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- Primeiros Socorros -
Prof. Claudinei Ferreira da Silva
RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS
Suporte Básico de
Vida com
Desfibrilador Externo
Automático (DEA).
Módulo I
OBJETIVOS
Anatomia
Cardíaca
O CORAÇÃO HUMANO
O coração humano é o órgão responsável
pelo percurso do sangue bombeado
através de todo o organismo, que é feito
em aproximadamente 45 segundos em
repouso.
FONTE: http://www.webciencia.com/11_05coracao.htm#ixzz2FPjs9yR4
DIVISÃO DO CORAÇÃO
O coração humano apresenta quatro partes ou
cavidades: na parte superior estão os átrios,
divididos entre direito e o esquerdo, na parte
inferior estão os ventrículos, também direito e
esquerdo.
VALVAS CARDÍACAS
Valvas cardíacas ou Válvulas cardíacas são estruturas
formadas basicamente por tecido conjuntivo que se encontra à
saída de cada uma das quatro câmaras do coração. Se
interpõem entre átrios e ventrículos bem como nas saídas das
artérias aorta e artéria pulmonar. Elas permitem o fluxo de
sangue em um único sentido não permitindo que este retorne
fechando-se quando o gradiente pressórico se inverte. O que
regula a abertura e fechamento das valvas são as pressões
dentro das câmaras cardíacas.
Fisiologia
Cardíaca
CONTRAÇÃO CARDÍACA
Em um batimento normal, ambos os átrios se contraem
quase que simultaneamente. A seguir, há curta pausa
(para total enchimento do ventrículo com sangue).
Consequentemente, os dois ventrículos se contraem,
quase que simultaneamente. Por fim, o coração inteiro
relaxa-se e enche-se novamente.
SISTEMA DE CONDUÇÃO ELÉTRICA
O coração dispõe de um sistema
Nó sinusal: elétrico que faz com que surjam,
Estimula de forma automática, estímulos
eletricamente os elétricos que, ao serem
átrios e ventrículos transmitidos a todo o coração,
vão levar à contração, de forma
sequencial, das várias cavidades
Nó atrioventricular (A-V): cardíacas, permitindo assim a
circulação do sangue por todo o
Retarda estímulos elétricos
organismo.
aos ventrículos
O estímulo elétrico surge,
normalmente, no nó sinusal,
sendo depois transmitido a todo
o coração. Esta transmissão é
Feixe Atrio Ventricular sequencial, ocorrendo com um
(ramos direito e determinado ritmo. Cada
esquerdo): estímulo elétrico só surge depois
Estimula a contração dos do estímulo anterior ter sido
ventrículos. completamente transmitido a
todo o coração e ter ocorrido
Fibras de Purkinje uma fase de recuperação
Terminais do Feixe AV (repolarização) para preparar o
coração para a transmissão do
novo estímulo.
http://www.millenniumbcp.pt/template/print.jhtml?articleID=111557 (05-01-2006)
EXAME PREVENTIVO
Disponível em http://www.fac.org.ar/cvirtual/tlibres/tnn2571/tnn2571.htm
SUCESSO NA DESFIBRILAÇÃO
As chances de desfibrilação
diminuem em função do tempo:
1º minuto: êxito acima de 90%;
2 minutos: 70%;
8 minutos: 10%.ou _.
A frequência cardíaca é
Nó sinoatrial:
conduzida pela ação do nó
Estimula sinoatrial, pois ela é maior
eletricamente os
átrios e ventrículos nestes tecidos que nos demais
tecidos especializados. Por isso,
o nó sinoatrial é o marcapasso
Nó atrioventricular nó A- normal do coração. Como o nó
V: sinoatrial despolariza mais
Retarda estímulos rapidamente, seu impulso é
elétricos aos ventrículos gerado e conduzido através do
átrio até alcançar o nó A-V, que
ainda não se despolarizou o
Feixe Atrio Ventricular suficiente para deflagrar seu
(ramos direito e potencial de ação
esquerdo): independentemente; com o
Estimula a contração dos impulso despolarizante vindo
ventrículos. do nó sinoatrial o nó A-V atinge
seu limiar e transmite o
Fibras de Purkinje impulso elétrico aos
Terminais do Feixe AV ventrículos.
MARCAPASSOS POTENCIAIS
Na ausência de atuação
efetiva do marca-passo
principal o nó atrioventricular
pode assumir o comando e se
isso não funcionar outros
marca-passos podem auxiliar.
Problema: eles atuam em
frequência limitada e diferentes.
PARA RELEMBRAR
Temos então que o coração possui uma
ritmicidade sinusal; porém, em situações
onde o nó sinoatrial está danificado, o nó
A-V assume o controle da ritmicidade e
Nó sinusal passamos a ter o chamado ritmo infra-
sinusal, mais lento (bradicardia nodal)
De acordo com as
necessidades
devido ao nó A-V ter uma freqüência de
impulsos menor. Em casos onde ocorrem
a falência desses dois tecidos, o próximo a
assumir o controle da ritmicidade seriam
Nó atrioventricular as fibras de Purkinge; porém a freqüência
de impulsos destas é muito baixa e não é
60 bpm suficiente para manter os níveis normais
Fibras de Purkinje de pressão arterial necessários. Neste
30 / 40 bpm caso são implatados os chamados
marcapassos artificiais.
