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OSWALDO LUCAS MENDES

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Apostila de Biossegurança

Módulo II

Professora Patrícia Brito

ALUNO(A):____________________________________

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Índice

Introdução________________________________________________________3

TBC, Hepatites, HIV________________________________________________4-8

Acidentes com sangue e secreções__________________________________8-12

Segurança química e radioisótopos_________________________________12-14

Descarte de resíduos: importância e orientações gerais________________15-17

Riscos físicos e ergonômicos: medidas gerais de precaução_____________18-21

CME__________________________________________________________22-29

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Introdução

As doenças infectocontagiosas se destacam como as principais fontes de transmissão de


microrganismos para pacientes e para profissionais. Outra importante fonte de contaminação refere-se
ao contato direto com fluidos corpóreos durante a realização de procedimentos invasivos ou através
da manipulação de artigos, roupas, lixo e até mesmo as superfícies contaminadas, sem que medidas
de biossegurança sejam utilizadas. Daí a importância da biossegurança que, aplicada nos hospitais,
corresponde à adoção de normas e procedimentos seguros e adequados à manutenção da saúde dos
pacientes, dos profissionais e dos visitantes.

Historicamente, tais medidas tornaram-se alvo de preocupações a partir da epidemia da


Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS), cuja transmissão por via ocupacional tomou maior
dimensão para os profissionais de saúde desde o primeiro caso comprovado de sua contaminação
ocorrido em hospital da Inglaterra. O reconhecimento dos riscos desse e de outros patógenos
transmitidos pelo sangue, foram fundamentais para as mudanças comportamentais necessárias ao
exercício das diversas atividades profissionais no ambiente hospitalar.

Entre as mudanças ocorridas nos últimos anos e acompanhadas pelo Controle das Infecções
Hospitalares, podemos citar: a introdução do uso de equipamento de proteção individual (EPI) na
assistência aos pacientes, independente do diagnóstico ou presumível estado de infecção; a
simplificação das medidas de isolamento, que passaram a duas categorias: precauções padrão e
precauções por rota de transmissão (aérea, gotícula e contato) bem como o estímulo à imunização
dos profissionais contra hepatite, tétano e outras infecções, dependendo dos riscos institucionais.

Pode-se também ressaltar o fortalecimento de medidas de contenção biológica de


microrganismos nas superfícies e artigos hospitalares por meio de adequado processamento que
envolve a limpeza/desinfecção e/ou esterilização quando indicado.

TBC, Hepatites, HIV

TBC: A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de


Koch em homenagem ao seu descobridor, o bacteriologista alemão Robert Koch, em 1882. Outras
espécies de microbactérias, como as Mycobacterium bovis, M. africanum e M. microti também podem
causar esta doença que afeta, principalmente, os pulmões. Rins, órgãos genitais, intestino delgado,
ossos, etc., também podem ser comprometidos.

Transmissão: Ocorre por meio de secreções respiratórias; Doentes não tratados costumam eliminar
grande quantidade de bactérias no ambiente, tossindo, falando ou espirrando; essas bactérias podem
ser inspiradas por pessoas saudáveis, levando ao adoecimento. Uma simples tossida pode produzir
mais de 3.000 de gotículas. O núcleo dessas gotículas contém um ou mais bacilos da tuberculose.
Elas são muito pequenas e leves, permanecem em suspensão no ar e, quando inaladas, podem
alcançar o alvéolo pulmonar. Essas gotículas infecciosas são a principal causa da transmissão da
Tuberculose.

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Período de incubação: Após a infecção pelo bacilo de Koch, transcorrem, em média, 4 a 12


semanas para a detecção das primeiras lesões no pulmão. A maioria dos novos casos de doença
pulmonar ocorre em torno de 12 meses após a infecção inicial.

Tuberculose Pulmonar É a mais comum, porém a doença pode ocorrer em outros órgãos, como as
meninges (meningite), baço, fígado, ossos e rins.

Principais Sintomas: Tosse (por mais de três semanas); Febre (mais comumente ao entardecer); Falta
de apetite; Emagrecimento e cansaço fácil; Suores noturnos.

Atenção: Caso a pessoa apresente esses sintomas, deve procurar o Posto de saúde mais próximo de
sua casa para ser examinada pelo médico.

Prevenção: A vacina BCG aplicada no primeiro mês de vida do bebê, é capaz de prevenir as formas
mais grave da doença, principalmente nas crianças.

Máscara para proteção respiratória:

• Profissional: Máscara PFF2 ou N95, para proteção capaz de filtrar o ar inspirado.

• Paciente: Máscara comum ou PFF2 ou N95

Para prevenir a tuberculose é muito importante identificar rapidamente os pacientes com a doença e
tratá-los.

Tratamento: A tuberculose tem cura em 100% dos casos, basta tomar os medicamentos corretamente
durante seis meses, sem interrupção. É muito importante seguir o tratamento corretamente durante o
período de seis meses, isso garante a eficácia da medicação no organismo e garante também que a
bactéria não irá sofrer mutação, e assim se tornando resistente.

Hepatite :É toda e qualquer inflamação do fígado e que pode resultar desde uma simples alteração
laboratorial (portador crônico que descobre por acaso a sorologia positiva), até doença fulminante e
fatal (mais frequente nas formas agudas).A hepatite é causada, mais frequentemente por infecções
pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como alguns
remédios). Enquanto os vírus atacam o fígado quando parasitam suas células para a sua reprodução,
a cirrose dos alcoólatras é causada pela ingestão frequente de bebidas alcoólicas - uma vez no
organismo, o álcool é transformado em ácidos nocivos às células hepáticas, levando à hepatite.

