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Prevenção de Acidentes na Infância

- Primeiros Socorros -
Prof. Claudinei Ferreira da Silva
RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS

Suporte Básico de
Vida com
Desfibrilador Externo
Automático (DEA).

Módulo I
OBJETIVOS

Ao final deste Módulo o participante será capaz de:


1. Revisar os pontos principais da anatomia e
fisiologia cardíacas necessárias á
compreensão do fenômeno da desfibrilação
cardíaca.
2. Indicar as arritmias cardícas consideradas
como “parada cardíaca”;.
3. Identificar as arritmias detectadas por um
Desfibrilador Externo Automático (DEA);
4. Apontar as principais características de um
DEA;
5. Empregar o DEA atuando sozinho ou em dupla,
desvinculado de uma Guarnição de Resgate.
RCP DE ALTA QUALIDADE

Vimos até agora que uma RCP de alta qualidade inclui:


1. RCP feita numa superfície plana e rígida;
2. Exposição do tórax para perfeita colocação da mão
na metade inferior do esterno (adultos e crianças); e
abaixo da linha dos mamilos (bebês/RN);
3. Compressões torácicas com a frequencia mínima de
100 por minuto e a profundidade mínima de 5 cm (no
adulto e criança e 4 cm no bebê/RN) com
interrupção em tempo inferior a 10 segundos.
4. Ventilações de resgate feitas em 1 segundo com
volume suficiente para promover elevação visível do
tórax como se fosse uma respiração normal.
5. Troca de Socorrista Compressor a cada 2 minutos.
RCP DE ALTA QUALIDADE

Todo esse esforço é importante, mas visa, na maioria


dos casos, permitir que a vítima ganhe tempo para que
seja submetida a desfibrilação precoce e obtenha
cuidados de SAV precose..

VEREMOS QUE ISOLADAMENTE a RCP não restitui


os batimentos cardíacos em mais de 80% dos casos
de parada cardíaca no adulto. A desfibrilação precoce
é o ELO mais importante da Cadeia da Sobrevivência
nos casos em que a etiolgia (origem da causa) da
parada for cardíaca.
Cada minuto sem desfibrilação a partir do momento
da parada cardíaca reduz em 10% as chances de
sobrevivência a alta hospitalar destas vítimas.
REVISÃO DE ANATOMIA CARDÍACA
Vamos revisar os pontos principais da
ANATOMIA cardíaca que será importante
para compreende3r o fenômeno da
DESFIBRILAÇÃO!

Anatomia
Cardíaca
O CORAÇÃO HUMANO
O coração humano é o órgão responsável
pelo percurso do sangue bombeado
através de todo o organismo, que é feito
em aproximadamente 45 segundos em
repouso.

Vídeo – O coração - 001

Bate cerca de 109.440 a 110.880 vezes por dia, bombeando


aproximadamente 5 l de sangue por minuto.
Neste tempo o órgão bombeia sangue suficiente a uma pressão
razoável, para percorrer todo o corpo nos sentidos de ida e
volta, transportando assim, oxigênio e nutrientes necessários
às células que sustentam as atividades orgânicas.
FORMA e TAMANHO DO CORAÇÃO
HUMANO Podemos descrever ela O coração é considerado
com: um dos órgãos mais
forma de cone; potentes, apesar de sua
tamanho do punho dimensão pequena.
fechado;
cerca de 12 cm de
comprimento;
9 cm de largura em sua
parte mais ampla;
6 cm de espessura;
Sua massa é, em
média, de 250g, nas
mulheres adultas, e
300g, nos homens
adultos.
Fonte: Disponível em
http://www.misodor.com/CORACAO.php
LOCALIZAÇÃO DO CORAÇÃO

O coração localizado no centro do tórax


entre os dois pulmões, imediatamente
acima do diafragma e ligeiramente à
esquerda da linha mediana do tórax.

FONTE: http://www.webciencia.com/11_05coracao.htm#ixzz2FPjs9yR4
DIVISÃO DO CORAÇÃO
O coração humano apresenta quatro partes ou
cavidades: na parte superior estão os átrios,
divididos entre direito e o esquerdo, na parte
inferior estão os ventrículos, também direito e
esquerdo.
VALVAS CARDÍACAS
Valvas cardíacas ou Válvulas cardíacas são estruturas
formadas basicamente por tecido conjuntivo que se encontra à
saída de cada uma das quatro câmaras do coração. Se
interpõem entre átrios e ventrículos bem como nas saídas das
artérias aorta e artéria pulmonar. Elas permitem o fluxo de
sangue em um único sentido não permitindo que este retorne
fechando-se quando o gradiente pressórico se inverte. O que
regula a abertura e fechamento das valvas são as pressões
dentro das câmaras cardíacas.

Vídeo – Valvas cardíacas - 002

Existem quatro valvas no coração que são:


Mitral ou bicúspide - Possui dois folhetos lembrando o formato de uma mitra.
Permite o fluxo sanguíneo entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo.
Tricúspide - Possui três folhetos. Permite o fluxo sanguíneo entre o átrio
direito e o ventrículo direito.
Aórtica - Permite o fluxo sanguíneo de saída do ventrículo esquerdo em
direção à aorta.
Pulmonar - Permite o fluxo sanguíneo de saída do ventrículo direito em
direção à artéria pulmonar.
VASOS SANGUÍNEOS DO CORAÇÃO
Visão externa do coração onde se evidencia os
grandes vasos sanguíneos que entram no
coração nos átrios levando o sangue venoso
(veias cavas superior e inferior, artérias
pulmonares) e saem dos ventrículos
transportando sangue arterial (aorta e veias
pulmonares).

