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INSTITUTO MÉDIO DE SAÚDE - PUPILOS BRILHANTES

IMPORTÂNCIA DAS VACINAS

Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino

LUANDA - 2024
INSTITUTO MÉDIO DE SAÚDE - PUPILOS BRILHANTES

GRUPO Nº6

1. Mércia Fonseca
2. Naúria Cambala
3. Nelson Monteiro
4. Neusa João
5. Noemi Tchilo
6. Noémia Miguel
7. Odeth da Silva
8. Olga da Piedade

IMPORTÂNCIA DAS VACINAS

Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino


Índice

Introdução .................................................................................................................................. 4

1.1 Objetivo Geral ...................................................................................................................... 5

1.2 Objetivos Específicos........................................................................................................... 5

2. REVISÃO CONTEXTUAL .................................................................................................. 6

2.1 Conceito De Vacina ............................................................................................................. 6

2.2 História Das Vacinas............................................................................................................ 6

2.3 Funcionamento Do Sistema Imunológico ............................................................................ 7

2.4 Benefícios Das Vacinas Para A Saúde Pública.................................................................... 8

2.5 Legislação Nacional Sobre Vacinação ................................................................................. 9

2.6 Programa Alargado de Vacinação ....................................................................................... 9

2.7 Vacinação Em Angola No Hospital Materno Infantil Jacinta Paulino .............................. 10

2.8 Importância do PAV .......................................................................................................... 11

2.9 Principais Doenças Preveníveis Por Vacinas Em Angola ................................................. 12

2.10 Principais Mitos Relacionados Com A Vacinação .......................................................... 13

Conclusão................................................................................................................................. 14

Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 15


Introdução
As vacinas desempenham um papel fundamental na proteção da saúde pública,
prevenindo doenças e salvando vidas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as
vacinas são “uma das intervenções de saúde mais bem-sucedidas e rentáveis”. Elas
funcionam estimulando o sistema imunológico a produzir uma resposta semelhante àquela
que seria produzida pelo organismo ao ser exposto a um patógeno, sem causar a doença.
Assim, as vacinas são essenciais para a prevenção de doenças infecciosas, contribuindo para
a erradicação e controle de diversas enfermidades.

No contexto escolar, é crucial compreender a importância das vacinas, não apenas


como medida preventiva individual, mas também como um ato de responsabilidade coletiva.
Conforme afirmado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), “as vacinas
protegem a pessoa que as recebe e também ajudam a prevenir a propagação de doenças,
especialmente para as pessoas que não podem ser vacinadas”. Portanto, ao abordar o tema
neste relatório, é fundamental destacar o impacto positivo que a imunização em massa pode
ter na comunidade, protegendo não apenas os indivíduos vacinados, mas também aqueles que
não têm acesso à vacinação.

Além disso, é importante desmistificar possíveis preocupações ou dúvidas sobre as


vacinas, baseando-se em evidências científicas e informações confiáveis. Como mencionado
pela Academia Americana de Pediatria, “as vacinas são seguras e eficazes na prevenção de
doenças graves”. Portanto, este relatório visa promover a conscientização sobre a importância
da imunização, incentivando a confiança na ciência e na saúde pública. Ao fazê-lo,
contribuímos para a disseminação de informações precisas e para a promoção de uma
sociedade mais saudável e protegida contra doenças evitáveis por vacinação.

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1.1 Objetivo Geral

 Analisar e discutir a importância das vacinas na prevenção de doenças e na promoção


da saúde pública, por meio de um relatório teórico embasado em evidências
científicas.

1.2 Objetivos Específicos

 Descrever o funcionamento do sistema imunológico e o papel das vacinas na ativação


da resposta imune, destacando sua importância na prevenção de doenças infecciosas.
 Identificar e analisar os principais benefícios das vacinas para a saúde individual e
coletiva, considerando a redução da morbidade e mortalidade associada a doenças
evitáveis por imunização.
 Avaliar o impacto das campanhas de vacinação e da cobertura vacinal na erradicação
ou controle de doenças em Angola, evidenciando a relevância das vacinas como
estratégia de saúde pública.

