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Leonardo Clément Baseado nos Protocolos da:

American Heart Association

(AHA)

Revisores

Transaction: HP13115837951401 e-mail: leandronogueiracastro@gmail.com


Wesley Pinto
Marcelo Herculano
Ednei dos Santos

SBV em Pediatria + Engasgo


Os 4 Passos que Salvam Vidas
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1: SBV NA CRIANÇA PÁGINAS:
Introdução 7
Avaliação Inicial 8
Compressões 14
Ventilações 16

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Atendimento completo 21
Atendimento em Equipe 22
SBV no Paciente Intubado 23
Parada Respiratória 24

CAPÍTULO 2: SBV NO LACTENTE


Introdução 26
Avaliação Inicial 27
Compressões 30
Ventilações 32
Atendimento completo 39
Atendimento em Equipe 40
Parada Respiratória 42

CAPÍTULO 3: SBV NO ENGASGO


Adultos / Crianças: Obstrução parcial 45
Adultos / Crianças: Obstrução total 46
Manobra de Heimlich 47
Adultos / Crianças: Situações especiais 48
Lactentes: Obstrução parcial 49
Lactentes: Obstrução total 50
Inconsciência na Obstrução de Vias Aéreas 51
Conclusão 52

2
Apresentação Geral
Esse e-book representa parte do material didático do Curso de SBV do IBRAPH assim como do programa
de Formação de Instrutores de SBV credenciados IBRAPH (Programa Multiplicadores do Bem).

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Esse livro deve ser lido preferencialmente na sequência do e-book: “SBV no Adulto + Uso do DEA”
Para adquirir o e-book: “SBV no Adulto + Uso do DEA” → Clique no AQUI

Esse material foi pensado e elaborado com a preocupação de trazer os conteúdos de SBV mais importantes,
de forma clara, objetiva e com a maior didática possível.

As principais referências bibliográficas utilizadas para a elaboração desse material são os guidelines de SBV da
American Heart Association (AHA).

Para ilustrar na prática e aprofundar a discussão de alguns assuntos apresentados nesse livro, disponibilizaremos
ao longo do mesmo, hiperlinks para que você possa assistir vídeos ilustrativos que

disponibilizamos no Canal do IBRAPH no youtube sobre os assuntos em questão.

Se Inscreva no Canal

3
Mensagem aos Leitores
Olá, prazer, sou Leonardo Clément, médico formado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP),
instrutor de Suporte Básico de Vida (SBV) inicialmente credenciado pela American Heart Association (AHA) desde
2008 e formador de novos instrutores pelo programa de formação de Instrutores de SBV Multiplicadores do Bem
credenciados pelo Instituto Brasileiro de APH (IBRAPH) desde 2015.

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Toda minha atuação profissional como médico está voltada para o Atendimento Pré-Hospitalar (APH) e tenho
atuado nesses anos de formado em diferentes ambientes dentro do APH:
• APH em ambiente aeroportuário
• APH em rodovias
• APH em indústrias
• SAMU 192

Tenho atuado como instrutor profissional de SBV desde 2008,


e continuo atuando firmemente na multiplicação
desses conhecimentos até hoje.

Todo esse material foi elaborado com muito carinho e atenção para
que você possa estudar SBV de forma leve e prazerosa.

Espero que seja valioso para você e que contribua um pouco mais
com os seus conhecimentos de SBV e APH.

Atenciosamente,
Leonardo Clément
Fonte da imagem: IBRAPH 4
Revisores do e-book
Wesley Pinto (RJ)
• Enfermeiro com atuação em APH
• Mestre em Ensino em Ciências da Saúde
• Especialista em Urgência e Emergência
• Especialista em Auditoria em Serviços de Saúde
• Oficial Enfermeiro do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro

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• Indicado para Instrutor nos Cursos: BLS; ACLS; PALS; ITLS Military; AMLS e PHTLS
• Co-fundador do Departamento de Enfermagem da ABRAMEDE gestão 2016/2018
• Membro do Comitê Nacional de APH da ABRAMEDE
• Instrutor de Suporte ao Trauma no APH (STAPH) - IBRAPH

Marcelo Herculano (DF)


• SO-FN-EF 86.4921.36; Enfermeiro Operativo da Marinha do Brasil; COREN DF 400.277
• EMT-Paramédico
• NAEMT Member Id # 516510
• PHTLS Provider – NAEMT Id # C69566D6
• AEMT Australasian Registry -AREMT - Id # 7/201840560
• Advanced Emergency Medical Technician - Register Id # 01/2018-02
• Bleeding Control Instructor - American College Of Surgeons
• AHA BLS Instructor Id # 10170620947
• Instrutor do Grupo de Resgate e Emergência – GRE
• ASHI Instructor BLS & Emergency Medical Response Id # 2553271
• Instrutor SBV Nível 2 do Instituto Brasileiro de APH – IBRAPH
• Instrutor de Suporte ao Trauma no APH (STAPH) - IBRAPH

Ednei Fernando (SP)


• Graduado em Educação Física
• Pós Graduado em Fisiologia
• Mestre em Reabilitação
• Doutorando em Traumatologia
• Professor universitário nas disciplinas de Trauma e APH
• Docente nas disciplinas de Resgate e Salvamento Veicular na Escola Superior de Bombeiros
• Instrutor de Suporte ao Trauma no APH (STAPH) - IBRAPH

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SBV na Criança

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Introdução
Neste módulo iremos abordar o a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) na criança.
Consideramos Crianças para o SBV, segundo a American Heart Association (AHA),
todo indivíduo compreendido → → Entre 1 ano de idade

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e os primeiros sinais da puberdade
ou 8 anos de idade.
A principal causa de parada cardiorrespiratória (PCR) em pediatria, é uma hipóxia prévia
que leva a insuficiência ou parada respiratória (PR) e consequentemente a uma PCR.
São exemplos de causas de PCR em pediatria:
• Engasgo;
• Afogamento;
• Acidentes (Trauma);
HIPÓXIA PR PCR
• Asma;
• Doenças respiratórias de uma forma geral.

Em geral o ritmo inicial de PCR nesses pacientes será Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) ou Assistolia.
existe uma ênfase maior na importância das ventilações
Por esse motivo

em relação aos adultos que param mais frequentemente por doença cardíaca e
consequentemente com ritmo inicial chocável:
Fibrilação Ventricular (FV) ou Taquicardia Ventricular sem Pulso (TVSP).

