comuns são granizo e/ou geada e/ou in-
cêndio. Nesse modelo, usualmente é possível a contratação de um
“adicional”, no qual o produtor define riscos adicionais a serem
acrescentados à sua apólice.
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• Granizo.
• Geada.
Frutas/Hortaliças
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Vistoria prévia
Obrigatória para culturas implantadas. O objetivo da vis-
toria prévia é diagnosticar eventuais prejuízos ocorridos
anteriormente à contratação, bem como comprovação de
informações dispostas na proposta de seguro, irregulari-
dades que possam ocorrer no trato da lavoura e demais
informações técnicas relevantes ao contrato.
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Franquia: Não há
Produção Obtida: 4.042 sacas (ou 26,9 sacas por hectare)
Perda: 368 sacas
Indenização: R$ 9.200,00
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Coberturas:
Coberturas adicionais:
> Geada.
> Granizo.
> Seca.
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Proagro
Proagro Mais
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Cada uma dessas modalidades visa financiar uma etapa diferente dos
processos produtivos, sendo assim, a primeira é direcionada à com-
pra de insumos e à fase da colheita, a segunda, à aquisição de bens e
serviços duráveis, e a última é relacionada a mecanismos que garan-
tam o armazenamento da colheita em tempos de queda de preço.
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Crédito de Custeio
Representa a maioria das operações do Sistema Nacional
de Crédito Rural (SNCR). Nesta linha de crédito o valor finan-
ciado não se refere ao custo total de produção, pois garante
apenas os gastos efetivos do produtor para o ciclo daque-
la atividade que esteja sendo financiada. A liberação dessa
verba só é realizada quando são apresentados documen-
tos que evidenciem a viabilidade de execução do projeto,
tais como: orçamentos, planos ou projetos com as devidas
orientações técnicas para o empreendimento financiado.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Crédito de Investimento
O crédito para investimento engloba os recursos utilizados
para a aquisição de bens relacionados com a atividade agrope-
cuária. Nessa linha podem ser financiados investimentos fixos
(aquisição de máquinas, construção/reforma de benfeitorias,
obras de irrigação, formação de lavoura permanente, recupe-
ração de pastagem, correção/recuperação de solo, entre ou-
tros), investimento semifixos (aquisição de animais, tratores,
colheitadeiras, implementos etc.), veículos (caminhões, moto-
cicletas rurais, camionetes de carga) e cana-de-açúcar (funda-
ção, ampliação e renovação de lavouras).
Crédito de Comercialização
Esta linha de crédito viabiliza ao produtor rural acessar re-
cursos necessários à comercialização de seus produtos no
mercado. A linha busca apoiar os agricultores para evitar
que estes sejam obrigados a vender sua produção a preços
baixos para poder cumprir com seus compromissos.
Crédito de Industrialização
Esta linha é destinada à industrialização que pode atender tanto
a cooperativas como também ao produtor em sua propriedade.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Subvenção
Valor concedido pelo Governo Federal para o produtor, por
meio de uma seguradora, para a contratação de uma apóli-
ce de seguro. É calculada como um percentual sobre o valor
do prêmio.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
IMPORTÂNCIA
ANO PRODUTORES APÓLICES ÁREA SEGURADA SEGURADA SUBVENÇÃO
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
1.5.1.3.1.Metodologia
a) Risco de deficiência hídrica
Falta de água é uma das condições adversas que causa
maiores perdas às safras; é medida pelo Índice de Satisfa-
ção das Necessidades de Água das culturas (Isna). Se esse
índice cair abaixo de um nível crítico (gira entre 0,40 e 0,60
dependendo da sensibilidade da cultura avaliada), prova-
velmente a safra sofrerá severas perdas de produção. Não
é, portanto, difícil perceber que o Isna é o principal parâme-
tro preestabelecido na metodologia.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
É muito importante que isso seja bem entendido tanto pelos produtores,
