FAQ Vacinas

O que são vacinas?

As vacinas são preparações à base de antigénios (partículas estranhas ao nosso
organismo, como vírus ou bactérias mortos ou atenuados) que são administradas de
forma a criar uma resposta imunitária protetora a agentes infeciosos, protegendo a
nossa saúde.

As vacinas são seguras?

As vacinas que se encontram autorizadas são devidamente certificadas e apresentam
um elevado grau de segurança, qualidade e eficácia. Tendo em conta este controlo
apertado, são raras ou muito raras as reações adversas graves associadas a vacinas.

Porque devemos ser vacinados?

As vacinas permitem salvar vidas, pelo que devem ser encaradas como um direito e
um dever. As doenças infeciosas eram uma das principais causas de morte infantil
antes de se utilizarem vacinas. Ao sermos vacinados, não só estamos a proteger a
nossa saúde como a saúde dos que nos rodeiam.

Como são autorizadas as vacinas?

Até que uma vacina possa ser utilizada, ocorre um extenso processo de investigação,
produção e avaliação ao longo de vários anos. Numa fase inicial, ocorre a investigação
em laboratório e em animais. Seguidamente, são realizados os ensaios clínicos em
humanos que podem durar vários anos. Numa fase final, a vacina é introduzida na
comunidade, havendo sempre uma vigilância muito estreita da eficácia e do eventual
aparecimento de reações adversas.

As vacinas funcionam mesmo? Como funcionam?

Sim. As vacinas são o método mais eficaz na prevenção de doenças ao longo de toda a
vida. Quando somos vacinados, o corpo deteta a substância presente na vacina e cria
uma defesa, formando anticorpos. Estes anticorpos permanecem no nosso organismo
e evitam a ocorrência da doença no futuro e diminuem a sua intensidade, no caso de
ocorrerem. Ou seja, as vacinas fazem com que o nosso sistema imunitário tenha uma
resposta rápida e eficaz quando ocorre um contacto posterior com a doença.

Todos temos direito à vacinação?

Sim. Dado que a vacinação é um direito básico de todos, existe em Portugal o
Programa Nacional de Vacinação para garantir a vacinação gratuita de todos os
cidadãos para as principais doenças.

As crianças devem ser vacinadas?

Sim, todas as crianças devem ser vacinadas para garantir que uma grande parte da
população se encontra vacinada. Só assim conseguimos controlar a propagação de
uma doença. Temos, por exemplo, o caso do Sarampo, em que é necessário que 95%
das pessoas estejam vacinas para que ocorra a eliminação da doença.

Depois de ser vacinado, ao fim de quanto tempo se fica protegido?

O tempo vai depender da vacina administrada. No entanto, mesmo nos casos em que
a vacinação requer várias doses, já é conferida alguma proteção (ainda que
incompleta) após cada administração. Esta proteção surge normalmente em 2
semanas (ou mais), após a dose da vacina.

Fonte: https://www.sns24.gov.pt/guia/vacinas/

Doses de reforço COVID-19

Avançamos para uma 4ª dose da vacina?

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) e o Centro para Prevenção e Controlo de

Doenças (ECDC) concluíram que é ainda precoce considerar a administração de uma 4ª
dose das vacinas de mRNA contra a COVID-19 na população em geral.

No entanto, ambas as entidades concordam na utilização da 4ª dose em pessoas com

idade igual ou superior a 80 anos, devido a uma maior fragilidade desta população,
menor resposta imunitária e um maior risco de desenvolverem casos graves de covid-
19.

Para além disso, a EMA e o ECDC também verificaram que atualmente não há
evidência clara na União Europeia de que a proteção da vacina contra doença grave
esteja a diminuir substancialmente em adultos com sistema imunitário normal com
idades entre os 60 e 79 anos, pelo que não é apoiada a utilização imediata da 4ª dose
nesta população.

As campanhas de re-vacinação deverão iniciar-se no Outono, sendo que as autoridades

responsáveis considerarão o melhor momento para iniciar a administração da dose
adicional.

No final de Março, os números indicavam que 83% dos adultos receberam os

esquemas iniciais completos e apenas 64% receberam uma dose de reforço. É
recomendado aos cidadãos que completem os seus esquemas de vacinação, de acordo
com as recomendações nacionais.

O que diz a evidência sobre a administração de uma 2ª dose de reforço?

A evidência dos efeitos de uma 4ª dose provém largamente de Israel. Os resultados do
estudo foram publicados na revista New England Journal of Medicine e indicam que
uma 2ª dose de reforço administrada pelo menos 4 meses após o 1º reforço,
restabelece os níveis de anticorpos, sem levantar novas preocupações ao nível da
segurança. Os dados indicam também que a 2ª dose de reforço providencia proteção
adicional contra a doença grave, apesar de ainda não ser conhecida a duração dos
benefícios e da evidência ser ainda limitada.
Fontes:
https://www.ema.europa.eu/en/news/ecdc-ema-issue-advice-fourth-doses-mrna-
covid-19-vaccines
https://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMoa2201570?articleTools=true
https://www.publico.pt/2022/04/06/ciencia/noticia/covid-19-quarta-dose-vacina-
recomendada-apenas-maiores-80-anos-2001628
https://www.publico.pt/2022/04/21/sociedade/noticia/covid19-quarta-dose-vacina-
devera-administrada-outono-2003337