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LESÕES ELEMENTARES DA PELE

PROFª MA. KEYLA DOS SANTOS


COMO REALIZAR O EXAME DA PELE?

 História breve, duração e velocidade de início, localização/ distribuição, sintomas associados, história
familiar, alergias, ocupação, tratamentos prévios.

 Perguntas gerais: Há quanto tempo está presente? Qual sua evolução? Como começou? Qual era sua
aparência inicial? Existem lesões em outras partes do corpo? O que afeta as lesões? (fatores de melhora
e piora, sazonalidade, trabalho, sol, período menstrual, uso de medicações...) De onde você vem? Fez
viagens recentes?
 Sintomas: Coça? Dói? É sensível? Queima?

 Sintomas associados: Febre, faringite...

 Inspeção: Sempre em ambiente bem iluminado, inicialmente a uma distância de 1 a 2 metros e depois
com lupa, se necessário.
 Palpação: Por meio do pinçamento digital, possibilitando a análise da espessura e a consistência das
lesões da pele.

 Digitopressão ou vitropressão: Pressiona-se com os dedos ou com uma lâmina de vidro (diascopia por
vitropressão) a lesão cutânea, expulsando o sangue por esvaziamento dos vasos da área pressionada.

 Permite diferenciar o eritema da púrpura (não desaparece), reconhecer lesões granulomatosas (ex: Tuberculose
cutânea) e estudar nevo anêmico.
O QUE SE AVALIA NO EXAME DA PELE?

 Coloração
 Integridade
 Umidade
 Textura
 Espessura
 Elasticidade
 Sensibilidade
 Pesquisa de lesões elementares.
TERMOS DESIGNATIVOS (FORMAS – CONTORNOS – DIMENSÕES)

 Anular- Em anel
 Arcada- Em arco
 Circinada- Em círculos
 Corimbosa- Em corimbos, lesão central e outras satélites
 Discóide- Em forma de disco
 Espiralada- Em espiral
 Figurada- Com borda elevada bem definida
DISTRIBUIÇÃO – NÚMERO

 Localizada- Erupção em uma ou algumas regiões

 Disseminada- Erupção com lesões individuadas em várias regiões do corpo

 Generalizada- Erupção difusa e uniforme, atingindo várias regiões cutâneas

 Universal- Comprometimento total da pele, incluindo o couro cabeludo


LESÕES ELEMENTARES DA PELE

 Da combinação de lesões elementares surgem sinais morfológicos que caracterizam síndromes e


afecções

 São classificadas, pela maioria dos autores, em 4 ou 5 grupos:


LESÕES ELEMENTARES DA PELE

Alterações de cor

Formações sólidas

Formações líquidas

Alterações de espessura

Perdas teciduais.
ALTERAÇÕES DE COR: MANCHAS OU MÁCULAS

 Mácula (< 1cm) ou Mancha (> 1cm)


 Altera a cor da pele, sem relevo.

 Vásculo-sanguíneas: por vasodilatação, vasoconstrição ou extravasamento de hemáceas;


 Pigmentares: por aumento, diminuição da melanina ou depósito de outros pigmentos na derme
MANCHAS VÁSCULO-SANGUÍNEAS
MANCHAS VÁSCULO-SANGUÍNEAS
MANCHAS VÁSCULO-SANGUÍNEAS

 1) ERITEMA: mancha vermelha por vasodilatação. Classificação:

 Cianose: arroxeado, por congestão venosa, diminuição da temperatura.


 Rubor: por vasocongestão arterial, aumento da temperatura local.
 Exantema: eritema disseminado, agudo. Várias classificações de acordo com área que ocupa.
RUBOR CIANOSE EXANTEMA
MANCHAS VÁSCULO-SANGUÍNEAS

 Eritema figurado: mancha com bordas bem definidas. Pode ser elevada, forma e tamanho variáveis.

 Eritrodermia: eritema generalizado, crônico, com discreta descamação.


MANCHAS VÁSCULO-SANGUÍNEAS

 2) TELANGIECTASIA (couperose): lesão filamentar, sinuosa, devido a capilares dilatados na derme.

 3) PÚRPURA: mancha vermelha, hemáceas extravasadas na derme, não desaparece com pressão.
MANCHAS PIGMENTARES (DISCROMIAS)

 ACROMIA: ausência total de melanina, cor branca. Ex: vitiligo

 HIPOCROMIA: diminuição da melanina, mancha mais clara que a cor da pele.