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Avaliação Inicial na Criança
A avaliação inicial deve envolver ...
...avaliação da cena + avaliação do paciente.
Essa avaliação se aplica em pacientes, a priori, inconscientes dentro do

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Suporte Básico de Vida (SBV).

Os objetivos da avaliação inicial consistem em checar...


• Nível de consciência qualitativamente;
• Presença de Ventilação Adequada; * Procedimento reservado para profissionais
de saúde treinados, experientes e seguros na
• Presença de pulso carotídeo adequado*. checagem de pulso central

Caso o socorrista esteja sozinho na cena, o mesmo deverá gritar por


“SOCORRO”, caso tenha alguém por perto, o socorrista deverá
pedir ajuda (192 + DEA) ainda dentro da avaliação inicial.
Caso o socorrista continue sozinho na cena após gritar por ajuda, ele poderá
finalizar a avaliação inicial e pedir ajuda posteriormente.

Veremos nas próximas páginas o passo a passo de uma boa avaliação inicial no SBV na CRIANÇA.

Fonte da imagem: Google 8


Avaliação Inicial: Passo a Passo

Observação: Caso o socorrista esteja sozinho na cena,

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o mesmo deverá gritar por “SOCORRO”, caso tenha
alguém por perto, o socorrista deverá pedir ajuda
(192 + DEA) ainda dentro da avaliação inicial após
identificar que a vítima não responde aos chamados e
antes mesmo de verificar a ventilação e o pulso.

Passo 1: Segurança do Local

Passo 2: Responsividade do Paciente


Passo 3: Ventilação e Pulso*

* Procedimento reservado para profissionais de


saúde treinados, experientes e seguros na
checagem de pulso central

Fonte da imagem: IBRAPH 9


Passo 1: Segurança do Local
A segurança da cena é primordial para a equipe de saúde.
Não cabe aos profissionais de saúde adentrar a

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“zona quente”, sendo esse papel reservado aos
profissionais qualificados para tal, policiais e bombeiros
por exemplo, autoridades absolutas nessas circunstâncias.

A equipe da saúde deve aguardar a liberação dos profissionais competentes para tal, até que
a segurança da cena esteja garantida para acessar o local.
Em algumas situações, as vítimas são retiradas da zona quente e trazidas para a zona fria para
que o atendimento seja efetuado.

A segurança do socorrista e da equipe


vem sempre em primeiro lugar!
Fonte da imagem: IBRAPH 10
Passo 2: Responsividade
Lembrando que neste momento não
devemos quantificar o nível de

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consciência aplicando a escala de Glasgow...
... e sim qualificar a consciência
do paciente em:
PRESENTE ou AUSENTE
Para isso, devemos adotar a posição do socorrista com um ou dois joelhos no chão, apoiar as duas
mãos na região superior do tórax e...
...aplicar estímulos vigorosos
ao mesmo tempo que chamamos o paciente:

“HEY, GAROTO, GAROTA PODE ME OUVIR???”

Fonte da imagem: IBRAPH 11


Pedido de Ajuda (192 + DEA)
O momento e a forma de pedir ajuda no SBV podem variar a depender da situação.
Situação 1: Socorrista sozinho ou sozinha na cena
Gritar por “SOCORRO”, caso continue sozinho na cena:

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→ Finalizar a avaliação inicial e pedir posteriormente
Situação 2: O Socorrista NÃO está sozinho ou sozinha na cena
Pedir ajuda assim que identificar que o paciente não responde aos chamados e
falar para quem está ao lado:

“Você, ligue para o 192 e vá buscar um DEA!”


Observações:
1. Caso você esteja sozinho e possa ligar com o celular enquanto já inicia as
compressões, então faça isso para não perder tempo.
2. No adulto inconsciente e em PCR por motivo desconhecido, devemos sempre
providenciar ligar para o 192 e providenciar o DEA o mais rápido possível (Suspeita de
PCR por origem cardíaca).
3. Em crianças, lactentes e outros pacientes que estão em PCR, porém devido a uma
hipóxia como origem do quadro (Afogados por ex.), o momento ideal de pedir ajuda
pode mudar.

Nesse caso, o socorrista sozinho na cena, pode fazer 2 min de RCP com compressões e ventilações de alta
qualidade, antes de sair para pedir ajuda. Caso esteja com celular na cena ou com outra pessoa presente, o
socorrista deve pedir ajuda imediatamente enquanto inicia a RCP.

Fonte da imagem: IBRAPH 12


Passo 3: Ventilação + Pulso Central
Caso o paciente não responda aos estímulos táteis e
verbais do segundo passo da avaliação, devemos então
proceder ao terceiro passo que consiste em...

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...checar a ventilação e o
pulso central simultaneamente.
Esse passo deve levar entre 5 e 10 segundos.
Para isso basta observar se existem movimentos
ventilatórios eficazes através da elevação torácica e ao
mesmo tempo palpar o PULSO CAROTÍDEO em busca da
identificação de presença ou ausência do mesmo.

Observações:
1. Em caso de pacientes pediátricos inconscientes e que não apresentam ventilação espontânea, COM presença de pulso
central < 60 bpm e sinais de hipoperfusão, está indicada a realização de RCP com compressões e ventilações.
2. A checagem do pulso só deve ser realizada por profissionais de saúde treinados, com experiência e segurança nesse
procedimento.
3. A checagem de pulso é opcional no SBV e alguns protocolos (Europeu e SOBRASA por ex.) recomendam que
profissionais de SBV (mesmo que oriundos da área de saúde) não chequem o pulso na avaliação inicial.
4. A ausência de responsividade associada à ausência de ventilação normal (ausência total de movimentos torácicos ou
ventilação agônica, também conhecida como gasping) já indicam a necessidade de RCP no SBV sem que haja
necessidade de checar o pulso.

Fonte da imagem: IBRAPH 13


Compressões Cardíacas
Como já mencionamos anteriormente no capítulo de
RCP no adulto, existem basicamente...

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4 pontos cruciais para realização de
...

compressões eficazes em crianças.


Vamos agora pontuar esses 4 pontos para realização
de compressões eficazes em crianças.

