O documento discute a proliferação celular, o ciclo celular, a apoptose e o desenvolvimento de novos fármacos. Ele explica como a proliferação celular é regulada por fatores de crescimento e inibidores e como a apoptose é mediada por caspases. O documento também descreve os objetivos da pesquisa sobre esses processos celulares e o progresso no desenvolvimento de novos tratamentos.
O documento discute a proliferação celular, o ciclo celular, a apoptose e o desenvolvimento de novos fármacos. Ele explica como a proliferação celular é regulada por fatores de crescimento e inibidores e como a apoptose é mediada por caspases. O documento também descreve os objetivos da pesquisa sobre esses processos celulares e o progresso no desenvolvimento de novos tratamentos.
O documento discute a proliferação celular, o ciclo celular, a apoptose e o desenvolvimento de novos fármacos. Ele explica como a proliferação celular é regulada por fatores de crescimento e inibidores e como a apoptose é mediada por caspases. O documento também descreve os objetivos da pesquisa sobre esses processos celulares e o progresso no desenvolvimento de novos tratamentos.
Objetivos • Entender a fisiopatologia relacionada com a proliferação celular. • Conhecer a dinâmica do desenvolvimento de novos fármacos. • Descrever a proliferação celular e o ciclo celular. • Conhecer a ação do importante papel regulador do Cálcio. • Relatar as ações dos fatores de crescimento e das integrinas. • Explicar o processo de apoptose. • Descrever a ação das caspases. • Compreender os princípios do bioensaio. • Analisar o desenvolvimento de novos fármacos. • Avaliar os ensaios clínicos. Princípios gerais da fisiopatologia relacionada com a proliferação celular • Na angiogênese (desenvolvimento de novos vasos sanguíneos) ocorre a proliferação celular. • Todas as células precisam de suprimento adequado e da retirada de resíduos tóxicos para sobreviver. • capilares sanguíneos que penetram os tecidos e suprem as células mais próximas. Angiogênese Definição • Proliferação celular – ocorre continuamente no corpo humano. • Bilhões de novas células são geradas diariamente a partir das células existentes. • São removidas por apoptose (morte celular programada). Fisiopatologia • A proliferação celular está envolvida: ▫ Crescimento de tecidos e órgãos; ▫ Reposição das células (eritrócitos e leucócitos); ▫ Reparo e regeneração após lesão; ▫ Inflamação aguda e crônica; ▫ Hipertrofia e na hiperplasia; Hipertrofia e Hiperplasia • O tecido adiposo cresce de duas maneiras: com o aumento do número de células (hiperplasia), ou com o aumento do tamanho das células já presentes (hipertrofia). • O ganho de peso pode ser por hipertrofia, hiperplasia, ou pela combinação dos dois. Proliferação celular e ciclo celular • As células em divisão passam por um ciclo celular durante o qual todas as células constituintes são duplicadas, originando duas células filhas. G0, G1, S e G2 fazem parte da intérfase, enquanto M representa a mitose Para que o ciclo seja iniciado, uma seqüência ordenada de eventos necessita ocorrer, determinando o processo de divisão:
1) Ligação de um fator de crescimento a um receptor
específico na membrana plasmática; 2) Ativação deste receptor (proteína transmembrana), que ativa proteínas transdutoras de sinais presentes no citoplasma através do domínio interno do receptor; 3) Transmissão do sinal, por estas proteínas transdutoras, até o núcleo; 4) Ativação de proteínas regulatórias nucleares; 5) Iniciação e progressão do ciclo celular. Fisiopatologia • A Apoptose está envolvida: ▫ Na embriogênese (eliminação de células redundantes); ▫ Desenvolvimento da autotolerância no sistema imunológico; ▫ Regressão das células da glândula mamária após a lactação; ▫ Renovação do revestimento intestinal; ▫ Morte dos neutrófilos (função na inflamação); Fisiopatologia ▫ Fisiopatologia do câncer: age como defesa contra mutações, eliminando as células com DNA anormal que poderiam tornar-se malignas. ▫ Fisiopatologia das doenças autoimunes, neurodesgenerativas , cardiovasculares e AIDS; Desenvolvimento de novos fármacos • Diversas abordagens moleculares estão em fase de investigação. ▫ Há atualmente 