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Sumário
Sumário .................................................................................................................... 1
Introdução .................................................................................................................. 3
Epidemiologia do envelhecimento......................................................................... 11
Referências .............................................................................................................. 25
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NOSSA HISTÓRIA
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Introdução
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Estudos epidemiológicos sobre as condições e determinantes da saúde do
idoso são fundamentais para subsidiar políticas de saúde voltadas a essa população,
portanto, tendo como objetivo munir o Geriatra e especialistas afins de conhecimentos
para lidar com esse público da terceira idade, esse caderno estará voltado para essa
parcela da população que cresce exponencialmente a cada ano.
Hipócrates (460 a.C - 377 a.C.), considerado o pai da medicina científica, foi o
primeiro a sugerir que as causas das doenças não eram intrínsecas à pessoa nem
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aos desígnios divinos, mas que estava relacionada com características ambientais.
Embora as causas relatadas por Hipócrates tenham sido superadas, reconhecemos
que ele lançou as bases para a procura da causalidade das doenças e agravos à
saúde, norte principal da epidemiologia até hoje.
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c) Determinantes: uma das questões centrais da epidemiologia é a busca da
causa e dos fatores que influenciam a ocorrência dos eventos relacionados ao
processo saúde-doença. Com esse objetivo, a epidemiologia descreve a
frequência e distribuição desses eventos e compara sua ocorrência em
diferentes grupos populacionais com distintas características demográficas,
genéticas, imunológicas, comportamentais, de exposição ao ambiente e outros
fatores, assim chamados fatores de risco. Em condições ideais, os achados
epidemiológicos oferecem evidências suficientes para a implementação de
medidas de prevenção e controle.
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Usos e objetivos da epidemiologia
c) Prever tendências;
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3) Definir os modos de transmissão;
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de importantes indicadores para o delineamento do perfil de saúde de uma região
(BRASIL, 2005)
Anote aí!
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Está disponível no link:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0004_03_10_2017.html
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relacionadas à saúde em populações, incorporando-se à sua definição a aplicação de
estudos para controlar problemas de saúde.
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Epidemiologia do envelhecimento
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população representa vários desafios de saúde pública para os quais temos de nos
preparar”, disse o escritório do censo em comunicado.
No mundo, o número de pessoas com mais de 80 anos vai triplicar entre 2015
e 2050, atingindo 446,6 milhões – em 2015, o número era de 126,4 milhões. A
expectativa de vida também irá aumentar em 2050, e vai a partir da média atual de
68,6 anos para 76,2 anos.
Segundo o documento, até 2050, uma em cada seis pessoas no mundo terá
mais de 65 anos (16%). As regiões onde a parcela da população com 65 anos ou mais
é projetada para o dobro entre 2019 e 2050 incluem a África do Norte e a Ásia
Ocidental, Ásia Central e do Sul, Ásia Oriental e do Sudeste, e América Latina e Caribe.
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Até 2050, uma em cada quatro pessoas que vivem na Europa e na América do
Norte pode ter 65 anos ou mais. Em 2018, pela primeira vez na história, pessoas com
65 anos ou mais superaram em número as crianças menores de cinco anos no mundo.
Prevê-se que o número de pessoas com 80 anos ou mais triplicará, de 143 milhões
em 2019 para 426 milhões em 2050.
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5) Em 2050, cerca de 80% de todas as mortes acontecerão em pessoas com mais
de 60 anos, com o aumento das despesas de saúde com a idade,
principalmente no último ano de vida. Outro dado: quanto mais idosa é a pessoa,
menos se gasta com saúde nesta fase derradeira. O adiamento da idade da
morte através de um envelhecimento saudável, combinada com políticas
apropriadas em cuidados paliativos, poderiam conduzir a economia de gastos
com a saúde.
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relacionada com queda, para as pessoas com mais de 65 anos de idade foi de
3611 dólares, em 2001-2002.
Envelhecimento no Brasil
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Essas etapas representam, de forma geral, as tendências pelas quais passam
as sociedades, no entanto, há de se mencionar que variações são observadas tendo
em vista as especificidades de cada país.
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desvalorização social e nostalgia. Esse fato pode estar relacionado ao valor do
trabalho em si como enriquecimento pessoal. Nas classes menos favorecidas
economicamente, a renda pode tornar-se insuficiente para o provimento do idoso e
seus familiares (TAVARES; DIAS; OLIVEIRA, 2012).
Por sua vez, o idoso aposentado pode ter a visibilidade de pessoa socialmente
ativa, afastando-se da perspectiva de segregação e inatividade.
