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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................3
2. INDICADORES DO PAV...................................................................................................4
2.1. Programa Alargado de Vacinação (PAV).....................................................................4
2.1.1. Indicadores do pav................................................................................................4
2.2. Indicadores quantitativos..............................................................................................4
2.3. Taxa de Cobertura Vacinal (TCV)................................................................................5
2.4. Indicadores qualitativos................................................................................................5
2.5. Quebra Vacina..............................................................................................................6
2.5.1. Vacinação rotineira nas unidades sanitárias..........................................................7
2.5.2. Brigadas Móveis (e Campanhas de Vacinação)....................................................8
2.6. Doenças Alvos do PAV................................................................................................8
2.7. Principais vacinações do país.......................................................................................8
2.7.1. Vacina da BCG.....................................................................................................9
2.7.2. Vacina Anti-Pólio (VAP).....................................................................................9
2.7.3. Vacina Anti-Tetânica (VAT)..............................................................................10
2.7.4. Vacina Anti-Sarampo (VAS)..............................................................................11
3. CONCLUSÃO...................................................................................................................12
4. BIBLIOGRAFIA................................................................................................................13

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1. INTRODUÇÃO

O nosso presente trabalho de pesquisa titulada, tem como tema indicadores do


PAV. O trabalho tem como objectivo trazer a mais fácil perceção de forma
detalhada a cerca do tema acima citado. Dando algumas definições retiradas em
manuais de autores; e a base da elaboração do trabalho foi no uso de manuais todos
citados.

Este trabalho será composto por 12 páginas serão apresentadas de acordo com as
formas de trabalho científico (capa, contracapa, índice, introdução,
desenvolvimento, conclusão e as respectivas referencias consultadas). Por tanto,
mais conteúdos serão apresentados e detalhados no desenvolvimento do mesmo e
estaremos disponíveis para esclarecimento de quaisquer dúvidas que formos
apresentados ao respeito do mesmo.

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2. INDICADORES DO PAV
2.1. Programa Alargado de Vacinação (PAV)

O Programa Alargado de Vacinação (PAV) foi lançado em Moçambique em 1979, após


a 1ª campanha nacional de vacinação pós-independência nacional, tendo mostrado ao
longo dos anos notáveis ganhos de saúde.

PAV é um programa nacional e gratuito, destinado, principalmente, a vacinação de


mulheres em idade fértil e crianças, bem como de outros grupos sob condições especiais
(como trabalhadores em risco de contrair tétano, por exemplo), para prevenção de
doenças infecciosas preveníveis pela vacinação (tuberculose, difteria, tétano, tosse
convulsa, pólio, hepatite B, sarampo, tétano e as pneumonias e meningite por
haemophilus influenzae tipo b

2.1.1. Indicadores do PAV

São valores que servem para monitorizar e avaliar a forma como o PAV está a ser
implementado.

Os indicadores do PAV permitem fazer uma avaliação do programa através da análise


do impacto das acções realizadas no âmbito da redução de doenças e mortes em
crianças, causadas pelas doenças preveníveis por vacina.

Existem dois tipos de indicadores do PAV: quantitativos e qualitativos.

2.2. Indicadores quantitativos

São os que nos dão a conhecer o volume do trabalho que é realizado pela equipa de
saúde numa determinada área de saúde.

Os indicadores quantitativos mais utilizados no nosso país são:

 Taxa de cobertura vacinal;


 Taxa de cobertura de crianças completamente vacinadas antes de um ano de
vida;
 Taxa de cobertura de mulheres grávidas protegidas

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2.3. Taxa de Cobertura Vacinal (TCV)

Esta taxa serve para avaliar a grau de cobertura (vacinação) em relação a cada vacina do
PAV. Representa a proporção do número de pessoas elegíveis que recebem a vacina
num determinado período sobre o total das pessoas elegíveis nesse mesmo período.

