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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E AGRÁRIAS


CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Componente Curricular: Estatística Experimental
Professor: George Rodrigo Beltrão da Cruz
Tutores: Sthelio Braga daa Fonseca e Thiago de Sousa Melo

Procedimento para os cálculos da análise de variância


Delineamento em Blocos Casualizado (DBC)1
1.
Material organizado por Sthelio Braga da Fonseca

Para minimizar as possibilidades de erro durante os cálculos de análise de


variância (ANOVA), alguns
lguns procedimentos deverão ser seguidos. Vamos enumerar
alguns passos para que facilite o entendimento dos alunos nesse procedimento.

Procedimentos para os cálculos da análise de variância (ANOVA)


no delineamento em blocos casualizado (DB
(DBC)

Primeiro: Porque
rque aplicar o DBC
DB num procedimento estatístico:
O delineamento em blocos ao acaso é utilizado quando no local onde o
experimento será desenvolvido existe uma variável externa que poderá beneficiar ou
prejudicar algum tratamento. Devido a essa variável o pior ior tratamento poderá ser
beneficiado e o melhor tratamento poderá ser prejudicado. Desta forma, os tratamentos
NÃO ESTARÃO SUBMETIDOS ÀS MESMAS CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS.
Nesses casos aplica-sese o Delineamento em Blocos Casualizados (DBC) para eliminar o
efeito desta variável externa.
Exemplo:
Imaginemos que o sistema abaixo seja uma casa de vegetação onde se deseja
testar 3 variedades de feijão (A, B e C).

Se os tratamentos (variedades de feijão) ficarem dispostos como na “situação 1”


a variedade de feijão
ão “C” poderá ser beneficiada pelo excesso de sol recebido. As
variedades “B” e “C” poderão ser prejudicadas por estarem recebendo menos sol. Desta
forma não poderemos afirmar com certeza que a variedade “B” é melhor que as demais,
pois não se sabe se o seuu melhor desempenh
desempenhoo é em função do seu potencial genético ou
é devido ao maior tempo de exposição ao sol.
Para evitar
itar esse problema devemos dar condições iguais para todas as variedades
de feijão, ou seja, fazer com que todas variedades fiquem expostas ao sol a mesma
quantidade de tempo. Para isso, devemos blocar as linhas ou colunas da unidade
experimental (casa de vegetação). No exemplo abaixo (situação 2) optou-se
optou se por blocar
as colunas.

Após blocar as colunas, deve--se distribuir as variedades de feijão (tratamentos) através


de sorteio, dentro de cada bloco. Após o sorteio todas as variedades
edades de feijão deverão
estar presentes em todas as partes da casa de vegetação. Desta forma, nenhuma
variedade estará sendo beneficiada ou prejudicada pelo tempo de exposição
expo à luz solar.
Esse procedimento de dar condições iguais a todos os tratamentos em condições
c
diferenciadas de campo é denominado controle local.
O caso acima citado é típico de um Delineamento em Blocos Casualizados
(DBC).

Aplicação:
Ao se testar a influencia
fluencia de 3 rações (A; B e C) na conversão alimentar de tilápia
(Oreochromis noloticus), ), cultivadas em tanques-rede,
tanques rede, em 4 viveiros diferentes
diferentes, obteve-
se os seguintes valores:

TRATAMENTOS
Blocos Ração A Ração B Ração C
Viveiro 1 1,7 1,3 1,8
Viveiro 2 1,7 1,5 1,6
Viveiro 3 1,6 1,2 1,7
Viveiro 4 1,5 1,3 1,9

Sendo assim podemos proceder os cálculos:


1º PASSO:
Formular as Hipóteses.
Utilizando o exemplo anterior, nossas hipóteses serão:

“C”. O
Ho=> NÃO EXISTE DIFERENÇA ao utilizar a ração “A”, “B” e “C”
efeito é o mesmo, ou seja: Ração A = Ração B = Ração C.
H1=> PELO MENOS 1 tipo de Ração é melhor que as demais. Não se sabe
qual, mas sabe-se que PELO MENOS 1 é melhor que as demais.

2º PASSO:

Escolher o nível de significância (α) a ser aplicado na pesquisa.

Em ciências agrárias, NORMALMENTE, utiliza-se um α =5%. Isso implica


dizer que a confiança nos resultados é de no mínimo 95%.

3º PASSO:

Fazer os cálculos para saber se existe ou não diferença na conversão alimentar


de tilápia, ao se utilizar as rações A, B e C.