Vídeo – Visão Externa do coração - 003


SANGUE VENOSO E ARTERIAL
Na metade direita do coração só circula sangue
venoso, na esquerda sangue arterial. A circulação do
sangue nestas quatro cavidades está controlada pelas
válvulas. As válvulas também servem de meio de
comunicação entre os átrios e os ventrículos.
A parte direita do coração está separada da parte
esquerda por um septo muscular.
SÍSTOLE E DIÁSTOLE CARDÍACAS
O coração contrai e relaxa constantemente (esse processo é
chamado de sístole e diástole (ATRIAL e VENTRICULAR),
respectivamente), para bombear todo o sangue do nosso
corpo. É uma bomba hidráulica, em que os tubos de saída
são as artérias e os tubos de entrada as veias; o líquido que
anda a circular é o sangue

Seu sincronismo atua como se fossem duas bombas trabalhando


simultaneamente.
Uma das bombas engloba a átrio direito e o ventrículo direito e a
outra a átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo.
A função do átrio e do ventrículo direitos é arrastar o sangue para
os pulmões, onde se liberta o dióxido de carbono e se fornece de
oxigênio. Por outro lado, o átrio e o ventrículo esquerdos têm o
trabalho de arrastar o sangue enriquecido de oxigênio para todas
as partes do corpo.
ARTÉRIAS CORONÁRIAS
Enquanto o sistema circulatório está ocupado fornecendo
oxigênio e alimentos para todas as células existentes no
corpo, não vamos esquecer que o coração, que trabalha
mais arduamente do que todos os órgãos, precisa de
alimento também.
Estes alimentos chegam através das artérias
coronárias.
CIRCULAÇÃO CORONARIANA
As células do coração recebem sangue arterial das
artérias coronárias, que são as primeiras ramificações
da aorta, contornando o coração como uma coroa (daí
a sua denominação). Estas artérias voltam para o
coração, dividindo-se em vasos cada vez menores que
penetram fundo no músculo do coração.

Todos esses vasos estão interligados. Se há problemas com


suprimento numa rota, há chance que o sangue siga por
outro caminho. Tudo que as células do coração devolvem é
lançado no sistema de veias coronárias azuis que drenam o
sangue de volta para o lado direito do coração.
REVISÃO DE FISIOLOGIA CARDÍACA
Vamos revisar os
pontos principais
da FISIOLOGIA
cardíaca.

Fisiologia
Cardíaca
CONTRAÇÃO CARDÍACA
Em um batimento normal, ambos os átrios se contraem
quase que simultaneamente. A seguir, há curta pausa
(para total enchimento do ventrículo com sangue).
Consequentemente, os dois ventrículos se contraem,
quase que simultaneamente. Por fim, o coração inteiro
relaxa-se e enche-se novamente.
SISTEMA DE CONDUÇÃO ELÉTRICA
O coração dispõe de um sistema
Nó sinusal: elétrico que faz com que surjam,
Estimula de forma automática, estímulos
eletricamente os elétricos que, ao serem
átrios e ventrículos transmitidos a todo o coração,
vão levar à contração, de forma
sequencial, das várias cavidades
Nó atrioventricular (A-V): cardíacas, permitindo assim a
circulação do sangue por todo o
Retarda estímulos elétricos
organismo.
aos ventrículos
O estímulo elétrico surge,
normalmente, no nó sinusal,
sendo depois transmitido a todo
o coração. Esta transmissão é
Feixe Atrio Ventricular sequencial, ocorrendo com um
(ramos direito e determinado ritmo. Cada
esquerdo): estímulo elétrico só surge depois
Estimula a contração dos do estímulo anterior ter sido
ventrículos. completamente transmitido a
todo o coração e ter ocorrido
Fibras de Purkinje uma fase de recuperação
Terminais do Feixe AV (repolarização) para preparar o
coração para a transmissão do
novo estímulo.
http://www.millenniumbcp.pt/template/print.jhtml?articleID=111557 (05-01-2006)
EXAME PREVENTIVO

Um exame simples e que previne o agravamento de


doenças cardíacas é o eletrocardiograma (ECG). O
eletrocardiograma é realizado com a pessoa em
repouso.
Para executá-lo, utilizam-se doze eletrodos colocados
nas pernas, braços e no tórax, na região do precórdio.
Eles captam a atividade elétrica do coração que passa
para os tecidos vizinhos e chega até a pele. Essa
informação é enviada para um aparelho
(eletrocadiógrafo) que as registra num papel.
Analisando seu traçado, é possível saber se há
sequência de batimentos, se o ritmo é normal e a
atividade cardíaca, rápida ou lenta.
PROCURE A SUA UNIDADE INTEGRADA DE SAÚDE e
realize os exames anuais da Inspeção de Aniversário!
ELETROCARDIOGRAMA

O eletrocardiograma (ECG) é um exame de saúde na área de


cardiologia no qual é feito o registro da variação dos
potenciais elétricos gerados pela atividade elétrica do
coração.
DESFIBRILAÇÃO CARDÍACA

Estudaremos a partir deste


momento a “Desfibrilação
Cardíaca”.
Falaremos sobre as arritmias
detectadas ou não detectadas
por um DEA e entenderemos a
função do “choque
desfibrilatório” no tratamento
das arritmias malígnas
consideradas “parada
cardíaca”.