para que eles possam verificar o manejo a fim de reduzir os riscos,
quanto pelos profissionais que atuam na gestão de risco e, principal-
mente, por peritos que avaliam sinistros e suas causas.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Proagro ou o Seguro
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Isso tem sido adotado para evitar certas datas de plantio que resul-
tam em difícil controle de doenças como brusone e da giberela em
trigo, cevada ou aveia, e do mofo cinzento na mamona. Os critérios
adotados variam conforme a doença e a cultura, e são descritos na
nota técnica da portaria de cada zoneamento, mas normalmente es-
tão associados a condições específicas de chuva, temperatura ou à
disponibilidade hídrica em fases específicas do ciclo.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Inmet: https://portal.inmet.gov.br/?r=home2/index
Sisdagro: http://sisdagro.inmet.gov.br/sisdagro/app/index
Boletins Agrometeorológicos:
https://portal.inmet.gov.br/boletinsagro
LSPA: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/agricul-
tura-e-pecuaria/9201-levantamento-sistematico-da-producao-a-
gricola.html?=&t=o-que-e
Sidra: https://sidra.ibge.gov.br/home/lspa/brasil
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Android: https://play.google.com/store/apps/details?id=embra-
pa.br.zonamento&hl=pt_BR
IOS: https://apps.apple.com/br/app/plantio-certo/id1518252333
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MÓDULO
VISTORIAS
DE SEGURO
AGRÍCOLA
2.1. introdução
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
CONTRATAÇÃO SINISTRO
VIGÊNCIA DA APÓLICE
PRELIMINAR
FINAL
AGRAVAMENTO
REVISTORIA
Vistoria prévia
Como o próprio nome já confirma, esse tipo de vistoria é
realizado em momento anterior à efetivação da contrata-
ção da apólice e objetiva verificar as condições da lavoura a
ser segurada, de forma que a seguradora possa ter certeza
se aquelas informações passadas na proposta de seguro
são verdadeiras, amparando, assim, a decisão da compa-
nhia pela aceitação (ou não) do risco.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Vistoria de monitoramento
Ocorre após a contratação da apólice, portanto, com o risco já
aceito pela seguradora. Diferentemente das vistorias prévias,
o principal objetivo da vistoria de monitoramento é verificar
se as condições da lavoura segurada estão em conformidade
(do risco) com as regras vigentes no seguro contratado.
Tamanho da área
Com o auxílio do GPS e/ou aplicativo deve-se percorrer todo
o perímetro da área a fim de medir o tamanho real da ex-
tensão do risco e comparar com a da proposta de seguro.
Tipo de solo
Confirmar se o tipo de solo é igual ao constante na propos-
ta e, caso necessário, realizar amostragem conforme reco-
mendações da Embrapa.
Data de Plantio
Confirmar se a data de plantio foi feita dentro do Zarc, se é
a mesma informada na proposta e se está condizente com
o estádio fenológico da cultura.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Caso haja divergências nos pontos citados, sempre deverão ser evi-
denciadas com fotos e incluídas nos laudos de vistoria para que se-
jam tomadas as medidas cabíveis posteriormente.
Vistorias de Sinistro
Prazos
Segurados
Os produtores/ segurados, possuem prazos a serem cumpri-
dos para permitir a correta aferição das perdas pelos peritos,
que são de:
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Seguradoras
A seguradora, por sua vez, tem a obrigação de após rece-
ber o aviso do sinistro, realizar a vistoria preliminar em até
20 dias corridos, e agendar com o segurado a vistoria final
com um prazo máximo de 15 dias antes da data informada
de realização da colheita.
Vistoria preliminar
Trata-se de uma vistoria realizada logo após a comunicação
do sinistro à seguradora cujo objetivo é constatar a ocor-
rência do evento reclamado, sua consequência, bem como
a intensidade dos danos causados à cultura.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Vistoria final
Seu objetivo é determinar a produtividade final da lavoura e
mensurar de forma definitiva os danos causados pelo sinis-
tro, portanto, a vistoria final é realizada após a maturação
fisiológica da cultura: geralmente no momento da colheita.