1.Força → 4 a 5 cm ou Aproximadamente 5 cm de Profundidade


2.Frequência → 100 a 120 compressões por minuto
3.Posição → As compressões PODEM ser realizadas utilizando APENAS UMA MÃO
4.Observação → Permitir o RETORNO COMPLETO do tórax APÓS CADA COMPRESSÃO

Fonte da imagem: IBRAPH 14


Compressões Cardíacas (Passo a Passo)
Técnica com apenas 1 mão

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1. Posicionar a Região Hipotênar no centro do tórax da vítima
• “Calcanhar” da mão na metade inferior do osso esterno
• Afastar do apêndice xifoide
2. Utilizar a outra mão para realizar uma abertura das vias aéreas
• Manobra de Inclinação da Cabeça com Elevação do Queixo (Head Tilt e Chin Lift)
3. Posição correta dos cotovelos e dos ombros
• O cotovelo do membro que realiza as compressões deve permanecer ESTENDIDO
• O ombro acima da vítima formando um ângulo de 90º
5. Aplicar Compressões FORTES e RÁPIDAS com uma das mãos

Fonte da imagem: IBRAPH 15


Ventilações no SBV em Crianças
Para ventilar crianças que necessitam de ventilação por pressão positiva no
Suporte Básico de Vida, existem três formas:

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1. Boca a Boca
2. Dispositivo Válvula Máscara Pediátrico (Pocket-Mask)
• ou Dispositivo Tamanho Adulto Posicionado de Forma Invertido
3. Dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara Pediátrico (BVM/AMBU)
• ou Dispositivo Tamanho Adulto Posicionado com Máscara de Forma Invertida

Fonte da imagem: IBRAPH 16


Boca a Boca na Criança
O Boca a boca fornece cerca de 17% de oxigênio para o paciente.
Apesar de não existir relatos na literatura de contaminação de socorristas ao realizar essa

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manobra, é recomendado que profissionais de saúde usem os dispositivos de barreira para
realização das ventilação (Veremos a seguir).

Para realizar uma ventilação boca a boca eficaz, Seguir o passo a passo:

1. Abrir a via aérea através da inclinação


da cabeça com elevação do queixo.
2. Vedar 100% a boca do paciente com a
boca do socorrista (Boca de peixe).
3. Obstruir as narinas do paciente com
os dedos em pinça para evitar o
refluxo de ar.
4. Aplicar ventilações de 1 segundo cada
observando a elevação do tórax.

Fonte da imagem: IBRAPH 17


Pocket-Mask (Posição Tradicional)
A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de 17% de oxigênio
para o paciente a não ser que esteja acoplado a um cilindro de O2,
neste caso podemos chegar em frações de O2 ofertadas bem maiores

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(cerca de 60 a 70%).

A Pocket-Mask permite tanto uma proteção de contato graças a sua


estrutura de silicone quanto uma proteção respiratória graças a sua
Válvula UNIDIRECIONAL + seu filtro interno.

Alguns modelos podem ser acoplados a uma fonte de O2 e outros não.

Passo a passo para realizar uma ventilação


com Pocket-Mask eficaz:

1. Acoplar a máscara no rosto da vítima de forma a vedar 100% a boca e o nariz do paciente e a não
permitir escape de ar pelas laterais.
• Parte pontiaguda na pirâmide nasal e parte romba na região do queixo.

2. Abrir a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo conforme da imagem.

3. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.


• Evitar a qualquer custo a hiperventilação e a insuflação gástrica.

Fonte da imagem: IBRAPH 18


Pocket-Mask (Posição Invertida)
Em crianças devemos utilizar preferencialmente equipamentos
pediátricos.
Os mesmos possuem tamanho, formato e função desenvolvidos

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para comtemplar com mais precisão as necessidades desta faixa
etária.
Na ausência de equipamentos pediátricos, os dispositivos de
ventilação no tamanho adulto poderão ser utilizados respeitando
alguns cuidados.
Passo a passo para realização de uma ventilação com Pocket-Mask eficaz
quando utilizada em posição invertida:

1. Utilizar a máscara adulto em posição invertida, onde permitirá uma


melhor vedação na face e evitará escape de ar pelas laterais.
• Parte pontiaguda na região do queixo e parte romba na região frontal.

2. Abrir a via aérea através da técnica de inclinação da cabeça e elevação


do queixo conforme na imagem.

3. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.


• Evitar a qualquer custo a hiperventilação e a insuflação gástrica.

Fonte da imagem: IBRAPH 19


Bolsa Válvula Máscara (BVM) ou AMBU
A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de 21% de oxigênio (ar ambiente) para o paciente a não ser que
esteja acoplado a uma fonte de O2, neste caso podemos chegar a uma fração de O2 oferecida > a 90%.

O AMBU permite tanto proteção de contato graças a sua estrutura de plástico quanto uma proteção ventilatória,

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já que a ventilação é feita pela reserva de ar contida na bolsa e não pela ventilação direta pelo socorrista.

Passo a passo para realização de uma ventilação eficaz com o AMBU:

1. O Socorrista deve se posicionar atrás da cabeça da vítima.


2. Acoplar a máscara no rosto da vítima de forma a vedar 100% a boca e o nariz do paciente e não permitir o
escape de ar pelas laterais
• → utilizar a técnica do “C” e do “E”.
3. Abrir a via aérea através da técnica de inclinação da cabeça e elevação do queixo conforme na imagem.
4. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.
• Evitar a qualquer custo a hiperventilação e a insuflação gástrica.

Fonte da imagem: IBRAPH 20


Atendimento Completo com 1 Socorrista

Avaliação

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→ Segurança do Local
→ Responsividade
→ Respiração + Pulso

Ajuda
→ 192 + DEA

RCP
→ 30 Compressões
→ 2 Ventilações com Pocket Mask

Fonte da imagem: IBRAPH 21


Atendimento Completo em Equipe
Quando temos a oportunidade de ter mais de um
socorrista na cena precisamos aproveitar da melhor forma.

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Cada um terá uma função durante o atendimento.

Enquanto o 1º Socorrista está realizando as


compressões cardíacas, o segundo Socorrista se
posiciona na cabeça da vítima, mantém a via aérea
aberta e aplica ventilações com o AMBU.

Em crianças, devem ser realizados ciclos de...


15 compressões para 2 ventilações...
...quando o atendimento for realizado em equipe.
Após 2min de RCP, deve ocorrer a troca de funções entre os socorristas, de forma organizada
para que não ocorra perda de tempo.