Vamos adiante e preste muita


atenção!
FASES DA PARADA CARDÍACA
É de suma importância o reconhecimento da
A fase elétrica corresponde aos quatro parada cardiorespiratória (PCR) e o rápido
primeiros minutos do colapso atendimento com manobras de reanimação
cardíaco, neste período a desfibrilação cardiopulmonar nos pacientes vítimas de morte
pode reverter o quadro e diminuir a súbita. Sabe-se que a rapidez do atendimento e
chance das alterações metabólicas a qualidade da reanimação estão diretamente
correlacionadas a menor morbi-mortalidade e
deletéricas.
maior chance de alta hospitalar.
A fase circulatória, com duração média
de dez minutos, representa a privação
máxima dos substratos necessários ao
metabolismo normal.
A fase metabólica é aquela para a qual
evoluirá se não for revertida as
anteriores, representada por acidose e
disfunção celular graves, com diminuta
chance de reversão do ritmo de parada
e com evolução subseqüente para
assistolia e óbito.
TEMPO X DESFIBRILAÇÃO

A desfibrilação elétrica é de suma importância para o


atendimento da parada cardiorrespiratória, principalmente
sabendo-se que a maioria das paradas ocorre na modalidade
de Fibrilação Ventricular, e a recuperação do paciente
depende, em sua maior parte, da precocidade com que é
realizada a desfibrilação. Demora superior a dez minutos
diminui a praticamente zero a possibilidade da vítima se
recuperar, ou que pelo menos o faça sem dano cerebral
significativo. Portanto, é fundamental a existência de
serviços de atendimento de emergência ágeis e bem
preparados, chegando ao local da ocorrência em apenas
poucos minutos após o início do quadro, pois esta
condição estará determinando a futura qualidade de vida
do ressuscitado.

Disponível em http://www.fac.org.ar/cvirtual/tlibres/tnn2571/tnn2571.htm
SUCESSO NA DESFIBRILAÇÃO
As chances de desfibrilação
diminuem em função do tempo:
1º minuto: êxito acima de 90%;
2 minutos: 70%;
8 minutos: 10%.ou _.

“Quando alguém tem uma parada cardíaca:


> o relógio começa a funcionar…
> os minutos parecem horas…
Não devemos perder tempo. A corrente da sobrevivência deve ser instituída
prontamente!!!
Dr. Sergio Timerman - Presidente do Comitê Nacional de Reanimação
PROGRAMAS COMUNITÁRIOS - DEA
A ressuscitação cardiopulmonar e o uso de
Desfibriladores Externo Automático (DEA) por
primeiros socorristas da segurança publica são
recomendados para aumentar as taxas de
sobrevivência em parada cardiorrespiratória (PCR)
súbita extra-hospitalar. As Diretrizes da American
Heart Association (AHA) 2010 para Ressuscitação
Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular
de Emergência (ACE) recomendam, mais uma vez,
estabelecer programas de DEA em locais públicos nos
quais exista probabilidade relativamente alta de PCR
presenciada (por exemplo, aeroportos, cassinos,
instituições esportivas). Para maximizar a eficácia
desses programas, a AHA continua enfatizando a
importância de organizar, planejar, treinar, criar
parceria com os Serviços Médicos de Emergências
(SME) e estabelecer um processo de continuo
aperfeiçoamento da qualidade.
ARRITMIAS CARDÍACAS

As arritmias ou disritmias podem levar à


morte e constituir, por isso, um caso de Arritmia
emergência médica. cardíaca é o
A maior parte delas é, no entanto, nome genérico
inofensiva. O NÓ SINUSAL, na aurícula
de diversas
direita, é um grupo de células que regula
perturbações
esses batimentos através de impulsos
eléctricos que estimulam a contracção
que alteram a
do músculo cardíaco ou miocárdio. frequência ou o
Quando esses impulsos elétricos são ritmo dos
emitidos de forma irregular ou batimentos
conduzidos de forma deficiente, pode cardíacos. Pode
ocorrer arritmia cardíaca. Esta pode ser dever-se a
caracterizada por ritmos excessivamente várias razões.
rápidos (taquicardia), lentos (bradicardia)
ou apenas irregulares.
CAUSAS DE ARRITMIAS CARDÍACAS
Isso pode acontecer
Estresse, fumo, grande ingestão de álcool, quando as células
exercício físico muito forte, uso de certas nervosas especiais
drogas (como cocaína e anfetaminas), uso que produzem o sinal
de alguns medicamentos, e muita cafeína elétrico não
funcionam
podem ocasionar arritmia em algumas
apropriadamente, ou
pessoas. Um ataque cardíaco, ou outras quando os sinais
condições que danificam o sistema elétrico elétricos não viajam
do coração, também podem causar arritmia. normalmente pelo
Essas condições incluem pressão alta, coração. Uma arritmia
doença da artéria coronária, insuficiência também pode ocorrer
cardíaca, hipotireoidismo, hipertiroidismo, e quando outra parte do
coração começa a
doença reumática do coração. Para algumas
produzir sinais
arritmias, como a síndrome Wolff-Parkinson- elétricos, adicionando
White, o defeito cardíaco que causa a aos sinais das células
arritmia está presente no nascimento nervosas especiais, e
(congênito). Algumas vezes a causa de uma alterando o batimento
arritmia não pode ser encontrada. cardíaco normal.
SINTOMAS DE ARRITMIAS CARDÍACAS
Muitas arritmias não
ocasionam nenhum
Sintomas e sinais mais sinal ou sintoma.
Quando os sinais e
sérios incluem: sintomas estão
presentes, os mais
Ansiedade. comuns são:
Palpitações
Fraqueza. cardíacas (sensação
de que o coração
Tonteira e dor de cabeça pulou uma batida ou
está batendo muito
leve. forte).
Batimento cardíaco
Transpiração. lento.
Batimento cardíaco
Falta de ar. irregular.
Sensação de pausa
Dor no peito (angina). entre os batimentos
cardíacos.
TRATAMENTO DAS ARRITMIAS
CARDÍACAS
Os tratamentos mais comuns para arritmias
incluem remédios, procedimentos médicos
e cirurgia. O tratamento é necessário
quando a arritmia causa sintomas sérios
como tonteira, dor no peito e desmaio, ou
quando ela aumenta a probabilidade de
desenvolver complicações como
insuficiência cardíaca ou ataque cardíaco
súbito.
Há situações em que a vítima fica
inconsciente, não respira normalmente e
não há pulso palpável (parada cardíaca)
que se não for tratada imediatamente
evoluirá para a assistolia (parada cardíaca
completa) e morte. Veremos este assunto a
seguir!
RITMO CARDÍACO
Como vimos, o nó sinusal comanda a
atividade cardíaca, mas algumas
doenças podem produzir arritmias
malignas que não fornecem circulação
efetiva. Estaremos diante de uma parada
cardíaca e, 2 (duas) delas somente serão
tratadas com o emprego imediato da
“desfibrilação cardíaca”!