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Esta prática, executada de forma competente e partilhada, contribui com
diversas outras disciplinas para a articulação de objetivos e métodos, na busca do
entendimento de fenômenos da saúde e da doença em toda a sua complexidade, e
em consonância com as perplexidades que atingem todos aqueles que fazem ciência
nos dias atuais.
Nesse sentido e sendo fato que os idosos constituem o segmento que mais
cresce na população brasileira, estudos epidemiológicos sobre as condições e
determinantes da saúde do idoso são fundamentais para subsidiar políticas de saúde
voltadas a essa população.
Estudos descritivos
Os estudos descritivos têm por objetivo determinar a distribuição de doenças
ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou as características
dos indivíduos. Ou seja, responder à pergunta: quando, onde e quem adoece? A
epidemiologia descritiva pode fazer uso de dados secundários (dados pré-existentes
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de mortalidade e hospitalizações, por exemplo) e primários (dados coletados para o
desenvolvimento do estudo).
Estudos analíticos
Estudos analíticos são aqueles delineados para examinar a existência de
associação entre uma exposição e uma doença ou condição relacionada à saúde. Os
principais delineamentos de estudos analíticos são: a) ecológico; b) seccional
(transversal); c) caso-controle (caso-referência); e d) coorte (prospectivo). Nos
estudos ecológicos, tanto a exposição quanto a ocorrência da doença são
determinadas para grupos de indivíduos. Nos demais delineamentos, tanto a
exposição quanto a ocorrência da doença ou evento de interesse são determinados
para o indivíduo, permitindo inferências de associações nesse nível. As principais
diferenças entre os estudos seccionais, caso-controle e de coorte residem na forma
de seleção de participantes para o estudo e na capacidade de mensuração da
exposição no passado.
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Os estudos caso-controle e os estudos de coorte podem ser utilizados para
investigar a etiologia de doenças ou de condições relacionadas à saúde entre idosos,
determinantes da longevidade; e para avaliar ações e serviços de saúde. Os estudos
de coorte também podem ser utilizados para investigar a história natural das doenças.
Atenção:
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Desafios atuais e futuros do envelhecimento
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2005) o
envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade e também
um dos grandes desafios a ser enfrentado pela sociedade. No século XXI, o
envelhecimento aumentará as demandas sociais e econômicas em todo o mundo. No
entanto, apesar de na maioria das vezes serem ignorados, os idosos deveriam ser
considerados essenciais para a estrutura das sociedades.
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Em 2010, existiam no país 20,5 milhões de idosos, aproximadamente 39 para
cada grupo de 100 jovens. Estimam-se para 2040, mais que o dobro, representando
23,8% da população brasileira e uma proporção de quase 153 idosos para cada 100
jovens. Essa nova realidade demográfica, com um número cada vez maior de idosos,
exige também do sistema de saúde capacidade para responder às demandas atuais
e futuras.
Fato é que uma população que vive mais longamente e com pouca qualidade
de vida tende a pressionar o sistema de saúde por serviços mais caros, mais
especializados, e a população não está se preparando.
Anote aí!
No geral a estrutura etária de um país não deve ser um problema, mas uma
realidade demográfica na qual necessita de orientações das políticas públicas para
seu gerenciamento. Como por exemplo a manutenção dos setores que envolvem
especialmente a população idosa e maiores investimentos nessas áreas de maior
necessidade e no setor previdenciário.
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Tabela 2 – Distribuição da população por sexo e grupo de idade - 2017
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Figura 3 – Projeção do IBGE para a população brasileira com mais de 60 anos nas próximas
décadas
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Referências
ALMEIDA, M. de Geografia Global 2. São Paulo: Escala Educacional, 2010.
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BRASIL. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 6.
ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
GUERRA, H.L, et al. A morte de idosos na Clínica Santa Genoveva, Rio de Janeiro:
um excesso de mortalidade que o sistema público de saúde poderia ter evitado.
Cadernos de Saúde Pública 2000; 16:545-51.
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LIMA-COSTA; M. F.; BARRETO, S. M. Tipos de estudos epidemiológicos:
conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento. Epidemiol. Serv. Saúde
v.12 n.4 Brasília dez. 2003.
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RODRIGUES, N.C.; RAUTH, J. Os desafios do envelhecimento no Brasil. In:
FREITAS, E.V. et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2006.
SAMPAIO, F. dos S. Para viver juntos: geografia 7º ano. 3. Ed. São Paulo: Edições
SM, 2012.
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