Devemos obrigatoriamente trocar quem está comprimindo após no máximo 2 min de RCP

Fonte da imagem: IBRAPH 22


SBV na Criança Intubada
Dentro de ambientes de saúde, é possível que pacientes que se
encontram em ventilação mecânica através de um tubo
endotraqueal, precisem de RCP caso evoluam para PCR.

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Caso não haja médico presente no momento da identificação na PCR,
os profissionais de SBV presentes na cena deverão iniciar a RCP com
manobras de SBV.

Neste caso, a RCP deverá ser realizada da seguinte forma...

...compressões contínuas e paralelamente,


1 ventilação a cada 6 segundos, ou seja, 10 ventilações por minuto.

Não devemos interromper as compressões para aplicar as ventilações


quando o paciente se encontra com um dispositivo de via aérea
avançada posicionado.

Para isso, basta conectar o dispositivo de ventilação manual (AMBU)


à cânula endotraqueal e realizar 1 ventilação a cada 6s enquanto o
outro socorrista realiza compressões contínuas por 2 min antes de
trocar as funções e reavaliar o ritmo com o DEA (caso o mesmo
esteja em uso).

Fonte da imagem: Google (1) e IBRAPH (2) 23


Parada Respiratória na Criança
Ao realizar a avaliação inicial é possível encontrar um paciente que
apresente ausência de ventilação (ou ventilação agônica)
associada à presença de pulso central > 60 bpm.

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Essa situação caracteriza uma Parada Respiratória (PR), que se não
tratada adequadamente, poderá evoluir para uma parada
cardiorrespiratória (PCR).

Somente podem identificar essa situação, profissionais de saúde


treinados, experientes e confiantes na checagem de pulso central.

A parada Parada Respiratória (PR) deverá ser tratada somente com ventilações da seguinte forma:

1 ventilação a cada 3 a 5 segundos na Criança


O que equivale a 12 a 20 ventilações por minuto.

Neste caso, não é necessário realizar compressões, já que existe um pulso central palpável > 60 bpm.

Após 2 min o socorrista deverá reavaliar o pulso central e a ventilação do paciente.


(Já que o paciente pode evoluir desfavoravelmente para uma PCR durante esse período)

Fonte da imagem: IBRAPH 24


Aula Teórica
Aula Prática
SBV no Lactente

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Introdução
Neste módulo iremos abordar o a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) no Lactente.
Consideramos Lactentes para o SBV, segundo a American Heart Association (AHA),
todo indivíduo compreendido →
→ Entre 29 dias de vida

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e 1 ano do idade.
A principal causa de parada cardiorrespiratória (PCR) em pediatria, é uma hipóxia prévia
que leva a insuficiência ou parada respiratória (PR) e consequentemente a uma PCR.
São exemplos de causas de PCR em pediatria:
• Engasgo;
• Afogamento;
• Acidentes (Trauma);
HIPÓXIA PR PCR
• Asma;
• Doenças respiratórias de uma forma geral.

Seres entre o nascimento e 28 dias de vida são considerado NEONATOS ou RECÉM NASCIDOS.
Existem protocolos de suporte avançado específicos para essa faixa etária.
Caso você seja um socorrista de SBV e não possua treinamento específico para atendimento neonatos, então...
está autorizado(a) a atender no SBV indivíduos desta faixa etária com os protocolos de LACTENTES que iremos
apresentar neste capítulo.

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Avaliação Inicial na Criança
A avaliação inicial deve envolver ...
...avaliação da cena + avaliação do paciente.
Essa avaliação se aplica em pacientes, a priori, inconscientes dentro do

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Suporte Básico de Vida (SBV).

Os objetivos da avaliação inicial consistem em checar...


• Nível de consciência qualitativamente;
• Presença de Ventilação Adequada; * Procedimento reservado para profissionais
de saúde treinados, experientes e seguros na
• Presença de pulso carotídeo adequado*. checagem de pulso central

Caso o socorrista esteja sozinho na cena, o mesmo deverá gritar por


“SOCORRO”, caso tenha alguém por perto, o socorrista deverá
pedir ajuda (192 + DEA) ainda dentro da avaliação inicial.
Caso o socorrista continue sozinho na cena após gritar por ajuda, ele poderá
finalizar a avaliação inicial e pedir posteriormente.

Veremos nas próximas páginas o passo a passo de uma boa avaliação inicial no SBV no LACTENTE.

Fonte da imagem: Google 27


Avaliação Inicial: Passo a Passo
Observação: Caso o socorrista esteja sozinho na cena,
o mesmo deverá gritar por “SOCORRO”, caso tenha
alguém por perto, o socorrista deverá pedir ajuda

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(192 + DEA) ainda dentro da avaliação inicial após
identificar que a vítima não responde aos chamados e
antes mesmo de verificar a ventilação e o pulso.

Passo 1: Segurança do Local

Passo 2: Responsividade do Paciente


(No planta do Pé)

* Procedimento reservado para profissionais de saúde treinados,


Passo 3: Ventilação e Pulso* (Braquial) experientes e seguros na checagem de pulso central

Fonte da imagem: IBRAPH 28


Passo 1: Segurança do Local
A segurança da cena é primordial para a equipe de saúde.
Não cabe aos profissionais de saúde adentrar a
zona quente”, sendo esse papel reservado aos

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profissionais qualificados para tal, policiais e bombeiros
por exemplo, autoridades absolutas nessas circunstâncias.

A equipe da saúde deve aguardar a liberação dos profissionais competentes para tal, até que
a segurança da cena esteja garantida para acessar o local.
Em algumas situações, as vítimas são retiradas da zona quente e trazidas para a zona fria para
que o atendimento seja efetuado.

A segurança do socorrista e da equipe


vem sempre em primeiro lugar!
Fonte da imagem: IBRAPH 29
Passo 2: Responsividade
Lembrando que neste momento não
devemos quantificar o nível de

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consciência aplicando a escala de Glasgow...
... e sim qualificar a consciência do
paciente em:
PRESENTE ou AUSENTE
Para isso, devemos adotar a posição de socorrista com um ou dois joelhos no chão, e estimular a
região plantar do lactente através de:
...pequenos “tapas” e ao mesmo tempo
chamar o paciente em voz alta:

“NENÉM, NENÉM, NENÉM???”


