Você está na página 1de 9

Trans-operatório

Riscos São situações/procedimentos


inadequados gerados por agentes
Situações decorrentes da
físicos, químicos, mecânicos e
comunicação ineficaz ou
biológicos com impacto negativo:
inadequada:
•Agressão ou brigas entre •Explosão de equipamento;
•Pérfuro-cortante em saco plástico
cirurgiões, anestesista, enfermeira
etc. comum.

•Negligência, imperícia, São ações e procedimentos


realizados diretamente no paciente:
imprudência – falhas de
comunicação. •Cirurgia em paciente e/ou local
errado;
Situações, ações, condutas e
procedimentos ocorridos durante a •Injeção administrada em dose/
dinâmica dos cuidados: local/ horário incorretos;
•Instrumental, gaze ou compressa
• Cadastro preenchido de forma
alojada em cavidade interna do
incompleta ou incorretamente;
paciente.
• Resultado de exame trocado
Danos durante o processo
terapêutico e/ou agravos de saúde
em decorrência da
fisiopatologia/não seguimento dos
critérios de segurança no
planejamento terapêutico:
•Drenagem de tórax no paciente
que incorre em pneumotórax.
10 MANDAMENTOS DA Terminologias cirúrgicas
CIRURGIA SEGURA
Ectomia - remoção parcial ou total
1. Operar o paciente certo da Pexia - fixação de um órgão
cirurgia proposta (lado correto, local
correto). Plastia - alteração da forma

2. Anestesia: tirar a dor, prevenir Rafia - sutura


complicações. Scopia - visualização
3. Reconhecimento e preparo para (S)Tomia - abertura de órgão
prevenir ameaças letais à via aérea.
4. Reconhecimento e preparo para
Assepsia cirúrgica
evitar ou tratar perda sanguínea
importante. Procedimentos para a Montagem da
Sala de Operações
5. Não usar nada a que o paciente
tenha sabidamente alergia ou drogas • Superfícies e material estéril –
com efeitos adversos. manipuladas por pessoal
paramentado;
6. Usar todo o conhecimento para
evitar infecção (uso de materiais • Se há dúvida sobre material ou
estéreis, uso de antibiótico área, este é considerado
profilático adequadamente). contaminado;

7. Prevenir esquecimento de objetos • Material aberto para um paciente


estranhos dentro do paciente não deve ser reaproveitado na
(compressas, instrumental). próxima cirurgia.

8. Identificar corretamente todos os


materiais encaminhados à anatomia Fase Pré-operatória: Banho,
patológica. degermação das mãos e braços,
paramentação cirúrgica, preparo da
9.Comunicar qualquer problema
pele com antisséptico.
havido durante cirurgia.
Fase Pós-operatório: Curativos
10. Vigilância e dados
cirúrgicos utilizando técnica
epidemiológicos sobre volume
asséptica.
cirúrgico e resultados.
Paramentação da equipe: • Encaminhar paciente para
SRPA
Usa barreiras que evitam
contaminação do paciente e equipe: ❖ CIRCULANTE
• Máscara, luvas, aventais, gorro e • Garante a limpeza, temperatura e
propés iluminação adequada da sala
• Uso restrito dentro da unidade cirúrgica;
• Disponibiliza equipamentos e
materiais, bem como
Equipe cirúrgica
garante o funcionamento de forma
❖ ENFERMEIRO: adequada;
• Realizar o plano de cuidados e • Identifica falhas na técnica
supervisionar a continuidade asséptica
da assistência prescrita;
• Prever recursos humanos • Realiza anotações de enfermagem
(ato cirúrgico e intercorrências)
• Checar previamente
programação cirúrgica • Coloca placa dispersiva
• Escala diária de funcionários • Ajuda o cirurgião na
• Verificar disponibilidade,
paramentação;
funcionamento e limpeza dos
materiais • Posiciona o paciente para anestesia
• Verificar a necessidade e e para o ato cirúrgico;
disponibilidade de • Faz a contagem de agulhas e
hemoderivados compressas utilizadas, para
• Recepcionar paciente no CC e conferência ao término da cirurgia;
verificar check list pré-
• Identifica e encaminha ao
operatório
enfermeiro as amostras que
• Realizar cateterismo vesical de
necessitam ir para exames
demora SN, Curatido de FO
laboratoriais e patológico;
SN
• Fazer anotações e evoluções de • Ajuda paciente na transferência da
enfermagem mesa para maca;
• Desmonta a sala operatória
❖ INSTRUMENTADOR Anotar e registrar em impresso
próprio aspectos referentes ao
❖ MÉDICO
transoperatório, início e término da
❖ MÉDICO AUXILIAR anestesia, início e término da
❖ MÉDICO ANESTESISTA cirurgia, drenagens, posição do
paciente durante o ato operatório,
local/região de fixação da placa
dispersiva e intercorrências;
Identificação, registro e
encaminhamento de peças
cirúrgicas, assim como secreções
Preparo da pele
- Remover pêlos