Também pode ser realizada na fase inicial, de implantação
da cultura, em sinistros relacionados às coberturas de re-
plantio, dependendo das características da apólice e inten-
sidade dos danos sofridos.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Vistoria preliminar/Final
Trata-se de uma variação da vistoria preliminar. Esse tipo
de vistoria é realizado quando há uma parte da lavoura em
pré-colheita, quando é possível quantificar sua produtivi-
dade, e outra ainda em condições insatisfatórias para se
realizar a amostragem.
Vistoria de agravamento
Trata-se de uma vistoria realizada para a reavaliação do risco
devido ao agravamento dos danos em função do evento co-
municado e/ou da ocorrência de um novo evento.
Revistoria
Trata-se de uma nova vistoria para o mesmo local de risco que
tenciona atender uma solicitação procedente do segurado ou
da própria seguradora.
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LOGÍSTICA RECUSAS
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2.2.2.2. Logística
Considerando que os seguros rurais apresentam a característica de
que os locais de inspeção não são perto um dos outros, a questão da
logística a ser pensada pelo perito é de suma importância para que
ele consiga cumprir todas as suas demandas.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
2.2.2.4. Recusas
O perito antes de aceitar uma demanda de serviço, deve avaliar se há
conflito de interesse no relacionamento com o produtor.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
INFORMAÇÕES DA APÓLICE
Apólice 2108202000
Número do sinistro 2108
Segurado João da Silva
Telefone para contato (11) 3333-3333
Responsável por acompanhar a vistoria Roberto da Cunha
INFORMAÇÕES DA PROPRIEDADE
Nome da Propriedade Pedra Branca
Cidade Barbosa Ferraz
Estado PR
INFORMAÇÕES DO SINISTRO
Cultura segurada Soja
Data da ocorrência do sinistro 21/01/2020
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
ITENS SINISTRADOS
ITEM 1
Nome da propriedade Pedra Branca
Área segurada 35 ha
ITEM 2
Nome da propriedade Pedra Branca
Área segurada 53 ha
Apólice
Documento emitido pela seguradora para formalizar a
aceitação do risco e estabelecer os limites, as coberturas
contratadas, os direitos e as obrigações das partes, além
do previsto nas condições gerais, especiais e particulares,
quando for o caso, do contrato de seguro.
Área segurada
Extensão de terras cultivadas com a cultura agrícola infor-
mada na apólice. A área segurada de cada uma das proprie-
dades da apólice deverá estar claramente demarcada em
croqui e com informação dos pontos georreferenciados.
Área sinistrada
Parcela de terra contida na área segurada que tenha sofrido
danos causados por um ou mais eventos cobertos pelo seguro.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Aviso de sinistro
Comunicação formal realizada pelo segurado ou beneficiá-
rio, por escrito, para dar imediato conhecimento à segura-
dora da ocorrência de evento passível de cobertura.
Carência
É um espaço de tempo, determinado na apólice, no qual
o segurado não tem direito a ser ressarcido se ocorrido o
sinistro.
Cobertura adicional
Aquela que a seguradora admite, mediante inclusão na
apólice e pagamento de prêmio complementar.
Cobertura básica
Cobertura principal de um plano de seguro, sem a qual não
é possível emitir uma apólice. A ela são agregadas as cober-
turas adicionais, se ou quando for o caso.
Condições gerais
Conjunto das cláusulas comuns a todas as modalidades e/
ou coberturas de um plano de seguro, que estabelecem as
obrigações e os direitos das partes contratantes.
Corretor de seguros
É a pessoa física e/ou jurídica devidamente habilitada a in-
termediar o contrato de seguro entre segurado e segurado-
ra. O corretor de seguros responde civilmente perante as
partes pelos prejuízos que causar no exercício da profissão.
Cultura segurada
Cultura agrícola implantada e tecnicamente conduzida na
propriedade do segurado ou sob sua responsabilidade, in-
dicada na proposta e expressa na apólice.