Cálculo da taxa de cobertura vacinal (TCV):

Realizado
CV = x 100
Grupo−alvo

Ou

Nº de crianças<de 1 ano de idade que receberam


uma determinada vacina numdeterminada período
Taxa de Cobert = x 100
N . º total de crianças< de um ano de idade existentes
no mesmo período

Por exemplo: no distrito de Alto-Molócuè, no ano de 2011 estimava-se uma população


de 280.000 habitantes. O pessoal de saúde efectuou a vacinação de 9800 crianças
menores de um ano para a vacina BCG. Qual foi a taxa de cobertura vacinal?

2.4. Indicadores qualitativos

São os que nos dão a conhecer a qualidade dos serviços prestados e dos procedimentos
da equipa local de saúde.

Os indicadores qualitativos utilizados no país são:

 Taxa (ou índice) de quebra vacinal (IQV);


 Taxa de utilização vacinal (TUV);
 Disponibilidade de petróleo e
 Disponibilidade de vacinas

Os indicadores qualitativos são úteis para nos dar a conhecer os seguintes aspectos:

 Quantas crianças foram vacinadas correctamente;


 Como é que as vacinas foram manuseadas;

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2.5. Quebra Vacina

Geralmente utiliza-se para vacinas com mais de uma dose (geralmente


DTP/HepB+Hib). É a diferença entre o número de crianças vacinadas com as 1ª s doses e
as vacinadas com as subsequentes (2ª ou 3ª doses) de determinada vacina.

O índice (ou taxa) de quebra vacinal indica a proporção (%) das pessoas vacinadas no
ano que completaram todas as doses necessárias. Serve para avaliar o esforço do pessoal
de saúde em informar a população sobre a importância de completar as vacinações das
vacinas de doses múltiplas.

O índice (ou a taxa) de quebra vacinal ideal deve ser inferior a 15%.

Como calcular:

1ᵒ dose−3 ᵒdose
IQV = x 100
1 ᵒdose

Por exemplo: numa determinada área de saúde, durante o ano foram vacinadas 1023
crianças com a 1ª dose da vacina DPT/HepB + Hib e foram administradas 383 vacinas
com a 3ª dose da mesma vacina. Qual é o índice de quebra vacinal?

1ᵅ dose−3 ᵅdose
IQV = x 100
1 ᵅdose

1023−383
IQV = x 100
1023

640
IQV = x 100=62,6 %
1023

Vacinas – são substâncias biológicas preparadas no laboratório a partir de


microrganismos causadores de doenças - bactérias ou vírus, e que induzem a produção
de certas substâncias protectoras no corpo (chamados de anticorpos).

Vacinar é o acto de administrar substâncias biológicas no organismo de forma a criar


um estado de protecção contra determinadas doenças, através de produção (pelo

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organismo - a pessoa nesse caso) de defesas contra as bactérias e vírus que causam tais
doenças.

A missão do PAV é melhorar a qualidade de vida da população moçambicana,


protegendo-lhe contra e envidando esforços para eliminar o sofrimento causado por
doenças infeciosas preveníeis por vacina (doenças imuno-preveníeis).

A meta do PAV é proteger todas as mães e suas crianças menores de 5 anos de todas as
doenças preveníeis por vacina.

O principal objectivo do PAV é reduzir a mortalidade infantil, morbilidade e


incapacidade, utilizando as melhores vacinas, tecnologias médicas e práticas seguras
disponíveis.

Dentro deste grande objectivo encontramos os seguintes objectivos específicos:

 Aumentar a cobertura de DPT-HepB-Hib 3 (3ª dose da vacina da


Difteria/Pertusses/Tétano/Hepatite B e haemophilus influenzae tipo b);
 Reduzir a taxa de quebra vacinal (reduzir o número de indivíduos que não
completem totalmente as séries de vacinação);
 Desenvolver uma estratégia de comunicação PAV e reforçar a comunicação
interpessoal entre provedores de saúde e comunidade;
 Aumentar os recursos humanos para oferta dos serviços do PAV;
 Manter as actividades de controlo de pólio e sarampo; e
 Manter a tendência de eliminação do tétano materno-neonatal.
 As estratégias do PAV no país incluem vacinação de rotina, brigadas móveis
e campanhas de vacinação.