 HIPERCROMIA: aumento da melanina, mancha mais escura que a cor da pele.


MANCHAS PIGMENTARES (DISCROMIAS)
MANCHAS PIGMENTARES (DISCROMIAS)
MANCHAS PIGMENTARES (DISCROMIAS)
HIPERCROMIAS

 Ocronose: hiperpigmentação assintomática pretoazulada em face, pescoço e dorso. Causada


comumente pelo uso de hidroquinona (despigmentante).

 Melanose solar ou senil: Manchas acastanhadas maiores que as sardas. Dorso da mãos, antebraço, face.

 Fitofotodermatose: relacionado ao contato com algumas plantas ou frutas cítricas, por exemplo
HIPERCROMIAS
HIPERCROMIAS

 Hiperpigmentação pós inflamatória: o processo inflamatório altera a atividade dos melanócitos (mais
melanina no local). Também pode resultar do extravasamento pigmentar pra derme.

 Sardas ou efélides: aumento da produção de melanina causado pela exposição solar; tendência familiar
e em peles claras.

 Melasma ou cloasma gravídico: resultam da associação entre ação hormonal e exposição solar.
HIPERCROMIAS
MELANOGÊNESE

 Melanina: produzida pelos melanócitos e armazenada nos melanossomas (dentro dos queratinócitos).

 Os melanossomas contêm uma enzima chamada tirosinase (possui cobre) - responsável pela conversão
da L-tirosina em L-dopa e, desta, em L-dopaquinona, no mecanismo de síntese da melanina.

 É sabido que o melasma é uma alteração funcional do melanócito, em que uma disfunção nesta cadeia
enzimática leva a hipermelanose. Estudos mais recentes questionam se há ou não alteração do número
de melanócitos e o papel do fotoenvelhecimentodérmico na patogênese do melasma (MONTEIRO,
2012).
CICLO DE FORMAÇÃO DA MELANINA
HIPOCROMIA

 Pitiríase alba: em face, antebraço, tórax. Pioram com o sol, não são contagiosas. Iniciam a partir de
manchas rosadas. Maiores que a pitiríase versicolor.

 Pitiríase versicolor: são lesões claras e descamativas, características de micose superficial, portanto
contagiosas.

 Leucodermia solar ou gutata: sarda branca, causada pela exposição solar, com destruição parcial de
melanócitos ou redução da produção de melanina.
HIPOCROMIA
ACROMIA

 Vitiligo: lesões acrômicas delimitadas, doença autoimune. Causa morte do melanócito ou interrompe a
produção de melanina.

 Albinismo: Causado por falha genética, que impede ou diminui drasticamente a produção de melanina.
ACROMIA
FORMAÇÕES SÓLIDAS

 Pápula: inflamado, sem pus, elevação da pele;


 Nódulo: maior diâmetro (>1mm), na derme e/ou subcutâneo, mais palpável que visível;
 Milium: cisto de queratina, 1 a 2mm, obstrui o folículo
 Comedão (cravo): rolha de material endurecido (pó, elementos epiteliais, sebo) no folículo
pilossebáceo.
FORMAÇÕES SÓLIDAS

 Hiperceratose compactada densa do folículo


 Retenção do sebo na glândula sebácea
 Sebo é alcalino
 Podem ser abertos (oxidados), ponto negro na extremidade (melanina e oxidação da gordura)
 ou fechados (brancos)
FORMAÇÕES SÓLIDAS

MILIUM
FORMAÇÕES SÓLIDAS
FORMAÇÕES LÍQUIDAS

 Pústula: composta por líquido purulento,


 Abscesso: coleção de pus na pele ou subcutâneo. Pode haver rubor, calor, flutuação e dor.
 Vesículas: edema intercelular da epiderme até 0,5cm,
 Bolhas: maior dimensão, conteúdo variado, pode ser intraepidérmica ou subepidérmica.
FORMAÇÕES LÍQUIDAS
ALTERAÇÕES DE ESPESSURA

 Atrofia
 Edema
 Queratose
 Cicatriz
 Hipertrófica
 Hipotrófica
 Quelóide
ATROFIA
EDEMA
QUERATOSE
CICATRIZ
ATIVIDADE
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 Descubra os tipos de lesões elementares:

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