Você está na página 1de 21

Índice

1. Introdução...........................................................................................................................3

2. Mercados de derivados......................................................................................................4

2.1. Participantes........................................................................................................6

2.2. Tipos de Derivativos...........................................................................................7

2.2.1. Contratos de Futuros....................................................................................7

2.2.2. Contratos de compra de cambio................................................................11

2.2.3. Contratos de uma opção de compra...........................................................14

3. Conclusão.........................................................................................................................18

4. Referencias. Bibliográficas.............................................................................................19
1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa titulada, tem como abordagem o tema mercados de
derivados – com foco nos subtemas: Contratos do Futuros, Contratos de compra de
cambio e Contratos de uma opção de compra. O trabalho tem como objetivo trazer a
mais fácil perceção de forma resumida a cerca do tema e subtemas acima citado. Dando
algumas definições retiradas em manuais de autores, e a base da elaboração do trabalho
foi no uso de manuais todos citados com forme as regras escriturais de normas APA em
uso na faculdade.
O trabalho esta estruturado da seguinte maneira: introdução, desenvolvimento,
conclusão e por fim as referências bibliográficas.
define que os derivativos são instrumentos financeiros formalizados através de um
contrato que não apresenta valor próprio e cujo valor deriva de um bem básico (ações,
taxa de juros, etc.), ou seja, são originados do valor de outro ativo. Entre algumas das
vantagens do uso deste tipo de instrumentos podem ser citados a criação de defesas
contra variações nos preços, o estímulo para maior liquidez do mercado, o melhor
gerenciamento dos riscos e, por consequência, redução dos preços dos bens e a maior
atração ao capital de risco. Paralelamente Fortuna (2008, p.659), define que:
Um derivativo é um ativo ou instrumento financeiro, cujo preço deriva de um ativo ou
instrumento financeiro de referência que justifica sua existência, seja com a finalidade
de obtenção de um ganho especulativo específico em si próprio, ou, e principalmente,
como hedge (proteção) contra eventuais perdas no ativo ou instrumento financeiro de
referência.
Figueiredo (2005) cita que os derivativos foram criados para que os agentes econômicos
possam buscar proteção contra riscos causados pela variação de preços e que estes são
títulos com valores dependentes de outras variáveis, tais como taxa de juros, moedas,
índices de bolsas ou preços de produtos.
Desta forma, podemos notar que o uso dos derivativos, instrumentos utilizados para
minimizar riscos, é aplicável nas operações cursadas no mercado internacional, pois são
operações que implicam no envio de moeda estrangeira para o exterior ou no
recebimento de moeda estrangeira do exterior, representando um ativo, e ficam assim
sujeitas as variações da taxa de câmbio.

3
2. Mercados de derivados

A organização do mercado internacional, formando um ambiente mais ágil em que o


capital flui de maneira mais rápida e eficiente, teve início na década de 70e a partir daí o
mundo financeiro tornou-se um ambiente propício para o surgimento de novos produtos
e soluções. Este contexto acabou gerou volatilidade de moedas, índices e preços e, com
base na busca da diminuição de riscos e busca do melhor retorno demandado por
empresários e investidores, foram criados os derivativos, definidos como contratos
firmados entre partes visando à troca de valores de ativos, índices ou de commodities.
(SILVA NETO, 1998).

Assaf Neto (2003) define que os derivativos são instrumentos financeiros

formalizados através de um contrato que não apresenta valor próprio e cujo valor deriva
de um bem básico (ações, taxa de juros, etc.), ou seja, são originados do valor de outro
ativo. Entre algumas das vantagens do uso deste tipo de instrumentos podem ser citados
a criação de defesas contra variações nos preços, o estímulo para maior liquidez do
mercado, o melhor gerenciamento dos riscos e, por conseqüência, redução dos preços
dos bens e a maior atração ao capital de risco. Paralelamente Fortuna (2008, p.659),
define que:

Um derivativo é um ativo ou instrumento financeiro, cujo preço deriva de um


ativo ou instrumento financeiro de referência que justifica sua existência, seja
com a finalidade de obtenção de um ganho especulativo específico em si
próprio, ou, e principalmente, como hedge (proteção) contra eventuais perdas no
ativo ou instrumento financeiro de referência.

