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TEORIA DO

COMPORTAMENTO DO
CONSUMIDOR
CAPITULO TERCEIRO

Microeconomia, Contabilidade 2018


3Teoria do comportamento do
consumidor

• 3.1.1. Cestas do mercado


• 3.1.2. Curvas de indiferença
• 3.1.3. Taxa marginal de substituição
• 3.1.4. Convexidade das TMS

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3.1. Preferências do consumidor

• A primeira etapa consiste em etapa de encontrar


uma forma pratica de descrever por que as pessoas
poderiam preferir uma mercadoria a outra.
• Considerando a imensa variedade de bens e
serviços disponíveis no mercado e a diversidade
dos gostos pessoais, como poderemos descrever as
preferências do consumidor de forma coerente?

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3.1.1. Cestas (bundles) de mercado

e' um conjunto com quantidades


determinadas de uma ou mais mercadorias. Como os
consumidores selecionam essas cestas?
• Premissas básicas sobre preferências:

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3.1.2. Curvas de indiferença

• Uma curva de
indiferença representa
todas as combinações
de cestas de mercado
que fornecem o mesmo
nível de satisfação para
um consumidor.

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3.1.2.1. Características da curva de
indiferença
• Nas curvas de indiferença, as deslocações ao longo da
curva apresentam sempre o mesmo significado: trata-se
de combinações possíveis que apresentam a mesma
utilidade ao longo de cada curva.;
• Cada uma das curvas apresenta a utilidade diferente: as
curvas mais a direitas representam combinares de maior
utilidade do que as curvas a esquerda, representaram
maiores quantidades de um ou de ambos os bens;

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3.1.2.1. Características da curva de
indiferença

• As curva de indiferença nunca se intersectam porque


cada uma corresponde a um único nível de utilidade
total. Uma preferência do consumidor não pode
corresponder a dois níveis de utilidade total;
• A curva de indiferença possui uma inclinação negativa e
convexa em relação a' origem ( )
• O consumidor prescinde de maior quantidade do bem
abundante para ter uma unidade de bem escasso.

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3.1.3. Taxa marginal de substituição
(TMS)
• A taxa marginal de
substituição (TMS):
quantidade máxima que
um consumidor esta'
disposto a deixar de
consumir para obter
uma unidade adicional
de outro bem.

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3.1.3. Taxa marginal de substituição
(TMS)

• A TMS de alimento A
por Vestuário V
corresponde a
quantidade max. de
unidades de vestuário
das quais uma pessoa
estaria disposta a
desistir para obter uma
unidade adicional de
alimento.
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3.1.4. calculo da TMS

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3.1.4. Convexidade das TMS

• Em geral,

• Uma curva de
indiferença e' convexa
quando a TMS diminui
ao longo dessa curva.

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3.1.4. Convexidade

é um conceito estudado em Microeconomia, na Teoria do


consumidor, e diz o seguinte:
. Ex: com determinada renda (ou orçamento) o consumidor
tem a possibilidade de adquirir dois bens. Ele pode ter 50 unidades do
bem 1 e nenhuma do bem 2; ou 50 unidades do bem 2 e nenhuma do
bem 1; ou pode obter 25 unidades de cada. De acordo com o
pressuposto da convexidade, o consumidor ficará com a última opção,
25 unidades do bem 1 e 25 do bem 2, pois suas necessidades serão
melhor atendidas com um pouco de cada bem, não com muito de um e
nada de outro.

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3.1.4. Convexidade

• No Modelo Arroz-Hebreu do equilíbrio económico geral,


os agentes têm conjuntos orçamentários convexos e
preferências convexas: Nos preços de equilíbrio, o
hidroplano do orçamento contém a melhor curva de
indiferença possível.
• A função de lucro é o conjugado convexo da função de
custo. A análise convexa é a ferramenta padrão para
analisar livros-texto de economia. Fenómenos não-
convexos na economia têm sido estudados com a "análise
não suavizada", que generaliza a análise convexa
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3.2. Restrições orçamentarias

: são restrições que os


consumidores enfrentam como resultado de facto de
suas rendas serem limitadas.
: todas as combinações de bens
para as quais o total de dinheiro gasto e' igual a
renda: PAA + PVV = I

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Fig. 3.2. Restrições orçamentarias
• A linha de orçamento do
consumidor descreve as
combinações de
quantidades de de dois bens
que podem ser adquiridos
de acordo com a

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3.2. Restrições orçamentarias

• ...a renda do consumidor e os preços dos dois bens. A


linha AG da fig. 3.2. (que passa pelos pontos B, D e E)
mostra um orçamento associado a uma renda de 80 USD,
um preço unitario de alimento PA = 1 USD e um preço
unitario de vestuário PV = 2 USD. A inclinação da linha
de orçamento (medida entre os pontos B e D) e' -PA/PV =
-10/20 = -1/2.

• veja na pagina seguinte o de


um consumidor:

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3.2.1. Efeitos das modificações na
renda
• Modificações na renda

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3.3. Utilidade marginal do
consumidor
: cada consumidor gasta o seu
rendimento em bens e serviços com o intuito de
maximizar a sua utilidade.
• A relação entre o consumo de vários bens e serviços
e o total de utilidade que gera e' designada

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3.3.1. Função de utilidade

• Segundo a teoria do consumidor, sempre que a


utilidade marginal for positiva, o consumidor deve
continuar a comprar, se for negativa deixa de
comprar.
• Se tem por objectivo maximizar a utilidade, o
consumidor compra ate' a utilidade marginal igualar o
preço.