Vídeo – Ritmo Sinusal - 011


PARA RELEMBRAR

A frequência cardíaca é
Nó sinoatrial:
conduzida pela ação do nó
Estimula sinoatrial, pois ela é maior
eletricamente os
átrios e ventrículos nestes tecidos que nos demais
tecidos especializados. Por isso,
o nó sinoatrial é o marcapasso
Nó atrioventricular nó A- normal do coração. Como o nó
V: sinoatrial despolariza mais
Retarda estímulos rapidamente, seu impulso é
elétricos aos ventrículos gerado e conduzido através do
átrio até alcançar o nó A-V, que
ainda não se despolarizou o
Feixe Atrio Ventricular suficiente para deflagrar seu
(ramos direito e potencial de ação
esquerdo): independentemente; com o
Estimula a contração dos impulso despolarizante vindo
ventrículos. do nó sinoatrial o nó A-V atinge
seu limiar e transmite o
Fibras de Purkinje impulso elétrico aos
Terminais do Feixe AV ventrículos.
MARCAPASSOS POTENCIAIS
Na ausência de atuação
efetiva do marca-passo
principal o nó atrioventricular
pode assumir o comando e se
isso não funcionar outros
marca-passos podem auxiliar.
Problema: eles atuam em
frequência limitada e diferentes.
PARA RELEMBRAR
Temos então que o coração possui uma
ritmicidade sinusal; porém, em situações
onde o nó sinoatrial está danificado, o nó
A-V assume o controle da ritmicidade e
Nó sinusal passamos a ter o chamado ritmo infra-
sinusal, mais lento (bradicardia nodal)
De acordo com as
necessidades
devido ao nó A-V ter uma freqüência de
impulsos menor. Em casos onde ocorrem
a falência desses dois tecidos, o próximo a
assumir o controle da ritmicidade seriam
Nó atrioventricular as fibras de Purkinge; porém a freqüência
de impulsos destas é muito baixa e não é
60 bpm suficiente para manter os níveis normais
Fibras de Purkinje de pressão arterial necessários. Neste
30 / 40 bpm caso são implatados os chamados
marcapassos artificiais.
PARADA
PARADACARDÍACA
CARDÍACA - DEFINIÇÃO

 Podemos entender como uma


parada cardíaca não somente
aquela situação que ocorreu a
“cessação súbita da atividade
cardíaca”, mas também quando
houver “incapacidade do coração
atuar como bomba cardíaca”.
 Desse modo, existem 4 tipos de
parada cardíaca. Estudaremos a
seguir.
TIPOS DE
TIPOS DEPARADA CARDÍACA
PARADA CARDÍACA
Em vermelho,
destaca-se os tipos de
parada cardíaca que
 Fibrilação ventricular; um DEA detecta e
 Taquicardia ventricular sem indica a aplicação de
pulso; choque para
“desfibrilação”.

 Atividade elétrica sem pulso;


 Assistolia.
TIPOS DE
TIPOS PARADA CARDÍACAPOR UM DEA
– DETECTADOS

Estudaremos a seguir os
tipos de parada cardíaca
detectadas pelo Desfibrilador
Externo Automático: a
fibrilação ventricular e a
taquicardia ventricular sem
pulso.
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
Fibrilação ventricular é uma arritmia
cardíaca grave , caracterizada por
uma série de contrações
ventriculares rápidas e fracas
(inefetivas), produzidas por múltiplos
impulsos elétricos , originários de
vários pontos do ventrículo. Cada
célula se contrai independente de
outra.
Na fibrilação ventricular , os
ventrículos apenas tremulam , não se
contraindo de uma forma
coordenada.
Como o sangue não é bombeado
para fora do coração, a fibrilação
ventricular leva a uma parada
cardíaca e a não ser que seja tratada
imediatamente , é fatal.

Disponível em http://portaldocoracao.uol.com.br/doencas-de-a-a-z/fibrilaco-ventricular
DIFERENÇA DE ECG

Veja a diferença entre


um eletrocardiograma
com uma fibrilação
ventricular e um ECG
com ritmo sinusal
(normal).
O DEA está
programado para
reconhecer este tipo
de arritmia, carregar
automaticamente uma
carga e orientar a
aplicação do choque
desfibrilatório.
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR - REAL
O vídeo mostra uma
fibrilação ventricular ocorrida
durante uma cirurgia
cardíaca. O coração
apresenta contração
incoordenada dos ventrículos
que somente cessará com a
intervenção médica por
defibrilação.