Os cálculos serão aplicados para fazer a decomposição da variância, desta forma


vamos nos basear na tabela abaixo.

Tabela de decomposição da Variância

Soma dos Quadrado


Fonte de Grau de
Quadrados Médio F
Variação Liberdade (GL)
(SQ) (QM)
Bloco GL bloco SQ bloco QM bloco
Tratamento GL tratamento SQ tratamento QM tratamento F calculado
Resíduo GL resíduo SQ resíduo QM resíduo --
Total GL total SQ total -- --

4º PASSO:

Seguindo a ordem da tabela acima, o primeiro procedimento é o cálculo do GRAU DE


LIBERDADE do BLOCO (GL bloco), para isso vamos seguir a seguinte fórmula:

GL bloco = Nº de bloco -1

No exemplo anterior o GL bloco seria:

GL bloco = 4 viveiros -1

GL bloco = 4-1

GL bloco = 3
Após encontrar o GL bloco basta colocá-lo na tabela de decomposição da variância.

Fonte de Grau de Soma dos Quadrado


F
Variação Liberdade (GL) Quadrados (SQ) Médio (QM)
Blocos 3
Tratamento
Resíduo --
Total -- --
5º PASSO:

Após encontrar o Grau de Liberdade do Bloco (GL bloco), deve-se calcular o GRAU
DE LIBERDADE DO TRATAMENTO (GL trat), para isso vamos seguir a seguinte fórmula:

GL trat = Nº de tratamentos -1

No exemplo anterior o GL trat será:

GL trat = 3 tipos de ração -1

GL trat = 3-1

GL trat = 2
Após encontrar o GL trat basta colocá-lo na tabela de decomposição da variância.

Grau de Soma dos Quadrado


Fonte de
Liberdade Quadrados Médio F
Variação
(GL) (SQ) (QM)
Blocos 3
Tratamento 2
Resíduo --
Total -- --

6º PASSO:

Calcular o GRAU DE LIBERDADE TOTAL (GL total). Para isso basta seguir a
fórmula abaixo:

GL total = (Nº de tratamentos x Nº de blocos) -1

No exemplo anterior o GL total será:

GL total = (3 tipos de ração x 4 viveiros) -1

GL total = (3 x 4 ) -1

GL total = (12)-1

GL total = 11

OBS: Primeiro resolve-se a expressão dentro do parêntese para depois subtrai por 1.

Após encontrar o GL total, basta colocá-lo na tabela de decomposição da variância.


Grau de Soma dos Quadrado
Fonte de
Liberdade Quadrados Médio F
Variação
(GL) (SQ) (QM)
Blocos 3
Tratamento 2
Resíduo --
Total 11 -- --

7º PASSO:

Calcular o GRAU DE LIBERDADE do RESÍDUO (GL res). Para esse cálculo vamos
seguir a fórmula abaixo:

GL res = GL total - GL bloco - GL tratamento

GL res = 11- 3 -2

GL res = 6

Grau de Soma dos Quadrado


Fonte de
Liberdade Quadrados Médio F
Variação
(GL) (SQ) (QM)
Bloco 3
Tratamento 2
Resíduo 6 --
Total 11 -- --

Após esse procedimento, pode-se perceber que todos os GRAUS de LIBERDADE


foram calculados. Agora vamos calcular as SOMAS DOS QUADRADOS.

8º PASSO:

Para calcular a SOMA DOS QUADRADOS temos que primeiro calcular o FATOR DE
CORREÇÂO (FC). Para calcular o Fator de correção (FC) devem-se seguir os seguintes
procedimentos:

A) Somar todos os números da massa de dados;


B) Elevar o resultado da soma acima ao quadrado;
C) Dividir o valor encontrado pelo número de elementos da massa de dados (n).

Praticando:

Seguindo esses passos, o Fator de Correção do exemplo em questão é:


(ଵ,଻ାଵ,଻ାଵ,¨଺ାଵ,ହାଵ,ଷାଵ,ହାଵ,ଶାଵ,ଷାଵ,଼ାଵ,଺ାଵ,଻ାଵ,ଽ)²
FC= ଵଶ (௡ú௠௘௥௢ ௗ௘ ௘௟௘௠௘௡௧௢௦ ௗ௔ ௠௔௦௦௔ ௗ௘ ௗ௔ௗ௢௦)

(ଵ଼,଼)²
FC = ଵଶ
ଷହଷ,ସସ
FC =
ଵଶ

FC= 29,45

9º PASSO:

Após ter calculado o FC podemos iniciar os cálculos da SOMA DOS QUADRADOS. A


primeira SOMA DOS QUADRADOS a ser calculada é SOMA DOS QUADRADOS TOTAL
(SQ total). Para isso deve-se seguir os seguintes procedimentos:

A) Somar todos os números da massa de dados, ELEVANDO CADA VALOR AO


QUADRADO.
B) Subtrair o valor encontrado do FATOR DE CORREÇÂO (FC).