Endosso
Documento que é parte integrante e inseparável do contrato
de seguro. A seguradora emite o endosso após aceitação de
alteração na apólice, acordada entre as partes, ou determinada
em razão de disposições constantes nas condições contratuais.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Preposto
Representante do segurado.
Produtividade esperada
Trata-se da referência de potencial produtivo da lavoura
segurada. Deverá corresponder tanto quanto possível à
média histórica de produtividade da área a ser segurada.
O mercado segurador define este parâmetro por meio de
análise técnica, considerando dados históricos da sua car-
teira, referenciais de produtividade média, como o IBGE e
os bancos de dados de cooperativas e instituições financei-
ras, informações de empresas de assistência técnica rural,
além dos dados consultados no histórico das atividades do
produtor rural. Tem sido cada vez mais frequente a utiliza-
ção de uma base de dados mais representativa da realidade
local dos produtores, tornando os seguros mais adequados
às necessidades dos contratantes.
Produtividade garantida
Produtividade da cultura agrícola indicada na proposta e
expressa na apólice, sendo igual à multiplicação da produ-
tividade esperada pelo nível de cobertura escolhido pelo
segurado.
Produtividade obtida
Trata-se da produtividade média da área segurada, após a
ocorrência de um sinistro, aferida pelo perito credenciado
pela seguradora para avaliar os prejuízos. Será utilizada
como parâmetro para definir o direito à indenização.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Segurado
Pessoa física ou jurídica em nome de quem se faz o segu-
ro e que tem interesse econômico exposto ao risco; aquele
que se compromete a pagar o prêmio à seguradora.
Vigência
Período de validade da cobertura da apólice e dos endos-
sos a ela referentes.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Pontualidade
O profissional deve estar atento ao prazo definido pela se-
guradora para realizar o agendamento.
Educação e cordialidade
Vale lembrar que estamos tratando de uma prestação de
serviços e que, se o tratamento dado pelo representante da
companhia não agradar, é bem possível que surjam recla-
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Agendamento
Procure informar ao segurado, ou a seu representante,
as opções de datas razoáveis para a realização do atendi-
mento. Caso não haja compatibilidade de agendas, o pro-
fissional de campo deverá informar o fato à seguradora
demandante o mais rápido possível. Esta irá avaliar a pos-
sibilidade de encaminhar um outro profissional para reali-
zá-lo. O perito nunca deve insistir em realizar a vistoria em
uma data desfavorável ao produtor pelo simples fato de
não querer perder o trabalho.
Passar segurança
Demonstrar segurança e conhecimento sobre o risco pode
se tornar um facilitador do diálogo e da execução dos tra-
balhos, por isso é muito importante que o profissional ana-
lise cuidadosamente a documentação encaminhada pela
seguradora antes de realizar o agendamento.
Profissionalismo
Ao entrar em contato com o segurado, apresente-se de for-
ma educada informando o nome da seguradora e da em-
presa que será responsável pela prestação do serviço. Seja
claro e conciso, explicando de forma técnica como será o
andamento dos trabalhos e esclareça quaisquer dúvidas
que surjam na conversa.
Empatia
O diálogo que traz confiança neste momento é essencial,
pois, de forma geral, há pouco tempo o produtor teve uma
frustração de safra e busca o apoio do serviço contratado
para que o atenda no momento do sinistro.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Recomendações ao segurado
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Câmera fotográfica
O relatório fotográfico que compõe o laudo de vistoria é
parte importante do processo, daí a necessidade de uma
câmera fotográfica, com boa resolução e que permita o re-
gistro de informações como data, hora e coordenadas de
latitude e longitude, a fim de atrelar aquela imagem ao ris-
co que está sendo avaliado.
Aparelho de GPS
Utilizado na identificação do local de risco, bem como para
situar os pontos de coleta de amostras no procedimento
manual. No processo de amostragem mecanizada, o GPS
permite o registro do caminhamento da colheitadeira,
além da distância percorrida no cálculo de produtividade.