Cuidados de enfermagem - Lavar com solução clorexidina


alcoólica ou PVPI com emprego de
Transferir o paciente da maca para a
compressas, com fricção leve;
mesa de cirurgia (drenos, cateteres e
outros dispositivos invasivos); - Não é recomendado a associação
de diferentes antissépticos;
Colocá-lo na posição para a
anestesia e cirurgia; - Clorexidina apresenta maior efeito
germicida imediato e residual, com
Auxiliar na paramentação da equipe
alta afinidade pela pele e mucosas e
cirúrgica;
baixa toxicidade.
Observar e zelar pela manutenção
da assepsia;
Anotar e registrar o consumo de
materiais e medicamentos em
impresso próprio
Auxiliar as equipes cirúrgica e de
anestesia no que for necessário
durante o ato operatório;
Instalação da placa do bisturi • Quando há contato insatisfatório
elétrico entre a placa dispersiva e o paciente;
Bisturi elétrico: aparelho eletrônico • Quando há conexão inadequada
que tem a propriedade de entre aparelho e a placa dispersiva
transformar a corrente elétrica e/ou a unidade de eletrocirurgia e o
alternada comum em corrente fio-terra da sala de cirurgia;
elétrica de alta frequência, sem • Quando há contato do paciente
causar lesão orgânica nem excitação
com partes metálicas da mesa
nervosa. Produz efeitos de cirúrgica.
dissecção, coagulação e
cauterização.
Períodos Cirúrgicos
O efeito físico da eletrocirurgia se
baseia na Lei de Joule, ou seja, a 1. Diérese: É o rompimento da
energia térmica produzida de alta continuidade ou contiguidade
frequência aquece a ponta metálica dos tecidos; Dividir, separar,
do eletrodo positivo, passa através cortar; Consiste na separação
do corpo do paciente e é eliminada dos planos anatômicos ou
através da placa dispersiva que está tecidos orgânicos para
direta ou indiretamente ligada ao possibilitar a abordagem de um
fio-terra. órgão ou região.
• MECÂNICA:
Colocação da placa: ❖ Punção – Introdução de agulha
ou trocater nos tecidos.
❖ Corte – utilização de lâminas
de bisturi.
❖ Secção – Segmentação dos
tecidos com tesouras ou
afastadores.
A queimadura é uma complicação
❖ Curetagem – Raspagem da
do uso inadequado do bisturi
superfície, de um órgão com
elétrico e que pode se dar nos
auxílio de cureta.
seguintes casos:
❖ Dilatação – Processo através do
qual se procura aumentar
a luz de um órgão tubular. realizada; são
instrumentos específicos
FÍSICA:
a cada tipo de cirurgia.
Térmica – Uso de calor ou frio. Ex.: Ex.: Cirurgia
Bisturi Elétrico, Por Crioterapia, Gastrointestinal – Pinças
Com Raio Laser e Clamps intestinais de
Doyen;
❖ Instrumental de Apoio
ou Auxiliar: Destinam a
auxiliar o uso de outros
instrumentais. Ex.: Pinças
de campo, afastadores,
2. Hemostasia: Processo no qual pinças anatômicas, pinça
se impede, detém ou previne o dente de rato...
sangramento. Realizada no
decorrer da intervenção
cirúrgica.
• Composto por instrumentos
destinados ao pinçamento de
vasos e estruturas sangrantes;
• Pinças Hemostáticas retas ou 4. Síntese: É a união, junção;
curvas, com ou sem dentes: procedimento utilizado para
aproximar ou captar as bordas
de uma ferida, com a
finalidade de estabelecer a
continuidade dos tecidos e
3. Exérese ou Cirurgia facilitar as fases do processo de
Propriamente dita: Consiste na cicatrização.
realização do tratamento •Cruenta – Utilização de
cirúrgico, seja de caráter agulhas de sutura, fios
diagnóstico, corretivo, cirúrgicos, etc;