Tipos de hepatite: Hepatite A: É transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa
para outra. A hepatite A fica incubada entre 10 e 50 dias e normalmente não causa sintomas, porém
quando presentes, os mais comuns são febre, pele e olhos amarelados, náusea e vômitos, mal-estar,
desconforto abdominal, falta de apetite, urina com cor de Coca-Cola e fezes esbranquiçadas. A
detecção da hepatite A se faz por exame de sangue e não há tratamento específico, esperando-se
que o paciente reaja sozinho contra a Hepatite A. Apesar de existir vacina contra o vírus da hepatite A
(HAV), a melhor maneira de evitá-la se dá pelo saneamento básico, tratamento adequado da água,
alimentos bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições. Hepatite B e Hepatite
C: os vírus da hepatite tipo B (HBV) e tipo C (HCV) são transmitidos sobretudo por meio do sangue.
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Usuários de drogas injetáveis e pacientes submetidos a material cirúrgico contaminado e não-


descartável estão entre as maiores vítimas de hepatite, daí o cuidado que se deve ter nas transfusões
sanguíneas, no dentista, em sessões de depilação ou tatuagem. O vírus da hepatite B pode ser
passado pelo contato sexual, reforçando a necessidade do uso de camisinha. Frequentemente, os
sinais das hepatites B e C podem não aparecer e grande parte dos infectados só acaba descobrindo
que tem a doença após anos e muitas vezes por acaso em testes para esses vírus. Quando
aparecem, os sintomas dessas hepatites são muito similares aos da hepatite A, mas ao contrário
desta, a hepatite B e a C podem evoluir para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até
câncer de fígado.

Tratamento: Não existe tratamento para a forma aguda da hepatite. Se necessário, apenas sintomático
para náuseas e vômitos. O repouso é considerado importante no tratamento da hepatite pela própria
condição do paciente. A utilização de dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular
para o paciente com hepatite, porém seu maior benefício é ser de melhor digestão para o paciente
sem apetite. De forma prática deve ser recomendado que o próprio indivíduo com hepatite defina sua
dieta de acordo com sua aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingestão de álcool.
Esta restrição deve ser mantida por um período mínimo de seis meses e preferencialmente de um ano.

Prevenção: A prevenção da hepatite B inclui o controle efetivo de bancos de sangue através da


triagem sorológica; a vacinação contra hepatite B, disponível no SUS, conforme padronização do
Programa Nacional de Imunizações (PNI); o uso de imunoglobulina humana Antivírus da hepatite B
também disponível no SUS, conforme padronização do Programa Nacional de Imunizações (PNI); o
uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da saúde; o não
compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear, escovas de dente, equipamentos para uso
de drogas; o uso de preservativos nas relações sexuais.

Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de prevenção, como:
triagem em bancos de sangue e centrais de doação de sêmen para garantir a distribuição de material
biológico não infectado; triagem de doadores de órgãos sólidos como coração, fígado, pulmão e rim;
triagem de doadores de córnea ou pele; cumprimento das práticas de controle de infecção em
hospitais, laboratórios, consultórios dentários, serviços de hemodiálise; tratamento dos indivíduos
infectados, quando indicado; abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras
substâncias que sejam tóxicas ao fígado, como determinados medicamentos.

HIV: É a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. O HIV age infectando e destruindo os
linfócitos, células que fazem parte do nosso sistema imunológico. Este processo de destruição é bem lento e
gradual, permitindo que os pacientes permaneçam assintomáticos por muitos anos. Isto significa que as pessoas
podem ser portadoras do HIV por muito tempo sem necessariamente desenvolver a doença AIDS.

Um paciente só é considerado como portador de AIDS quando o vírus HIV tiver atacado e destruído uma
quantidade tão grande de linfócitos que o sistema imunológico já se encontra debilitado. Com poucos linfócitos
viáveis, o organismo se torna mais vulnerável a infecções, ficando susceptível a diversos tipos de vírus, bactérias,
fungos e até tumores.

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Transmissão: Somente em secreções como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno, o
vírus aparece em quantidade suficiente para causar a moléstia. Para haver a transmissão, o líquido
contaminado de uma pessoa tem que penetrar no organismo de outra. Isto se dá através de relação
sexual (heterossexual ou homossexual), ao se compartilhar seringas, em acidentes com agulhas e
objetos cortantes infectados, na transfusão de sangue contaminado, na transmissão vertical da mãe
infectada para o feto durante a gestação ou o trabalho de parto e durante a amamentação.

Sintomas: Febre, aparecimento de gânglios, crescimento do baço e do fígado, alterações elétricas do


coração e/ou inflamação das meninges nos casos graves. Na fase aguda, os sintomas duram de três a
oito semanas. Na crônica, os sintomas estão relacionados a distúrbios no coração e/ou no esôfago e
no intestino. Cerca de 70% dos portadores permanece de duas a três décadas na chamada forma
assintomática ou indeterminada da doença.

Tratamento: O acompanhamento médico da infecção pelo HIV é essencial, tanto para quem não
apresenta sintomas e não toma remédios, quanto para quem já exibe algum sinal da doença e segue
tratamento com os medicamentos antirretrovirais, fase que os médicos classificam como aids.

Nas consultas regulares, a equipe de saúde precisa avaliar a evolução clínica do paciente. Para isso,
solicita os exames necessários e acompanha o tratamento. Tomar os remédios conforme a indicação
do médico é fundamental para ter sucesso no tratamento. Isso é ter uma boa adesão.

O uso irregular dos antirretrovirais (má adesão ao tratamento) acelera o processo de resistência do


vírus aos medicamentos, por isso, toda e qualquer decisão sobre interrupção ou troca de
medicamentos deve ser tomada com o consentimento do médico que faz o acompanhamento do
soropositivo. A equipe de saúde está apta a tomar essas decisões e deve ser vista como aliada, pois
juntos devem tentar chegar à melhor solução para cada caso.