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3.3.2. Utilidade marginal (as leis de
Gossen)
exprime:
• a intensidade de uma dada satisfação, a mediada que se
prolonga no tempo, vai diminuindo ate' a' saciedade;
• o sujeito económico pode escolher entre varias satisfações,
mas não tem a possibilidade de as alcançar a todas de uma
maneira completa, por isso, ainda que possam existir
grandes diferenças absolutas, para alcançar o máximo
possível de satisfação, tem de as desfrutar a todas
parcialmente, e de tal maneira que a intensidade de cada
uma seja, no momento em que cessa, igual as demais.

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3.3.2. Utilidade marginal

• Para Gossen, o sujeito económico só' pode aumentar


a sua satisfação total na medida em que o prazer
provocado pelas coisas produzidas for maior do que
o sacrifício imposto pelo esforço de trabalho
necessário a essa criação.
• Dai surge o conceito de que expressa o
sacrifício suportado para alem da satisfação de uma
necessidade.

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3.3.2.1. Paradoxo de valor

• Associado a utilidade esta' o conceito de

• porque bens necessários a vida como a agua apresentam


um preço baixo, enquanto bens menos necessários como
diamantes estão apresentam tão elevado? Trata-se da
questão do paradoxo do valor que esta' associada a escassez
dos bens e que e' analisada com base na lei de utilidade
marginal.

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3.3.2.2. Utilidade, eficiência e bem-
estar
• A utilidade esperada de um bem ou serviço vai pesar decisamente
na concretização da troca ou na atribuição de um valor ao bem ou
serviço que se pretende adquirir.

• A eficiência no mercado, como vimos na lição anterior,


corresponde ao equilíbrio global obtido no conjunto das trocas
realizadas, ao bem-estar obtido pela comunidade, considerando os
interesses conjugados dos produtores e dos consumidores.

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3.3.2.2. Utilidade, eficiência e bem-
estar
• Na analise do bem-estar e' indispensável saber-se
qual a repercussão pratica, para os sujeitos
económicos individualmente considerados e para a
comunidade da actividade económica, do
funcionamento do mercado e do modo como as
necessidades são satisfeitas.

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3.4.Incerteza e comportamento do
consumidor
• A incerteza na economia representa um risco e o risco
vem mensurado com a probabilidade.
= possibilidade de que dado resultado
venha a ocorrer. E isto nos conduz a noção de valor
esperado.
= media ponderada probabilística dos
valores associados a todos os resultados (payoff) possíveis
de um acontecimento.
• E(X) = Pr1X1 + Pr2X2+ .... + PrnXn
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3.4.Incerteza e comportamento do
consumidor
= extensão pela qual diferem os
resultados possíveis de um acontecimento incerto.
= diferença entre valores esperados e
efetivos.
= raiz quadrada da media ponderada
seus valore os quadrados dos desvios dos payoffs
associados a cada resultado a partir de seus valores
esperados.
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3.4.Incerteza e comportamento do
consumidor
• Referencias quanto ao risco:
= condição de preferência por uma
renda certa em relação a uma renda incerta com o
mesmo valor esperado.
= situação de uma
pessoa para a qual e' indiferente uma renda certa ou
uma renda incerta com o mesmo valor esperado.
= condição de preferência por renda
incerta em relação a uma renda certa quando ambas
tem o mesmo valor esperado.

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3.4.Incerteza e comportamento do
consumidor
• O risco se reduz com a , isto e',
pratica de redução do risco por meio da alocação de
recursos a actividade variados cujos resultados não
estejam intimamente relacionados entre si. Para
diversificar precisa ter em conta:
, isto e',
que tendem a se mover em direções opostas.
que tendem a se
mover na mesma direção
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3.4.Incerteza e comportamento do
consumidor
• Os indivíduos avessos a riscos recorrem a .
: embora acontecimentos singulares
possam ser aleatórios e bastante imprevisível, o resultado
médio de muitos acontecimentos similares pode ser previsto.
• Justiça atuarial: por meio da operação em larga escala, as
seguradoras podem certificar de que, considerando o numero
de acontecimentos suficientemente grande, o valor total de
prémios recebidos será' igual ao valor total dos pagamentos
feitos.
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3.4.Incerteza e comportamento do
consumidor
• Para fecharmos o capitulo da incerteza, vamos recordar
o conceito da já' introduzido no cap.1
do presente modulo.

• A , com
frequência, baseia-se em uma quantidade limitada de
informações. Daqui a necessidade de saber o valor de
uma informação completa.

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3.4.Incerteza e comportamento do
consumidor
= diferença entre o valor
esperado de uma escolha quando existe informação e o
valor esperado quando a informação e' incompleta.

• lucro esperado com info completa: 8500 Mt


• menos: lucro esperado com incerteza: -6750Mt
• Igual: : 1750 Mt

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3.4.Incerteza e comportamento do
consumidor
(ou vieses) :
= tendência a confiar excessivamente em uma
informação previamente conhecida ou sugerida durante a
tomada de decisões.

: tendência em superestimar a
probabilidade de que determinado evento ira' ocorrer
quando dispor de relativamente pouca informação.

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