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PROJETO E AVALIAÇÃO DE SISTEMAS

DE IRRIGAÇÃO – PGSS033

José Antônio Frizzone


UFRB – Professor visitante
Sistema de Irrigação
Pivô Central
PRINCIPAIS EMPRESAS QUE PRODUZEM PIVÔ
CENTRAL NO BRASIL

EMPRESAS DE GRANDE PORTE DE CAPITAL ESTRANGEIRO:

Valmont que produz o pivô Valley


Lindsay que produz o pivô Zimmatic

EMPRESAS DE MENOR PORTE DE CAPITAL NACIONAL:

Fockink
Krebsfer
Irrigabras

Área irrigada por pivô central no Brasil – aproximadamente 1.600.000 ha (2020)


1 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA
 O sistema apresenta deslocamento
radial, resultante de tempos
Contator
diferenciais de operação das
sucessivas torres que o compõem.

 A velocidade de deslocamento da
última torre determina a grandeza
da lâmina a ser aplicada

Motor redutor
Anel coletor

 O suprimento de água à lateral de


aspersores pode ser feito através do
ponto central da área, quando existe
poço artesiano, ou através de
Painel de controle tubulações conduzindo água sob
pressão desde uma fonte localizada
distante da área.
TERMOS BÁSICOS

Torre fixa:
ponto do pivô

Torres móveis
TERMOS BÁSICOS

Vão ou Lance – distância entre os pontos centrais de duas torres sucessivas

47 a 54 m

Vão em balanço – parte da lateral que se projeta além da última torre móvel

12 a 24
m
TERMOS BÁSICOS

Altura livre – Distância vertical entre a superfície plana do solo e a parte mais
baixa da estrutura metálica entre duas torres.

2,7 a 5,5 m

Em função da cultura a ser implantada seleciona-se a altura livre dos vãos (altura
padrão: em torno de 2,70 m; alto: em torno de 3,70 m; extra alto: em torno de 4,70 m
e super alto: em torno 5,50 m.
SISTEMA DE ACIONAMENTO DAS TORRES

Redutor de rodas (50:1)


Motor (1/2; ¾, 1,0 e 1 ½ CV)

Moto-redutor (26:1 a 58:1)

Velocidade de rotação – controlada por um percentímetro, com escala linear,


localizado no painel de controle, que controla a velocidade da última torre.
Velocidades normais são de 1,8 a 3,5 m/min. Altas velocidades até 5 m/min
VELOCIDADE MÁXIMA DA ÚLTIMA TORRE

EXEMPLO – MOTO-REDUTOR ASTEN – Rotação do motor 1750 RPM. Relação de redução


dos redutores de roda: 50 : 1.
Pot. Motor Redução Rotação do Rotação da Diâmetro Distância Vel. Máx
(CV) no moto moto roda do pneu por última
redutor redutor (RPM) (cm) revolução torre a
(RPM) (cm)* (m/h)
 

        104 310 160


3/4 41:1 43 0,86 116 346 178
        127 379 195
        104 310 112
1 58:1 30 0,60 116 346 125
        127 379 136
        104 310 249
1,5 26:1 67 1,34 116 346 278
        127 379 305
* Os valores são aproximados devido ao escorregamento da roda, pressão dos pneus e
condições do solo.
CÁLCULO DA VELOCIDADE MÁXIMA DA ÚLTIMA TORRE
EXEMPLO
MOTO-REDUTOR ASTEN – Potência do motor – 1 CV - Rotação do motor 1750 RPM.
Relação de redução dos redutores de roda: 50 : 1.
Relação de redução do moto redutor: 58 : 1
Diâmetro do pneu = 116 cm

1750 𝑅𝑃𝑀
𝑅𝑜𝑡𝑎 çã 𝑜 𝑑𝑎 𝑅𝑜𝑑𝑎= =0,60 𝑅𝑃𝑀
50 𝑥 58

2 𝜋 116
𝐷𝑖𝑠𝑡 â 𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑟𝑜𝑡𝑎 çã 𝑜= 𝑥 ( 0,95 )=346 𝑐𝑚(3,46 𝑚)
2

