Você está na página 1de 49

TIPOS DE ESTUDO

Prof.ª Me. Rita Porto


TIPOS DE ESTUDO

Pergunta de Tipo de Delineamento


pesquisa estudo de pesquisa

(Marques e Peccin, 2005)


TIPOS DE ESTUDO

DESCRITIVOS ANALÍTICOS
• Indicam a possibilidade da • Utilizados quando existe uma
existência de determinadas hipótese a ser testada
associações da doença ou da
piora com características
temporais, espaciais e atributos
pessoais.
(Marques e Peccin, 2005)
ESTUDOS DESCRITIVOS

• Descrita a ocorrência de doenças segundo variáveis


individuais, geográficas e temporais;

• Tipos:
1. Estudo populacional

2. Estudo de caso

3. Série de casos
(Marques e Peccin, 2005)
ESTUDO POPULACIONAL

• Pesquisa-se a ocorrência de doença entre diferentes


populações, que apresentem diferentes graus de
exposição a determinado fator.

(Marques e Peccin, 2005)


SÉRIE DE CASOS

• Levantamento das características de um grupo de


indivíduos com uma determinada doença;

• Realizado num determinado ponto do tempo.

(Marques e Peccin, 2005)


ESTUDOS ANALÍTICOS

• Há necessidade de analisar dois grupos:

Grupo Grupo de
controle estudo
(Marques e Peccin, 2005)
ESTUDOS ANALÍTICOS

EXPERIMENTAIS OBSERVACIONAIS

• Ensaios clínicos; • Investigador apenas observa o


curso natural dos eventos;
• Examinador controla a
exposição a determinado fator • Análise da associação entre

nos dois grupos e analisa o exposição e doença

efeito de interesse. • Estudos de coorte e os casos


controle. (Marques e Peccin, 2005)
ESTUDOS EXPERIMENTAIS

• Estudos de intervenção;

• Pesquisador é o responsável pela exposição dos


indivíduos, ou seja, ele decide qual a melhor
intervenção.

(Marques e Peccin, 2005)


ESTUDOS EXPERIMENTAIS

• Intervenção pode ser:

o Uma medida terapêutica: uma dieta, um


medicamento, a fisioterapia;

o Uma medida preventiva: vacina, processo


educativo, redução de fatores de risco.

(Marques e Peccin, 2005)


ESTUDOS EXPERIMENTAIS

• Ensaio clínico;

• Estudo que compara o efeito e valor de uma


intervenção (profilática ou terapêutica) com
controles em seres humanos;

• Mais confiável, devido ao rigor metodológico


requerido.
(Marques e Peccin, 2005)
ESTUDOS OBSERVACIONAIS

Longitudina
Transversal
l

(Marques e Peccin, 2005)


ESTUDO TRANSVERSAL

• Frequência de uma ou várias doenças;

• Levantamento em uma população;

• Exposição e a doença são determinadas


simultaneamente;

• Não é possível testar hipóteses nesse tipo de estudo.

(Marques e Peccin, 2005)


ESTUDO TRANSVERSAL

• Estudos de prevalência;

• Prevalência = proporção de indivíduos que apresentam


a doença em um determinado ponto do tempo

(Marques e Peccin, 2005)


ESTUDO TRANSVERSAL

• Tipo de estudo barato, de fácil realização;

• Útil na investigação do grau de exposição a


determinadas condições por características individuais
fixas (etnia, nível socioeconômico e grupo sanguíneo);

• Investigação da causa de surtos epidêmicos.

(Marques e Peccin, 2005)


ESTUDO LONGITUDINAL

• Pessoas foram previamente expostas a determinadas


condições e depois surgiu a doença.