Prevenção: Para evitar a transmissão da aids, recomenda-se o uso de preservativo durante as


relações sexuais, a utilização de seringas e agulhas descartáveis e o uso de luvas para manipular
feridas e líquidos corporais, bem como testar previamente sangue e hemoderivados para transfusão.
Além disso, as mães infectadas pelo vírus (HIV-positivas) devem usar antirretrovirais durante a
gestação para prevenir a transmissão vertical e evitar amamentar seus filhos.

Acidentes com sangue e secreções

Os acidentes em que profissionais de saúde se expõem a sangue e outros fluidos biológicos


devem ser considerados emergência médica, havendo, portanto, necessidade de se priorizar o
atendimento no mais curto espaço de tempo possível.

As condutas específicas a serem tomadas visam evitar a disseminação do VIH, VHB e VHC
no ambiente de trabalho. O mais importante é ressaltar sempre as medidas de precaução padrão que
deverão ser adotadas quando houver a possibilidade de contato com sangue, secreções, excreções,
fluidos corporais, pele não-íntegra e mucosas.

Lavagem das mãos (sempre que estiverem sujas) antes e após:

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»Contato direto com o paciente;


»Efetuar procedimentos terapêuticos e diagnósticos, mesmo ao usar luvas;
»Entre procedimentos no mesmo paciente;
»Realizar trabalhos hospitalares, atos ou funções fisiológicas;
»Manipular materiais e equipamentos;
»Contato direto acidental com sangue e fluidos;
»Término da jornada de trabalho;
»Retirada de luvas.

Uso de luvas

»Usar as não-estéreis; 
»Contato com sangue, mucosa e fluidos;
»Manuseio de superfícies sujas;
»Punção venosa e outros acessos vasculares;
»Trocá-las após contato com cada paciente;
»Retirar para entrar em contato com telefones ou maçanetas.

Uso de avental:

»Utilizar avental limpo, não-estéril;


»Proteção da roupa; 
»Proteção contra respingos de sangue e fluidos;
»Retirar o mais rápido possível.

Uso de máscaras e óculos:

»Proteção de mucosas; 
»Possibilidade de respingos de sangue, secreções, fluidos corpóreos e excreções.

Outras medidas:

»Não re-encapar as agulhas;

»Os materiais pérfuro-cortantes devem ser desprezados em recipientes próprios;


»Não desconectar as agulhas das seringas;
»Não utilizar agulhas para fixar papéis;
»Ao utilizar material pérfuro-cortante, garantir a imobilização do paciente;
»Jamais utilizar os próprios dedos como anteparo;
»Utilizar sempre material de apoio;
»Não utilizar as lâminas de bisturi desmontadas;
»Vacinação contra hepatite B (três doses) em todos profissionais de saúde.

O risco de infecção pelo VIH foi avaliado em situações de exposição ao sangue. Quanto aos
outros fluidos biológicos, o risco existe, ainda que não tenha sido bem definido. O risco estimado de
infecção pelo VIH é de 0,3% para exposição percutânea e 0,09% para exposição muco cutânea.

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O uso do AZT como profilaxia, imediatamente após o acidente, reduz em até 81% o risco de
soro conversão pós-exposição. O uso combinado dos demais anti-retrovirais (ARV) visa ampliar a
proteção para o profissional acidentado.

A probabilidade de infecção pós-exposição ao vírus da hepatite B (com paciente-fonte HB e


Ag positivo) pode atingir até 40%. Para o vírus da hepatite C o risco varia entre 1 e 10%.

É imprescindível a imunização contra hepatite B para todos os profissionais de saúde. Após


exposição, deve ser administrada em profissionais não-imunizados, associada ou não à gamaglobulina
hiper-imune.

Para o vírus da hepatite C, não há, até o momento, intervenção específica capaz de prevenir a
infecção pós-exposição.

Nosso objetivo é, portanto, descrever de forma prática os procedimentos a serem observados


e cumpridos rigorosamente após exposição ocupacional ao material biológico potencialmente
contaminado.

CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE

 Acidente leve: contato com secreções, urina ou sangue em pele íntegra;

 Acidente moderado: contato com secreções ou urina em mucosas; sem sangue visível;

 Acidente grave: contato de líquido orgânico contendo sangue visível com mucosas ou
exposição percutânea com material pérfuro-cortante.

PROFILAXIA

Logo após o acidente, deverá se proceder à descontaminação do sítio exposto, limpando a


ferida com água e sabão ou irrigando as membranas mucosas com água limpa.

A seguir, a CCIH ou a enfermeira de plantão deve ser comunicada imediatamente, independente


do horário do acidente, para notificação do caso (em formulário especial) e definição da profilaxia
medicamentosa, juntamente com o médico atendente.

 Acidente leve: solicitar sorologias de VIH e hepatites virais do profissional acidentado e


sorologia de VIH do paciente-fonte. Não prescrever ARV. Encaminhar à Coordenadoria
de DST/AIDS para acompanhamento.

 Acidente moderado: comunicar a enfermeira para proceder à notificação do caso.


Solicitar sorologias de VIH e hepatites virais do acidentado e sorologia de HIV do
paciente-fonte. Prescrever: AZT (zidovudina) 100mg 02cps. VO 12/12h e Epivir®
(lamivudina) 150mg 01cp. VO 12/12h.
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 Acidente grave: seguir as mesmas recomendações do acidente moderado e prescrever:


AZT (zidovudina) 100mg 02cps. VO 12/12h; Epivir® (lamivudina) 150mg 01cp. VO
12/12h e Viracept® (nelfinavir) 250mg 03cps. VO 8/8h.