Praticando:

SQ total = (1,7ଶ + 1,7ଶ + 1,6ଶ + 1,5ଶ + 1,3ଶ + 1,5ଶ + 1,2ଶ + 1,3ଶ + 1,8ଶ + 1,6ଶ + 1,7ଶ + 1,9ଶ ) −
29,45 (‫)ܥܨ‬

SQ total = 29,96 – 29,45

SQ total = 0,51
Após encontrar o valor do SQ total basta colocá-lo na tabela de decomposição da
variância.

Grau de Soma dos Quadrado


Fonte de
Liberdade Quadrados Médio F
Variação
(GL) (SQ) (QM)
Bloco 3
Tratamento 2
Resíduo 6 --
Total 11 0,51 -- --

10º PASSO:

Calcular a SOMA DOS QUADRADOS DO TRATAMENTO (SQ trat). Para isso devemos
seguir os seguintes procedimentos:

A) Somar todos os blocos de cada tratamento;


B) Elevar o resultado de cada bloco ao quadrado;
C) Somar todos os resultados do item anterior;
D) Dividir o resultado pelo número de blocos;
E) Subtrair o resultado do item anterior pelo Fator de Correção.

Praticando:

Tratamento A= (1,7+1,7+1,6+1,5)² = > (6,5)² => 42,25

Tratamento B= (1,3+1,5+1,2+1,3)² => (5,3)² => 28,09

Tratamento C = (1,8+1,6+1,7+1,9)² => (7)² => 49

(ସଶ,ଶହାଶ଼,଴ଽାସଽ)
SQ trat =
ସ (௡ú௠௘௥௢ ௗ௘ ௕௟௢௖௢௦)
- 29,45 (Fator de correção)

(ଵଵଽ,ଷସ)
SQ trat =

– 29,45 (fator de correção)

SQ trat = 29,83 – 29,45

SQ trat = 0,38
Após encontrar o valor da Soma dos Quadrados do Tratamento, basta colocá-lo no
quadro de decomposição da variância.

Soma dos Quadrado


Fonte de Grau de
Quadrados Médio F
Variação Liberdade (GL)
(SQ) (QM)
Blocos 3
Tratamento 2 0,38
Resíduo 6 --
Total 11 0,51 -- --

11º PASSO:

Calcular a SOMA DOS QUADRADOS DO BLOCO (SQ bloco). Para isso devemos seguir
os seguintes procedimentos:

A) Somar os valores de cada bloco;


B) Elevar o resultado da soma anterior ao quadrado;
C) Somar todos os resultados do item anterior;
D) Dividir o resultado pelo número de tratamentos;
E) Subtrair o resultado do item anterior pelo Fator de Correção.

Praticando:

Bloco 1= (1,7+1,3+1,8)² = > (4,8)² => 23,04

Bloco 2= (1,7+1,5+1,6)² => (4,8)² => 23,04

Bloco 3 = (1,6+1,2+1,7)² => (4,5)² => 20,25


Bloco 4 = (1,5+1,3+1,9)² => (4,7)² => 22,09

(ଶଷ,଴ସାଶଷ,଴ସାଶ଴,ଶହାଶଶ,଴ଽ)
SQ bloco =
ଷ (௡ú௠௘௥௢ ௗ௘ ௧௥௔௧௔௠௘௡௧௢௦)
– 29,45(Fator de correção)
(଼଼,ସଶ)
SQ bloco = – 29,45 (fator de correção)

SQ bloco = 29,47 – 29,45

SQ bloco = 0,02
Após encontrar o valor da Soma dos Quadrados do bloco, basta colocá-lo no
quadro de decomposição da variância.