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2. REVISÃO CONTEXTUAL

2.1 Conceito De Vacina

O conceito de vacina é fundamental para a compreensão da imunização e prevenção


de doenças. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma vacina é definida
como “um produto biológico que fornece imunidade adquirida ativa para uma doença
específica”. Isso significa que as vacinas estimulam o sistema imunológico do corpo a
produzir uma resposta protetora contra um determinado agente patogênico, como vírus ou
bactéria, sem causar a doença em si.

Segundo um artigo publicado no portal de saúde da Universidade de Harvard, “as


vacinas funcionam treinando e preparando o sistema imunológico para reconhecer e combater
os patógenos - vírus ou bactérias - que causam doenças”. Este treinamento é realizado através
da introdução de antígenos enfraquecidos ou inativos no corpo, que desencadeiam uma
resposta imune sem causar a doença. Como resultado, o sistema imunológico cria memória
imunológica, o que significa que ele será capaz de reconhecer e combater o patógeno mais
eficazmente no futuro, caso seja exposto a ele.

Além disso, a revista científica Nature explica que as vacinas desempenham um papel
crucial na saúde pública, ajudando a prevenir a propagação de doenças infecciosas e a
proteger as populações contra surtos e epidemias. A vacinação em larga escala tem sido
fundamental na erradicação de doenças como a varíola e na redução significativa da
incidência de outras doenças, como o sarampo e a poliomielite. É importante ressaltar que as
vacinas são desenvolvidas e testadas rigorosamente antes de serem disponibilizadas para uso
público. A segurança e eficácia das vacinas são avaliadas por agências reguladoras de saúde
em todo o mundo, garantindo que atendam aos mais altos padrões científicos e éticos.

2.2 História Das Vacinas

As vacinas têm desempenhado um papel crucial na história da medicina e da saúde


pública, contribuindo significativamente para a erradicação de doenças e o aumento da
expectativa de vida em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), as vacinas são uma das intervenções de saúde mais bem-sucedidas e rentáveis,
salvando milhões de vidas a cada ano.

A história das vacinas remonta a séculos atrás, com evidências de práticas de


imunização datando de civilizações antigas. No entanto, foi somente no final do século XVIII

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e início do século XIX que a vacinação moderna começou a tomar forma. Um marco
importante foi a descoberta da vacina contra a varíola por Edward Jenner em 1796. Jenner
observou que as pessoas expostas ao vírus da varíola bovina (cowpox) pareciam desenvolver
imunidade à varíola humana. Ele então desenvolveu uma vacina a partir do vírus da varíola
bovina e demonstrou sua eficácia ao vacinar um menino, protegendo-o da varíola humana.

Desde então, avanços significativos foram feitos no desenvolvimento e na


administração de vacinas. A descoberta de novas tecnologias, como a cultura de células e a
engenharia genética, permitiu a produção de vacinas mais seguras e eficazes. Além disso,
programas de imunização em larga escala foram implementados em todo o mundo, levando à
erradicação ou controle de várias doenças infecciosas, como a poliomielite, sarampo e
rubéola.

A história das vacinas também está repleta de desafios e controvérsias. A hesitação


em relação à vacinação, impulsionada por preocupações com segurança e desconfiança em
relação às autoridades de saúde, tem sido um obstáculo significativo para a erradicação de
doenças evitáveis por vacinação. Além disso, a disseminação de informações falsas e teorias
da conspiração tem levado a taxas de vacinação abaixo do ideal em algumas comunidades,
resultando em surtos de doenças evitáveis. No entanto, apesar desses desafios, as vacinas
continuam a desempenhar um papel crucial na promoção da saúde pública e na prevenção de
doenças. Com o avanço da ciência e da tecnologia, novas vacinas estão sendo desenvolvidas
para enfrentar ameaças emergentes, como a COVID-19. A rápida aprovação e distribuição de
vacinas contra o coronavírus representa um marco na história das vacinas, demonstrando a
capacidade da comunidade científica e da indústria farmacêutica em responder a crises de
saúde global.

2.3 Funcionamento Do Sistema Imunológico

O sistema imunológico é responsável por proteger o organismo contra agentes


patogénicos, como bactérias, vírus e fungos, e também contra células cancerígenas. Ele é
composto por uma rede complexa de células, tecidos e órgãos que trabalham em conjunto
para identificar e eliminar substâncias estranhas ao corpo.