* Na falta do nelfinavir, pode-se prescrever o Crixivan® (indinavir) 400mg 2 cps. Vo. 8/8h.

ARV só deverão ser indicados se o acidente tiver ocorrido em espaço de tempo inferior a três
horas; profissionais acidentados que apresentarem intolerância gástrica aos esquemas citados
anteriormente poderão fazer uso de Biovir® (zidovudina + lamivudina) 01cp. VO 12/12h; profissionais
gestantes acidentadas devem utilizar apenas o AZT; profissionais acidentadas em aleitamento
materno devem ser orientadas a suspender o aleitamento durante o uso dos ARV; a medicação
deverá ser prescrita, em caráter de emergência, para os primeiros sete dias, ficando os demais dias
sob responsabilidade da Coordenação de DST/AIDS; o profissional deve ser devidamente orientado
quanto aos efeitos colaterais dos ARV. (Encaminhar ao Ambulatório de Acidentes Ocupacionais).

Segurança química e radiosótopos

O que são radioisótopos? Fenômeno nuclear que formados por Isótopos, que são átomos com o
mesmo número atômico e diferente número de massa.

Radioisótopos

Existem dois tipos:

 Radioativos

 Não radioativos

Praticas segura no laboratório

Definição: Conjunto de procedimentos que visam reduzir a exposição dos analistas a riscos no
ambiente de trabalho.

Compreendem

 Ordem e a limpeza dos materiais

 Separação e a limpeza das áreas de trabalho

 Manuseio adequado de equipamentos elétricos

 Manuseio adequado de substâncias químicas

 Manuseio adequado de materiais biológicos e radioativos

 Uso adequado de equipamentos de proteção e segurança

Instruções Gerais para o Manuseio de Radioisótopos em Laboratório

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 Uso de filme dosimétrico

 Níveis de radiação estabelecidos pelo laboratório

 Proibido fuma ou consumir qualquer tipo de comida ou bebida

 Proibido pipetar com a boca

 Uso obrigatório de avental com punho cirúrgico

Instruções

 Uso de luvas de borracha ou plástica, e sempre, verificar se as luvas estão


contaminadas, devendo o nome ser marcadas no punho e guardadas secas, envoltas
por toalhas de papel.

 Abra as torneiras com o antebraço ou o dorso da mão.

 Não toque o rosto ou qualquer parte exposta do corpo com a luva de trabalho. Em caso
de resfriado use lenços de papel.

 Ao terminar o trabalho, lave bem as luvas com detergente, verifique também se as mãos,
avental e sapatos não estão contaminados.

 Forre todas as superfícies de trabalho com uma camada de papel impermeável (ou
plástico) e, por cima, uma camada de papel absorvente.

 Antes de iniciar o trabalho, selecione o material de laboratório a ser utilizado.

 Prepare um recipiente devidamente rotulado para resíduos líquidos radioativos e outro


para resíduos sólidos.

 Prepare um recipiente devidamente rotulado para colocar materiais de laboratório


contaminados reutilizáveis, como pipetas, funís, frascos, bastonetes.

 Utilize a capela especial para manipular materiais radioativos voláteis ou pulverizados.

 Transporte às substâncias radioativas somente em bandejas, cofres de chumbo ou


outros recipientes adequados, devidamente rotulados.

 Reduza ao máximo o tempo de exposição ao material radioativo.

 Coloque todo o material contaminado em recipientes previamente preparados e


devidamente marcados com rótulos de material radioativo.

 Tome cuidado para não respingar líquidos radioativos na superfície de trabalho ou no


chão. Para ajustar pipetas ou seringas.

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 Soluções radioativas derramadas devem ser absorvidas imediatamente com algodão ou


papel absorvente. Verifique a intensidade de contaminação do local e chame o
responsável pela proteção radiológica

Instruções com resíduos radioativo

sólidos: deverão ser colocados em recipientes apropriados, devidamente rotulados. Chame o


responsável pela proteção radiológica e entregue-lhe os recipientes.

líquidos: com baixa radioatividade devem ser despejados na pia destinada a este fim, não devendo o
nível de atividade exceder a 0,01 microcuries/litro de solução.

Instruções com resíduos radioativos

Ao lavar material contaminado na pia destinada a este fim, deixe correr água em abundância.

Nunca deixe material ou resíduo radioativo de alta atividade no local de trabalho ao encerrar o
expediente. Coloque-o em um lugar apropriado no laboratório.

Não guarde no laboratório material radioativo de alta atividade por período maior que uma
semana. Chame o responsável pela proteção radiológica e entregue-lhe o material.

Descarte de resíduos hospitalares

Os resíduos hospitalares ou de serviços de saúde são aqueles provenientes do atendimento a


pacientes ou de qualquer estabelecimento de saúde ou unidade que execute atividades de natureza
de atendimento médico, tanto para seres humanos quanto para animais. Esses tipos de resíduos
também podem ser encontrados em locais como centros de pesquisa e laboratórios de farmacologia.

Tais materiais podem representar risco à saúde humana e ao meio ambiente se não houver
adoção de procedimentos técnicos adequados no manejo dos diferentes tipos de resíduos gerados
como, materiais biológicos contaminados com sangue ou patógenos, peças anatômicas, seringas e
outros materiais plásticos; além de uma grande variedade de substâncias tóxicas, inflamáveis e até
radioativas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu regras nacionais sobre


acondicionamento e tratamento do lixo hospitalar gerado - da origem ao destino (aterramento,
radiação e incineração). Estas regras atingem hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios, necrotérios
e outros estabelecimentos de saúde. O objetivo da medida é evitar danos ao meio ambiente e prevenir
acidentes que atinjam profissionais que trabalham diretamente nos processos de coleta,
armazenamento, transporte, tratamento e destinação desses resíduos.

