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Título: Acolhimento do Cliente, contra referencia no P.

A e Internação CÓDIGO
POP.INMCEB.ADM.001

REVISÃO DATA DE ELABORAÇÃO: PÁGINA


001 Março/2022 1/3

1. DEFINIÇÃO

A inserção do usuário no INMCEB, acontece por meio do encaminhamento da rede sócio


assistencial, samu ou PM e por demanda espontânea quando convênio e particular. Destaca a necessidade da
dimensão humana no cuidado no âmbito hospitalar. Para isso o emprego correto das tecnologias do cuidado.
O cuidado integra competência técnico-científica e humana com sensibilidade e humanização do processo
saúde-doença. Pois dependendo da condução das crises nessa fase serão determinantes futuros para o
paciente e sua família.

Ao internar numa Instituição Hospitalar Psiquiátrica, o cliente é possuído por diversas expectativas e
incertezas, pelo desconhecido, pelo ambiente e pelas pessoas com quem vai conviver, pelas normas e rotinas.

O usário o passará por uma avaliação médica pelo plantonista, se necessário, fica em observação na
unidade de Pronto Atendimento, por até 72 horas e em casos que preenchem os critérios para internação, será
encaminhado para unidade (em anexo) junto com gestão de risco e a construção de seu projeto terapêutico
singular (PTS).

Considerando que a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS prevê em seu


Artigo 1º

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de
consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”

Considerando que LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001 que dispõe sobre a proteção e os
direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais define:

Artigo 1º - Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta
Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual,
religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo
de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.

Artigo 2o – Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou
responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo.

Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:


i) Ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;

ii) Ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando

alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;

iii) Ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;

A DIRETORIA DO INMCEB DETERMINA:

Que qualquer violação de direitos, injúria, agressão (física, verbal, psicológica, emocional) ou ameaça
sofrida por qualquer cliente (paciente) perpetrado por colaborador da Casa de Eurípedes ou visitante será
aplicado regularmente as penalidades da Lei e o seu Regimento Interno.

2. OBJETIVOS
1) Receber o paciente com olhar atencioso, ouvindo-o com atenção, tratando-o sempre com cortesia
tratando-o com por senhor ou senhora.
2) Receber o cliente de forma acolhedora e carinhosa e protetiva.
3) Fazer valer a LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001

3. Seguimento da internação – Encaminhamento ao Pronto Atendimento


O RECEPCIONISTA DO P.A.:
 Cadastro do paciente via sistema SP DATA:
 Documentos pessoais paciente e responsável
 Carteirinha do plano de saúde, quando necessário.
 Direciona encaminhamentos e relatórios.
 Verificar no ato da internação documentação necessária:
 Internação voluntária: assinaturas e documentos pessoais do paciente/acompanhante.
 Internação involuntária: assinatura e documentos pessoais do responsável legal, aviso no grupo do
P.A e contato com serviço social.
 Internação compulsória: assinatura e documentos pessoais do responsável legal acompanhado do
mandado judicial válido e legível, aviso no grupo do P.A e contato com serviço social.
 Explicar e orientar com calma e detalhadamente as rotinas, normas e horários básicos da instituição.
 Apresentar a equipe do P.A. (enfermeiro, técnico de enfermagem e médico plantonista).

O MÉDICO PLANTONISTA:
 Responsável pela Internação. (Atender critérios de internação).
 Avaliar necessidade de contenção química, mecânica e risco de autoextermínio. (Gestão de Riscos).
 Entrevista motivacional para transformar internações involuntárias para voluntarias explicando os
benefícios do tratamento.
 Preencher a ficha de anamnese.
 Início da construção do projeto terapêutico singular (PTS) caso seja contrareferenciado no P.A.