Vídeo – Fibrilação Real - 012


CAUSAS DE FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
Veja ao lado
algumas das
Praticamente todas as doenças cardíacas graves podem
principais
causar a fibrilação ventricular (FV). A doença arterial
causas de FV.
coronariana (formação de placas de gordura ou ateromas na
paredes das artérias do coração) , em suas formas aguda
(angina instável e infarto do miocárdico) ou crônica
(cardiopatia isquêmica crônica) , é a causa mais comum de
fibrilação ventricular.
A hipertensão arterial (cardiopatia hipertensiva) as doenças
das válvulas cardíacas , as doenças do músculo cardíaco
(miocárdio) , como a miocardiopatia dilatada (exemplo: a
doença de Chagas) e a miocardiopatia hipertrófica , ou ainda,
as miocardites (inflamação aguda do miocárdio) , também
poderão ocasionar uma fibrilação ventricular.

Disponível em http://portaldocoracao.uol.com.br/doencas-de-a-a-z/fibrilaco-ventricular
TAQUICARDIA VENTRICULAR
FIBRILAÇÃO - SEM PULSO
VENTRICULAR
A fibrilação ventricular é a arritmia mais
frequente detectada por um DEA,
correspondendo a cerca de 90% dos
casos.
Veremos adiante outra arritmia tratada
com choque denominada “taquicardia
ventricular sem pulso ou TVSP!
Um foco de estimulação elétrica ectópico
(fora do marcapasso principal – nó sinusal)
se forma no ventrículo produzindo
estimulações rápidas que não permitem a
abertura e o fechamento eficaz das
câmaras cardíacas comprometendo o
bombeamento de sangue
ECG - TVSP
Veja ao lado o traçado
eletrocardiográfico
produzido por uma
TVSP.

Sucessão rápida de batimentos ectópicos


ventriculares, que podem levar a
deterioração hemodinâmica, chegando à
ausência de pulso arterial palpável; sendo
assim considerada uma modalidade de
parada cardíaca, devendo ser tratada com o
mesmo vigor da fibrilação ventricular.
CAUSAS DE TVSP

Taquicardia Ventricular
sem Pulso ou TSV e
A TVSP ocorre sua principal causa:
principalmente em
indivíduos com
doença arterial
coronária, como
isquemia miocárdica,
apresentando-se com
frequência maior que
100 bpm e não
superior a 220 bpm.
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP)
DISSOCIAÇÃO ELETROMECÂNICA A vítima está inconsciente,
não respira e não tem
pulso, mas ainda existe
A atividade elétrica sem pulso é uma atividade elétrica
caracterizada pela ausência de pulso cardíaca.
detectável na presença de algum tipo de
atividade elétrica, com exclusão da
taquicardia ventricular ou fibrilação
ventricular. Ao monitor aparecem evidências
de atividade elétrica organizada, porém o
músculo cardíaco está muito fraco ou muito
mal perfundido para responder ao estímulo
elétrico.
O prognóstico dos pacientes com AESP é
reservado, e a causa determinante deve ser
verificada e corrigida.
Dentre as principais causas destacam-se:
Hipoxemia, acidose severa, tamponamento
cardíaco, pneumotórax hipertensivo,
hipovolemia e embolia pulmonar.
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP)
Veja o ECG ao lado.
Existe uma atividade elétrica, mas
a vítima está inconsciente, não
respira e não tem pulso. O DEA não
está programado para reconhecer
Atividade elétrica sem pulso (AESP) pode este tipo de arritmia.
compreender ritmos bradicárdicos ou
taquicárdicos. O importante é identificar que há
um ritmo organizado no monitor, porém não
existe acoplamento do ritmo elétrico com a
pulsação efetiva (contração) e não há débito
cardíaco.
O importante é garantir o suporte básico de vida
e identificar a provável causa da parada
cardiorrespiratória, se for possível.
Este tipo de arritmia não é tratado com choque.
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP)
A assistolia é a evolução final das demais
modalidades de PCR, quando não atendidas
adequadamente ou em tempo hábil. O DEA
não está programado para tratar esta
arritmia.

A total ausência de atividade ventricular contrátil


associada à inatividade cardíaca é denominada
assistolia.

Este tipo de arritmia não é tratado com choque.


DESFIBRILAÇÃO ou CARDIOVERSÃO?
Desfibrilação é a aplicação de uma
corrente elétrica em um paciente, através
de um desfibrilador, um equipamento
eletrônico cuja função é reverter um quadro
de fibrilação ventricular ou taquicardia
ventricular sem pulso.
A cardioversão é a mesma terapia de
choque, porém, se dá mediante a aplicação
de descargas elétricas no paciente,
graduadas de acordo com a necessidade e
sincronizada com o ritmo cardíaco EM
OUTROS TIPOS DE ARRITIMIAS
CARDÍACAS.
Os choques elétricos em geral são
aplicados diretamente no miocárdio ou por
meio de eletrodos colocados na parede
torácica.
ESQUEMA - DESFIBRILAÇÃO
Eletrodos adesivos transferem
a atividade elétrica para o DEA
que detecta a arritmia FV. O
DEA carrega e entrega, sob
Detecção da Ritmo normal. ação do operador, uma carga
elétrica para eliminar a
arritmia. arritmia.

Eletrodos

Choque.