De acordo com a Resolução RDC nº 33/03, os resíduos são classificados como:

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• Grupo A (potencialmente infectantes) - que tenham presença de agentes biológicos que


apresentem risco de infecção. Ex.: bolsas de sangue contaminado;

• Grupo B (químicos) - que contenham substâncias químicas capazes de causar risco à saúde ou ao
meio ambiente, independentemente de suas características inflamáveis, de corrosividade, reatividade
e toxicidade. Por exemplo, medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e
substâncias para revelação de filmes de Raio-X;

• Grupo C (rejeitos radioativos) - materiais que contenham radioatividade em carga acima do padrão
e que não possam ser reutilizados, como exames de medicina nuclear;

• Grupo D (resíduos comuns) - qualquer lixo que não tenha sido contaminado ou possa provocar
acidentes, como gesso, luvas, gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis;

• Grupo E (perfuro cortantes) - objetos e instrumentos que possam furar ou cortar, como lâminas,
bisturis, agulhas e ampolas de vidro.

De onde vem o risco?

De acordo com um estudo feito pelo Hospital Albert Einstein, o maior risco ambiental a partir
dos resíduos hospitalares é representado pelo chamado lixo infectante. Caracteriza-se pela presença
de agentes biológicos como sangue e derivados, secreções e excreções humanas, tecidos, partes de
órgãos, peças anatômicas; além de resíduos de laboratórios de análises e de microbiologia, de áreas
de isolamento, de terapias intensivas, de unidades de internação, assim como materiais perfuro
cortantes.

Uma vez que esses materiais entrem em contato com o solo ou a água, podem causar sérias
contaminações no ambiente e causar danos à vegetação. Também podem haver sérios problemas
caso esses materiais contaminados entrem em contato com rios, lagos ou até mesmo com lençóis
freáticos, pois dessa forma a contaminação irá se espalhar com maior facilidade, prejudicando
qualquer ser vivo que entrar em contato com essa água.

Os resíduos perfurantes, contaminados com patógenos ou infecciosos, quando despejados


de forma incorreta em aterros sanitários comuns, trazem um grande risco aos catadores de lixo. Os
indivíduos podem ser contaminados caso entrem em contato com alguns desses materiais. Abaixo,
uma imagem de resíduos hospitalares despejados em um aterro sanitário comum a céu aberto, sem
nenhum tipo de seleção prévia e armazenamento:

Esterilização / Incineração

Ainda de acordo com o estudo feito pelo Hospital Albert Einstein, o lixo infectante deve ser
separado do restante do lixo hospitalar, sendo o treinamento de funcionários para esta função uma
exigência do Conselho Nacional do Meio Ambiente no Brasil. No entanto, desconhece-se a efetiva
separação e destinação de tal tipo de lixo pelos milhares de hospitais brasileiros, assim como pela
maioria dos hospitais no mundo. Umas das práticas utilizadas é a incineração de lixo infectante, porém
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formam-se cinzas contaminadas com substâncias nocivas à atmosfera, como as dioxinas e os metais
pesados, que aumentam a poluição do ar. O processo gera emissões que podem ser mais tóxicas do
que os produtos incinerados.

A esterilização, ao invés da incineração, é uma alternativa válida e importante. No entanto, o


seu elevado custo faz com que seja pouco utilizada. A colocação deste lixo em valas assépticas é
considerada uma opção igualmente válida, porém o espaço necessário às mesmas e a devida
fiscalização limitam o seu uso. Infelizmente, a maioria dos hospitais descarta estes resíduos sem
separá-los corretamente.

Foi desenvolvido pela Anvisa o Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde


(PGRSS), um documento que aponta e descreve ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos
observando suas características. Ele contempla os aspectos referentes a geração, segregação,
condicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como a
proteção à saúde pública e ao meio ambiente.

Como consumidores de medicamentos podem ajudar?

Consumimos uma grande variedade de medicamentos diariamente em nossas residências,


mas como devemos descartar os comprimidos e remédios que não serão mais utilizados ou que estão
vencidos?

Devemos levar esses medicamentos aos pontos de coleta de medicamentos. Eles encontram-
se em algumas farmácias e supermercados. Desta forma, evitamos o descarte desses medicamentos
no lixo comum, que em muitos casos acaba indo para os aterros sanitários.

Riscos físicos e ergonômicos:

Riscos físicos: Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam
estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e
não-ionizantes, vibração, etc.

Riscos Físicos são as diversas formas de energia as quais os trabalhadores podem estar expostos.
Dentre elas:

• Calor: Amplamente utilizado no ambiente hospitalar nas operações de limpeza, desinfecção e


esterilização dos artigos e áreas hospitalares, dentre outros.

Quando em quantidades excessivas pode causar efeitos não desejados sobre o corpo humano, como
por exemplo:

- Golpe de calor: Ocorre na realização de tarefas muito pesadas em ambientes muito quentes. São
sintomas: colapsos, convulsões, delírios, alucinações e coma.

- Desidratação: Ocorre quando a água é eliminada por sudorese e não há reposição através do
consumo de líquidos. São sintomas: aumento da pulsação e da temperatura corporal.

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O trabalhador encontra-se diante do risco físico do calor em ambientes como centro de


esterilização de materiais, serviços de nutrição e dietética, lavanderia hospitalar e casa de caldeiras.
Em relação às formas de proteção contra o calor, algumas são necessárias, como:

- Proteção contra calor radiante (contato direto entre as partes que recebem e as que cedem calor):
Deve-se fazer uso de anteparos refletores, como placas de alumínio polido. A superfície refletora deve
estar sempre limpa.