Fonte da imagem: IBRAPH 30
Pedido de Ajuda (192 + DEA)
O momento e a forma de pedir ajuda no SBV podem variar a depender da situação.
Situação 1: Socorrista sozinho ou sozinha na cena
Gritar por “SOCORRO”, caso continue sozinho na cena:

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→ Finalizar a avaliação inicial e pedir ajuda posteriormente
Situação 2: O Socorrista NÃO está sozinho ou sozinha na cena
Pedir ajuda assim que identificar que o paciente não responde aos chamados
Falar para quem está ao lado:

“Você, ligue para o 192 e vá buscar um DEA!”


Observações:
1. Caso você esteja sozinho e possa ligar com o celular enquanto já inicia as
compressões, então faça isso para não perder tempo.
2. No adulto inconsciente e em PCR por motivo desconhecido, devemos sempre
providenciar ligar para o 192 e providenciar o DEA o mais rápido possível (Suspeita de
PCR por origem cardíaca).
3. Em crianças, lactentes e outros pacientes que estão em PCR, porém devido a uma
hipóxia como origem do quadro (Afogados por ex.), o momento ideal de pedir ajuda
pode mudar.

Nesse caso, o socorrista sozinho na cena, pode fazer 2 min de RCP com compressões e ventilações de alta
qualidade, antes de sair para pedir ajuda. Caso esteja com celular na cena ou com outra pessoa presente, o
socorrista deve pedir ajuda imediatamente enquanto inicia a RCP.

Fonte da imagem: IBRAPH 31


Passo 3: Ventilação + Pulso Central
Caso o paciente não responda aos estímulos táteis e verbais do
segundo passo da avaliação, devemos então proceder ao terceiro
passo que consiste em...

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...checar a ventilação e o
pulso central simultaneamente
Esse passo deve levar entre 5 e 10 segundos.
Para isso basta observar se existem movimentos ventilatórios
eficazes através da elevação torácica e ao mesmo tempo palpar o
PULSO BRAQUIAL em busca da identificação de presença ou
ausência do mesmo.

Observações:
1. Em caso de pacientes pediátricos inconscientes e que não apresentam ventilação espontânea, COM presença de pulso
central < 60 bpm e sinais de hipoperfusão, está indicada a realização de RCP com compressões e ventilações.
2. A checagem do pulso só deve ser realizada por profissionais de saúde treinados, com experiência e segurança nesse
procedimento.
3. A checagem de pulso é opcional no SBV e alguns protocolos (Europeu e SOBRASA por ex.) recomendam que
profissionais de SBV (mesmo que oriundos da área de saúde) não chequem o pulso na avaliação inicial.
4. A ausência de responsividade associada à ausência de ventilação normal (ausência total de movimentos torácicos ou
ventilação agônica, também conhecida como gasping) já indicam a necessidade de RCP no SBV sem que haja
necessidade de checar o pulso.

Fonte da imagem: IBRAPH 32


Compressões Cardíacas em Lactentes
Como já mencionamos anteriormente no capítulo de RCP
no adulto, existem basicamente...

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... 4 pontos cruciais para realização de
compressões eficazes em crianças
Vamos agora pontuar esses 4 pontos para realização de
compressões eficazes em crianças.

RCP com 1 Socorrista RCP em Equipe

1.Força → Aproximadamente 4 cm de Profundidade


→ 100 a 120 compressões por minuto
2.Frequência
→ As compressões PODEM ser realizadas utilizando APENAS 2 DEDOS
3.Posição
Indicador e dedo médio (RCP com 1 socorrista) ou com 2 polegares (RCP em equipe)
4.Observação
→ Permitir o RETORNO COMPLETO do tórax APÓS CADA COMPRESSÃO

Fonte da imagem: IBRAPH 33


Compressões Cardíacas (Passo a Passo)
Técnica com 1 Socorrista
1. Posicionar 2 dedos (indicador e médio) no centro do tórax da vítima

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Posicionar na metade inferior do osso esterno
Afastar do apêndice xifoide
Manter os dedos na posição vertical durante as compressões
2. Utilizar a outra mão para realizar uma abertura das vias aéreas
Manter a cabeça em posição de neutralidade sem hiperextensão
3. Posição correta dos cotovelos e dos ombros
O cotovelo do membro que realiza as compressões deve permanecer ESTENDIDO
O ombro acima da vítima formando um ângulo de 90º
5. Aplicar Compressões FORTES e RÁPIDAS com uma das mãos

Fonte da imagem: IBRAPH 34


Ventilações no SBV em Lactentes
Para ventilar crianças que necessitam de ventilação por pressão positiva no
Suporte Básico de Vida, existem três formas:

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1. Boca a Nariz/Boca
2. Dispositivo Válvula Máscara p/ Lactente (Pocket-Mask)
ou Dispositivo Tamanho Adulto Posicionado de Forma Invertido
3. Dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara p/ Lactente (AMBU)
ou Dispositivo Tamanho Adulto Posicionado com Máscara de Forma Invertida

Fonte da imagem: IBRAPH 35


Boca a Nariz/Boca no Lactente
O Boca a boca fornece cerca de 17% de oxigênio para o paciente.
Apesar de não existir relatos na literatura de contaminação de socorristas ao realizar essa
manobra, é recomendado que profissionais de saúde usem os dispositivos de barreira para
realização das ventilação (Veremos a seguir).

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Para realizar uma ventilação boca a nariz/boca eficaz, seguir o passo a passo:

1. Abrir a via aérea mantendo a cabeça em POSIÇÃO DE NEUTRALIDADE.


2. Vedar 100% e nariz e boca do lactente com a boca do socorrista.
3. Aplicar ventilações de 1 segundo cada observando a elevação do tórax.

Fonte da imagem: IBRAPH 36


Ventilação com Pocket-Mask Neonatal
A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de 17% de oxigênio para o paciente
a não ser que esteja acoplado a um cilindro de O2, neste caso podemos chegar em
frações de O2 ofertadas bem maiores (cerca de 60 a 70%).

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A Pocket-Mask permite tanto uma proteção de contato graças a sua estrutura de
silicone quanto uma proteção respiratória graças a sua Válvula UNIDIRECIONAL +
seu filtro interno.

Alguns modelos podem ser acoplados a uma fonte de O2 e outros não.

Passo a passo para realizar uma ventilação com Pocket-Mask eficaz:

1. Acoplar a máscara no rosto da vítima de forma a vedar


100% a boca e o nariz do paciente e a não permitir escape
de ar pelas laterais.