DEA
DESFIBRILAÇÃO – AÇÃO DO CHOQUE
A desfibrilação é a aplicação de uma corrente elétrica em
um paciente, através de um desfibrilador, um equipamento
eletrônico cuja função é a reversão das arritmias cardíacas
pela aplicação de um pulso de corrente elétrica de grande
amplitude num curto período de tempo. O choque produz
uma assistolia temporária que permite ao nodo sinusal
organizar a atividade cardíaca.

Eletrodos

Choque.

O pulso de corrente elétrica que atravessa o coração promove também a despolarização


(contração) de uma grande quantidade de fibras ventriculares que estavam repolarizadas
(relaxadas) e prolonga a contração das que já estavam contraídas.
Se uma certa massa crítica (75% a 90%) das fibras responderem simultaneamente a esta
contração forçada, quando retornarem ao estado de repouso estarão em condições de
responder ao marca‐passo natural do corpo (nodo sinusal) e, com o sincronismo, o
bombeamento é restabelecido.
Fonte: BIT – Boletim Informativo de Tecnovigilância, Brasília, Número 01, jan/fev/mar 2011 ‐ ISSN 2178-440X
EQUIPAMENTOS DESFIBRILADORES - MANUAIS

Equipamento utilizado na parada


cardiorrespiratória com objetivo de
restabelecer ou reorganizar o ritmo
cardíaco. O primeiro equipamento
desfibrilador foi elaborado porr Claude
Beck em 1947, mas para uso em
Eletrodos desfibrilação no intra-operatório
(desfibrilação cardíaca interna).
Choque.

O desfibrilador externo manual é um


equipamento de uso exclusivamente médico.
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO

Quando nos referirmos ao


desfibrilador para uso leigo
estaremos falando do
“Desfibrilador Externo
Automático” ou, simplesmente,
pela siga “DEA”.
Conheceremos algumas
características de modelos
existentes no mercado brasileiro.
Obviamente que será necessário
que o usuário leia o respectivo
manual de instruções para
maiores informações sobre o
produto.
USO DO DEA NO CORPO DE BOMBEIROS

O uso do DEA no Corpo de


Bombeiros está previsto no
POP RES 06-12 por
recomendação expressa no
Parecer do Conselho
Regional de Medicina de São
Paulo nº 67.245/00.
MODO DE OPERAÇÃO - AUTOMÁTICO
Desfibriladores Externo na função
“Automático” libera choques sem a
intervenção do operador. Possui somente o
botão “Liga-Desliga”. Uma vez que a arritmia
é detectada e o choque carregado, alerta o
operador e libera a carga em até 5 segundos.
Este modelo não é comum para os serviços
de atendimento pré-hospitalar e encontra-se
em desuso pelo alto risco na operação.
MODELO SEMI-AUTOMÁTICO
Botão “Liga-desliga”
Desfibriladores Externo na função “Semi-Automático”
libera choques somente com a intervenção do operador.
Possui o botão “Liga-Desliga” e o botão “Choque”.
Uma vez que a arritmia é detectada e o choque
carregado, alerta o operador e caso este não libere o
choque em 20 ou 30 segundos, dependendo do modelo
de aparelho, a carga é cancelada por questões de
segurança.

Botão “Choque” Botão de choque


MODELOS COMUNS NO MERCADO

Todos os modelos de DEA possuem


as qualidades necessárias para a
desfibrilação cardíaca, embora
possuam tecnologias diferentes.

Philips

ZOLL

Schiller
ELETRODOS DE DESFIBRILAÇÃO
Através dos eletrodos o desfibrilador avalia o ritmo cardíaco do
paciente e quando necessário, na presença de fibrilação
ventricular ou taquicardia ventricular de alto risco, carrega
automaticamente e solicita ao socorrista que pressione o botão
para choque quando necessário. A energia da desfibrilação
também é fornecida através desses mesmos eletrodos;
VALIDADE
Eletrodos são de uso único e descartáveis.
Observe o prazo de validade dos eletrodos.
Somente abra um pacote de eletrodos depois
que constatar a parada cardíaca. A face em gel
resseca muito facilmente e não adere no tórax
da vítima.
Manuseie-o pelas extremidades, sem contato
com o gel adesivo.
APLICAÇÃO DOS ELETRODOS

Siga as recomendações do fabricante


para emprego do DEA. As ilustrações
mostram uma das alternativas de
aplicação de eletrodos.
EXPOSIÇÃO DO TÓRAX

Tenha sempe disponível uma


tesoura de ponta romba! Seja
rápido na exposição do tórax da
vítima!

Vídeo – Exposição das Vestes - 012


EXPOSIÇÃO DO TÓRAX
Livre o tórax de peças íntimas, em
especial, que possuam detalhes em
metal. A exposição completa do tórax
é necessária para a realização da
RCP de alta qualidade e utilização do
DEA. Isto é inconstestável!