Caso-
Coorte
controle
(Marques e Peccin, 2005)
ESTUDO DE COORTE

1. Pesquisador cataloga os indivíduos como expostos e


não-expostos ao fator de estudo;

2. Segue-os por um determinado período;

3. Verifica a incidência da doença entre os expostos e


não-expostos
Incidência = proporção de indivíduos que adquirem a doença ao longo
de um período do tempo
(Marques e Peccin, 2005)
ESTUDO DE COORTE

Prospectivo Retrospectivo

(Marques e Peccin, 2005)


ESTUDO DE COORTE

PROSPECTIVO RETROSPECTIVO

• Inicia-se com a definição de • Segue os mesmos passos do

uma população-alvo; prospectivo;

• Definição de participantes e • Diferença: exposição já ocorreu


no passado, ou seja, houve a
não-participantes;
exposição em uma coorte de
• Definição dos expostos e não-
indivíduos e na outra, não.
expostos (Marques e Peccin, 2005)
ESTUDO LONGITUDINAL

Caso-
Coorte
controle

(Marques e Peccin, 2005)


ESTUDO CASO-CONTROLE

• Houve a exposição e a doença;

• A catalogação dos indivíduos não é feita com base na


exposição (presente ou ausente), mas no efeito (doença
presente ou ausente);

• Os doentes são chamados casos e os não-doentes são


chamados controles;

• A comparação final será entre a proporção de expostos entre os


casos e entre os controles. (Marques e Peccin, 2005)
Revisão da
Definida de acordo com o literatura
método de elaboração

Sistemátic
Narrativa Integrativa
a
REVISÃO DA LITERATURA

• processo de busca, análise e descrição de um corpo do conhecimento em


busca de resposta a uma pergunta específica;

• “Literatura” cobre todo o material relevante que é escrito sobre um tema:


livros, artigos de periódicos, artigos de jornais, registros históricos,
relatórios governamentais, teses e dissertações e outros tipos.

(UNESP Botucatu, 2015)


REVISÃO NARRATIVA

• não utiliza critérios explícitos e sistemáticos para a busca e análise crítica


da literatura;

• busca pelos estudos não precisa esgotar as fontes de informações;

• Não aplica estratégias de busca sofisticadas e exaustivas;

(UNESP Botucatu, 2015)


REVISÃO NARRATIVA

• seleção dos estudos e a interpretação das informações podem estar sujeitas


à subjetividade dos autores;

• adequada para a fundamentação teórica de artigos, dissertações, teses,


trabalhos de conclusão de cursos.

(UNESP Botucatu, 2015)


REVISÃO INTEGRATIVA

• surgiu como alternativa para revisar rigorosamente e combinar estudos


com diversos métodos;

• Tem o potencial de promover os estudos de revisão em diversas áreas do


conhecimento, mantendo o rigor metodológico das revisões sistemáticas.

(UNESP Botucatu, 2015)


REVISÃO INTEGRATIVA

• combinação de pesquisas com diferentes métodos combinados na revisão


integrativa amplia as possibilidades de análise da literatura;

• não está na pirâmide de evidência científica;

• não avalia risco de viés dos estudos;

• não mostra transparência na análise dos resultados.

(UNESP Botucatu, 2015)


REVISÃO SISTEMÁTICA

• tipo de pesquisa que utiliza como fonte de dados a literatura sobre


determinado tema;

• resumo das evidências relacionadas a uma estratégia de intervenção


específica;

• aplicação de métodos explícitos e sistematizados de busca, apreciação


crítica e síntese da informação selecionada.
(Sampaio e Mancini, 2007)
REVISÃO SISTEMÁTICA

• integrar as informações de um conjunto de estudos realizados


separadamente sobre determinada terapêutica/intervenção;

• podem apresentar resultados conflitantes e/ou coincidentes;

• identificar temas que necessitam de evidência, auxiliando na orientação


para investigações futuras.

(Sampaio e Mancini, 2007)


REVISÃO SISTEMÁTICA

• possibilidade de avaliação da consistência e generalização dos resultados


entre populações ou grupos clínicos;

• especificidades e variações de protocolos de tratamento.

(Sampaio e Mancini, 2007)


Estratégia
Pergunta Objetivo
PICO

Busca Bases Seleção dos Extração dos


de dados estudos dados

Qualidade
metodológica
ESTRATÉGIA PICO

P • Paciente
• População/ Amostra a ser estudada

I • Intervenção
• O que se pretende estudar

C • Conflito
• Grupo controle/placebo/ outra intervenção

O • Desfecho (do inglês “outcome”)


• O que se pretende analisar como resultados

Você também pode gostar