2. Abrir a via aérea mantendo a cabeça em posição de


neutralidade conforme imagem
• Não realizar manobra de inclinação da cabeça com elevação do queixo.

3. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.


• Evitar a qualquer custo a hiperventilação e a insuflação gástrica.

Fonte da imagem: IBRAPH 37


Bolsa Válvula Máscara (BVM) ou AMBU
A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de 21% de oxigênio para o paciente.
Quando acoplado a uma fonte de O2 + em uso de Reservatório, a fração de O2 oferecida será > 90%.

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O AMBU permite uma proteção de contato devido a sua estrutura de plástico, além de uma
proteção respiratória já que a ventilação é feita pela reserva de ar contida na bolsa e não pela
ventilação direta pelo socorrista.

1. O Socorrista deve se posicionar na cabeça


Para realizar uma ventilação eficaz com o da vítima. Acoplar a máscara no rosto da
dispositivo bolsa-válvula-máscara (BVM ou vítima de forma a vedar 100% a boca e o
AMBU), seguir o passo a passo ao lado: nariz do lactente e não permitir o escape
de ar pelas laterais, utilizando a técnica do
“C” e do “E”.

2. Abrir a via aérea colocando a cabeça e o


pescoço do lactente em posição de
neutralidade (evitar hiperextensão devido
à fragilidade cervical dos lactentes e
aplicar ventilações observando a elevação
do tórax.

Fonte da imagem: IBRAPH 38


Atendimento Completo com 1 Socorrista

Avaliação

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→ Segurança do Local
→ Responsividade (Na planta dos pés)
→ Ventilação + Pulso Central (Braquial)

Ajuda
→ 192 + DEA

RCP
→ 30 Compressões
→ 2 Ventilações com Pocket Mask

Fonte da imagem: IBRAPH 39


Atendimento Completo em Equipe
Quando temos a oportunidade de ter mais de um
socorrista na cena precisamos aproveitar da melhor forma.
Cada um terá uma função durante o atendimento.

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Enquanto o 1º Socorrista está realizando as
compressões cardíacas, o segundo Socorrista se
posiciona na cabeça da vítima, mantém a via aérea
aberta e aplica ventilações com o AMBU.

A posição dos socorristas MUDA quando o atendimento em lactentes é realizado EM EQUIPE.


O posicionamento correto dos socorristas está demonstrado na imagem.

Em lactentes, devem ser realizados ciclos de...


15 compressões para 2 ventilações...
...quando o atendimento for realizado em equipe.
Após 2min de RCP, deve ocorrer a troca de funções entre os socorristas,
de forma organizada para que não ocorra perda de tempo.

Devemos obrigatoriamente trocar quem está comprimindo após no máximo 2 min de RCP.

Fonte da imagem: IBRAPH 40


SBV no Lactente Intubado
Dentro de ambientes de saúde, é possível que pacientes que se
encontram em ventilação mecânica através de um tubo
endotraqueal, precisem de RCP caso evoluam para PCR.

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Caso não haja médico presente no momento da identificação na PCR,
os profissionais de SBV presentes na cena deverão iniciar a RCP com
manobras de SBV.

Neste caso, a RCP deverá ser realizada da seguinte forma...

...compressões contínuas e paralelamente,


1 ventilação a cada 6 segundos, ou seja, 10 ventilações por minuto.

Não devemos interromper as compressões para aplicar as ventilações


quando o paciente se encontra com um dispositivo de via aérea
avançada posicionado.

Para isso, basta conectar o dispositivo de ventilação manual (AMBU)


à cânula endotraqueal e realizar 1 ventilação a cada 6s enquanto o
outro socorrista realiza compressões contínuas por 2 min antes de
trocar as funções e reavaliar o ritmo com o DEA (caso o mesmo
esteja em uso).

Fonte da imagem: Google (1) e IBRAPH (2) 41


Parada Respiratória no lactente
Ao realizar a avaliação inicial é possível encontrar um paciente que
apresente ausência de ventilação (ou ventilação agônica)
associada à presença de pulso central > 60 bpm.

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Essa situação caracteriza uma Parada Respiratória (PR), que se não
tratada adequadamente, poderá evoluir para uma parada
cardiorrespiratória (PCR).

Somente podem identificar essa situação, profissionais de saúde


treinados, experientes e confiantes na checagem de pulso central.

Assim como na criança, a parada Parada Respiratória (PR) deverá ser tratada
somente com ventilações da seguinte forma:

1 ventilação a cada 3 a 5 segundos no Lactente


O que equivale a 12 a 20 ventilações por minuto.

Neste caso, não é necessário realizar compressões, já que existe um pulso central palpável > 60 bpm.

Após 2 min o socorrista deverá reavaliar o pulso central e a ventilação do paciente.


(Já que o paciente pode evoluir desfavoravelmente para uma PCR durante esse período)

Fonte da imagem: IBRAPH 42


SBV no Engasgo

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OVACE Parcial x Total/Severo
Neste módulo iremos abordar os casos de obstrução das vias aéreas por
corpo estranho (OVACE) e o que fazer nessas situações em adultos, crianças

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e lactentes, conscientes e inconscientes.

Uma OVACE pode ser PARCIAL ou TOTAL/SEVERO

Na OVACE parcial, ainda existe Na OVACE total, não existe


troca de ar entre os pulmões e o troca de ar ou oxigenação dos
meio externo, ou seja, apesar do alvéolos, ou seja, funcionalmente o
desconforto e do reflexo de tosse, paciente se encontra em parada
os alvéolos continuam sendo respiratória e existe a necessidade
oxigenados. de uma intervenção ativa do
socorrista imediata.

44
Adultos/Crianças: OVACE Parcial
Uma OVACE parcial ocorre quando um
corpo estranho se aloja na via aérea

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permitindo que continue ocorrendo
oxigenação pulmonar apesar do
desconforto.

O principal sinal será a TOSSE do paciente


que constitui um mecanismo de defesa
que busca expulsar o corpo estranho.

Neste caso a conduta correta por parte do socorrista é de


ESTIMULAR A TOSSE até que o corpo estranho seja
expelido ou que o paciente evolua para inconsciência.

Fonte da imagem: IBRAPH 45


Adultos/Crianças: OVACE Total
A obstrução total das vias aéreas pode ocorrer
inicialmente no engasgo ou como evolução de uma
obstrução parcial.