2.5.1. Vacinação rotineira nas unidades sanitárias

É uma estratégia adoptada pelo Ministério da Saúde para oferecer os serviços de


vacinação às crianças menores de um ano de idade, mulheres grávidas e mulheres em
idade fértil. Para o cumprimento desta medida, todas as unidades que prestam cuidados
de saúde primários, nomeadamente Postos e Centros de Saúde devem dispor de um
serviço de medicina preventiva, onde são feitas as vacinas de rotina. Geralmente, os
hospitais rurais, provinciais e centrais dispõem de vacinação para as vacinas dadas à

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nascença e que, normalmente, são dispensadas nas maternidades, sendo que a
continuação das vacinações é feita nos postos e centros de saúde.

2.5.2. Brigadas Móveis (e Campanhas de Vacinação)

Para além das vacinações de rotina nas US, há também estratégias de mandar equipas
(brigadas móveis) das unidades às localidades distantes, com vista a alcançar aquelas
crianças que não conseguem chegar às unidades

Para além das visitas de brigadas móveis, há políticas e princípios traçados pela
Organização Mundial da Saúde, que visam, essencialmente, eliminar e erradicar
algumas doenças, tais como sarampo, tétano neonatal e poliomielite.

Para a implementação dessas políticas são levadas a cabo campanhas de vacinação,


direccionadas a grupos de idade diferentes daqueles da vacinação de rotina.

Estas campanhas podem ser gerais, ou seja, em todo o país, ou em áreas específicas,
onde se suspeita que possa haver circulação de determinado agente causador da doença
que se suspeita. Mais detalhes em aulas subsequentes.

2.6. Doenças Alvos do PAV


 Sarampo
 Poliomielite
 Tétano Neonatal
 Tuberculose
 Difteria
 Pertussis (Tosse convulsa)
 Hepatite B
 Doenças causadas pelo haemophilus influenzae tipo B

Vitamina “A” e desordens por deficiência de vitamina “A” – não é uma doença
prevenível por vacinas, é um suplemento para a prevenção e tratamento da deficiência
de vitamina A que se aproveita administrar na mesma altura que as vacinas.

2.7. Principais vacinações do país

As principais vacinas dadas no país são as seguintes:

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 Vacina da BCG (Bacilo de Calmette e Guerin)
 VAP (Vacina Anti-Pólio)
 VAS (Vacina Anti-Sarampo)
 VAT (Vacina Anti-Tetânica)
2.7.1. Vacina da BCG

Protege contra formas graves da tuberculose (meningite tuberculosa, tuberculose


miliar).

 É feita de uma micobactéria atenuada.


 A vacina deve ser dada, de preferência, à nascença, mas em caso de falha,
pode ser dada desde a nascença até aos 23 meses de idade.
 A vacina deve ser administrada por via intradérmica, na parte superior do
ombro direito, numa dose de 0,05 ml para crianças com menos de um ano e 0,1
ml para crianças com um ou mais anos.
 A vacina da BCG apresenta-se em pó num frasco e deve ser diluída antes da
administração. No estado de pó pode ser conservada e transportada a
temperaturas entre - 15 e - 25º C.
2.7.1.1. Precauções
 Deve-se verificar a data da expiração da vacina e do diluente antes da
utilização.
 Verificar se o diluente é apropriado e se está na temperatura recomendada.
 Misturar a vacina com o diluente sem agitar, para evitar estragá-la.
 Ter atenção à técnica na hora de aplicar a vacina de modo a evitar
traumatizar a criança.
2.7.1.2. Contra-Indicações

A única contra-indicação para a BCG é o aparecimento de criança com manifestações


de SIDA.

A suspeita de infecção por HIV, o baixo peso à nascença e a prematuridade não são
contra-indicações para a BCG.

2.7.2. Vacina Anti-Pólio (VAP)

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Protege contra a poliomielite – a vacina contém o vírus vivo da poliomielite atenuado,
que se estraga facilmente pelo calor.