Figueiredo (2005) cita que os derivativos foram criados para que os agentes econômicos
possam buscar proteção contra riscos causados pela variação depreços e que estes são
títulos com valores dependentes de outras variáveis, tais como taxa de juros, moedas,
índices de bolsas ou preços de produtos.

Desta forma, podemos notar que o uso dos derivativos, instrumentos utilizados para
minimizar riscos, é aplicável nas operações cursadas no mercado internacional, pois são
operações que implicam no envio de moeda estrangeira para o exterior ou no
recebimento de moeda estrangeira do exterior, representando um ativo, e ficam assim
sujeitas as variações da taxa de câmbio.

4
De acordo com Silva Neto (1998), não existe uma unanimidade quanto ao surgimento
dos derivativos. Alguns autores acreditam que o surgimento pode ter ocorrido na idade
média, outros na China antiga e outros na Europa, no início do século 70.

O primeiro contrato de derivativos a ser celebrado em bolsa de valores ocorreu em 1973


na Chicago Board Options Exchange na forma de contrato de opções, uma das
modalidades de derivativos que consiste a dar ao titular em uma data futura o direito de
vender ou comprar o ativo objeto a um preço pré-combinado, conforme será descrito de
forma mais detalhada a frente. (LEMGRUBER, SILVA, LEAL, COSTA JR., 2001)

As primeiras operações de derivativos foram iniciadas em fevereiro de 1979 na Bolsa de


Valores do Rio de Janeiro com modalidade de mercado futuro e, em agosto do mesmo
ano, na modalidade de mercado de opções na Bolsa de Valores de São Paulo. A
regulamentação destas operações foi dada através das instruções da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) número 14, de 17 de outubro de 1980 e número 19, de 11
de dezembro de 1981. (ANDREZO, LIMA, 2002)

O uso do título de derivativos não é restrito apenas ao uso no país, podendo ser
realizado por pessoa física ou jurídica residente no País através de instituições
financeiras no exterior ou por bolsas estrangeiras que ofertem o serviço, conforme
especifica o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI),
instituído pela Circular 3.280, de 09.03.2005 pelo Banco Central do Brasil, mais
especificamente no título 2, capítulo 4.

Segundo Figueiredo (2005), os derivativos podem ser negociados na Bolsa de Valores


ou no mercado de balcão. Nas bolsas, os contratos de derivativos são padronizados de
forma a aumentar liquidez, e são a Bolsa de Valores de São Paulo e a Bolsa de
Mercadorias e Futuros (BM&F) as principais Bolsas que negociam contratos de
derivativos. O mercado de balcão normalmente o contrato de derivativo é celebrado
entre uma instituição e um cliente, sendo mais flexíveis para atender necessidades
específicas, podendo ser registrado na bolsa. Este tipo de contrato normalmente é mais
caro em função do lucro da instituição financeira e dos custos que ela também tem para
fazer seu hegde (proteção).

Nota-se que, apesar do autor fazer menção a BM&F e a Bolsa de Valores de São Paulo,
houve no ano de 2008 a fusão de ambas, formando a terceira maior Bolsa do mundo.

5
6
2.1. Participantes

No mercado de derivativos existem três tipos de agentes econômicos atuantes: o hedger,


o especulador e o arbitrador. O hedger é aquele que tem como o principal objetivo se
proteger contra variações de preço. O especulador é aquele que aposta em uma
tendência, esperando obter lucro com a compra ou com a venda dos títulos de
derivativos. Apesar de ser um tipo de operação arriscada, pois se pode perder ou ganhar
dada a imprevisibilidade do mercado, o especulador tem papel fundamental no mercado,
pois faz com que este tenha liquidez tornando o ambiente propício para aqueles que
buscam proteção. O arbitrador opera de forma a obter ganho sem risco, com base na
constatação de distorção do preço do derivativo em algum mercado. (FIGUEIREDO,
2005)

De maneira análoga, Assaf Neto (2003) afirma que basicamente existem os três tipos de
participantes no mercado de derivativos: o hedger, aquele que busca proteção perante o
risco de flutuação dos preços de diversos ativos; o especulador, cujo papel é adquirir o
risco do hedger, motivado pela possibilidade de obter ganhos financeiros, tendo
participação importante por assumir os riscos da variação de preço; e o arbitrador, que
busca vantagens financeiras ao notar distorção no preço de um ativo em dois ou mais
mercados.