De acordo com a revista científica “Nature Reviews Immunology”, o sistema


imunológico é dividido em duas categorias principais: imunidade inata e imunidade
adaptativa. A imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo e inclui barreiras
físicas, como a pele e as mucosas, assim como células especializadas, como os macrófagos e

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os neutrófilos. Já a imunidade adaptativa é mais específica e envolve a produção de
anticorpos e a ativação de linfócitos T e B.

Um artigo publicado no “Journal of Experimental Medicine” destaca a importância da


comunicação entre as células do sistema imunológico. As células comunicam entre si através
de sinais químicos, como citocinas, que coordenam a resposta imune e garantem uma ação
eficaz contra os agentes invasores. Além disso, a revista “Trends in Immunology” aborda a
regulação do sistema imunológico, que é crucial para evitar respostas excessivas ou
inadequadas. Mecanismos de regulação, como as células T reguladoras, ajudam a manter o
equilíbrio do sistema imunológico, prevenindo doenças autoimunes e alergias.

2.4 Benefícios Das Vacinas Para A Saúde Pública

As vacinas desempenham um papel crucial na proteção da saúde pública,


proporcionando uma série de benefícios que impactam positivamente a sociedade. De acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas são uma das intervenções de saúde
mais eficazes e econômicas já desenvolvidas, contribuindo significativamente para a redução
da morbidade e mortalidade causadas por doenças infecciosas em todo o mundo.

Um dos principais benefícios das vacinas é a prevenção de doenças graves e


potencialmente fatais. Através da imunização, é possível proteger indivíduos de enfermidades
como sarampo, poliomielite, difteria, coqueluche, entre outras, que representam ameaças
significativas à saúde pública. Além disso, as vacinas também desempenham um papel
fundamental na erradicação de doenças, como foi o caso da varíola, que foi oficialmente
declarada erradicada em 1980 devido aos esforços de vacinação em massa. Outro benefício
importante das vacinas é a proteção de grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas
com sistemas imunológicos comprometidos. A imunização em larga escala cria um efeito de
proteção coletiva, conhecido como imunidade de rebanho, que reduz a propagação de
doenças e protege aqueles que não podem ser vacinados por motivos de saúde.

Além disso, as vacinas também contribuem para a redução dos custos com cuidados
de saúde, uma vez que a prevenção de doenças evita gastos com tratamentos médicos e
hospitalizações. Estudos demonstram que cada dólar investido em vacinação gera um retorno
significativo em economia de custos com saúde pública. É importante ressaltar que as vacinas
são seguras e passam por rigorosos testes de segurança antes de serem disponibilizadas para a
população. A vigilância contínua e a avaliação da segurança das vacinas são fundamentais
para garantir a confiança do público e a eficácia contínua do programa de imunização.

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2.5 Legislação Nacional Sobre Vacinação

A legislação nacional sobre vacinação em Angola é regida pelo Decreto Presidencial


n.º 231/20, de 16 de setembro, que aprova o Regulamento sobre o Programa Nacional de
Vacinação. Este decreto estabelece as normas e diretrizes para a vacinação no país, visando
proteger a população contra doenças preveníveis por vacinação.

De acordo com o regulamento, a vacinação é obrigatória para todas as pessoas em


Angola, sendo que o não cumprimento desta obrigação pode resultar em penalidades
previstas na legislação. Além disso, o documento estabelece as vacinas obrigatórias, as
diretrizes para a sua administração, o calendário de vacinação e as responsabilidades das
autoridades de saúde.

O Ministério da Saúde de Angola é o órgão responsável por coordenar e implementar


o Programa Nacional de Vacinação (PAV), garantindo o acesso equitativo e a cobertura
universal de vacinação em todo o território nacional. Para isso, são realizadas campanhas de
vacinação em diferentes regiões do país, com o objetivo de alcançar as metas estabelecidas
pela Organização Mundial da Saúde.

É importante ressaltar que a legislação nacional sobre vacinação em Angola está


alinhada com as recomendações e diretrizes internacionais, visando garantir a eficácia e
segurança das vacinas administradas à população. Nesse sentido, o país tem adotado medidas
para fortalecer o sistema de vigilância epidemiológica, a fim de monitorar a efetividade das
vacinas e detectar eventuais eventos adversos pós-vacinação.