- Proteção contra o calor de convecção (através de massas de ar): Utiliza-se a renovação das massas
de ar aquecidas por outras mais frias.

• Radiações Ionizantes: É a radiação que produz energia suficiente para gerar raios-x. São capazes de
danificar nossas células e alterar o material genético, causando graves doenças e levando até a morte.

As formas de proteção contra a radiação ionizante são várias, tendo como principais:

- As paredes e portas das salas que contém equipamentos geradores de radiação devem ter
revestimento de chumbo.

- Devem ser instalados indicadores luminosos nos locais sujeitos a radiações, informando se estão
sendo utilizados ou não.

- Os equipamentos de radiação devem ser desligados automaticamente caso ocorra abertura acidental
da porta de acesso ao local sujeito à radiação.

- Os aparelhos devem possuir dispositivos que os desliguem automaticamente depois de decorrido o


tempo de exposição pré-selecionado.

- Nenhuma pessoa, além do paciente, deve ficar na sala de tratamento.

- Alarmes sonoros e visuais devem ser acionados sempre que as doses de radiação previstas forem
ultrapassadas.

- As salas devem dispor de meios de comunicação oral e visual com o paciente.

- Somente trabalhadores com treinamento adequado podem operar equipamentos geradores de


radiação.

- Os operadores devem se manter o mais afastado possível do paciente. Caso não seja possível,
devem usar protetor de tireoide, óculos e luvas apropriadas.

- Os operadores devem utilizar sempre dosímetros individuais na parte do corpo mais exposta à
radiação. Quando usar avental plumbífero, o dosímetro deve ser colocado conforme orientação do
fabricante.

• Radiações não ionizantes: São radiações de frequência igual ou menor que a luz. Não alteram nosso
material genético, mas algumas são capazes de gerar doenças. Por exemplo: radiação UV usada no

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processo de esterilização e luz infravermelha empregada em fisioterapia e processos cirúrgicos na


forma de laser.

As formas de controle desse risco tem como base a utilização de óculos de segurança. As
regras específicas para os raios laser são:

- Ajustar o laser em baixa potência para a fase de preparação. Ajustar em alta potência somente após
determinar a direção de uso.

- Assegurar precisão através da calibração preventiva.

- Manter superfícies reflexivas afastadas do campo onde o laser será utilizado, prevenindo reflexões
acidentais.

- Evitar o uso conjunto de laser a anti-inflamatórios inflamáveis ou oxigênio em concentrações maiores


que 40%.

- Usar o vácuo para remover a fumaça do centro cirúrgico.

- Eliminar cortinas inflamáveis e cobrir as janelas com material opaco.

- Instalar tecidos úmidos ao redor do campo cirúrgico de modo a evitar queimaduras acidentais por
raios mal-intencionados.

Siga corretamente as instruções para que os acidentes sejam evitados. Aja com consciência, zelando
sempre pela sua vida, para poder cuidar das outras!

Riscos ergonômicos: são os fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador,
proporcionando-lhe desconforto ou doença.

São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso, postura


inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno,
jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, imposição de rotina intensa.

Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios


danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional,
comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: LER/DORT, cansaço físico, dores
musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças
do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc.

Postura inadequada ao realizar alguns procedimentos devido ao imobiliário necessitando de


manutenção, etc.

As poltronas dos pacientes são baixas para minha altura, exigindo uma postura curvada durante as
punções de fístulas arteriovenosas

Iluminação inadequada, ambiente insalubre, com poluição sonora.

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A equipe de enfermagem é a que mais permanece em contato direto com o paciente e


submete-se a um maior tempo de exposição ao agente causador do risco ergonômico, o que nos leva
a concluir que o tempo de exposição não é um fator condicionante, mas sim determinante para o
aparecimento de doenças advindas do trabalho. Os riscos ocupacionais surgem em função.

Medidas gerais de precaução

Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é


necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade,
conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local
de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as
pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, etc.

Para evitar ou mesmo minimizar os riscos ocupacionais é muito importante o cumprimento da


NR-32, que dentre seus quesitos refere-se à exigência de instituições disponibilizarem aos seus
colaboradores todos os EPIs (equipamentos de proteção individual) de forma adequada, correta e
segura.

Garantir treinamento e capacitação periódica também é parte das diretrizes básicas para
contribuir com o bem-estar e a saúde do trabalhador durante as suas atividades. Porém, é essencial e
obrigatória a implantação de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) dentro da
instituição, e a efetiva participação dos funcionários, bem como a de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH) e os programas PPRA e PPRO, que respectivamente significam Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais e Programa de Prevenção de Riscos Ocupacionais.

CME – Central de Material Esterilizado

A central de materiais estéreis (CME) nos hospitais, tem importância vital na prevenção e
controle das infecções, sendo responsável pelo desenvolvimento de todas as fases do processo de
esterilização. Como a infecção hospitalar representa uma das principais causas de mortes no Brasil e
no mundo, a responsabilidade de cada pessoa envolvida com os processos de esterilização é enorme,
sendo necessários treinamentos e revisões periódicas das técnicas envolvidas.

Quando se fala em esterilização em um hospital, não se entende apenas a limpeza no sentido


de ausência de sujeira, e sim a limpeza bacteriológica. O controle de infecções ambientais, que podem
se propagar através de pisos, paredes, pessoas, ar, móveis, roupas, instrumentos e aparelhos.

Uma infecção contraída pelo paciente determina prejuízos pelo aumento de sua permanência
no hospital, pela maior ausência da família e no trabalho, pela agressão ao organismo, e maior custo
de medicação.