Silva Neto (1998) define que, além do hedger, do especulador e do arbitrador, existe
ainda o market maker (ou especialista) que participa do mercado de derivativos. O
market maker normalmente é um banco ou uma corretora que operam sempre em
determinado mercado e se especializam em determinados produtos ou papéis. Garantem
boa liquidez no mercado e auxiliam muito a formação do preço dos produtos, pois são
obrigados a ofertar preços de compra e venda do produto em que se especializaram,
tendo a vantagem de obter custos operacionais mais baixos e possuir preferência em
qualquer negócio.

Desta forma, inferimos que o mercado, em referência aos participantes, possui uma
estrutura relativamente simples e cada um deles carrega um papel fundamental para o
bom funcionamento do mercado. O gestor de uma empresa normalmente desempenha o
papel do hegder, pois ele busca proteção contra variação de preços como forma de
minimizar o risco de perda financeira ou de aumentar a rentabilidade de suas operações.

7
Esta proteção pode ser feita através de títulos de derivativos, que apresentam alguns
tipos, conforme detalhado a seguir.

2.2. Tipos de Derivativos


2.2.1. Contratos de Futuros

O mercado de futuro é muito próximo ao mercado a termo, contudo sua variação é


diária, diferenciando assim os dois instrumentos.

Os mercados futuros têm como objetivo básico a proteção dos agentes econômicos
produtores primários, industriais, comerciantes, instituições financeiras e investidores –
contra oscilações dos preços de seus produtos e de seus investimentos em ativos
financeiros (FORTUNA, 2010, p. 659).

Esse contrato tem como característica uma operação de compra e venda de um ativo por
um preço acordado anteriormente, cuja a liquidação ocorre em uma data futura. Essas
negociações ocorrem na bolsa de valores, o que indica que o comprador não terá
obrigações direta com o comprador, por este motivo essas operações são transferíveis,
tornando esse mercado mais líquido e também distribuindo o risco.

Além das características descritas acima, existe um ajuste diário do mercado, sendo
assim, o operador dos mercados futuros terá que ajustar seus ganhos diariamente, por
isso existe a exigência de garantias para essa operação, que varia de acordo com o ativo
negociado.

Há um importante conceito no mercado, representado pela diferença do preço no


mercado futuro e o preço ativo a vista. Essa variação ocorre de acordo com a oscilação
do ativo negociado no mercado. Quando o preço futuro do ativo está menor que o preço
à vista da mercadoria, isso permite que o operador realize a venda dessa operação
futura, entretanto se ocorrer o oposto, da operação a vista ser maior que o preço futuro,
o operador também pode realizar a operação.

[...] no decorrer do tempo do contrato o preço futuro tende a se igualar ao preço à vista,
mesmo que em grandezas diferentes, ou seja, a base tende a zero, pois na data
devencimento os produtos devem ser liquidados obedecendo as mesmas características
que tinham no fechamento do contrato. Ainda a teórica possibilidade de liquidação
física do contrato é condição para essa conversão de preços. A real entrega do produto
não precisa acontecer, somente em cerca de 2% dos contratos isso realmente ocorre,

8
fortalecendo a ideia de que esse mercado é utilizado basicamente para operações de
hedge (RESMINI 2012 p. 17)

9
a) Características

A. Onde o derivativo pode ser negociado?

R: Somente Bolsa

B. O que se negocia?

R: Compromisso da venda de um ativo financeiro por um preço determinado no futuro

C. O instrumento pode ser passado para outra entidade?

R: Sim, o instrumento de mercado futuro pode ser transferido para outros participantes
ou entidades a qualquer momento.

D. Quando é sua liquidação?

R: A empresa faz ajustes diários da variação do acordo, por este motivo a empresa pode

Uma operação de mercado futuro consiste basicamente no compromisso de comprar ou


vender determinado ativo em uma data específica no futuro, sendo previamente
acordado por contrato o preço o qual o ativo será negociado. Este tipo de contrato
costuma ser padronizado pelas bolsas de valores, fato que tem como objetivo facilitar a
intercambialidade entre investidores interessados e é aplicado a uma enorme variedade
de produtos, incluindo as moedas. Seu titular tem a obrigatoriedade de executar a
compra ou a venda prevista, podendo ocorrer a liquidação antecipada ou o repasse para
terceiros, através de venda no mercado secundário, caso seja de seu interesse. (ASSAF
NETO, 2003).