O TÉCNICO DE ENFERMAGEM DO P.A:


 No ato da internação, durante a consulta médica, informar a equipe técnica e enfermeiro plantomista
sobre a internação em andamento.
 Apresentar o ambiente físico do P.A, seu leito, posto de enfermagem, horário de refeição e normas
para o usuário e seu acompanhante.
 Verificar suas necessidades imediatas, as condições de higiene, lesões, edemas, manchas, contusões,
agitação e agressividade física ou verbal a si e a terceiros, medicações, avaliar alimentação e sono.
 Registrar relatório no sistema e evoluir prontuários.
 O colaborador que participa da internação deve se oferecer para responder seus questionamentos,
encaminhar suas solicitações, resolver suas dúvidas e indicar a quem se dirigir caso necessite de
outras orientações e necessidades.

O SERVIÇO SOCIAL P.A:


 Quando paciente não estiver com acompanhante.
 Falar sobre os direitos e benefícios.
 Orientar e providenciar atestados.
 Fuga e transferências.
 Providenciar medicações de uso contínuo (entregues pela família)
 Exames clínicos.
 Pertences pessoais.
 Vestuário, calçado, roupas de cama, travesseiro, kit de higiene, alimentação, higiene pessoal,
medicações, exames, telefonemas, relatórios, atestados.
 Acompanhar internação involuntária, compulsória e infantil.

4. NA INTERNAÇÃO Infantil
 Como estratégia para proteger a criança, a entrata no centro de tratamento

5. NA INTERNAÇÃO Técnico de Enfermagem P.A. / Centro de Ttmento.


 Informar por telefone o Posto de Enfermagem do centro de tratamento correspondente,
antecipadamente, a entrada do cliente, orientando sobre as condições do cliente e solicitando o
preparo antecipado do leito e as condutas clínicas da serem tomadas no posto.
 Acompanhar o cliente até o centro de Tratamento, ao seu lado, ajudando a levar seus pertences, com
cuidado e bem próximo do cliente, fazendo outras orientações e apresentações da instituição.
Orientar e acompanhar a vistoria técnica (se necessária) e demais procedimentos de entrada do
cliente: roupas, cuidados gerais, higiene, possíveis intercorrências, prescrições medicamentosas
imediatas e outros, indicar o leito destinado ao cliente.

O TÉCNICO DE ENFERMAGEM NO CENTRO DE TRATAMENTO:


 Recebe o cliente, cumprimentando-o com respeito, se apresentando e acolhendo-o, faz as aferições
dos sinais vitais (PA, P, T, SpO2), verificação de traumas corporais.
 Apresentar as diversas atividades disponíveis: terapias, atividades ocupacionais e de lazer.
 Explicar que o centro de tratamento possui uma equipe interdisciplinar: médico, enfermeiro,
assistente social, psicólogo, nutricionista, naturólogo, educador físico, terapeuta ocupacional,
farmacêuticas.
 Indicar o quarto e leito a ser ocupado pelo usuário e respectivo armário, orientando sobre o uso,
guardar e horários de entrega de chave.
 Esclarecer sobre o uso do telefone na enfermaria.
 Funcionamento da lanchonete.
 Sessões espiritas
 Explicar sobre uso da própria roupa, acondicionamento e manutenção das mesmas pelos familiares,
como também objetos de uso pessoal e materiais de higiene.
 Informar quanto a proibição de cigarro e objetos que ofereçam riscos: Presto barbas, isqueiros,
cintos e materiais perfuro-cortantes.

4. PROCEDIMENTO

Preparo e administração: utilize técnica asséptica rigorosa

 Lavar as mãos antes e após o preparo das medicações;


 Conferir a prescrição médica mais uma vez;
 Faça a inspeção do frasco para observar possíveis partículas, alteração da cor, rachaduras ou
vazamentos, e data da validade da solução;
 Identificar a solução preparada e fazer o rótulo de soro;
 Realizar a desinfecção da ampola/frasco com álcool a 70%, abra a ampola ou frasco de medicamentos
ou eletrólitos, aspire com seringa e introduza a medicação aspirada no frasco da solução;
 Adapte o frasco ao equipo certificando que não há ar no equipo e instale no paciente,
 Controle o fluxo da infusão;
 Observe o paciente para sinais/sintomas de reação adversas ao medicamento ou solução;
 Cheque a medicação administrada no prontuário do paciente;
 Realizar desinfecção do injetor lateral do equipo para administração de medicamentos. Despreze o
material perfurocortante em recipiente apropriado.