2.6 Programa Alargado de Vacinação

O Programa Alargado de Vacinação (PAV) em Angola tem desempenhado um papel


crucial na proteção da saúde materno infantil. No hospital materno infantil Jacinta Paulino,
localizado em Luanda, a implementação do PAV tem sido fundamental para a prevenção de
doenças infecciosas em crianças e gestantes.

De acordo com o relatório do Ministério da Saúde de Angola, o PAV tem alcançado


significativos avanços na cobertura vacinal em todo o país, contribuindo para a redução da
mortalidade infantil e materna. No contexto do hospital materno infantil Jacinta Paulino, a
vacinação é uma prática rotineira e essencial para garantir a imunização das crianças e
gestantes contra doenças como a poliomielite, sarampo, rubéola, tétano, entre outras.

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O impacto positivo do PAV no hospital materno infantil Jacinta Paulino é evidente,
pois a vacinação tem sido eficaz na prevenção de surtos de doenças evitáveis por vacinação,
proporcionando um ambiente mais seguro para as mães e bebês que buscam assistência
médica na unidade hospitalar.

Além disso, a equipe de saúde do hospital materno infantil Jacinta Paulino tem
desempenhado um papel fundamental na sensibilização da comunidade sobre a importância
da vacinação, promovendo campanhas de conscientização e esclarecimento sobre os
benefícios das vacinas para a saúde materno infantil.

2.7 Vacinação Em Angola No Hospital Materno Infantil Jacinta Paulino

O Programa Alargado de Vacinação em Angola, implementado no Hospital Materno


Infantil Jacinta Paulino, tem sido fundamental para garantir a imunização de crianças contra
diversas doenças infecciosas. Essa iniciativa contribui significativamente para a promoção da
saúde materno-infantil no país.

Durante o estágio curricular realizado no Hospital Materno Infantil Jacinta Paulino


em Angola, tivemos a oportunidade de acompanhar de perto o Programa Alargado de
Vacinação (PAV) e sua importância na saúde pública do país. Segundo dados do Ministério
da Saúde de Angola, o PAV tem desempenhado um papel fundamental na prevenção de
doenças infecciosas e na redução da mortalidade infantil.

De acordo com um artigo publicado na revista científica “Vaccines” por especialistas


em saúde pública de Angola, o PAV tem sido crucial na proteção das crianças angolanas
contra doenças como sarampo, poliomielite, tuberculose, difteria e tétano. Além disso, o
programa tem contribuído significativamente para o alcance das metas de cobertura vacinal
estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde.

Durante o estágio, observou-se a dedicação da equipe de saúde do hospital na


realização das campanhas de vacinação, na organização e gestão das vacinas, bem como na
educação e sensibilização das mães sobre a importância da imunização. Através de
entrevistas com profissionais de saúde e mães atendidas no hospital, foi possível constatar o
impacto positivo do PAV na comunidade local.

O relatório de estágio também destaca a necessidade contínua de investimento em


infraestrutura, capacitação de recursos humanos e aquisição de vacinas para garantir a
sustentabilidade e eficácia do Programa Alargado de Vacinação em Angola. A colaboração

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entre o governo, organizações não-governamentais e parceiros internacionais é essencial para
fortalecer as políticas de imunização e ampliar o acesso das populações mais vulneráveis às
vacinas.

 Dificuldades Encontradas

Uma das principais dificuldades é a baixa cobertura vacinal em algumas áreas do país.
Segundo dados da OMS, apenas 65% da população-alvo foi vacinada em 2021 durante os
serviços de rotina . Isso pode ser atribuído a diversos fatores, como a falta de recursos,
infraestruturas deficientes e a desinformação sobre a importância da vacinação.

Outra dificuldade é a escassez de recursos humanos e financeiros. O PAV depende do


financiamento do governo e de parceiros internacionais , e a falta de fundos pode afetar a
aquisição de vacinas, a formação de profissionais de saúde e a manutenção das instalações.