Vídeo - Expor o Tórax Feminino - 013


IMPEDÂNCIA TORÁCICA
A resistência elétrica que se opõe à súbita
Obviamente, quanto menor a movimentação dos elétrons através do
impedância torácica, maior a tórax (corrente elétrica), durante a
corrente elétrica. Por outro lado, desfibrilação, é a "impedância torácica".
valores muito altos, freqüentemente, Existe um valor mínimo de corrente
provocam insucesso na elétrica capaz de promover a desfibrilação
desfibrilação. (limiar de desfibrilação).
Muitos fatores determinam a
impedância torácica: tamanho dos
eletrodos; energia selecionada; área
de contato dos eletrodos; gel adesivo
condutor de boa qualidade; número e
intervalo de tempo entre choques
prévios; distância entre os eletrodos;
tamanho do tórax; pressão de
contato dos eletrodos no tórax.
FATORES DE IMPEDÂNCIA TORÁCICA

Se houver impedância torácica


São fatores que aumentam a elevada acima da capacidade
impedância torácica: do DEA, não haverá a
administração de choques e o
Estruturas ósseas proeminentes; paciente terá perdido a chance
Tipos de pele e suas de reanimação.
particularidades;
Peso do paciente;
Tamanho do tórax do paciente;
Quantidade de ar nos pulmões;
Quantidade de gordura
subcutânea;

Umidade da pele;
Excesso de pêlos no tórax.
TEMPO DE PASSAGEM DA CORRENTE

É necessário ressaltarmos que


a desfibrilação é a passagem
da corrente elétrica (ampère)
através do coração, em curto
espaço de tempo.
Essa corrente elétrica é
determinada pela energia
liberada pelo desfibrilador (em
Joules) e pela impedância ou
resistência transtorácica.
REDUÇÃO DA IMPEDÂNCIA TORÁCICA
Secar o tórax do paciente antes da Algumas medidas são
fundamentais para a redução da
aplicação de eletrodos; impedância torácica e boa leituras
Raspar o excesso de pelos dos locais dos eletrodos e estão listadas ao
lado. Serão discutidas uma a uma
de aplicação de eletrodos; oportunamente durante vosso
Remover curativos adesivos da área estudo!
de abrangência da corrente elétrica;
Retirar adornos metálicos que estejam
ao redor do pescoço;
Mudar a posição padrão de eletrodos
na presença de dispositivos
implantados no tórax;
Usar eletrodos de desfibrilação dentro
do prazo de validade e somente
abertos na hora do uso.
POSIÇÃO DOS ELETRODOS
Para facilitar a colocação e o treinamento, a posição da Publicação nos
pá anterolateral segue o posicionamento lógico padrão resumos das Diretrizes
de eletrodos. Qualquer uma das três posições de Ressuscitação
alternativas da pá (anteroposterior, antero Cardiopulmonar da
infraescapular esquerda e antero infraescapular direita)
AHA – 2010.
podem ser consideradas, segundo as características de
cada paciente. A colocação das pás do DEA no tórax
desnudo da vitima, em qualquer uma das quatro
posições da pá, e aceitável para a desfibrilação.
Novos dados demonstram que as quatro posições da
pá (anterolateral, anteroposterior, antero infraescapular
esquerda e antero infraescapular direita) parecem ser
igualmente eficazes para tratar arritmias atriais ou
ventriculares. Mais uma vez, para facilitar o
treinamento, a posição padrão ensinada em cursos da
American Heart Association não será modificada em
relação a posição recomendada em 2005.
POSIÇÃO PADRÃO - AHA
Este é a posição padrão ensinada nos
cursos da American Heart Association
para facilitar a colocação de eletrodos.
As demais formas aceitáveis veremos
na sequencia de slides.

Posição anterolateral
Abra a embalagem dos eletrodos de desfibrilação.
Retire o revestimento de proteção dos eletrodos de
desfibrilação. Coloque o lado adesivo de cada eletrodo
na pele desnuda do paciente, exatamente conforme
mostrado no desenho apresentado em cada eletrodo.
Fonte: Manual do DEA Philips Heart START FR2
POSIÇÃO ELETRODOS – TÓRAX MASCULINO
Utilize as referências: um eletrodo
na região abaixo da clavícula, ao
lado do esterno, acima do
mamilo; outro eletrodo na linha
média axilar, abaixo do mamilo
esquerdo.

Fonte:
Trabalho Fotográfico do Laboratório de Resgate da Escola Superior de Bombeiros.
POSIÇÃO ELETRODOS – TÓRAX FEMININO
Aplique eletrodos acima da mama a direita e
abaixo da mama a esquerda, utilizando as
mesmas referências do tórax masculino. Não
aplique eletrodo sobre o tecido mamário, pois
aumenta a impedância torácica e

Fonte:
Trabalho Fotográfico do Laboratório de Resgate da Escola Superior de Bombeiros.
POSIÇÃO ANTERO-POSTERIOR
O eletrodo da parte posterior (INFRA
ESCAPULAR ESQUERDA ou DIREITA) deve
ser aplicado primeiro, pois se feito do contrário,
ao efetuar o rolamento da vítima por 2 vezes, o
eletrodo anterior poderá se descolar do tórax
da vítima.
CUIDADOS

Durante a desfibrilação, bolhas de ar entre a pele e os eletrodos de


desfibrilação podem causar queimaduras na pele do paciente. Para evitar a
formação de bolhas de ar, verifique se os eletrodos de desfibrilação estão
totalmente aderidos à pele.
Não deixe que eletrodos de desfibrilação encostarem um no outro ou nos
eletrodos de ECG, condutores, ataduras, adesivos transdérmicos, etc. O
contato pode produzir centelhas elétricas e queimaduras na pele do paciente
durante a desfibrilação; além disso, pode desviar a corrente, afastando-a do
coração.
Mexer no paciente, ou transportá-lo, durante a análise do ritmo cardíaco, pode
produzir um retardo ou inexatidão no diagnóstico. Se o DEA apresentar
instrução de CHOQUE RECOMENDADO, mantenha o
paciente imóvel durante pelo menos 15 segundos,
para que o DEA possa reconfirmar a análise do
ritmo antes de aplicar o choque.
DESCARTE DOS ELETRODOS

As recomendações ao lado
estão no Manual de
Instruções de uma das
principais marcas de DEA
em comercialização no
Brasil.