paliativo ou estético. •Incruenta – Utilização de
❖ Instrumental Especial: gesso, cola.
Depende da cirurgia a ser
Proporcionar acesso para a
administração de fármacos.
Prevenir traumas e desconforto;
Atentar para os procedimentos
cirúrgicos longos – 2 horas ou mais,
integridade da pele;
Atentar para pacientes mais
vulneráveis ao rompimento da
integridade da pele.
1. DECÚBITO DORSAL OU
SUPINA: Utilizado
principalmente em cirurgias
abdominal, craniana, torácica e
peritonial.
• O paciente se encontra
Posicionamento do paciente na
deitado de costas, com as
mesa cirúrgica:
pernas estendidas e os
Depende do procedimento braços estendidos e apoiados
Relaxamento muscular em talas.
• Áreas de pressão: occiptal,
Favorecer a monitorização
escapular, sacral,
Posição confortável coccígea,calcâneos.
Atentar para suprimento vascular 2. DECÚBITO VENTRAL:
(posição ou pressão) posição utilizada para
realização de cirurgias da
Expor área adequadamente
coluna, ânus, reto e outros.
Não interferir na respiração • Paciente fica deitado de
Alinhamento corporal abdome para baixo, com os
braços estendidos para
Precauções quanto à segurança do frente e apoiados em talas.
paciente: • O sistema respiratório fica
mais vulnerável.
3. TRENDELEMBURG: Cirurgias proctológicas.
laparoscópicas, de órgãos
pélvicos e abdome inferior. 7. DECÚBITO LATERAL / SIMS
• Decúbito dorsal, parte • O braço inferior pode
superior do dorso abaixada e estar esticado e apoiado
pés elevados. em suporte protegido.
4. TRENDELEMBURG • Coxins- separam as
REVERSO: Cirurgias de pernas. Na linha da
ombro, cabeça e pescoço, cintura, fixar o paciente
nariz, plástica na face. com uma faixa larga
• Cabeceira elevada e pés sobre o quadril.
abaixados. • Exemplo: Cirurgias
5. POSIÇÃO FOWLER ou renais.
SENTADA: Neurocirurgias, 8. CANIVETE(KRASKE)
cirurgias que necessitam de Paciente em decúbito ventral,
melhor visualização do tórax. com as coxas e pernas para fora
• O paciente permanece semi da mesa e o tórax sobre a mesa,
sentado na mesa de operação. a qual está levemente
• Posição utilizada para inclinada no sentido oposto
conforto do paciente quando das pernas, e os braços
há dispneia. estendidos e apoiados em talas.
6. LITOTÔMICA OU Exemplos: Cirurgias
GINECOLÓGICA proctológicas,
• Pernas elevadas para hemorroidectomia.
expor a região perineal.
• Permanecer mais de 2
horas nesta posição exige Cuidados anestésicos:
a utilização de bandagens Pode afetar a função cognitiva, de
ou meias anti- sensibilidade e dor, dos reflexos e da
embolíticas. habilidade para se comunicar
• Utilizada em cirurgias
ginecológicas (vaginais) e
1. Geral • Raquianestesia: A punção
é realizada no espaço
subaracnoide, a nível
lombar L4 e L5,
produzindo anestesia das
extremidades inferiores,
períneo e abdome
inferior. Agentes:
Lidocaína, Bupivacaína,
Procaína

3. Local: Introdução da solução


ao nível da incisão, ação quase
2. Regional: Os agentes são
imediata, recuperação rápida.
injetados em torno dos nervos
Lidocaína com ou sem
de modo a tornar a área
vasoconstritor. Ideal para
suprimida por estes nervos
procedimentos cirúrgicos
anestesiados.
breves e superficiais
• Peridural: no espaço
epidural, que circunda a
dura-máter - Bloqueia a Complicações intra-operatórias
função sensorial, motora potenciais:
e autônoma
• Náuseas e vômitos
• Anafilaxia
• Hipóxia
• Hipotermia

Você também pode gostar