Sua configuração (datum) deve seguir a especificação da
empresa demandante. Por se tratar de um equipamento
eletrônico, é importante dispor de baterias e pilhas extras.
Notebook e impressora
Possibilitam o preenchimento do laudo dentro de progra-
mas específicos que facilitam a elaboração dos cálculos en-
volvidos no processo de avaliação das perdas. Concluído o
trabalho, o documento pode ser impresso por meio de um
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Tablet ou smartphone
Cada vez mais utilizados pelos profissionais de campo,
tornaram-se itens obrigatórios para aqueles peritos que
atendem seguradoras com processos já digitalizados. Além
disso, com o uso de aplicativos específicos, esses equipa-
mentos apresentam a capacidade de substituir todos os
dispositivos mencionados até agora. Sendo um recurso
indispensável em certas demandas, faz-se necessária uma
autonomia de carga para a realização dos trabalhos. Reco-
menda-se fortemente que o profissional disponha, assim,
de acessórios extras de carga, como powerbanks, ou até
mesmo um smartphone reserva para eventuais faltas de
bateria ou problemas técnicos com o aparelho.
Trena
Além do uso como ferramenta para viabilizar a
contagem do estande de plantas, serve para de-
limitar e mensurar a área de coleta das amostras.
Porrete ou debulhador
Para separar os grãos das demais estruturas das
plantas.
Peneira
Permite a limpeza da amostra, ou seja, a retirada do
excesso de impurezas do material que será pesado.
87
CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Balança de precisão
Para pesar a amostra.
Calculadora
Para auxiliar nos cálculos.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
2.6.1. Introdução
O produto seguro talvez seja um dos ativos mais intangíveis que se
tem notícia. A rigor, o que o cliente adquire é uma promessa de que
a seguradora vai indenizá-lo caso haja um sinistro. É no sinistro que
o seguro se materializa na forma da indenização.
Para que o segurado não procure outra empresa seguradora para a pró-
xima colheita ou mesmo para que se evite a solicitação de outro perito
para avaliar a área, é essencial que o atendimento seja bom e eficiente.
91
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> a distribuição;
> a coleta; e
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FIGURA 8
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Metodologia
Resultado
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Exemplo:
SOJA/TRIGO MILHO
MODELO VOLUME (L)
KG SACAS KG SACAS
Onde:
Exemplo:
É uma avaliação útil, mas só deve ser utilizada nas situações em que
realmente não haja possibilidade de se realizar qualquer uma das
metodologias mecanizadas, já citadas anteriormente, uma vez que
a amostragem manual obriga à coleta de várias amostras em diver-
sos pontos da área, o que pode se tornar inviável manualmente em
áreas grandes ou muito heterogêneas.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
X X
01 a 50 ha Mínimo de 04 X X
X X
50,01 a 100 ha Mínimo de 05 X
X X
X X X
100,01 a 150ha Mínimo de 06
X X X
X X X
> que 150,01 ha Mínimo de 07 X
X X X
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Soja
> Meça 1 metro na entrelinha e colete as plantas nos dois lados, ou meça 2 metros na linha
e colete as plantas em linha, cortando-as rente ao solo, colocando-as em um saco;
Milho
> Meça 5 metros na entrelinha, colete as espigas ou capítulos das plantas nos dois la-
dos, ou meça 10 metros na linha e colete espigas ou capítulos das plantas na linha;
> Deste modo, colete as espigas ou capítulos que estão no meio da fileira e que re-
presentem o tamanho da amostra. (Por exemplo, de um total de 40 espigas enfilei-
radas, coletar as 15 espigas centrais);
> Faça a debulha e pesar a quantidade de grãos por espiga ou capítulo, de modo a
obter uma média de peso de grão por espiga ou por capítulo;
Trigo e cevada
> Ao coletar a amostra, meça 2 metros na entrelinha, colete as plantas nos dois la-
dos, ou meça 2 metros na linha e colete as plantas na linha, cortando-as rente ao
solo e colocando-as em um saco;
104
CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Algodão
> Meça 5 metros lineares (medida variável);
> Colha todos os capulhos viáveis
> Repita essa operação nas demais amostras;
> Faça a pesagem das amostras
> Calcule a produtividade da área.