Segundo Silva Neto (1998), a padronização deste tipo de contrato ocorreu quando as
bolsas perceberam que isto seria um facilitador para sua negociação.

Entre as principais cláusulas do contrato que passaram a ser padronizadas estão:

 Quantidade: A unidade de comercialização foi padronizada, definindo uma


quantidade específica a ser negociada de um produto por contrato, não podendo
a negociação ser feita por quantidade maior, nem menor.
 Qualidade: como o preço do produto é relacionado diretamente com sua
qualidade, esta foi padronizada para que o comprador ou o vendedor soubesse
exatamente o que ira ser entregue ou recebido. Nos produtos agrícolas
normalmente é determinados limites máximos e mínimos de variação de

10
qualidade devido à impossibilidade de se controlar detalhadamente suas
qualidades.
 Data do vencimento: normalmente as datas específicas determinadas pelas
bolsas para liquidação dos produtos acompanham os ciclos de comercialização,
como os períodos de safra e entressafra.
 Local de entrega: por ser um forte determinante do preço, o local de entrega
normalmente é definido próximo aos locais de consumo e produção dos
produtos.

Podemos então notar que um empresário no papel de hedger tem tanto a opção de fixar
o preço de compra em uma data futura de um determinado ativo quanto de fixar o preço
de venda de um determinado ativo em uma data futura, conforme sua necessitada
através de um contrato futuro.

Fortuna (2008) exemplifica uma operação de mercado futuro apresentando uma situação
em que um produtor de soja acredita que os preços de hoje a quatro meses, quando for
comercializar sua safra, terão caído e não cobrirão seus custos.

Com base nisto, ele compra um contrato de venda futura para vencimento em quatro
meses por um preço considerado por ele vantajoso, fixando assim o preço do seu
produto para a data de sua safra para que não haja risco de prejuízo ocasionado pela
queda de preço de seu produto.

As operações de mercados futuros exigem depósito inicial chamado de margem de


garantia, que foi criada para suprir o valor dos ajustes diários de preço, ou seja, funciona
como uma espécie de caução para regular a diferença de preço futuro da mercadoria
firmado no contrato e o preço da mercadoria no mercado à vista. (FOTUNA, 2008)

Os preços praticados no mercado futuro normalmente são mais altos que os preços
praticados no mercado à vista, pois incluem custos de carregar a posição física até a data
de vencimento do contrato, como armazenamento do produto, aluguel de locais para
conservação, seguro, transporte (carring charges), além do prêmio que é pago pela
incerteza do mercado. (ASSAF NETO, 2003)

Desta forma, pode-se notar que o empresário que tenha interesse em assegurar o preço
de um ativo em uma data futura deve ter conhecimento dos custos que este tipo de
contrato apresenta, além de ter um fluxo de caixa preparado para comportar ajustes

11
diários de preço, caso ele venha a ser desfavorável. Encerrar seu contrato a qualquer
momento.

Para exemplificar, podemos citar uma ação na bolsa de valores que custe R$ 30,00,
para a aquisição de um lote de 100 ações a empresa deve desembolsar R$ 3 mil,
contudo no mercado de futuros a conta é diferente, a empresa por exemplo pode
comprar R$ 100 mil reais em gado, neste caso, os gados sofrerem uma valorização de
3% a empresa ganha R$ 3 mil, gerando um alto lucro. Contudo a recíproca é verdadeira,
existe a possibilidade de perder R$ 3 mil com uma queda de 3%.

Além de tudo existe a facilidade em negociar os contratos futuros, a empresa, como no


mercado de ações, deve acionar o home broker, e comprar os contratos, vale-se notar
que o mercado de futuros chega a movimentar mais de R$ 40 bilhões ao dia,
melhorando a qualidade das operações.

O mercado de futuros também é extremamente flexível já que a empresa pode optar em


comprar ou vender determinado produto, por exemplo, a empresa pode comprar dólares,
gerando um efeito positivo ao aumento do dólar e vender dólares gerando um efeito
negativo ao aumento do dólar.