 Desafios Futuros

Um dos principais desafios é aumentar a cobertura vacinal em todo o país,


especialmente nas áreas remotas e de difícil acesso. Isso requer investimentos em
infraestruturas, transporte e armazenamento adequado das vacinas, bem como a
sensibilização das comunidades sobre a importância da vacinação.

Outro desafio é a introdução de novas vacinas no calendário nacional, como a


pentavacina, que protege contra cinco doenças. Isso pode exigir treinamento adicional de
profissionais de saúde, bem como a atualização dos sistemas de monitoramento e vigilância.
Além disso, é crucial fortalecer os sistemas de informação e de monitoramento para rastrear
de forma eficaz a cobertura vacinal, identificar as lacunas e planejar intervenções
direcionadas.

2.8 Importância do PAV

O PAV tem como objetivo garantir a imunização de rotina de todas as crianças contra
doenças como sarampo, tosse convulsa, tétano, poliomielite, difteria, entre outras 1. A
vacinação é uma das intervenções de saúde pública mais eficazes e econômicas para reduzir a
mortalidade infantil 2.

No entanto, Angola enfrenta desafios na vacinação de rotina. Segundo dados da


UNICEF, cerca de 30% das crianças angolanas são "zero-dose", o que significa que não

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receberam nenhuma vacina 4. Isso as torna vulneráveis a doenças evitáveis e potencialmente
fatais.

 Papel do Hospital Materno Jacinta Paulino

O hospital materno Jacinta Paulino, localizado em Luanda, é um dos principais


centros de saúde que realiza a vacinação de rotina em bebés. Os profissionais de saúde deste
hospital são treinados para administrar as vacinas de acordo com o calendário recomendado
pelo PAV 6.

Além disso, o hospital desempenha um papel crucial na conscientização das mães


sobre a importância da vacinação e no acompanhamento dos registos de imunização das
crianças, utilizando o Caderno de Saúde Materno-Infantil 19. Em conclusão, o Programa
Alargado de Vacinação é fundamental para a saúde das crianças em Angola, e o hospital
materno Jacinta Paulino desempenha um papel crucial na sua implementação, administrando
vacinas e conscientizando as mães sobre a importância da imunização

2.9 Principais Doenças Preveníveis Por Vacinas Em Angola


As principais doenças preveníveis por vacinas em Angola incluem a poliomielite,
sarampo, tuberculose, hepatite B, difteria, tétano, coqueluche e febre amarela. De acordo com
o Programa Nacional de Vacinação de Angola, a imunização é fundamental para proteger a
população contra essas doenças e prevenir surtos. Segundo o artigo “Vacinação em Angola:
Desafios e Oportunidades” publicado na revista científica “Anais da Academia Angolana de
Ciências”, a vacinação é uma das intervenções de saúde pública mais eficazes e custo-
efetivas disponíveis. No entanto, como já vimos em Angola, existem desafios significativos
relacionados à acessibilidade, aceitação e infraestrutura para a vacinação.

De acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a situação


da imunização em Angola, a cobertura vacinal ainda não atingiu níveis ideais para todas as
vacinas recomendadas. Isso coloca a população em risco de contrair doenças preveníveis por
vacinas, especialmente em áreas com baixa cobertura vacinal. A vacinação é crucial para
prevenir a propagação de doenças infecciosas e proteger a saúde pública. Como destacado no
artigo “Vacinação em Angola: Desafios e Oportunidades”, é essencial que o governo
angolano e os parceiros de saúde fortaleçam os programas de imunização, aumentem a
conscientização sobre a importância da vacinação e melhorem o acesso equitativo às vacinas
em todo o país.

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2.10 Principais Mitos Relacionados Com A Vacinação
Existem vários mitos relacionados à vacinação que circulam na sociedade e que
podem levar as pessoas a duvidarem da importância e segurança das vacinas. No entanto, é
importante desmitificar essas crenças infundadas, fornecendo argumentos embasados em
evidências científicas. Abaixo, listamos alguns dos principais mitos relacionados com a
vacinação e suas desmitificações argumentativas:

 Mito: As vacinas causam autismo.

Desmitificação: Este mito surgiu a partir de um estudo fraudulento que foi


posteriormente retratado e teve sua veracidade contestada. Inúmeras pesquisas científicas têm
demonstrado que não há nenhuma ligação entre as vacinas e o autismo.

