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Vacinação Ocupacional

Ana Carolina, Beatriz Mendes, Dandara


Soares, João Vitor Marques e Lucas Alves
Objetivos de Aprendizagem
● Conhecer dados sobre a vacinação do adulto e sua
legislação
● Abordar a importância da vacinação na emporiatria
● Expor quais as vacinas utilizadas e doenças prevenidas
na emporiatria
● Discutir os pontos abordados sobre vacinação na NR32
Vacinação do adulto
● Muitos adultos não sabem que devem atualizar o caderno
de vacinação

● Vacinação tem dois objetivos: diminuir a mortalidade e


melhorar a qualidade de vida

● Atenção dedicada à informação sobre vacinas é limitada

● Cabe ao médico a responsabilidade de prescrição de


vacinas
Vacinação incluída na PCMSO
● Vacina é aliada do serviço de saúde ocupacional

● Deve está incluída entre os temas trabalhados pelo


serviço durante o ano

● Vacinas são recomendadas de acordo com


características da faixa etária

● Calendário serve de orientação para imunização ou


atualização vacinal
Calendário de Vacinação Ocupacional
● Prevenção para grupos profissionais

● As empresas estão engajadas

● A indicação de vacinas deve ser medida preventiva


Legislação brasileira
● Portaria conjunta Anvisa/Funasa n°01 de 02/08/2000
estabelece as exigências para vacinação em
estabelecimentos privados

● Para vacinar os funcionários a empresa deve


encaminhá-los à rede pública ou serviço privado
credenciado pela ANVISA
Emporiatria
● Cada perfil de viajante traz diferentes riscos de aquisição de doenças.

● O Sudeste Asiático, a China e a África passam a figurar nos destinos de


comerciais, técnicos e executivos de empresas brasileiras.

● Participações humanitárias, como o Médico


Sem Fronteiras e a Cruz Vermelha internacional,
ou ligadas a agências internacionais como a OMS
e a ONU, e militares em missão de paz, como em
Timor Leste e Haiti.
Principais agravos
❖ Malária (responsável por 42% dos casos)
❖ Dengue
❖ Hepatite A
❖ Febre Tifóide
❖ Gastroenterites
Vacinação na Emporiatria
❖ Proteção do capital investido no colaborador

❖ Evitar prejuízo recorrente de um eventual afastamento por


doença ou pela responsabilidade legal da empresa.

❖ Importância dos programas específicos de vacinação nos


serviços de saúde ocupacional
Vacinas de Rotina
❖ Independem das viagens
❖ Excelente momento para atualizar o esquema vacinal
❖ O aconselhamento médico antes da viagem deve integrar
os procedimentos das empresas
Principais vacinas utilizadas em viajantes
❖ Cólera e diarréia dos viajantes
❖ Difteria, tétano e coqueluche
❖ Doença Meningocócica
❖ Encefalite Japonesa B
❖ Febre Amarela
❖ Febre tifoide
❖ Hepatite A
❖ Hepatite B
❖ Influenza
❖ Poliomelite
❖ Raiva
❖ Sarampo, rubéola e caxumba
❖ Varicela
Vacinas exigidas por determinação legal
❖ Exigidas para ingresso num determinado país ou região
❖ Meningococo( Quadrivalente) para Arábia Saudita (MECA)
❖ Embaixadas, consulados e demais organismos internacionais devem
ser consultados.
❖ Regulamento Sanitário Internacional
❖ Consulta a OMS
Vacinas recomendadas em situações específicas
Recomendações específicas:
As doenças que merecem atenção especial no tocante ao
viajante são influenza, hepatite A e febre amarela.
Influenza
Motivos de maior sujeição:
● Vários locais em curto tempo;
● Ambiente fechado com alta concentração de pessoas;
● Ar frio e seco.
Riscos gerais apresentados por estudos:
● Viagem ao hemisfério norte (dez-fev);
● Visita de parentes ou amigos no exterior;
● Viagens > 30 dias;
● Viagens aéreas;
● Tripulações não vacinadas;
● Turísticas ou religiosas;
● Viagens frequentes;
● Cruzeiros;
● Complicações: homem e idade crescente.
Quando é feita a vacinação?
Hemisfério Norte Hemisfério Sul

Determinação da OMS: março Setembro do ano


cepa Final do inverno anterior

Disponibilidade Final de agosto Final de fevereiro


A vacinação contra a influenza é recomendada quando o viajante,
desde que maior de 6 meses, se deslocará durante o período usual
de circulação do vírus, geralmente entre o final do outono e início da
primavera. É especialmente importante para indivíduos com mais de
50 anos, portadores de comorbidades (sobretudo pneumopatias
crônicas e imunossupressão), que venham a realizar longas viagens
aéreas.
Hepatite A
● Vacina constituída de vírus inativados;
● Recomendada para áreas de incidência elevada ou para as
que não podem adotar outras medidas de prevenção.
● Resposta a uma única dose é usualmente protetora, mesmo
pós exposição.
A imunização contra hepatites A e B são consideradas as
medidas de maior impacto na redução de mortalidade de
viajantes.
Febre amarela
● Uma das poucas vacinas exigidas em alguns países;
● Não é comercializada;
● Excelente eficácia e duração;
● Certificado de 10 anos, 14 dias após vacinação;
● Não recomendada para menor de 1 ano;
● Uso não recomendado na gestação.
Cólera e diarreia dos viajantes
Não é mais exigência do regulamento sanitário internacional.
Viagem com a família e situações especiais
NR 32
● 16 de Novembro de 2005.
● Não é exclusiva para médicos e enfermeiros - outros
trabalhadores que lidam com doentes, materiais e equipamentos
(sangue, secreções, roupas…) também são alvo desta portaria.
● Obrigatoriedade do empregador de disponibilizar todas as
vacinas registradas no país que possam estar indicadas ao
trabalhador.