O mercado de futuros hoje movimenta montantes bilionários, gerando também uma


flexibilidade na liquidação dos títulos comprados e vendidos pelas empresas.

b) Contabilização

No momento do registro inicial a operação de mercado futuro deve ser reconhecida


como:

 Débito na conta de compensação ativa (contrato de ações, ativos financeiros


ou mercadorias)
 Crédito na conta de compensação passiva (contrato de ações, passivos
financeiros ou mercadorias).

No momento do ajuste diário:

 Débito na conta de compensação ativa (contrato de ações, ativos financeiros


ou mercadorias)
 Crédito na conta de compensação passiva (contrato de ações, passivos
financeiros ou mercadorias).

12
 Débito na conta de devedores, conta de liquidação pendente (ATIVO)
 Crédito na conta de lucro com ativos financeiros e mercadorias.

No momento do recebimento do ajuste diário:

 Crédito na conta de depósito bancário


 Crédito na conta de devedores, conta de liquidação pendente (ATIVO)

Liquidação do contrato no futuro, com lucro:

 Débito na conta de devedores, conta de liquidação pendente (ATIVO


CIRCULANTE)
 Crédito na conta de lucro com ativos financeiros e mercadorias.
 Crédito na conta de caixa e bancos
 Crédito na conta de devedores, conta de liquidação pendente (ATIVO)

Liquidação do contrato no futuro, com prejuízo:

 Débito na conta de prejuízos nas operações financeiras.


 Crédito na conta de credores, com liquidação pendente (PASSIVO
CIRCULANTE)
 Crédito na conta de credores, com liquidação pendente (PASSIVO)
 Crédito na conta de caixa e bancos
2.2.2. Contratos de compra de cambio

No mercado de cambio são negociados ativos financeiros (não todos da mesma moeda)
com vencimento determinado, cujos papéis em uma determinada moeda podem ser
negociados contra papéis em outra moeda. Esse mercado existe porque as nações
querem manter seu direito soberano de ter e controlar suas moedas próprias. Caso todos
os paises do mundo usassem a mesma moeda, o mercado de cambio não existiria.

O início de uma operação no mercado de cambio ocorre quando, por exemplo, uma
empresa dos EUA exporta produtos para o Japão. O fabricante dos EUA precisa ser
pago em dólares americanos, já o comprador no Japão possui yen, com o qual pagará o
UA. Assim, existem duas possibilidades dessa operação entre os EUA e o Japão, pois o
exportador americano fatura o importador japonês em dólares ou em yens:

13
Se o exportador americano faturar em dólares, o importador japonês venderá yens para
comprar dólares americanos no mercado de cambio; Se o exportador americano faturar
em yens, o exportador deve vender os yens para comprar dólares. Qualquer que seja a
moeda da fatura, alguém irá ao mercado de cambio vender yens para comprar dólares.

14
2.2.2.1. Mercado Futuros de Taxa de câmbio

Foi na década de 70 que ocorreu uma revolução nos mercados derivativos, o mercado
futuro de moedas teve uma forte representatividade no início das negociações com
contratos derivativos financeiros, a evolução da economia mundial demonstrou a
Importância e necessidade do gerenciamento de riscos.

A exposição ao risco de cambio e um problema visível para diversos agentes da


economia, sejam Importadores, exportadores, Instituições financeiras que negociam
títulos cambiais, multinacionais, administradores de carteira de Investimentos e até
mesmo agricultores endividados em dólares.

O ativo-objeto dos contratos futuros de taxa de cambio, consiste em um determinado


número de unidades de moeda estrangeira. Onde temos a variáveis como preço a vista e
a variável e como preço a futuro de uma unidade de moeda estrangeira.

Hull (2005), menciona que, uma moeda estrangeira permite a seu possuidor auferir juros
a uma taxa de juros livre de risco no pais emissor da moeda, podendo por exemplo
comprar títulos emitidos na moeda estrangeira.

Mercado de cambio no brasil


O mercado de cambio negocia moedas estrangeiras conversíveis. Existem duas formas
de se negociar moedas estrangeiras. A primeira é a negociação direta com o Exterior. A
segunda e internamente no Brasil

A primeira é formalmente restrita a bancos comerciais e de investimento, licenciados


pelo Banco Central, pois este mercado é essencial para equilibrar a Balança de
Pagamentos, e nela incluem a Balança Comercial, Balança de Serviços, Balança de
Capitais e Transferências.