Esta vacina deve ser dada em 4 doses, a primeira das quais (pólio zero) à nascença, com
intervalo mínimo de 4 semanas entre elas, de acordo com o seguinte esquema:

1ª dose (pólio zero): a idade preferida para ser dada é à nascença, mas pode ser dada
num intervalo que vai desde o nascimento até às 5 semanas de vida;

2ª dose (pólio 1): a idade preferida para ser dada é aos 2 meses, mas pode ser dada num
intervalo que vai desde as 6 semanas até aos 23 meses de vida;

3ª dose (pólio 2): a idade preferida para ser dada é aos 3 meses, mas pode ser dada num
intervalo que vai desde as 10 semanas até aos 23 meses de vida;

4ª dose (pólio 3): a idade preferida para ser dada é aos 4 meses, mas pode ser dada num
intervalo que vai desde as 14 semanas até aos 23 meses de vida;

2.7.2.1. Precauções
 Deve-se verificar a data da expiração da vacina.
 Verificar o monitor do frasco para ver se a vacina pode ser usada.
 Verificar o número de gotas que devem ser administradas.

Assegurar-se que a criança engole a vacina.

2.7.2.2. Contra-Indicações

Não há contra-indicações

2.7.3. Vacina Anti-Tetânica (VAT)

Protege contra o tétano. É o mesmo toxóide tetânico da vacina DPT/HepB. É


destruída pelo congelamento.

É dada a mulheres grávidas e mulheres em idade fértil para prevenir o tétano neonatal.
No nosso país também é administrada aos alunos dos primeiros anos do ensino primário
(1a e 2a classe, constituindo VAT 1 e VAT 2, respectivamente) e a trabalhadores cuja
actividade lhes coloca em risco.

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É administrada em 5 doses de 0,5 ml cada na região do ombro esquerdo (músculo
deltóide). A primeira dose não dá protecção.

2.7.3.1. Precauções
 Verificar a data da expiração.
 Agitar para verificar se a vacina foi congelada ou não.
2.7.3.2. Contra-indicações

Não existe contra indicação

2.7.4. Vacina Anti-Sarampo (VAS)

Protege contra o sarampo: a vacina é de vírus atenuado e é muito sensível à luz. É


administrada em dose única, preferivelmente aos 9 meses, mas pode ser dada desde os
8,5 até aos 23 meses de vida (na população deslocada pode ser administrada até aos 4
anos).

É administrada por via subcutânea numa dose de 0,5 ml, na porção superior do braço
esquerdo.

Apresenta-se na forma liofilizada e deve permanecer congelada (- 15 a – 25º C) até ser


diluída. Ao nível das unidades sanitárias deve ser conservada entre + 2 e + 8º C. Para a
diluição deve ser usado somente o diluente fornecido pelo fabricante da vacina.

2.7.4.1. Precauções
 Verificar a data de expiração da vacina.
 Certificar-se de que usa o diluente indicado.
 Não agitar a vacina para não estragar.
 Limpar o local onde irá administrar a vacina com algodão mergulhado
em água.
 Informar à mãe que a criança pode ter uma erupção ligeira, mas que vai
passar espontaneamente.
2.7.4.2. Contra-Indicações

Não existem contra-indicações.

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3. CONCLUSÃO

Em síntese, PAV é um programa nacional e gratuito, destinado, principalmente, a


vacinação de mulheres em idade fértil e crianças, bem como de outros grupos sob
condições especiais (como trabalhadores em risco de contrair tétano, por exemplo), para
prevenção de doenças infecciosas preveníveis pela vacinação (tuberculose, difteria,
tétano, tosse convulsa, pólio, hepatite B, sarampo, tétano e as pneumonias e meningite
por haemophilus influenzae tipo

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4. BIBLIOGRAFIA

MISAU. Manual do programa Alargado de Vacinações. Maputo: 2009.

Murray T, Steinglass R, Fields R, Favin M, Ballou S; USAID. Fundamentos de


imunização: um guia prático (Immunization essentials: a practical field guide). 2003.

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