As infecções hospitalares não ocorrem por acaso. São consequências da ausência de


técnicas adequadas, da ignorância ou irresponsabilidade dos profissionais envolvidos. A maioria das
infecções hospitalares é devido a microrganismos presentes na flora microbiana normal dos pacientes
e que não são patogênicos em circunstâncias normais, mas que se tornam altamente perigosos
quando os mecanismos de defesa são rompidos.
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A prevenção das infecções adquiridas no ambiente hospitalar compreende o levantamento de


certas barreiras, a fim de se prevenir a transmissão de microrganismos de um paciente ao outro, do
pessoal para o paciente e vice-versa e do equipamento e materiais empregados para os pacientes e
usuários.

Técnicas corretas de esterilização são essenciais para a destruição dos microrganismos. O pessoal
técnico das CME têm a responsabilidade de assegurar a esterilidade dos artigos até o momento de
seu uso. Um técnico capacitado é essencial para o sucesso de qualquer controle de programa de
controle de infecção pois, responde diariamente pela limpeza, empacotamento, processamento,
estocagem de materiais e monitorização.

2 – OBJETIVO

Mostrar o funcionamento da CME, áreas, fluxo de material e pessoal, bem como os materiais
e processos de esterilização e desinfecção.

Para melhor entendimento deste assunto, apresentamos a seguir algumas definições, de forma a
facilitar a diferenciação ente os diversos procedimentos existentes que tem como objetivo inibir,
destruir e eliminar microorganismos presentes em objetos, superfície e tecidos vivos.

 Limpeza: É o processo pelo qual são removidos materiais estranhos (matéria orgânica,
sujidade) de superfícies e objetos. Normalmente é realizada através da aplicação de
água e sabão ou detergente e ação mecânica.

 Desinfecção: É um processo físico ou químico que destrói microorganismos presentes


em objetos inanimados, mas não necessariamente os esporos bacterianos.

 Esterilização: É um processo físico ou químico, através do qual são destruídas todas as


formas microbianas, inclusive os esporos bacterianos.

 Descontaminação: É o processo de desinfecção ou esterilização terminal de objetos e


superfícies contaminados com microorganismos patogênicos, de forma a torná-los
seguros para a manipulação.

 Anti - sepsia: Procedimento através do qual microorganismos presentes em tecidos são


destruídos ou eliminados após a aplicação de agentes antimicrobianos.

FATORES QUE INTERFEREM NA EFICÁCIA DOS PROCEDIMENTOS DE DESINFECÇÃO E


ESTERILIZAÇÃO

A atividade antimicrobiana dos agentes químicos depende de uma variedade de


fatores relativos à natureza, estrutura e condições dos microorganismos e a componentes
químicos e físicos do ambiente externo. O conhecimento desses fatores é imprescindível para uma
adequada aplicação dos processos de desinfecção e esterilização. A não observância desses
fatores pode implicar no insucesso desses procedimentos.
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Os micros organismos em relação à resistência dos desinfetantes químicos:

 Príons - são os mais resistentes

 Esporos bacterianos

 Vírus hidrofílicos ou pequenos

 Fungos

 Bactérias vegetativa

Os tempos de exposição usualmente recomendados são:

 Desinfecção de superfícies: 10-30 minutos;

 Desinfecção de artigos: no mínimo 30 minutos;

 Esterilização de artigos: variável de acordo com o agente: 10 - 18 horas

Fatores físicos e químicos:

Diversos fatores físicos e químicos influenciam nos processos de desinfecção e


esterilização, sendo os mais importantes a temperatura, o pH, a umidade relativa e a dureza da
água.

Temperatura

Os desinfetantes são comumente usados à temperatura ambiente.

Matéria Orgânica

A matéria orgânica, em diversas formas como soro, sangue, pus, material fecal e
resíduos de alimentos interfere na ação dos agentes antimicrobianos de pelo menos duas
maneiras: mais comumente ocorre uma relação entre os compostos e o material orgânico,
resultando num complexo menos ativo e deixando uma menor quantidade do agente químico
disponível para atacar os microrganismos (Russell, 1982).

Esta redução é notadamente observada com compostos altamente ativos como os


liberadores inorgânicos de cloro; alternativamente o material orgânico pode proteger os
microrganismos da ação desinfetante, funcionando como uma barreira física (Rutala, 1987). A
redução da carga de matéria orgânica previamente à desinfecção é desejável com o objetivo de
minimizar a interferência descrita.

DESENVOLVIMENTO

A função da CME é a de fornecer uma variedade de itens esterilizados ou


desinfetados para os centros cirúrgicos, enfermarias e outros estabelecimentos de saúde. A
Central de Material Esterilizado compreende os seguintes setores.
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 Expurgo

 Preparo de materiais

 Preparo de instrumentais cirúrgicos

 Esterilização

 Distribuição de materiais esterilizados

EXPURGO

A área de expurgo da CME é o local onde é feita a recepção de todo o material


contaminado e sujo da instituição, para limpeza e desinfecção.

É fundamental que o material seja selecionado e desinfetado imediatamente após o


seu recebimento na área de expurgo, evitando o acúmulo dos mesmos e, consequentemente, que
matérias orgânicas fiquem aderidas, tornando mais difícil a sua limpeza.

É essencial que essa limpeza seja realizada antes do processo de esterilização, uma
vez que restos de sujidade e matéria orgânica protegem os microrganismos, impedindo que o
agente esterilizante aja sobre ele.

O funcionário dessa área deve ser um auxiliar de Enfermagem devidamente orientado


com relação à importância da utilização correta do Equipamento de Proteção Individual (EPI), que
se compõe de óculos, mascaras, botas, luvas e avental impermeável e protetor para ruído.