No mercado interno existe a negociação de cambio entre vários participantes, como


corretoras e casas de cambio e investidores em geral.

A principal moeda negociada é o dólar. São quatro as taxas atuais de cotação do


dólar:

Comercial: formada pelas operações oficiais de compra e venda de moedas entre


bancos e empresas como exportações, importações, captações ou empréstimos.

15
Interbancário: formada pela negociação entre bancos, com prazo de liquidação
financeira.

Paralelo: formada pelas operações informais de negociação de moeda realizadas em


casas de cambio.

Turismo: formada pela negociação de dólares entre pessoas que irão viajar para o
Exterior e casas de cambio autorizadas.

A formação da taxa de câmbio é determinada diretamente pela oferta e procura da


moeda (dólar). Constantemente o Banco Central interfere na oferta e/ou procura em
função de fatores como: conjuntura socioeconómica interna e externa, política
monetária e nível de reservas cambiais. Em 1998 certamente foi o ano que a
comunidade empresarial brasileira começou a se preocupar com medidas mais concretas
para aumentar o volume de exportações, principalmente em função das desvalorizações
das moedas dos países do sudeste asiático (alguns economistas até falaram em dumping
cambial). A maioria das nossas médias e pequenas empresas têm pouco know-how para
exportar, sem mencionar a carência de linhas de financiamento e instrumentos
financeiros adequados para alavancar a participação do Brasil no mercado global. Nesse
contexto, é muito importante que principalmente os profissionais da área de tesouraria,
Vendas e suprimentos entendam corretamente a formação e as nuanças acerca do
mercado de cambio

Exemplo: Uma empresa A exportou bens e tem de receber dólar do importador


estrangeiro. Para isso ela deve encontrar um banco que receba esses dólares no Exterior
e o converta em reais. Após fechar uma bana comercial com o Banco X, a empresa
receberá os reais em dois dias seis e pagará uma taxa de fechamento de câmbio para
banco.

Banco X acabou comprando dólares da empresa A e no mercado interbancário entre


bancos) esses dólares serão provavelmente revendidos a uma taxa mais alta, garantindo
um pequeno lucro na transação.

Quando ocorre uma crise ou um descontrole na Cotação do dólar, o Banco Central


intervém no mercado interbancário vendendo ou comprando grandes lotes de dólares
como objeto de equilibrar a cotação tranquilizar o mercado.

a) Operações de arbitragem

16
Operações realizadas pelos operadores de cambio. Consiste na compra de uma moeda
estrangeira e na venda de outra moeda noutro mercado, conseguindo com isso uma
diferença de taxas.

2.2.3. Contratos de uma opção de compra

O mercado de opções é pagar para ter uma opção de compra de alguns ativos em um
determinado futuro.

Nos contratos de opção a partes envolvidas na negociação possuem o direito de


concretizar a operação combinada sem, no entanto, serem obrigados a fazê-lo, ao
contrário do que ocorre com os mercados a termo e futuros. Outra diferença do mercado
de opções é que no momento da negociação é preciso efetuar um pagamento, além da
margem em caso de operações descobertas, ao contrário dos mercados a termo e futuro
(RESMINI 2011 p.32).

No mercado de opções, negociam-se contratos nas quais a entrega do ativo objeto, se


desejada, se dará numa data futura por preço determinado no presente (LOZARDO
1998, p.132).

O lançador que emite o contrato tem a obrigação futura de liquidá-lo pelo preço
determinado, se o comprador da opção assim o desejar. O comprador, também chamado
titular tem, por sua vez, o direito futuro, mas não a obrigação, de comprar ou de vender
o ativo objeto do contrato firmado, numa data futura, pelo preço determinado na data da
contratação (LOZARDO 1998, p.132).

O contrato de opção é um instrumento que dá ao comprador do título o direito de futuro


sobre algo, não uma obrigação. O adquirente do título tem o direito em uma data futura
de solicitar ao vendedor do título a tomar a posição estabelecida no contrato, sendo que
este tem a obrigação de cumprir esta posição caso seja de interesse do comprador. Para
que o contrato seja fechado, é necessário o pagamento de um prêmio pelo adquirente
para o vendedor, que é o preço da opção. (SILVA NETO, 1998).