𝑟𝑜𝑡𝑎çõ 𝑒𝑠 𝑚𝑖𝑛 𝑚 𝑚
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 ú 𝑙𝑡𝑖𝑚𝑎𝑡𝑜𝑟𝑟𝑒=0,60 𝑥 60 𝑥 3,46 =125
𝑚𝑖𝑛 h 𝑟𝑜𝑡𝑎çã 𝑜 h
EMISSORES

i-Wob UP3® - Senninger Irrigation Inc. –


Rotator® R3000 - Nelson Irrigation Corp – possui ação rotativa combinada com
placa defletora giratória, pressão de ação de oscilação do defletor com
operação 98,1 (0,98 bar) a 343,4 kPa ranhuras. Pressão de operação de 69 a
(3,43 bar) e diâmetro de cobertura de 138 kPa, diâmetro de cobertura de 10,4 a
15,2 a 22,6 m. Espaçamento máximo 18,3 m, dependendo da altura do
entre emissores de 7 m. emissor e do tipo de defletor, e
espaçamentos máximos de 4 a 6 m a 1,8
m de atura.
EMISSORES

LDN UP3® - Senninger Irrigation Inc. - múltiplas Spinner® S3000 - Nelson Irrigation Corp. –
placas defletoras ranhuradas, pressão de placa defletora giratória, pressão de operação
operação de 41 a 138 kPa. As superfícies de 68,7 kPa a 137,3 kPa e diâmetro de cobertura
cada placa estão disponíveis em três de 11,6 a 16,5 m. Espaçamento de 3 a 4 m.
geometrias com base na trajetória do jato –
plana (preto), côncava (azul) e convexa (verde).
Espaçamento máximo de 3 m a 1,8 m de
altura.
REGULADORES DE PRESSÃO
Deve ser selecionado o regulador de pressão em função da vazão requerida em cada
emissor e dos limites operacionais de cada regulador.
CURVAS DOS REGULADORES DE PRESSÃO

10,0 10,0
9,0 9,0
Pressão de saída (mca)

8,0 8,0
7,7 mca 7,7 mca

Pressão de saída (mca)


7,0 7,0
6,3 mca 6,3 mca
6,0 (6,6; 6,3) 6,0 (7,3; 6,3)
5,0 5,0
Pressão inicial de regulação = 6,6 mca Pressão inicial de regulação = 6,6 mca
4,0 4,0
Pressão declarada de regulação = 7,0 mca Pressão declarada de regulação = 7,0 mca
3,0 3,0
Vazão de ensaio = 0,56 m 3/h Vazão de ensaio = 1,15 m3/h
2,0 2,0
Velocidade de referência = 0,50 m/s Velocidade de referência = 1,02 m/s
1,0 1,0
Diâmetro nominal = 20 mm Diâmetro nominal = 20 mm
0,0 0,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
Pressão de entrada (mca) Pressão de entrada (mca)
PS = f (PE) Limite sup. exatidão A Limite inf. exatidão A PS = f (PE) Limite sup. exatidão A Limite inf. exatidão A

𝑐
𝑃𝑆= 𝑎+𝑏𝑞 + ( 𝑑 − 𝑃𝐸 ) / 𝑓
1+𝑒
CURVAS DOS REGULADORES DE PRESSÃO

Parâmetros do regulador de pressão Fabrimar EXACT determinados em laboratório

Parâmetros Modelos

 
Exact 10 Exact 15 Exact 20
-4,5089 -4,4262 +0,2169
-0,0292 -0,0446 -0,0363
+5,1947 +5,5458 +1,2187
-0,8593 -0,3072 +0,8953
2,71828183 2,71828183 2,71828183
+0,4317 0,3919 +0,2821
CURVAS DOS REGULADORES DE PRESSÃO

Limites operacionais do regulador de pressão Fabrimar para um nível de


exatidão A
MODELO VAZÃO ( m3 h-1) PE (kgf cm-2)

EXACT 10

EXACT 15

EXACT 20 0

Para assegurar bom funcionamento dos reguladores de pressão, com


alta uniformidade de regulação, é necessário considerar uma margem
de segurança de aproximadamente 0,4 kgf cm-2 na pressão mínima de
entrada.
2 CAPACIDADE DO SISTEMA

𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑟𝑒𝑞𝑢𝑒𝑟𝑖𝑑𝑜
𝑄𝑜 =
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒𝑟𝑒𝑣𝑜𝑙𝑢 çã 𝑜 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎

𝑄𝑜 =𝑄𝑏 +𝑄 𝑐
Vazão total que o sistema deve distribuir na área a ser irrigada ()

Vazão necessária à área básica irrigada ()