5. RECOMENDAÇÕES

 Não administre medicações incompatíveis entre si, ou soluções;


 Quando necessária administração simultânea de dois medicamentos injetáveis, prepare-os
separadamente; Entre a administração do primeiro medicamento e do segundo, lavar o sistema com
soro em curso ou administre 10 a 20 ml de água destilada e somente em seguida administre o outro
medicamento;
 Antes de administrar qualquer medicamento certifique-se que o mesmo se encontra em temperatura
ambiente a fim de evitar hipotermia;
 Durante a reconstituição, diluição e administração do medicamento observe qualquer mudança de
coloração e a formação de precipitados ou cristais. Caso ocorra um desses eventos, interrompa o
processo, procure informação e notifique ao enfermeiro do setor;
 Não realize a mistura de medicamentos na mesma seringa, a não ser se indicado na prescrição;
 Reconstitua e dilua o medicamento de preferência, imediatamente antes do uso;
 Caso necessite armazenar o medicamento após reconstituição e/ou diluição utilize etiqueta de
identificação com as seguintes informações: nome do medicamento, responsável pela manipulação
(nome do profissional e registro no COREN), data, hora e diluente – SOMENTE VÁLIDO PARA
MEDICAMENTOS EM FRASCO E NUNCA AMPOLAS;
 Antes de iniciar o preparo do medicamento leia atentamente a prescrição médica e confira o rótulo do
fármaco com os da prescrição. Em caso de dúvida consulte o enfermeiro;
 Verifique na prescrição o tipo de diluente recomendado e a via de administração;
 Nunca colocar sobre a bancada de diluição mais de um produto de cada vez, evitando assim que
ocorram erros e trocas de medicamentos;
 Não administre um medicamento previamente diluído sem ter certeza do prazo de validade e das
informações referentes à sua diluição na etiqueta;
 Frascos sem rótulo ou rótulo ilegíveis devem ser devolvidos à farmácia;
 Sempre questione ordens ambíguas ou que julque insegura para o paciente;
 Administre somente medicações que estejam prescritas pelo médico;
 Avalie o acesso venoso do paciente e o entendimento do paciente quanto à terapia prescrita (caso
paciente orientado);
 Não se esquecer de datar equipos, conexões, multivias e trocar a cada 96h;
Observações:
 Checar a medicação administrada com nome legível;
 Verificar diariamente se há presença de flebite.
 Trocar acesso periférico, equipes e multivias conforme orientação da CCIH.

6. RESPONSABILIDADE

Equipe de Enfermagem, recepção, medico plantonista, serviço social.

7. HISTÓRICO DE REVISÕES

NÚMERO DA REVISÃO DATA DA REVISÃO RESPONSÁVEL PELA REVISÃODESCRIÇÃO DO QUE


FOI REVISADO
03 02/03/2022 Letícia Dantas Albernaz Atualizado

8. DISTRIBUIÇÃO

SETOR QUANTIDADE DE CÓPIAS

QUALIDADE 01

SETORES ASSISTENCIAIS 08

9. REFERÊNCIAS

NERI, E. D. R. et al. Protocolos de prepare e administração de medicamentos: pulsoterapia e hospital


dia. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, Hospital Water Cantidio, 2008.
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 6ed. Rio de
Janeiro. Guanabara, Koogan, 2006.

PRADO, M. L.; GELBECKE, F. L. Fundamentos de Enfermagem. 2. Ed. Florianópolis: Cidade


Futura, 2002.

ELABORADO POR: AVALIADO POR: APROVADO POR: VALIDADE:

Elizabeth Costa
Coord Enfermagem SETEMBRO/2023
Dérick Carniello Rezende Leticia Dantas Albernaz
NUSP Luiz Gustavo Moreira
Cruvinel
Diretor Técnico

Marcelo Pimenta
Diretor Clinico

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