Segundo Fortuna (2008), os mercados futuros, a termo e de swap, o qual será explicado
a seguir, são eficazes para eliminar riscos para uma determinada posição. Ocorre que
estes instrumentos fixam um valor futuro e o hedger fica protegido caso o cenário venha
a ser desfavorável, ou seja, com o aumento do preço do ativo-objeto no caso de uma

17
posição vendida, o hedger é beneficiado, mas caso o preço decline, ele não se beneficia
desta situação, uma vez que tem a obrigação de vender pelo preço definido no contrato.

Buscando uma alternativa ideal, onde pudesse existir a possibilidade de se usar o hedge
apenas caso o cenário fosse favorável ao adquirente do título, foi criado um instrumento
no mercado de derivativos denominado mercado de opções.

A principal característica que define este instrumento é a assimetria, ou seja, o


comprador tem apenas direitos, enquanto o vendedor tem apenas obrigações. Nos outros
instrumentos, o vendedor e comprador têm direitos e obrigações (FORTUNA,2008).

As opções, em termos de prazo de vencimento, podem ser classificadas como europeias,


quando o direito conferido tem que ser exercido na data do vencimento ou americanas,
quando o direito pode ser exercido em qualquer momento até a data do vencimento.

Vender estas opções no mercado significa lançar uma opção, de modo que o lançador
ou vendedor concede a opção ao titular e tem a obrigação de vender ou comprar um
ativo-objeto. O titular ou comprador é aquele tem o direito de exercer a opção.
(ANDREZO e LIMA, 2002)

De acordo com Assaf Neto (2003), o mercado de opções funciona, basicamente, com
dois tipos de contratos:

 Contrato de compra – calls: concede ao titular do contrato o direito, e não a


obrigação de comprar determinado ativo por um preço previamente estabelecido.
O vendedor da opção, por outro lado, tem a obrigação de entregar os ativos, caso
seja solicitado pelo comprador.
 Contrato de venda – put: concede ao titular, que neste caso é o comprador da
opção de venda, o direito de vender determinado ativo no futuro por um preço
previamente acordado, não existindo obrigação por sua parte. Por outro lado, o
vendedor da opção de compra tem a obrigação de comprar o ativo pelo preço
fixado, caso seja exigido pelo comprador.

É possível verificar que o comprador do contrato de opção, ou seja, aquele que busca
proteção, pode optar em firmar um contrato de opção de compra ou de opção de venda
de acordo com a sua necessidade, não havendo obrigação de comprar ou vender o ativo
objeto no futuro. Este instrumento trás a vantagem sobre os outros de ser mais viável
caso o cenário seja favorável ao titular.

18
Segundo Fortuna (2008), para se obter um título de derivativo é necessário
antecipadamente um preço, definido como prêmio, que representa o custo de eliminação
de um cenário desfavorável ao seu valor.

A. Características

A. Onde o derivativo pode ser negociado?

R: Bolsa ou balcão

B. O que se negocia?

R: Quem comprou adquire o direito de comprar ou vender o ativo financeiro no futuro.

C. O instrumento pode ser passado para outra entidade?

R: Sim, o instrumento de mercado futuro pode ser transferido para outros participantes
ou entidades a qualquer momento.

D. Quando é sua liquidação?

R: Liquida-se os prêmios na hora da aquisição do contrato. Já no vencimento, se apura o


valor a partir do direito de compra.

Entendimento prático: O mercado de opções é um dos mais complexos no mundo do


hedge accounting ou dos derivativos, pois seu fundamento é baseado em prêmio e
opções.

A empresa paga um prêmio para ter a opção de comprar ou vender um ativo no futuro.

Para exemplificar, suponhamos que exista uma empresa de café que tem uma produção
de mil toneladas com a data de venda para 3 meses, entendemos que a cotação atual é de
100 reais por tonelada, entretanto como o país e a variação da cotação café está
passando por um momento turbulento, a empresa opta por uma opção venda de 1.000
toneladas pagando R$ 5,00 de prêmio por tonelada, desembolsando um caixa de R$ 5
mil.

Neste cenário, se o preço da cotação chegar a R$ 120,00 por tonelada, a empresa vai ter
um lucro e não precisará fazer a opção de venda das suas mil toneladas pelo preço de
R$ 100,00, tendo como prejuízo somente os R$ 5 mil reais desembolsados como prêmio
para a opção.