Vazão necessária ao canhão final para irrigar uma área
Área básica () é a área irrigada pela linha lateral sem o canhão final.
3 −1
𝑄𝑜 (𝑚 h )=
4
𝐴 ( h𝑎 ) 𝑥 10
𝑚2
h𝑎
𝑥 𝐸𝑇(𝑚𝑚
𝑑𝑖𝑎 ) 𝑥 10
−3 𝑚
𝑚𝑚
𝑥
1 𝑑𝑖𝑎
24 h
𝑥 𝑇𝑅(h)

𝐸 𝑎 𝑥 𝑇 𝑟 (h)

3 −1 𝐴 𝑏 ( h𝑎 ) 𝑥 𝐸𝑇 ( 𝑚𝑚 / 𝑑𝑖𝑎 ) 𝑥 𝑇𝑅 (h)
𝑄𝑏 (𝑚 h )=0,4167
𝐸𝑎 𝑥 𝑇𝑟 (h)

3 −1 𝐴 𝑐 ( h𝑎 ) 𝑥 𝐸𝑇 ( 𝑚𝑚/ 𝑑𝑖𝑎 ) 𝑥 𝑇𝑅 ( h)
𝑄𝑐 (𝑚 h )=0,4167
𝐸 𝑎 𝑥 𝑇𝑟 (h)
ÁREA IRRIGADA

raio da área básica

comprimento da linha lateral


𝑅
raio efetivo da área irrigada
𝑅𝐿
raio de alcance do último emissor sobre a lateral
aio de alcance do canhão final

Sem canhão final: 𝑅=𝑅 𝐿 +0,75 𝑟 𝑁

Com canhão final: 𝑅=𝑅 𝐿 +0,75 𝑟 𝑐


𝑅𝑏 = 𝑅 𝐿

𝜋 𝑅 2𝑏
𝐴 𝑏 ( h𝑎 ) =
𝜋 𝑅 2𝑏
10000
𝐴 𝑏 ( h𝑎 ) =
𝛼
10000 360 ( )
𝜋 ( 𝑅 − 𝑅 𝑏)
2 2
𝜋 ( 𝑅2 − 𝑅 2𝑏) 𝛼
𝐴 𝑐 ( h𝑎 )=
10000
𝐴 𝑐 ( h𝑎 )=
10000 360 ( )
CANHÃO FINAL
SPRAY FINAL
EFICIÊNCIA DE APLICAÇÃO PARA PROJETO
Para projeto da vazão necessária à área básica
Valor Epa (%) Ed (%) Ea (%)

Baixo 80 90 72

Médio 90 90 81

Alto 95 90 86

Para projeto da vazão do canhão: Ea = 50 a 60 %

𝐿â 𝑚𝑖𝑛𝑎 𝑚 é 𝑑𝑖𝑎𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑡𝑖𝑛𝑔𝑒 𝑎𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜


𝐸𝑝𝑎=
𝐿â 𝑚𝑖𝑛𝑎 𝑚 é 𝑑𝑖𝑎 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎

𝐿 â 𝑚𝑖𝑛𝑎 ú 𝑡𝑖𝑙 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜


𝐸𝑑=
𝐿 â 𝑚𝑖𝑛𝑎 𝑚 é 𝑑𝑖𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎

𝐸𝑎=𝐸𝑝𝑎 𝑥 𝐸𝑑
CÁLCULO DA CAPACIDADE DO SISTEMA - EXEMPLO

Calcular a vazão necessária a um sistema pivô central, sem canhão final, dados:
Comprimento da linha lateral (RL) = 510 m (último emissor no final da lateral)
Raio de alcance do último emissor (rN) = 6 m
Evapotranspiração de cultura (ETc) = 8 mm/dia
Eficiência de Aplicação (Ea) = 80%

𝑅=510 +0,75 𝑥 6=514,5 𝑚


Área irrigada para círculo total:
2
𝜋 ( 514,5 )
𝐴= = 83,12 h𝑎
10.000

Vazão necessária ao sistema:

8 24 3
𝑄𝑜 =0,4167 𝑥 83,12 𝑥 𝑥 =415,63 𝑚 /h
0,80 20
CÁLCULO DA CAPACIDADE DE UM CANHÃO FINAL - EXEMPLO
Calcular a vazão necessária a um canhão final, dados:
Comprimento da linha lateral (RL) = 510 m (último emissor no final da lateral)
Raio de alcance necessário ao canhão final (rC) = 36 m
Evapotranspiração de cultura (ETc) = 8 mm/dia
Eficiência de Aplicação do canhão final (Ea) = 60%
𝑅𝑏 = 𝑅 𝐿 =510 → 𝐴 𝑏=81,7 h𝑎
𝑅𝑎𝑖𝑜 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑛h ã 𝑜=0,75 𝑥 36=27 𝑚
𝑅𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑎 á 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑟𝑟𝑖𝑔𝑎𝑑𝑎 ( 𝑅 ) =510+27=537 𝑚 → 𝐴=90,6 h𝑎
Á 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑟𝑟𝑖𝑔𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑐𝑎𝑛h ã 𝑜 ( 𝐴 𝐶 ) =90,6 − 81,7=8,9 h𝑎
8 24 3
𝑉𝑎𝑧 ã 𝑜𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠 á 𝑟𝑖𝑎 𝑎𝑜 𝑐𝑎𝑛h ã 𝑜(𝑄 ¿¿ 𝐶)=0,4167 𝑥 8,9 𝑥 𝑥 =59,3 𝑚 /h ¿
0,60 20
Diâmetro do bocal aproximado para o canhão operando à HS = 30 mca

𝑞 ( 𝑚 / h )= 3600 𝑥 𝑆 𝑥 𝐶 𝑑 √ 2 𝑔 𝐻
3

𝜋 𝐷2
59,3=3600 𝑥 𝑥 0,90 √ 2𝑔 30 → 𝐷=0,031 𝑚(31 𝑚𝑚)
4
SELEÇÃO DO CANHÃO - EXEMPLO

Canhão selecionado: Komet – Twin 140 Ultra


Carga de pressão de operação = 30 mca
Diâmetro do bocal = 30 mm
Vazão = 59,5 m3/h
Raio de alcance = 42,6 m
Ângulo da trajetória do jato = 24º (para cada 3 graus que se abaixa na trajetória do
jato o alcance do jato se reduz aproximadamente de 4%.
Assim, ajustando-se a trajetória do jato para 18º (uma redução de 6º ) a redução no
raio de alcance do canhão será 8%:
rC = 42,6 – 0,08 x 42,6 = 39,2 m e raio efetivo de alcance de 0,75 x 39,2 = 29,4 m.
2
3,14 ( 510 +29,4 )
𝐴= = 91,4 h𝑎
10.000

𝐴 𝐶 =91,4 − 81,7 = 9,7 h𝑎


SELEÇÃO DO CANHÃO - EXEMPLO

RESUMO
Canhão selecionado: Komet – Twin 140 Ultra
Carga de pressão de operação = 30 mca
Diâmetro do bocal = 30 mm
Vazão = 59,5 m3/h
Raio de alcance = 39,2 m (ângulo da trajetória 18º )
Raio efetivo de alcance de 0,75 x 39,2 = 29,4 m.
Área irrigada pelo canhão (AC) = 9,7 ha
Lâmina bruta média esperada
𝐸𝑇𝑐 𝐸𝑇𝑐
59,5=0,4167 𝑥 9,7 𝑥 𝑥 1,2 → = 12,3 𝑚𝑚
𝐸𝑎 𝐸𝑎
Lâmina líquida esperada = 12,3 x 0,6 = 7,4 mm
SELEÇÃO DA MOTOBOMBA BOOSTER - EXEMPLO

Carga de pressão no final da lateral = 20 PSI (14 mca)

Altura manométrica necessária à bomba = 30 – 14 = 16 mca

𝛾 (𝑘 𝑔 𝑓 𝑚 ) 𝑄 ( 𝑚 3 𝑠− 1 ) 𝐻 𝑚𝑎𝑛 (𝑚𝑐𝑎)
−3

𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 ( 𝐶𝑉 )=
75 𝑥 𝜂 𝑚𝑏

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑟𝑒𝑞𝑢𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎𝑝𝑒𝑙𝑎𝑚𝑜𝑡𝑜𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎𝑏𝑜𝑜𝑠𝑡𝑒𝑟=1000¿¿
5
𝑃𝑜𝑡 ê 𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = =5,3 𝐶𝑉
0,95
TURNO DE REGA PARA PROJETO

O número de dias entre duas irrigações sucessivas é 1 dia ( = 24 h).

TEMPO DE REVOLUÇÃO PARA PROJETO

Para um tempo de 24 h entre duas irrigações sucessivas, o sistema deve


ser capaz de aplicar a lâmina bruta requerida em 20 h (.