PCMSO: “32.4.22.6 Sempre que houver vacinas eficazes contra os agentes


biológicos a que os trabalhadores estão, ou poderão estar, expostos, o
empregador deve disponibilizá-las gratuitamente aos trabalhadores não
imunizados”.
NR 32
● A vacinação deve ser gratuita (independente de estarem ou não
inseridas no Programa Nacional de Imunizações).
● Cabe ao médico do trabalho (em conjunto com a CCIH) definir no
PCMSO as vacinas indicadas para cada trabalhador.
● Essa gratuidade se estende ao exame clínico, exames
complementares obrigatórios (NR 7), bem como a disponibilização
dos EPI’s.
NR 32
● Parceria com clínicas especializadas em vacinação (devidamente
licenciadas com registro junto à Anvisa).
● Emissão de atestado de vacinação.

● As três formas de vacinar:


1) Na própria empresa;
2) Encaminhando os trabalhadores para o SUS e/ou para a clínica;
3) O Serviço de Saúde da empresa obtendo o credenciamento junto
à Anvisa
NR 32
● Sugere-se:

Campanha Inicial: a melhor opção durante a implantação (otimiza a


vacinação, aumenta a adesão, economiza custos, evita ausências).

Vacinação Rotineira: à medida que


ocorrerem os exames clínicos ocupacionais
e campanhas para reforço coletivo.
NR 32
● Calendário de Vacinação do Adulto e do Idoso do PNI:

Adulto: Tétano e Difteria (dT); Sarampo, Caxumba e Rubéola (Tríplice


viral); Febre Amarela (quando viajar ou área endêmica).

Maiores de 60 anos: Tétano e Difteria (dT); Febre Amarela; Gripe e


Pneumocócica 23 valente.

Profissionais de Saúde: o MS oferece Hepatite B, Varicela e Influenza.


NR 32
O médico coordenador do PCMSO deve complementar o programa de
vacinação do trabalhador com base na avaliação dos riscos de
contaminação apurados no Programa de Prevenção dos Riscos
Ambientais (PPRA).
Considerações do programa de
vacinação
● Risco Biológico da função
● Riscos individuais
● Riscos do ambiente
● Presença de surto
● Riscos para o paciente
● Vacinas recomendadas pelo MS
Controle da eficácia da Vacina (item 32.2.4.17.3)
● Exclusivo da Hepatite B
● MS não recomenda sorologia prévia à vacinação
● Trabalhadores da área da saúde, de alto risco, deve-se fazer sorologia
anti-HBsAg, 30 a 60 dias após última dose do esquema vacinal
● Sorologia feita acima de 60 dias após última dose obriga repetição da
vacina
Controle da eficácia da Vacina (item 32.2.4.17.3)
Recomendação do MS
NR 32 “A vacinação deve obedecer às recomendações do
Ministério da Saúde”

● As vacinas devem ser registradas junto a anvisa


Informações aos trabalhadores (32.2.4.17.6)

“O empregador deve assegurar que os trabalhadores sejam informados das


vantagens e dos efeitos adversos, assim como dos riscos a que estarão expostos
por falta ou recusa de vacinação, devendo, nestes casos, guardar documento
comprobatório e mantê-lo disponível à inspeção do trabalho”
Registro e comprovante da vacinação

● “A vacinação deve ser registrada no prontuário clínico individual do


trabalhador, previsto na NR7” e “deve ser fornecido ao trabalhador
comprovante das vacinas recebidas (cartão de vacinação)”

● Apenas atestados emitidos por serviços credenciados junto ao PNI serão


reconhecidos
● Devem conter o número do lote da vacina aplicada
Conclusão
● A vacinação deve ser vista como um ponto importante de cuidado pelo
empregador e pela classe médica.
● A vacinação incluída na PCMSO é vantajosa tanto para o trabalhador
quanto para a empresa com a diminuição do absenteísmo.
● Calendários de vacinação e uma legislação eficaz tornam o processo de
vacinação do adulto mais seguro.
● Os trabalhadores viajantes devem ter atenção especial quanto a
vacinação, pois são grupo de risco para aquisição e disseminação de
agravos.
● A vacinação ocupacional, em aspectos legais, teve avanços com a criação
das NRs 4, 9, 7 e 32.
● A NR 32 trouxe importantes avanços legais para a vacinação dos
trabalhadores em serviço saúde.
Vacinação Ocupacional
Ana Carolina, Beatriz Mendes, Dandara
Soares, João Vitor Marques e Lucas Alves

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