19
Entretanto, se o cenário for de queda da cotação de café para R$ 80,00 a empresa opta
por executar a opção de venda, fazendo a venda das toneladas de café por R$ 100,00.

B. Contabilização

No momento do registro inicial a operação de mercado opção de compras deve ser


reconhecida como:

 Débito na conta de compensação ativa (contrato de ações, ativos financeiros


ou mercadorias).
 Crédito na conta de ações, ativos financeiros (ATIVO)

Pelo registro do prêmio

 Débito na conta de prêmio de Opção a exercer (ATIVO)


 Crédito na conta de credores, conta liquidações pendentes (PASSIVO)

Baixa da posição

 Débito na conta de ações, ativos financeiros (ATIVO)


 Crédito na conta de contrato de ações, ativos financeiros (ATIVO)

Venda de Opções (Com lucro)

 Débito na conta de devedores, conta de liquidações pendentes (ATIVO)


 Crédito na conta de prêmio de opções a exercer (ATIVO)
 Crédito na conta de lucro financeiro (RESULTADO)

Com prejuízo

 Débito na conta de devedores conta de liquidação pendente (ATIVOO)


 Débito na conta de prejuízos com operações financeiras (RESULTADO)
 Crédito na conta de prêmio de opções a exercer (ATIVO)

20
3. Conclusão

Em síntese, e de realçarmos que no mundo de hoje onde a informação e o conhecimento


são a base para a tomada de decisões, são diferenciados os gestores que tem o
conhecimento sobre os mercados futuros, pois essas informações aumentam as
possibilidades de investimentos ou proteção das empresas.

Com o passar dos anos, ao analisarmos a evolução dos derivativos, podemos observar
que os contratos de mercado futuro e o contrato a termo, por exemplo, deixaram de ser
uma opção exclusiva do controle do preço das commodities e cambiais, tornando-se
fortes instrumentos estratégicos para empresas que desejam alavancar seus
investimentos, tornando-se componentes fundamentais da macroeconomia e da
microeconomia.

O mercado de opções também adquiriu uma evolução significativa tornando-se um


recurso estratégico para as empresas, pois seus prejuízos não podem excederem o
prêmio previamente pagos, as empresas podem se expor a um risco baixo para garantir a
obtenção de um retorno significativo.

Podemos concluir com os conceitos já definidos que os derivativos são instrumentos


financeiros utilizados para gerenciar riscos no futuro incerto. Espera-se que com este
trabalho tenha reunido conhecimentos adequados para planejar, avaliar e entender as
operações com os mercados futuros, desmistificando os conceitos e visualizando uma
oportunidade de investimentos para os gestores que operam esses instrumentos.

21
4. Referencias. Bibliográficas

ANDREZO, Andrea Fernandez e LIMA, Iran Siqueira. Mercado Financeiro – Aspectos


Históricos e Conceituais. 2 ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

BRASIL, Banco Central do Brasil. Disponível em: <http://www4.bcb.gov.br/pec/taxas/


batch/cotacaomoedas.asp?id=txtodas&id=txtodas>. Acesso em 04/05/2009.

FIGUEIREDO, Antônio Carlos. Introdução aos Derivativos. 2 ed. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro – Produtos e Serviços. 17 ed. Rio de Janeiro:


Qualymark, 2008.

LEMGRUBER, Eduardo Faço; SILVA, André Luiz Carvalhal; LEAL, Ricardo Pereira
Câmara e COSTA JR., Newton Carneiro Afonso. Gestão de Riscos e Derivativos
Aplicações no Brasil. São Paulo: Atlas, 2001.

LOZARDO, Ernesto. Derivativos no Brasil: Fundamentos e Prática. São Paulo:BM&F


BOVESPA, 1998.

PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de Capitais – Fundamentos e Técnicas. 4 ed. São


Paulo: Atlas, 2007.

RESMINI, Bruno Sector Estratégias no Mercado de Derivativos: Foco no Mercado de


Opções de Ações. Monografia. UFSC. Florianópolis, 2011.

SILVA NETO, Lauro de Araújo. Derivativos – Definições, Emprego e Riscos. 2 ed.


São Paulo: Atlas, 1998.

22

Você também pode gostar