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Neste caso o paciente se encontra em parada
respiratória devido à obstrução total e poderá
apresentar o...
“Sinal Universal da Asfixia”...
...levando ambas as mãos ao pescoço como
representado na ilustração.
A conduta recomendação pela American Heart
Association (AHA), como primeira opção, consiste “Sinal Universal da Asfixia” “Manobra de Heimlich”
na...

...Manobra de Heimlich. (Compressões Abdominais)


Essa manobra tem como objetivo provocar uma “tosse artificial” através do deslocamento manual e rápido das
vísceras abominais em direção ao diafragma e consequentemente às bases pulmonares.
Desta forma, os pulmões serão comprimidos abruptamente de baixo para cima provando assim a “tosse artificial”
na tentativa de expelir o corpo estranho.

Obs. Outras manobras como golpes dorsais ou compressões torácicas podem ser realizadas caso o engasgo total
não seja resolvido com compressões abdominais enquanto o paciente ainda está consciente. VEJA ESSE VÍDEO

Fonte da imagem: IBRAPH 46


Manobra de Heimlich
PASSO A PASSO

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Passo 1: Passo 1: Se identificar, confirmar o engasgo e oferecer
ajuda.

Passo 2: Passo 2: Se posicionar atrás da vítima e afastar os pés na


largura dos ombros.

Passo 3: Passo 3: Posicionar a mão dominante fechada acima da


cicatriz umbilical.

Passo 4: Passo 4: Posicionar a outra mão cobrindo a primeira.

Passo 5: Passo 5: Aplicar golpes fortes em “J” de fora para dentro


e de baixo para cima em direção do diafragma.

Passo 6: Passo 6: Repetir o passo 5 até o paciente expelir o corpo


estranho ou até evoluir para inconsciência.

Fonte da imagem: IBRAPH 47


Adultos/Crianças: Situações Especiais
Existem basicamente 3 situações especiais quando falado de
pacientes conscientes vítimas OVACE total:

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1. Crianças: Devemos nos adaptar ao tamanho da criança podendo ser
necessário se ajoelhar para realizar da manobra de Heimlich.

2. Grávidas / Obesos: Nestes grupos, compressões abdominais podem não


ser possíveis devido ao risco de provocar um aborto na grávida e à própria
circunferência abdominal aumentada em obesos. Por esse motivo, nestes casos
existe a indicação de realizar a manobra de Heimlich na região torácica.

3. Paciente CONSCIENTE em decúbito dorsal: O paciente em OVACE


total pode estar em decúbito dorsal. Neste caso, as compressões abdominais
deverão ser realizadas com o paciente nesta posição. É muito importante lembrar
que compressões abominais só podem ser realizadas em pacientes CONSCIENTES e
jamais em pacientes inconscientes.
O paciente consciente possui o reflexo de contração abdominal que protege as
estruturas intra-abdominais da compressão e permite o reflexo de “cuspir”
eventuais conteúdos de refluxo gástrico evitando assim bronco aspirações.

Fonte da imagem: IBRAPH 48


Lactentes: Obstrução Parcial
Lactentes com OVACE parcial podem ser reconhecidos devido
a presença de choro ou tosse.

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Neste caso, enquanto houver tosse o socorrista
deve observar o lactente na espera de uma
expulsão do corpo estranho pela própria tosse.

Caso a tosse persista porém de forma enfraquecida ou surjam


sinais de hipóxia, ou a tosse cesse sem que o corpo estranho seja
expelido, nestes casos devemos considerar as manobras ativas
para desobstrução das vias aéreas em lactentes.

O “sinal universal da asfixia” estará ausente em lactentes


mesmo que estejam em obstrução total das vias aéreas.

49
Lactentes: Obstrução Total
Na obstrução total das vias aéreas em lactentes conscientes, o socorrista deve realizar a
“manobra das 5 tapotagens / 5 compressões”. Esse manobra consiste em alguns passos:

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1. Posicionar o lactente em decúbito ventral em um dos
antebraços do socorrista com o corpo ligeiramente inclinado
para baixo.

2. Realizar 5 golpes fortes com a região hipotênar da mão


dominante do socorrista na região inter-escapular do lactente.

3. Posicionar o lactente o decúbito dorsal no antebraço do


socorrista (Realizar a mudança de posição com estabilização
cervical).

4. Realizar 5 compressões torácicas com dois dedos na região


inter-mamilar.

5. Alternar os 5 golpes ou tapotagens em região inter-escapular e


as 5 compressões torácicas até o paciente expelir o corpo
estranho ou até evoluir para inconsciência.

Fonte da imagem: IBRAPH 50


Inconsciência após OVACE
Quando adultos, crianças e lactentes evoluem para inconsciência após uma OVACE, entramos
com o protocolo para atendimento de vítimas de OVACE inconscientes.

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Neste caso, o passo a passo para adultos, crianças e lactentes será o mesmo:

Passo 1: Posicionar o paciente com cuidado em decúbito dorsal.


Passo 2: Pedir ajuda (192 + DEA)
Passo 3: 30 compressões torácicas
Passo 4:
Abrir vias aéreas e verificar se o corpo estrando pode ser retirado
manualmente com os dedos “em pinça”
(jamais efetuar varredura às cegas).
Passo 5:
a) Corpo estranho permanece → Realizar duas ventilações
b) Corpo estranho retirado → Realizar duas ventilações e avaliar
pulso e respiração do paciente.
Passo 6:
a) Recomeçar o passo 3
b) Tratar paciente conforme protocolos de RCP a depender de
pulso e respiração.

Fonte da imagem: IBRAPH 51


Conclusão
Esse foi o e-book de SBV em Pediatria + Engasgo.
• Acabamos de aprender o que fazer a nível de SBV, para situações de PCR e PR em
crianças e lactentes.

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• Além disso aprendemos como atender adultos, crianças e lactentes, vítimas de engasgo
parcial e total, conscientes e inconscientes.

Para completar o seu estudo de SBV,


caso ainda não tenha lido o e-book:

SBV no Adulto + Uso do DEA


Recomendo que estude também esse material.
Nele apresentamos 3 capítulos:
1. Conceitos Fundamentais de SBV
2. SBV no Adulto Para adquirir esse e-book:
3. Uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA) CLIQUE AQUI

Caso queira aprofundar mais o estudo de SBV e quem sabe se tornar um instrutor ou instrutora de
profissional de SBV, recomendo que leia o capítulo EXTRA que disponibilizamos nesse e-book.