209 novas drogas sendo investigadas, inclusive em Fase de estudo III. A maioria delas, baseadas nos progressos realizados no conhecimento da biologia da célula cancerosa, se refere ao uso de alvos seletivos para atuação dos agentes antitumorais. • Ler texto Abordagem molecular no desenvolvimento de fármacos anti-tumorais. Ação dos fatores de crescimento e das integrinas • Os fatores de crescimento podem ser divididos em duas grandes classes: ▫ Ampla especificidade - atuam sobre muitos receptores e conseqüentemente sobre muitas classes de células (ex: PDGF – fator de crescimento derivado das plaquetas, EGF – fator de crescimento epidérmico, VEGF – fator de crescimento vascular endotelial, FGF – fator de crescimento fibroblástico); ▫ Estreita especificidade - atuam sobre células específicas. Controladores Positivos do Ciclo Celular • Estimulam a progressão da célula no ciclo celular, a fim de que ocorra a divisão normal em duas células-filhas. CDKs (Cinases Dependentes de Ciclina) • Estão presentes durante todo o ciclo celular, mas só são ativadas em determinadas fases, quando ligadas às ciclinas. • Este complexo CDK-ciclina fosforila proteínas específicas. • Ex: A proteína Rb é fosforilada pelo complexo CDK- ciclina, tornando-se inativa e liberando proteínas de regulação gênica, o que permite a progressão do ciclo. Ciclinas • São assim chamadas porque suas quantidades variam periodicamente durante o ciclo celular. São sintetizadas somente em fases específicas, de acordo com a necessidade, e destruídas após a sua utilização. • Ligam-se às CDKs para que possam juntas exercer suas funções. Controladores Negativos do Ciclo Celular • Atuam inativando as funções dos controladores positivos, o que leva a célula à parada no ciclo celular e à apoptose (morte programada). • CKIs (Inibidores de Cinase dependente de Ciclina) • São proteínas que interagem com CDKs ou complexos ciclina- CDK, bloqueando sua atividade de cinase. As cinases não mais fosforilam proteínas, o que determina parada do ciclo. • As CKIs podem ser de dois tipos: - específicas (ex: p15, p16, p18, p19): são seletivas sobre os complexos ciclina D-CDK4 e ciclina D-CDK6, que atuam em G1. - inespecíficas (ex: p21, p27, p53, p57): atuam sobre diversos tipos de complexos ciclina-CDK. • Complexo ubiquitina • Degrada ciclinas e outras proteínas, impedindo a progressão do ciclo celular. • Fosfatases • Atuam na desfosforilação de CDKs e complexos ciclina-CDKs, tornando-os inativos. Apoptose e ação das caspases.
• Apoptose -"morte celular programada" (a definição
correta é "morte celular não seguida de autólise") é um tipo de "auto-destruição celular" que ocorre de forma ordenada e demanda energia para a sua execução (diferentemente da necrose). • Está relacionada com a manutenção da homeostase e com a regulação fisiológica do tamanho dos tecidos, mas pode também ser causada por um estímulo patológico (como a lesão ao DNA celular). • A apoptose é um mecanismo útil para manter o equilíbrio interno dos organismos multicelulares, e pode ocorrer fisiologicamente em humanos nos seguintes casos: • No desenvolvimento embrionário. • Em casos de corte no suprimento de hormonas estimulatórias. Ex. Ôvários na menopausa. • Renovação de células lábeis, isto é, em tecidos cujas células se renovam constantemente. Ex. epitélio que reveste a pele. • Apoptose estimulada pelo linfócito T citotóxico. Nestes casos a apoptose ocorre quando uma célula do organismo é infectada por um vírus e passa a apresentar antígenos deste vírus em sua membrana. As células T citotóxicas reconhecerão este antígeno e induzirão a apoptose na célula infectada. • Após uma resposta imunológica do indivíduo a um agente biológico, é preciso que haja eliminação da superpopulação de leucócitos que foram usados na defesa do organismo. O mecanismo para essa eliminação é a apoptose. Apoptose por Causas Patológicas • Indução à apoptose por lesão do material genético celular. Isto pode ser causado por estímulos radioativos, químicos ou virais. Quando a lesão causada é maior que a capacidade da célula de revertê-la, é mais seguro para o organismo que o programa de morte celular seja ativado, já que a multiplicação de