Soma dos Quadrado


Fonte de Grau de
Quadrados Médio F
Variação Liberdade (GL)
(SQ) (QM)
Blocos 3 0,02
Tratamento 2 0,38
Resíduo 6 --
Total 11 0,51 -- --

12º PASSO:

Encontrar a SOMA DE QUADRADOS DO RESÍDUO (SQ resíduo). Para esse cálculo


basta seguir o seguinte procedimento:

SQ resíduo = SQ total - SQ bloco - SQ tratamento

Desta forma a SQ resíduo do exercício em questão será o seguinte:

SQ resíduo = SQ total – SQ bloco - SQ tratamento

SQ resíduo = 0,51 – 0,02 – 0,38

SQ resíduo = 0,11
Após encontrar o valor da SQ resíduo basta colocá-lo na tabela de decomposição da
variância.

Soma dos Quadrado


Fonte de Grau de
Quadrados Médio F
Variação Liberdade (GL)
(SQ) (QM)
Bloco 3 0,02
Tratamento 2 0,38
Resíduo 6 0,11 --
Total 11 0,51 -- --
Percebam que todas SOMAS DE QUADRADO foram calculadas. Agora podemos
calcular os QUADRADOS MÉDIOS.

13º PASSO:

Calcular o QUADRADO MÉDIO DO BLOCO (QM bloco). Para isso basta seguir a
seguinte fórmula:
ௌைெ஺ ஽ா ொ௎஺஽ோ஺஽ை ௗ௢ ௕௟௢௖௢
QM bloco =
ீோ஺௎ ஽ா ௅ூ஻ாோ஽஺஽ா ௗ௢ ௕௟௢௖௢

No exemplo em questão o QM bloco será:


ௌைெ஺ ஽ா ொ௎஺஽ோ஺஽ை ௗ௢ ௕௟௢௖௢
QM bloco =
ீோ஺௎ ஽ா ௅ூ஻ாோ஽஺஽ா ௗ௢ ௕௟௢௖௢

଴,଴ଶ
QM bloco =

QM bloco = 0,0067
Após encontrar o QUADRADO MÉDIO DO BLOCO, basta colocá-lo no quadro de
decomposição da variância.

Grau de Soma dos Quadrado


Fonte de
Liberdade Quadrados Médio F
Variação
(GL) (SQ) (QM)
Bloco 3 0,02 0,0067
Tratamento 2 0,38
Resíduo 6 0,11 --
Total 11 0,51 -- --

14º PASSO:

Calcular o QUADRADO MÉDIO DO TRATAMENTO (QM trat). Para isso basta


seguir a seguinte fórmula:
ࡿࡻࡹ࡭ ࡰࡱ ࡽࢁ࡭ࡰࡾ࡭ࡰࡻ ࢊ࢕ ࢚࢘ࢇ࢚ࢇ࢓ࢋ࢔࢚࢕
QM trat =
ࡳࡾ࡭ࢁ ࡰࡱ ࡸࡵ࡮ࡱࡾࡰ࡭ࡰࡱ ࢊ࢕ ࢚࢘ࢇ࢚ࢇ࢓ࢋ࢔࢚࢕

No exemplo em questão o QM trat será:


ࡿࡻࡹ࡭ ࡰࡱ ࡽࢁ࡭ࡰࡾ࡭ࡰࡻ ࢊ࢕ ࢚࢘ࢇ࢚ࢇ࢓ࢋ࢔࢚࢕
QM trat = ࡳࡾ࡭ࢁ ࡰࡱ ࡸࡵ࡮尠ࡾࡰ࡭ࡰࡱ ࢊ࢕ ࢚࢘ࢇ࢚ࢇ࢓ࢋ࢔࢚࢕

଴,ଷ଼
QM trat = ଶ

QM trat = 0,19
Após encontrar o QUADRADO MÉDIO DO TRATAMENTO, basta colocá-lo no
quadro de decomposição da variância.

Fonte de Grau de Soma dos Quadrado F


Variação Liberdade Quadrados Médio
(GL) (SQ) (QM)
Bloco 3 0,02 0,0067
Tratamento 2 0,38 0,19
Resíduo 6 0,11 --
Total 11 0,51 -- --

15º PASSO:

Calcular o QUADRADO MÉDIO DO RESÍDUO. Para esse cálculo basta dividir a


Soma de Quadrado do resíduo pelo Grau de liberdade do resíduo.
ࡿࡻࡹ࡭ ࡰࡱ ࡽࢁ࡭ࡰࡾ࡭ࡰࡻ ࢊ࢕ ࢘ࢋ࢙íࢊ࢛࢕
QM resíduo = ࡳࡾ࡭ࢁ ࡰࡱ ࡸࡵ࡮ࡱࡾࡰ࡭ࡰࡱ ࢊ࢕ ࢘ࢋ࢙íࢊ࢛࢕