 Mito: As doenças que as vacinas previnem não representam um risco real.

Desmitificação: Antes da introdução das vacinas, doenças como sarampo,


poliomielite e difteria eram responsáveis por um grande número de mortes e complicações de
saúde. As vacinas desempenharam um papel fundamental na redução significativa da
incidência dessas doenças.

 3. As vacinas contêm substâncias tóxicas.

Desmitificação: As vacinas passam por rigorosos testes de segurança antes de serem


aprovadas para uso. As pequenas quantidades de substâncias como mercúrio e alumínio
presentes em algumas vacinas são consideradas seguras e não representam riscos
significativos para a saúde.

 4. A imunidade natural é mais eficaz do que a imunidade conferida pelas


vacinas.

Desmitificação: A imunidade conferida pelas vacinas é uma forma segura e eficaz de


proteção contra doenças infecciosas. Além disso, a imunidade natural adquirida através da
infecção pode resultar em complicações graves e até mesmo morte.

5. As vacinas podem sobrecarregar o sistema imunológico das crianças.

Desmitificação: O sistema imunológico das crianças é capaz de lidar com o número


de antígenos presentes nas vacinas atualmente recomendadas. Na verdade, as crianças são
expostas a uma quantidade muito maior de antígenos através da exposição diária ao ambiente.

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Conclusão
Depois de intensa pesquisa concluímos que, as vacinas desempenham um papel
crucial na proteção da saúde pública, sendo uma das maiores conquistas da medicina
moderna. Através da imunização, as vacinas ajudam a prevenir doenças graves, reduzindo a
propagação de agentes patogénicos e protegendo as populações vulneráveis. Além disso, as
vacinas contribuem para a erradicação de doenças, como foi o caso da varíola. A sua
importância é indiscutível, uma vez que salvam milhões de vidas em todo o mundo e
desempenham um papel fundamental na promoção do bem-estar global.

É crucial realçar que as vacinas não apenas protegem os indivíduos que as recebem,
mas também ajudam a criar imunidade de grupo, protegendo aqueles que não podem ser
vacinados, como bebés, idosos e pessoas com sistemas imunitários comprometidos. Esta
proteção coletiva é essencial para conter surtos de doenças infeciosas e prevenir epidemias.
Além disso, as vacinas são uma ferramenta fundamental na luta contra doenças emergentes,
como a COVID-19, desempenhando um papel vital na redução da propagação do vírus e na
mitigação dos seus efeitos devastadores.

Em suma, as vacinas representam uma conquista inestimável da ciência e da


medicina, tendo um impacto significativo na saúde pública e no bem-estar das populações em
todo o mundo. A sua importância é indiscutível, contribuindo para a prevenção de doenças, a
erradicação de agentes patogénicos e a proteção das populações vulneráveis. É essencial que
se promova a compreensão da importância das vacinas e se incentive a sua utilização,
garantindo assim um futuro mais saudável e seguro para todos.

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Referências Bibliográficas
Andre, F. E., Booy, R., Bock, H. L., Clemens, J., Datta, S. K., & John, T. J. (2008).
Vaccination greatly reduces disease, disability, death and inequity worldwide. Bulletin of the
World Health Organization, 86(2), 140–146.

Greenwood, B., & Salisbury, D. (2018). Vaccine hesitancy and healthcare providers.
Vaccine, 36(44), 6535–6536.

Larson, H. J., & Heymann, D. L. (2014). Public health response to influenza A(H1N1) as an
opportunity to build public trust. JAMA, 311(23), 2367–2368.

Ministério da Saúde de Angola. (2016). Relatório Anual do Hospital Materno Jacinta


Paulino.

Ministério da Saúde de Angola. (2017). Plano de Ação para a Vacinação em Angola.

Plotkin, S. A., Orenstein, W. A., & Offit, P. A. (2013). Vaccines. Elsevier Health Sciences.

Riedel, S. (2014). Edward Jenner and the history of smallpox and vaccination. Proceedings
(Baylor University. Medical Center), 18(1), 21–25.

World Health Organization. (2019). Dez falsos mitos sobre as vacinas.

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