Devido ao tipo de trabalho que é desenvolvido na área, o funcionário deverá estar


paramentado com gorro ou touca descartável, óculos de acrílico, luvas de borracha antiderrapante
e, quando Necessário, utilizar luvas de amianto de cano longo para alta temperatura.

Os principais objetivos da utilização do EPI na área de expurgo são:

 Impedir que o funcionário entre em contato direto com material ou objeto contaminado;

 Oferecer segurança ao funcionário, durante sua exposição a riscos de contaminação.

Deve ser observada a utilização individual do EPI, em tamanhos adequados. O EPI


descartável deve ser desprezado no lixo; o reaproveitável deve ser lavado e desinfetado de
maneira correta, conforme rotina.

O material deve ser recebido através de guinche ou em local que tenha uma bancada
ou mesa de apoio, nos horários padronizados, de acordo com a demanda da instituição. A
padronização de horários no recebimento do material é importante para organizar a dinâmica do
trabalho e favorecer o funcionário no desenvolvimento das rotinas técnicas.

Ao realizar-se o recebimento do material, deve ser observada a integridade, o tipo e a


codificação. A utilização de impressos para registro da entrada do material na CME é a forma ideal

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para manter um controle eficiente do mesmo. Outras formas de controle que podem ser utilizadas
são blocos impressos e sistemas informatizados, com programas específicos.

A grande diversidade de instrumental e material recebidos em uma CME, a codificação


dos mesmos é um processo que ajuda no controle, principalmente quando se trata de caixas de
instrumentais cirúrgicos. Esta codificação pode ser feita através de cores pintadas em uma
pequena parte de cada instrumental e caixa, ou através da gravação de números ou letras.

A gravação em instrumental através de pirógrafo danifica a camada de cromagem,


facilitando a ferrugem e a corrosão. É aconselhável a gravação através de processo eletroquímico.

Para realizar a limpeza do material, a área deve possuir pia com bojo profundo as
indicações mais adequadas são pias em aço inoxidável, torneira com bico apropriado para limpeza
de material tubular, balcão ou mesa de superfície não porosa e de fácil limpeza e carros em aço
inoxidável para o transporte do material.

A limpeza do material pode ser realizada com produtos específicos (detergentes


enzimáticos) que removem a sujidade sem deixar resíduos em curto espaço de tempo, e não
danificam o material.

Para o enxague do material, deve ser usado preferencialmente água destilada,


evitando que o excesso de íons da água corrente fique aderido no material, (principalmente
materiais de aço inoxidável), provocando a formação de manchas e pontos de corrosão.

Nesta área podem ser utilizados equipamentos específicos para descontaminação e


limpeza de material, por lavadoras, esterilizadoras ou desinfetadoras. É importante ressaltar que
devem ser elaboradas rotinas de manuseio desses equipamentos, de acordo com a instrução do
fabricante.

Para facilitar a secagem do material, recomenda-se a utilização de equipamentos específicos,


conforme as instruções do fabricante, ou a utilização de uma estufa regulada na temperatura de
80° C.

A área do expurgo requer do funcionário responsabilidade, pois as atividades aí


desenvolvidas são o ponto de partida de todo o trabalho realizado na CME. Compete ao auxiliar de
Enfermagem realizar as atividades de acordo com as rotinas técnicas, sob a supervisão de
um enfermeiro de serviço. (Segundo, Rodrigues, 1995).

PREPARO DE MATERIAIS

A área de preparo é o local onde é feita a revisão, seleção, preparo e


acondicionamento do material utilizado em uma instituição hospitalar, tais como: instrumental,
luvas, roupa cirúrgica, compressas, gazinhas, etc.

Esta área tem como objetivo proporcionar aos profissionais que utilizarão o material
esterilizado o conforto de ter nas mãos o material completo, na sequência necessária e em
perfeitas condições de uso.
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O local deve possuir amplitude suficiente para abrigar a quantidade e a diversidade


dos materiais da instituição. Para realizar o preparo do material, esta área deve possuir mesas ou
balcões, cadeiras de encosto, assento anatômico e apoio para os pés, armários, gavetas, suportes
para pinças, cestos aramados e carrinhos para transporte de material.

O preparo de luvas deve ser realizado em local isolado, com exaustor apropriado, uma
vez que, devido a utilização de talco, ocorre o levantamento de partículas deste material no
ambiente.

A iluminação deve ser adequada para permitir a perfeita triagem, revisão e seleção do
material, combinando luz natural com luz artificial, evitando sombras e reflexos.

A escolha da embalagem deve ser realizada de acordo com o tamanho, forma, meio
de esterilização e utilização do material. As embalagens mais utilizadas são: tecido de algodão cru
duplo, papel grau cirúrgico e caixas metálicas.

O material deve ser codificado, com o objetivo de facilitar o seu controle e a
confecções de pacotes. Os pacotes devem ser padronizados por tipos de procedimentos ou por
clínicas, de acordo com a clientela a ser atendida. Este procedimento economiza tempo e material,
agiliza o trabalho do funcionário e mantém o padrão de qualidade da CME.

Nos pacotes envolvidos em tecido duplo deverá ser utilizada a forma de


empacotamento, que permite uma proteção adequada e segurança na utilização de material, que
doravante denominaremos técnica do envelope. Na utilização de papel grau cirúrgico, devem ser
observados a forma, tamanho e volume do material, para escolha adequada da embalagem.

A produção realizada deve ser anotada por cada tipo de pacote confeccionados,
possibilitando uma avaliação mensal e anual da produção da CME, e facilitando o controle e
reposição de material de consumo utilizado pelo encarregado administrativo.

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