TAXA DE REPOSIÇÃO DIÁRIA

𝑇𝑅𝐷 ¿ ¿
Valores comuns de para projeto = 0,20 mm/h a 0,50 mm/h

TAXA APARENTE DE REPOSIÇÃO


𝐿â 𝑚𝑖𝑛𝑎 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑇𝐴𝑅=
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒𝑟𝑒𝑣𝑜𝑙𝑢 çã 𝑜
É uma característica do sistema. É constante para um sistema em qualquer
velocidade de deslocamento
3 CONTROLE DA LÂMINA BRUTA APLICADA
TEMPO DE REVOLUÇÃO DO SISTEMA
Considerando a última torre móvel do sistema, distante do ponto do pivô e
deslocando a uma velocidade , o tempo necessário para o equipamento
completar um giro de 360º será:
2 𝜋 𝑅𝑢
𝑇𝑟=
𝑉𝑢

LÂMINA BRUTA APLICADA PELO SISTEMA

𝑄 𝑏 ( 𝑚 / h ) 𝑇 𝑟 ( h)
3
h𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎 (𝑚𝑚)=
10 𝐴 𝑏 (h𝑎)
CONTROLE DA LÂMINA BRUTA APLICADA - EXEMPLO
Considere um pivô central, sem canhão final, com a seguintes características:
Ab = 85,1 ha; RL = 520,5 m; Comprimento do vão em balanço = 24 m;
Ru = 520,5 – 24 = 496,5 m; Qb = 319,15 m3/h, Vu(100%) = 216 m/h
Vu Vu Tr hb TAR
(%) (m/h) (h) (mm) (mm/h)
100 216,0 14,4 5,4 0,375
90 194,4 16,0 6,0 0,375
80 172,8 18,0 6,8 0,378
70 151,2 20,6 7,7 0,374
60 127,6 24,5 9,2 0,376
50 108,0 28,9 10,8 0,374
40 86,4 36,1 13,5 0,374
30 64,8 48,1 18,0 0,374
Média 0,375
INTENSIDADE MÉDIA DE APLICAÇÃO DE ÁGUA A UMA DISTÂNCIA Ri

h 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎 2 𝜋 𝑅𝑖
𝐼 𝑚 (𝑖 ) (𝑚𝑚 / h)= 𝑥
𝑇𝑟 𝑊𝑖

𝑊 𝑖 − 𝐿𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟 ã 𝑜 𝑚𝑜𝑙h𝑎𝑑𝑜

INTENSIDADE MÁXIMA DE APLICAÇÃO DE ÁGUA A UMA DISTÂNCIA Ri

𝐼𝑚 á𝑥 ¿
INTENSIDADE DE APLICAÇÃO DE ÁGUA MEDIDA EM CAMPO

60
Metade do primeiro vão
Taxa de aplicação (mm/h) 50 Metade do quarto vão
Metade do oitavo vão
40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60
Tempo acumulado (min)

Perfis da taxa de aplicação de água de um pivô central, determinados na metade do primeiro,


do quarto e do oitavo vãos, com aspersores tipo spray montados sobre a linha lateral.
Comprimento da linha lateral = 372,2 m; Número de torres móveis = 8; Distância entre torres
= 45,0 m; Comprimento do vão em balanço = 12,2 m; alcance do canhão final = 30 m; raio
efetivo da área irrigada = 402,2 m; pressão de serviço dos emissores = 137,3 kPa; pressão de
serviço do canhão = 392,4 kPa; vazão do canhão = 27 m3/h; vazão do sistema = 169 m3/h.
VELOCIDADE MÍNIMA DE DESLOCAMENTO DA ÚLTIMA
TORRE MÓVEL

Para reduzir o potencial de acúmulo de água na superfície do solo e de escoamento


superficial, o equipamento deve deslocar a distância (largura efetiva do padrão
molhado) antes que, ou no máximo quando, a velocidade de infiltração da água no
solo se iguale à intensidade máxima de aplicação no final da linha lateral.

𝑉𝐼= 𝐼 𝑚 á 𝑥(𝑢) =𝑘 𝑇 𝑛

𝑊𝑢
𝑉 𝑚𝑖𝑛⁡(𝑢) =
𝑇𝑚 á𝑥
VELOCIDADE MÍNIMA DE DESLOCAMENTO -EXEMPLO

Vamos considerar o último emissor: Ri = 520,5 m e uma largura do padrão


molhado Wi = 15 m.