Evento: seca
Cultura: soja
População: 40 plantas/m²
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
𝑃𝑓𝑎 = 0,7163 𝑘𝑔
Tamanho da amostra:
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Regra de três:
Portanto:
Neste caso o peso das impurezas (Pi) é igual a zero, pois, a amostra
foi peneirada. Assim o peso descontado as impurezas (Pdi) é igual ao
peso inicial da amostra (Pia) = 3,250 kg;
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𝑃𝑓𝑎 = 2,7965 𝑘𝑔
Tamanho da amostragem
Regra de três:
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𝑥 = 2.496,875 𝑘𝑔/ℎ𝑎
𝑃𝑓𝑎 = 0,7152 𝑘𝑔
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Tamanho da amostragem
Regra de três:
𝑥=1.788,0 𝑘𝑔/ℎ𝑎
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Média Ponderada
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> Fungos;
> Nematóides;
> Inundação;
> Desnivelamentos;
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Exemplo:
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Pi = Pia × % impurezas
Pdi = Pia − Pi
Onde:
Pi = Peso de impurezas;
Onde:
Milho 13%
Soja 13%
Trigo 13%
Arroz 13%
116
CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Amendoim 8%
Milheto 13%
Café 12%
Cevada 13%
Centeio 13%
Aveia 13%
Feijão 13%
Sorgo 13%
Canola 9%
Girassol 9%
𝑃𝑖 = 𝑃𝑖𝑎 × % 𝑖𝑚𝑝𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎𝑠
𝑃𝑖 = 5 × 0
𝑃𝑖 = 0 (𝑧𝑒𝑟𝑜)
𝑃𝑑𝑖 = 𝑃𝑖𝑎 − 𝑃𝑖
𝑃𝑑𝑖 = 5 − 0
𝑃𝑑𝑖 = 5 𝑘𝑔
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
𝑃𝑓𝑎 = 5 − (0,54 + 0)
𝑃𝑓𝑎 = 4,46 𝑘𝑔
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
QUANTIDADE DISTRIBUIÇÃO
ÁREA (ha)
DE AMOSTRA DE AMOSTRAS
Até 1 ha Mínimo de 03 X
X
X
1 a 2 ha Mínimo de 04 X X
X X
2 a 5 ha Mínimo de 05 X X
X
X X
5 a 10 ha Mínimo de 07 X X X
X
X X X
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Classificação de amostras
Exemplo de amostragem
Dados:
Evento: granizo
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3 R$ 25.000,00 10% da IS 3 5
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
8 x 2 = 40
22 x 10 = 220
14 x 20 = 280
57 x 30 = 1710
54 x 40 = 2160
45 x 50 = 2250
28 x 60 = 1680
10 x 70 = 700
2 x 80 = 160
0 x 90 = 0
0 x 100 = 0
241 9200
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
» Medições;
» Encaminhamento;
» Colheita;
» Pesagem;
» Classificação.
> Doenças;
> Pragas;
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Possui vínculo?
O perito ético tem como obrigação avaliar, previamente ao
aceite da vistoria, se existe qualquer tipo de relacionamen-
to com o segurado, seja pessoal (grau de parentesco, ami-
zade e afins) ou profissional (relacionamento comercial, de
trabalho etc.). Caso exista qualquer um desses vínculos, o
profissional deve comunicar a seguradora e recusar a de-
manda do serviço.
126
CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
É imparcial?
O encarregado deve registrar com imparcialidade e preci-
são técnica os fatos apurados a campo, conforme o tipo de
vistoria realizada.
É discreto?