CLICK sobre o quadro para


AMPLIAR e para REDUZIR

Fonte: DEA Philips


PARTICULARIDADES DE EQUIPAMENTOS

Leia sempre o Manual de


Instruções do seu equipamento
em uso.
Alguns equipamentos possuem
particularidades que podem
influenciar na aplicação.
DEA ZOLL - PARTICULARIDADES
Puxe para abrir
e acessar
eletrodos que
estão debaixo
da tampa!

Eletrodo já está pré-conectado

1. Peça única;
2. Sensor de RCP que
avisa quando a
velocidade for menor
que 100
compressões/min e
profundidade menor
Eletrodo diferenciado que 5 cm.
ELETRODO ZOLL - PARTICULARIDADES

Aplique o sensor de RCP (metrônomo) no


centro do peito tomando como base a linha
imaginária entre os mamilos (metade inferior
do esterno).

A pá correspondente
ao ápice cardíaco
pode ser deslocada
puxando-se a trava
ou descolando o
adesivo do tipo
velcro®
CONECTAR ELETRODOS - ZOLL
Procure interromper ou adiar a
RCP por tempo inferior a 10
segundos, desde a interrupção da
RCP até a leitura do ritmo
cardíaco pelo DEA.

Vídeo – Conexão de Eletrodos ZOLL - 013


ENERGIA

Alguns equipamentos possuem


baterias recarregáveis, outros
descartáveis.
Alguns funcionam com pilhas
especiais.
Considere o custo benefício ao
adquirir equipamentos DEA. O valor
pago por equipamentos com
acessórios descartáveis (baterias)
são menores, porém seus custo de
substituição podem ser maiores que
dos equipamentos com baterias
recarregáveis.
TIPOS DE BATERIAS
Existem diferentes formas de baterias: descartáveis,
recarregáveis, pilhas, conjunto de pacotes de carga e
eletrodos. A energia da bateria de corrente contínua
será convertida por um capacitor interno no DEA em
milhares de watts por segundo, o que equivale a
medida em “Joules”!

Bateria Bateria
descartável recarregável

CHARGE-PAK ® Pilhas de lítio


FORMAS DE ONDA DE ENERGIA

Monofásica: a corrente viaja


em uma só direção (polo
positivo para negativo) sem
mudança de polaridade.
Bifásica: a corrente vai no
sentido positivo/negativo, o
equipamento inverte a
polaridade para
positivo/negativo e retorna
para o ponto de origem.
ENERGIA BIFÁSICA
A corrente é liberada em uma direção e após
um período reverte em direção oposta. Em
virtude desta característica da onda bifásica,
a quantidade de energia é de menor
intensidade, bem como o dano miocárdico
(utiliza-se energia entre 120 a 200 joules). A
incidência de refibrilação também é menor.
EQUPAMENTOS E CARGAS

Equipamentos bifásicos e respectivas


cargas para desfibrilação cardíaca.

120 joules

150 joules

200 joules
APLICAÇÃO DOS CHOQUES

Dê o alerta “Afaste-se –
Choque!” antes de apertar o
botão “choque”!

Vídeo – Animação de Choque DEA - 014


DESFIBRILAÇÃO
Desfibrilação produz uma
ASSISTOLIA temporária e
permite que o marcapasso
cardíaco asssuma o
controle novamente.

Vídeo – Animação de Choque DEA - 014


EFICIÊNCIA DO DEA

O DEA é um dos equipamentos


mais seguros para o tratamento
humano. No entanto, a segurança
do uso é de inteira
responsabilidade do usuário.
A manutenção preventiva ou
corretiva deve ser levada a sério
com revisões periódicas.
As falhas observadas com o
equipamento quase sempre estão
relacionadas ao mau uso.
SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE

A sensibilidade representa a capacidade de um DEA identificar A precisão da análise do


arritmias que devem ser desfibriladas. ritmo cardíaco de um DEA é
A especificidade representa a capacidade de um DEA em identificar normalmente descrito em
arritmias que não precisam ser desfibriladas. termos de sensibilidade e
Idealmente, os DEA devem ter sensibilidade e especificidade de especificidade.
100%. No entanto, isso não é a realidade porque existe um ponto de
equilíbrio (compromisso) entre sensibilidade e especificidade.
A avaliação de desempenho dos DEA é determinada por normas
emitidas pela American Nacional Standards Institute/Association for
the Advancement of Medical Instrumentation, ANSI/AAMI.
De acordo com estas normas, a sensibilidade para reconhecimento
de fibrilação ventricular em uma amplitude de 200 mV ou mais deve
ser superior a 90% na ausência de artefato (interferências).
Para os equipamentos que detectam taquicardia ventricular, a
sensibilidade deve ser superior a 75%. A especificidade do
equipamento em diferenciar arritmias que não necessitam de
desfibrilação deve ser superior a 95% na ausência de artefatos.
[Conselho Europeu de Ressuscitação. 1993].
Fonte: BIT – Boletim Informativo de Tecnovigilância, Brasília, Número 01, jan/fev/mar 2011 ‐ ISSN 2178-440X
MOMENTO PARA LIGAR E UTILIZAR O DEA

Ao presenciar uma PCR


extra-hospitalar e havendo
um DEA prontamente
disponível no local, o
socorrista deverá iniciar a
RCP com compressões
torácicas e usar o DEA o
quanto antes.
ALGORITMO DE SBV - ADULTO

CLICK sobre o algoritmo para


AMPLIAR e novamente para
REDUZIR.

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