Nele, você aprenderá como se credenciar INSTRUTOR(A) de SBV pelo IBRAPH.

52
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Torne-se Instrutor(a) de SBV
Formação de Instrutores de SBV credenciados
pelo Instituto Brasileiro de APH (IBRAPH)
>> Programa Multiplicadores do Bem (MDB) <<
Apresentação do Programa
Desde 2015, o IBRAPH tem formado instrutores e instrutoras de SBV em todo o Brasil através de
um programa de capacitação em SBV e formação de instrutores 100% a distância.

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Como assim 100% a distância? Formar instrutores sem que haja prática presencial
supervisionada é possível?
Sim, isso é totalmente possível, e é exatamente o que temos feito desde 2015 com mais de 1200
alunos em todos os estados brasileiros.
O SBV é uma disciplina muito simples e que precisa ser multiplicada numa velocidade muito
superior ao que vem sendo feito até então.
Vidas continuam sendo perdidas todos os dias, pelo simples fato de não ter alguém no momento
da ocorrência, presente na cena, e capaz de aplicar os 4 passos que salvam vidas. Ou seja:

Passo 1: Reconhecer imediatamente a PCR


Passo 2: Pedir ajuda de forma adequada
Passo 3: Iniciar uma RCP de alta qualidade
Passo 4: Utilizar imediatamente o DEA sempre que disponível

No programa MDB formamos instrutores para que possam multiplicar esses conhecimentos
simples de forma profissional (Sendo remunerado para tal) em suas respectivas regiões.

54
Quem Pode se Credenciar com Instrutor?

Esse programa é destinado para todos os profissionais de saúde,


de APH e estudantes das respectivas áreas, ou seja:

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Enfermagem Farmácia
Bombeiros Civis Nutrição
Bombeiros Militares Terapia Ocupacional
Socorristas Psicologia
Resgatistas Biomedicina
Medicina Técnicos de Segurança
Odontologia Entre outras...
Fisioterapia Estudantes dessas áreas
Educação Física

55
Como Acontece a Formação

Curso 100% a distância hospedado em área de membros protegida por login e senha.
Videoaulas curtas e objetivas para poder estudar um pouco a cada dia e construir uma

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base de conhecimento sólida e consistente.
Quiz no final de cada módulo para testar seus conhecimentos e solidificar ainda mais a
aprendizagem.
Conteúdos mais atuais e constantemente atualizados na medida que novas evidências e
recomendações forem surgindo na literatura internacional.
Certificado de SBV de 10h para quem concluir o Nível 1 do programa.
Certificado de instrutor de SBV de 30h para quem concluir o Nível 2 do programa.
Fórum de discussão abaixo de cada videoaula para interação entre alunos e para tirar suas
dúvidas diretamente com os instrutores do curso.
Videoaulas teóricas e PRÁTICAS com a demonstração e ensino das HABILIDADES PRÁTICAS
NO SBV.
Os níveis 1 (Instrutor Aspirante) e 2 (Instrutor Formado) estão ambos inclusos nesse
pacote inicial.
Conteúdos baseados nos protocolos internacionais mais atuais (ILCOR).
Material didático escrito atualizado e em português. Produção exclusiva do IBRAPH.

56
Fase 1: MDB Nível 1 (Aspirante a Instrutor)
Curso 100% online de SBV com videoaulas teóricas e práticas divididas em 6 módulos:

Módulo 1: Conceitos Fundamentais de SBV

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Módulo 2: RCP no Adulto
Módulo 3: Uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)
Módulo 4: RCP na Criança
Módulo 5: RCP no Lactente
Módulo 6: Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE)

No final desse módulo tem uma avaliação online do tipo abcde.


Os aprovados nessa avaliação e que assistiram a todas as videoaulas do curso se credenciam com
MDB nível 1 (Aspirante a instrutor) e recebem um certificado de 10h.

Fonte da imagem: IBRAPH 57


Fase 2: MDB Nível 2 (Instrutor)
Curso de instrutor de SBV:
Módulo 7: Como ensinar de forma didática e envolvente

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Módulo 8: Atividades práticas de ensino
Módulo 9: Avaliação final do curso

Instrutor Marcelo Herculano Instrutor Hermes Cardoso Instrutor Fábio Gomes

Fonte da imagem: IBRAPH + Alunos 58


VEJA COMO O PROGRAMA FUNCIONA

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VÍDEO 1: COMO MUDEI MINHA VIDA ME TORNANDO INSTRUTOR DE SBV

VÍDEO 2: OS 3 PILARES PARA SE TORNAR UM INSTRUTOR RECONHECIDO E REMUNERADO

VÍDEO 3: COMO SE TORNAR UM INSTRUTOR PROFISSIONAL RECONHECIDO E REMUNADO

Fonte da imagem: IBRAPH 59


Mensagem Final aos Leitores...
Obrigado por ter dedicado um pouco de seu precioso tempo para a leitura desse material.
Como forma de agradecimento, gostaria de lhe convidar para participar de nosso programa de

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formação de instrutores de SBV com uma condição especial.

Para realizar a sua inscrição e/ou obter mais informações entre em contato com nosso suporte
via whatsapp: (71) 9 9912-1001 e informe o CUPOM: EBOOKSBVPED2020

Gostaria mais uma vez de lhe agradecer por estarmos juntos nessa jornada, e espero que esse
conteúdo tenha agregado valor na sua formação profissional e na sua vida.

Criei uma pequena pesquisa de satisfação e para sugestão de melhorias.


Se puder responder ficaria muito agradecido:
(CLIQUE AQUI PARA RESPONDER A NOSSA PEQUENA PESQUISA)

Irei concluir esse livro relembrando a nossa missão, espero continuarmos juntos nessa jornada...

“Contribuir para Zerar as mortes por parada cardiorrespiratória não assistidas adequadamente”

Atenciosamente,
Leonardo Clément

60
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61
Leonardo Clément Baseado nos Protocolos da:
American Heart Association

(AHA)

Revisores

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Wesley Pinto
Marcelo Herculano
Ednei dos Santos

SBV em Pediatria + Engasgo


Os 4 Passos que Salvam Vidas

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