O acesso a informações do histórico da lavoura é essencial
para compreender da melhor forma a situação presente. Al-
gumas fontes para esses tipos de dados podem ser tanto o
segurado como a seguradora, por esse motivo, as habilida-
des de relacionamento interpessoal podem ser um grande
apoio. Deve ser mantida uma conduta discreta, reservada,
evitando exposições pessoais desnecessárias, sempre pre-
servando o sigilo dos dados do processo de sinistro.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Confusão do profissional
Apresentação de área diferente da contratada no seguro,
apresentação de informações inverídicas (histórico da pro-
priedade, data de plantio, adequação ao Zoneamento Agrí-
cola de Risco Climático etc.).
Colheita
Adulteração da colhedora (aumento da coleta de impureza,
despejo de grãos a campo, altura da plataforma, velocida-
de acima ou abaixo do recomendado e demais regulagens
incorretas), interferências na amostragem (direcionamento
a regiões conhecidamente de menor produtividade – solos
compactados, relevos diferenciados e afins) e transferência
incompleta do produto colhido para o transportador.
Transporte
Uso de velocidades e isolamento da carga inadequados,
de maneira a ocasionar a perda de grãos no trajeto até a
balança, adulterações no veículo de transporte para des-
pejo do produto ou seguir rotas diferentes do planejado
com o vistoriador.
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CURSO DE PERITO RURAL MÓDULO 1
Pesagem
Adição de peso na balança e influências na tara, posicio-
namento incorreto para pesagem (pneus desalinhados ou
fora da balança), descarregamento incompleto do produto,
distorções na coleta e na aferição da amostra para impure-
za e umidade.
Diante do exposto, pode-se notar que o encarregado técnico atua em um espaço am-
plo para tentativas de fraude em vários momentos da vistoria, justificando a neces-
sidade de uma atenção constante a todos os fatores que possam causar infidelidade
de resultado, pois este refletirá diretamente na conclusão do trabalho prestado.
130
glos
sá
GLOSSÁRIO
Apólice: contrato do seguro. O documento que contém informações do segurado, do
bem coberto, as coberturas, o preço e a duração do seguro, ou seja, tudo o que foi de-
finido no momento da assinatura da proposta.
rio
Aquicultura: produção e/ou criação de seres aquáticos vivos, em cativeiro.
CADIN: Cadastro Informativo dos Créditos Não Quitados do setor público federal.
Franquia: valor que o segurado paga em caso de sinistro de perda parcial. A segura-
dora só paga os valores que excederem a franquia.
Insumos: bens que se utilizam na produção de outro bem. No caso de insumo agrícola,
seriam sementes e adubo, por exemplo.
rio
ou igual à somatória dos LMIs estabelecidos para cada cobertura.
Lucros cessantes: perdas financeiras decorrentes de acidentes aos quais estão sujei-
tos os bens do segurado e que, por isso, podem causar perturbações no seu giro ou
movimento de negócios.
Perda: pode ser parcial e total. Perda parcial se refere a quando o produtor teve per-
das de produção, mas que não compromete a continuidade da exploração técnica da
cultura segurada. Já a perda total torna inviável a continuidade da produção. Conside-
ra-se perda total quando a produção prevista da cultura segurada for nula ou ocorrer a
mortalidade de 100% das plantas da unidade segurada.
Prêmio: valor pago pelo produtor para a seguradora na contratação da apólice de se-
guro. O valor do seguro cobrado pela seguradora está associado ao risco coberto, que
depende de diversos fatores, como práticas culturais ou sistemas de produção utiliza-
dos, localização e as condições edafoclimáticas da região.
rio
de indenização ao produtor.
rên
ESCOLA DE NEGOCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Seguro rural. Assesso-
ria técnica de Fabio Roberto Dias - 2020/2019. 4 ed. Rio de Janeiro: Funenseg e de Bruno
Kelly 2018. 135 p.
cias
ENS. Tudo sobre seguros. Site. Disponível em: <https://www.tudosobreseguros.org.br/>.
Acesso em: 09 de fevereiro de 2020.
134
Rua Joaquim Floriano 1052, conj. 42 – CEP 04534 004 – Itaim, São Paulo/SP
(11) 3706.9747 | contato@iess.org.br
www.iess.org.br