uma célula mutante pode dar origem a tumores. • Lesão por isquemia ou hipóxia moderadas podem levar as células de determinado tecido tanto à necrose quanto à apoptose. Muitos estímulos à morte celular por necrose também desencadeiam a morte celular por apoptose. Fenômenos que culminam com a morte celular programada são: • Diminuição da célula com agregação dos componentes celulares, o que deixa a célula bastante eosinofílica. • O núcleo celular muda de aspecto, a cromatina se prende à carioteca e toma um aspecto mais denso, além disso pode ocorrer a fragmentação do núcleo (cariorréxis). • Formam-se bolhas de citoplasma partindo da membrana plasmática celular que se desprendem e formam corpos apoptóticos. Eles serão então reconhecidos e fagocitados por leucócitos. Alguns destes corpos apoptóticos podem conter fragmentos de material genético. Vias apoptóticas • Via mitocondrial – ativada pelos receptores de morte celular e por lesão do DNA. • Via dos receptores de morte – receptores de morte + caspases iniciadoras (caspase 8) e efetuadoras (caspase 3). • Via mitocondrial – após lesão DNA – estimula a mitocôndria a liberar citocromo. Ativa a ação das caspase 9 iniciadora e caspase 3 efetuadora. Alteram a funcionalidade mitocondrial, fechando esta via. Caspases • São um grupo de proteases baseadas em cisteína, enzimas com um resíduo de cisteína capazes de clivar outras proteínas depois de um resíduo de ácido aspártico, uma especifidade incomum entre proteases. • Caspases são essenciais na apoptose celular. • Algumas caspases também são necessárias no sistema imune, para a maturação das citocinas. • Falhas na apoptose são uma das contribuições principais para o desenvolvimento de tumores e doenças auto- imunes; somando-se isto à apoptose indesejada que ocorre na isquemia ou mal de Alzheimer, despertou-se rapidamente interesse nas caspases como alvos terapêuticos desde que foram descobertas em meados da década de 90. Tipos de proteínas caspase
• Existem dois tipos de caspases: caspases
iniciadoras e caspases efetoras. • Caspases iniciadoras (por exemplo caspase-8, caspase-9) clivam pro-formas inativas de caspases efetoras, ativando-as; • caspases efetoras (por exemplo caspase-3, caspase- 7) por sua vez clivam outros substratos protéicos da célula resultando no processo apoptótico. • A iniciação da reação em cascata é regulada por inibidores de caspases. Onze caspases já foram identificadas em humanos. A cascata das caspases • Caspases são reguladas num nível pós- traducional, assegurando que possam ser rapidamente ativadas. • A clivagem e a inativação por uma caspase possibilita que CAD (caspase ativada) entre no núcleo e fragmente o DNA, causando a característica 'escada de DNA' vista nas células apoptóticas. Princípios do bioensaio • Medir a ação dos fármacos; • Novos fármacos (experimental) são testados, comparados com a ação dos já existentes (controle). • Resposta do fármacos: gradual e tudo ou nada. Resposta gradual • Dois agentes atuam no mesmo receptor, com a mesma atividade intrínseca – as curvas dose resposta serão paralelas e suas potência relativas. Resposta Tudo ou Nada • A resposta é expressa na porcentagem de indivíduos que apresentam a resposta. • Quando observado no gráfico, as curvas não serão paralelas por não possuírem mecanismos de ação parecidos. • Bioensaio comparativo – comparar a atividade biológica de fármacos diferentes. Desenvolvimento de novos fármacos • Antes de obter a licença do novo fármacos para a comercializ~ção: ▫ Testado – eficácia e toxicidade ▫ Testes pré-clínicos – seres humanos Ética em pesquisa Testes Clínicos em Seres Humanos • Fase 1 – medida da atividade farmacológica, farmacocinética e efeitos colaterais em voluntários sadios. • Fase II – estudo piloto – em grupos pequenos de pacientes. • Fase III – Ensaios formais com grande números de pacientes para verificar a eficácia e os possíveis efeitos colaterais. • Fase IV – seguimento pós-comercialização. Ensaios clínicos • Objetivo de obter uma avaliação objetiva de dois ou mais métodos de tratamento. • Princípios dos ensaios clínicos: ▫ Alocação aleatória dos pacientes para os grupos teste e controle; ▫ Um desenho duplo-cego FIM