2 𝜋 520,5
𝐼 𝑚 (𝑖 ) ( 𝑚𝑚 / h )=0,375 𝑥 =81,72 𝑚𝑚/ h
15
𝐼𝑚 á 𝑥 ¿
Velocidade de infiltração da água no solo: 𝑉𝐼 ( 𝑐𝑚/min ) =0,502 𝑇 −𝑚𝑖𝑛
0,48

104,1𝑚𝑚/h=0,174 𝑐𝑚/𝑚𝑖𝑛

( )
−1 / 0,48
0,174
𝑇= =9,1 𝑚𝑖𝑛
0,502
15
𝑉 𝑚í 𝑛= =1,65 𝑚 / 𝑚𝑖𝑛=98,9 𝑚/ h
9,1
98,9 𝑥 100
𝑉 𝑚í 𝑛%= =45,8 %
216
4 VAZÃO E DIÂMETRO DOS BOCAIS DOS EMISSORES
VAZÃO NECESSÁRIA A CADA EMISSOR
Cada emissor i deve irrigar um setor circular de área ai, crescente do centro
para a periferia. Para manter a uniformidade da lâmina aplicada na área, a
vazão total do sistema dever ser distribuída em cada setor proporcionalmente
à área de cada setor, de forma que essa vazão cresce proporcionalmente.
𝑎𝑖 2 𝜋 𝑅𝑖 𝑆𝑒 2 𝑅 𝑖 𝑆𝑒
𝑞𝑖 = = 𝑄𝑏= 𝑄𝑏
𝐴𝑏 𝜋 𝑅𝑏
2
𝑅𝑏
2

DIÂMETRO TEÓRICO DOS BOCAIS

( )
0,5
𝑞𝑖
𝑑 𝑖 ( 𝑚 )= 0,2876
𝐶𝑑√𝐻 𝑆
4 DIÂMETRO DOS BOCAIS DOS EMISSORES

CÁLCULO DA VAZÃO NECESSÁRIA A CADA EMISSOR E DIÂMETRO


TEÓRICO DOS BOCAIS - EXEMPLO

Características de projeto de um pivô central com canhão final:


Comprimento da lateral: 𝑅 𝐿 =396,2 𝑚
Número de emissores: 𝑁 =141
Espaçamento entre emissores: 𝑆 𝑒=2,8 𝑚
O último emissor está a 1,4 m do final da lateral
Coeficiente de descarga do bocal do emissor: 0
Carga de pressão de operação do emissor:𝐻 𝑆 =15 𝑃𝑆𝐼=10,5𝑚𝑐𝑎
Vazão do canhão final:
Vazão da área básica:
Calcular as vazões e os diâmetros necessários aos emissores 141, 140 e 139
4 DIÂMETRO DOS BOCAIS DOS EMISSORES
CÁLCULO DA VAZÃO NECESSÁRIA A CADA EMISSOR E DIÂMETRO
TEÓRICO DOS BOCAIS - SOLUÇÃO

( )
0,5
2 𝑅 𝑖 𝑆𝑒 𝑞𝑖
𝑞𝑖 = 𝑄𝑏 𝑑 𝑖 ( 𝑚 )= 0,2876
𝑅
2
𝑏
𝐶𝑑√𝐻 𝑆

Para i = 141: 𝑅141 =396,2 −1,4=394,8 𝑚


2 𝑥 394,8 𝑥 2,8 3
𝑞141 = 2
130=1,831 𝑚 /h
396,2

( )
0,5
1,831 /3600
𝑑 141 = 0,2876 =0,00708 𝑚=7,08 𝑚𝑚
0,90 √ 10,5
4 DIÂMETRO DOS BOCAIS DOS EMISSORES
CÁLCULO DA VAZÃO NECESSÁRIA A CADA EMISSOR E DIÂMETRO
TEÓRICO DOS BOCAIS - SOLUÇÃO