Aplicando essa fórmula no exemplo em questão, o QM resíduo será:


ࡿࡻࡹ࡭ ࡰࡱ ࡽࢁ࡭ࡰࡾ࡭ࡰࡻ ࢊ࢕ ࢘ࢋ࢙íࢊ࢛࢕
QM resíduo = ࡳࡾ࡭ࢁ ࡰࡱ ࡸࡵ࡮ࡱࡾࡰ࡭ࡰࡱ ࢊ࢕ ࢘ࢋ࢙íࢊ࢛࢕

଴,ଵଵ
QM resíduo =

QM resíduo = 0,018
Agora basta colocar o valor do Quadrado Médio do resíduo no quadro de decomposição
da variância.

Grau de Soma dos Quadrado


Fonte de
Liberdade Quadrados Médio F
Variação
(GL) (SQ) (QM)
Bloco 3 0,02 0,0067
Tratamento 2 0,38 0,19
Resíduo 6 0,11 0,018 --
Total 11 0,51 -- --

Percebam que não é necessário calcular o valor do QUADRADO MÉDIO TOTAL.

16º PASSO:

Após todos esses procedimentos podemos calcular o valor de “F calculado”. Para isso
basta dividirmos o valor do QM do tratamento pelo QM do resíduo, ou seja:

ொ௎஺஽ோ஺஽ை ெÉ஽ூை ௗ௢ ௧௥௔௧௔௠௘௡௧௢


F calculado = ொ௎஺஽ோ஺஽ை ெÉ஽ூை ௗ௢ ௥௘௦íௗ௨௢

No exercício em questão o “F calculado” será:

ொ௎஺஽ோ஺஽ை ெÉ஽ூை ௗ௢ ௧௥௔௧௔௠௘௡௧௢


F calculado = ொ௎஺஽ோ஺஽ை ெÉ஽ூை ௗ௢ ௥௘௦íௗ௨௢
଴,ଵଽ
F calculado =
଴,଴ଵ଼

F calculado = 10,55
Após encontrar o valor de “F calculado” podemos colocá-lo no quadro de decomposição
da variância.

Grau de Soma dos Quadrado


Fonte de
Liberdade Quadrados Médio F calculado
Variação
(GL) (SQ) (QM)
Bloco 3 0,02 0,0067
Tratamento 2 0,38 0,19 10,55
Resíduo 6 0,11 0,018 --
Total 11 0,51 -- --

17º PASSO:

Encontrar o valor de “F tabelado.

Após encontrar o valor de “F calculado” devemos compará-lo com o valor de “F


tabelado”. Para isso devemos buscar o valor de “F tabelado” na tabela de distribuição de “F” a
5% (pois no início do exercício foi atribuído um α=5%)
Na tabela vamos encontrar o valor de “F tabelado” cruzando o grau de liberdade do
tratamento (fonte sendo testada) com o grau de liberdade do resíduo (erro).
No caso em questão como o grau de liberdade do tratamento é 2 e o grau de liberdade
do resíduo é 9, o valor de “F tabelado” será: 4,26.

18º PASSO:

REGRA DECISÓRIA.

Para decidirmos se existirá ou não diferença estatística na conversão alimentar de tilápia


ao utilizar os 3 tipos de ração, vamos comparar o valor de “F calculado” com o valor de “F
tabelado”.

Ao comparar devemos escolher qual das regras abaixo será aplicada.

Se “F calculado” for MAIOR que “F tabelado”, REJEITAREMOS Ho, ou seja, pelo


menos 1 tipo de ração será melhor que as demais.

ou
Se “F calculado” for MENOR OU IGUAL ao “F tabelado”, ACEITAMOS Ho, ou seja, NÃO
EXISTIRÁ DIFERENÇA ESTATÍSTICA entre os tratamentos. Desta forma, tanto faz escolher
qualquer uma das rações, pois o resultado será estatisticamente igual.

No exemplo em questão os valores de F são:


F calculado = 10,55
F tabelado = 4,26

Após verificar os valores de “F calculado” e “F tabelado” podemos concluir que “F


calculado” é MAIOR que “F tabelado” desta forma, REJEITA-SE Ho, ou seja, pelo menos um
tratamento difere dos demais.
Para saber qual tratamento difere dos demais deve-se aplicar um teste de média dentre
os quais podemos citar Tukey, Duncan, SNK, Dunnet entre outros.

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