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Resumo Prático: XABCDE DO TRAUMA

Enfermeira da Sanar Saúde

Leitura de 5 min

• 11/02/2019
 

O QUE É TRAUMA?

 No contexto da enfermagem, define-se o Trauma como um evento nocivo que advém
da liberação de formas específicas de energia ou de barreiras físicas ao fluxo normal de
energia.  
VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DO XABCDE DO TRAUMA?
 
Em 1976, ao sofrer um acidente com sua família, o cirurgião ortopédico Jim Styner
pôde perceber as fragilidades dos cuidados em primeiros socorros de vítimas de
traumas. Depois dessa experiência, o médico desenvolveu o protocolo ABCDE do
trauma, que passou a ser empregado em diversas regiões do mundo a partir de 1978,
sendo ministrado neste ano o primeiro curso sobre o tema.

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A importância do método desenvolvido por Jim Styner não demorou a ser reconhecida
pelas autoridades médicas, uma vez que só com esses cuidados é possível realmente
estabilizar o paciente, deixando-o mais seguro para o transporte e para quaisquer outras
intervenções que se façam necessárias.

Mudança (a entrada do X):

O famoso mnemônico do trauma “abcde” ganhou na 9ª edição do PHTLS 2018, no


capítulo 6 , mais uma letra. O “x’ de hemorragia exsanguinante ou seja hemorragia
externa grave. Ainda não publicado oficialmente e não traduzido, mas já nos
atualizamos.

O APH sofreu uma substancial alteração, dando mais ênfase às grandes hemorragias
externas, antes mesmo do controle cervical ou da abertura das vias aéreas!  
O QUE É O ABCDE DO TRAUMA?
 
O XABCDE é um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao paciente
politraumatizado e define prioridades na abordagem ao trauma, no sentido de padronizar
o atendimento. Ou seja, é uma forma rápida e fácil de memorizar todos os passos que
devem ser seguidos com o paciente em politrauma.

Ele foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais ao indivíduo, e é aplicável
a todos as vítimas com quadro crítico, independentemente da idade. O protocolo tem
como principal objetivo reduzir índices de mortalidade e morbidade em vítimas de
qualquer tipo de trauma.

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 E como o método funciona?  


QUAIS CONDUTAS DE SEGURANÇA NA FASE PRÉ-HOSPITALAR?
 
Antes de iniciar a abordagem XABCDE ao paciente vítima de trauma é necessário
atentar-se a itens essenciais para salvaguardar a vida da equipe, como: avaliação da
segurança da cena segura, uso de EPI’s, sinalização da cena (Ex. dispor cones de
isolamento na pista).

Significado das Letras ABCDE


 

(X) – Exsanguinação

 Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve ser antes mesmo do
manejo das vias aérea uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias
aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata no
trauma são as hemorragias graves.

 (A) – Vias aéreas e proteção da coluna vertebral

No A, deve-se realizar a avaliação das vias aéreas. No atendimento pré-hospitalar, 66-


85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas. Para manutenção das
vias aéreas  utiliza-se das técnicas: “chin lift”: elevação do queixo, uso de aspirador de
ponta rígida, “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula, cânula orofaríngea (Guedel).

No A também, realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a


equipe de socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que mova a
cabeça para os lados durante o olhar, podendo causar lesões medulares.

A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. Para isso,
uma prancha rígida deve ser utilizada.

Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos


multissistêmicos!

(B) – Boa Ventilação e Respiração

No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência


respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e
observação da musculatura acessória são parâmetros analisados nessa fase.

Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta e
percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado.
(C) – Circulação com Controle de Hemorragias

No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise.


A maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. A Hemorragia é
a principal causa de morte no trauma.

A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a hemorragias externas, grandes


hemorragias. Já o “C” refere-se a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas
de volume sanguíneo não visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna
no trauma (pelve, abdomem e membros inferiores), avaliando sinais clínicos de
hemorragia como tempo de enchimento capilar lentificado, pele fria e pegajosa e
comprometimento do nível e qualidade de consciência.

Classificando o Choque Hipovolêmico


 

QUAIS SOLUÇÕES EMPREGAR NA REPOSIÇÃO VOLÊMICA? 

O Soro Ringer com Lactato é a solução isotônica de escolha, contudo, soluções


cristaloides não repõem hemácias, portanto, não recupera a capacidade de carrear O2 ou
as plaquetas necessárias no processo de coagulação e controle de hemorragias.

(D) – Disfunção Neurológica


No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de
hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de lesão medular são medidas
realizadas.

Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela


manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a escala de
goma de Glasgow atualizada.

(E) – Exposição Total do Paciente

No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da


hipotermia são as principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar sinais de
trauma, sangramento, manchas na pele etc.
A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete o
paciente.

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