Para i = 140: 𝑅140 =394,8− 2,8=392,0 𝑚


2 𝑥 392 𝑥 2,8 3
𝑞140 = 2
130=1,818 𝑚 /h
396,2

( )
0,5
1,818/3600
𝑑 140 = 0,2876 =0,00706 𝑚=7,06 𝑚𝑚
0,90 √10,5

Para i = 139: 𝑅139 =392,0− 2,8=389,2 𝑚


2 𝑥 389,2 𝑥 2,8 3
𝑞139 = 2
130=1,805 𝑚 /h
396,2

( )
0,5
1,805/3600
𝑑 139 = 0,2876 =0,00703 𝑚=7,03 𝑚𝑚
0,90 √ 10,5
4 DIÂMETRO DOS BOCAIS DOS EMISSORES
CÁLCULO DA VAZÃO NECESSÁRIA A CADA EMISSOR E DIÂMETRO
TEÓRICO DOS BOCAIS - SOLUÇÃO

Para i = 138: 𝑅138 =389,2− 2,8=386,4 𝑚


2 𝑥 386,4 𝑥 2,8 3
𝑞138 = 2
130=1,792𝑚 /h
396,2

( )
0,5
1,792/3600
𝑑 138 = 0,2876 =0,00701 𝑚=7,01𝑚𝑚
0,90 √10,5
Para i = 80:𝑅80 =394,8 − ( 141 −80 ) 𝑥 2,8=224,0 𝑚
2 𝑥 224 𝑥 2,8 3
𝑞80 = 2
130=1,039 𝑚 /h
396,2

( )
0,5
1,039/3600
𝑑 80= 0,2876 =0,00533 𝑚=5,33 𝑚𝑚
0,90 √ 10,5
4 DIÂMETRO DOS BOCAIS DOS EMISSORES
DIÂMETROS COMERCIAIS (mm) DE BOCAIS SENNINGER

D teórico D comercial D teórico D comercial


1,79 1,59 (6,55 – 6,95] 6,75
(1,79 – 2,18] 1,98 (6,95 – 7,34] 7,14
(2,18 – 2,58] 2,38 (7,34 – 7,74] 7,54
(2,58 – 2,98] 2,78 (7,74 – 8,14] 7,97
(2,98 – 3,38] 3,18 (8,14 – 8,53] 8,33
(3,38 – 3,77] 3,57 (8,53 – 8,93] 8,73
(3,77 – 4,17] 3,97 (8,93 – 9,33] 9,13
(4,17 – 4,57] 4,37 (9,33 – 9,73] 9,53
(4,57 – 4,96] 4,76 (9,73 – 10,12] 9,92
(4,96 – 5,36] 5,16 (10,12 – 10,52] 10,32
(5,36 – 5,76] 5,56
(5,76 – 6,15] 5,95
(6,15 – 6,55] 6,35
4 DIÂMETRO DOS BOCAIS DOS EMISSORES
DIÂMETROS DOS BOCAIS COMERCIAIS (mm) E VAZÕES CORRIGIDAS

Bocal D teórico D comercial q teórica q corrigida


(i) (mm) (mm) (m3/h) (m3/h)
141 7,08 7,14 1,831 1,861
140 7,06 7,14 1,818 1,861
139 7,03 7,17 1,805 1,861
138 7,01 7,14 1,792 1,861

80 5,33 5,16 1,039 0,972


4 CÁLCULO DA PERDA DE CARGA NA LATERAL
EQUAÇÃO DE HAZEN-WILLIAMS APLICADA EM CADA TRECHO DA LATERAL

𝑄1,852
𝑗
𝐻 𝑓 𝑗 =10,641 1,852 4,871
𝑥 𝑆 𝑒( 𝑗)
𝐶 𝐷 𝑗

Vamos considerar:

𝐶=110(𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑢𝑠𝑢𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎ç 𝑜𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑚𝑐𝑜𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎)


𝑆 𝑒( 𝑗) =2,8 𝑚
𝐷 𝑗 =168 𝑚𝑚 ¿
Vazão do canhão final:
4 CÁLCULO DA PERDA DE CARGA NA LATERAL
EQUAÇÃO DE HAZEN-WILLIAMS APLICADA EM CADA TRECHO DA LATERAL

𝑄1,852
𝑗
𝐻 𝑓 𝑗 =10,641 1,852 4,871
𝑥 𝑆 𝑒( 𝑗)
𝐶 𝐷 𝑗

𝑉¿
Trecho (j) Qj (m3/h) Hfj (mca) Vj (m/s)
140 – 141 1,861 + 26,1 = 27,961 0,00363 0,351
139 – 140 3,722 + 26,1 = 29,822 0,00409 0,374
138 – 139 5,583 + 26,1 = 31,682 0,00457 0,397

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