PARADA
PARADACARDÍACA
CARDÍACA - DEFINIÇÃO
Estudaremos a seguir os
tipos de parada cardíaca
detectadas pelo Desfibrilador
Externo Automático: a
fibrilação ventricular e a
taquicardia ventricular sem
pulso.
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
Fibrilação ventricular é uma arritmia
cardíaca grave , caracterizada por
uma série de contrações
ventriculares rápidas e fracas
(inefetivas), produzidas por múltiplos
impulsos elétricos , originários de
vários pontos do ventrículo. Cada
célula se contrai independente de
outra.
Na fibrilação ventricular , os
ventrículos apenas tremulam , não se
contraindo de uma forma
coordenada.
Como o sangue não é bombeado
para fora do coração, a fibrilação
ventricular leva a uma parada
cardíaca e a não ser que seja tratada
imediatamente , é fatal.
Disponível em http://portaldocoracao.uol.com.br/doencas-de-a-a-z/fibrilaco-ventricular
DIFERENÇA DE ECG
Disponível em http://portaldocoracao.uol.com.br/doencas-de-a-a-z/fibrilaco-ventricular
TAQUICARDIA VENTRICULAR
FIBRILAÇÃO - SEM PULSO
VENTRICULAR
A fibrilação ventricular é a arritmia mais
frequente detectada por um DEA,
correspondendo a cerca de 90% dos
casos.
Veremos adiante outra arritmia tratada
com choque denominada “taquicardia
ventricular sem pulso ou TVSP!
Um foco de estimulação elétrica ectópico
(fora do marcapasso principal – nó sinusal)
se forma no ventrículo produzindo
estimulações rápidas que não permitem a
abertura e o fechamento eficaz das
câmaras cardíacas comprometendo o
bombeamento de sangue
ECG - TVSP
Veja ao lado o traçado
eletrocardiográfico
produzido por uma
TVSP.
Taquicardia Ventricular
sem Pulso ou TSV e
A TVSP ocorre sua principal causa:
principalmente em
indivíduos com
doença arterial
coronária, como
isquemia miocárdica,
apresentando-se com
frequência maior que
100 bpm e não
superior a 220 bpm.
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP)
DISSOCIAÇÃO ELETROMECÂNICA A vítima está inconsciente,
não respira e não tem
pulso, mas ainda existe
A atividade elétrica sem pulso é uma atividade elétrica
caracterizada pela ausência de pulso cardíaca.
detectável na presença de algum tipo de
atividade elétrica, com exclusão da
taquicardia ventricular ou fibrilação
ventricular. Ao monitor aparecem evidências
de atividade elétrica organizada, porém o
músculo cardíaco está muito fraco ou muito
mal perfundido para responder ao estímulo
elétrico.
O prognóstico dos pacientes com AESP é
reservado, e a causa determinante deve ser
verificada e corrigida.
Dentre as principais causas destacam-se:
Hipoxemia, acidose severa, tamponamento
cardíaco, pneumotórax hipertensivo,
hipovolemia e embolia pulmonar.
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP)
Veja o ECG ao lado.
Existe uma atividade elétrica, mas
a vítima está inconsciente, não
respira e não tem pulso. O DEA não
está programado para reconhecer
Atividade elétrica sem pulso (AESP) pode este tipo de arritmia.
compreender ritmos bradicárdicos ou
taquicárdicos. O importante é identificar que há
um ritmo organizado no monitor, porém não
existe acoplamento do ritmo elétrico com a
pulsação efetiva (contração) e não há débito
cardíaco.
O importante é garantir o suporte básico de vida
e identificar a provável causa da parada
cardiorrespiratória, se for possível.
Este tipo de arritmia não é tratado com choque.
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP)
A assistolia é a evolução final das demais
modalidades de PCR, quando não atendidas
adequadamente ou em tempo hábil. O DEA
não está programado para tratar esta
arritmia.
Eletrodos
Choque.
DEA
DESFIBRILAÇÃO – AÇÃO DO CHOQUE
A desfibrilação é a aplicação de uma corrente elétrica em
um paciente, através de um desfibrilador, um equipamento
eletrônico cuja função é a reversão das arritmias cardíacas
pela aplicação de um pulso de corrente elétrica de grande
amplitude num curto período de tempo. O choque produz
uma assistolia temporária que permite ao nodo sinusal
organizar a atividade cardíaca.
Eletrodos
Choque.
Philips
ZOLL
Schiller
ELETRODOS DE DESFIBRILAÇÃO
Através dos eletrodos o desfibrilador avalia o ritmo cardíaco do
paciente e quando necessário, na presença de fibrilação
ventricular ou taquicardia ventricular de alto risco, carrega
automaticamente e solicita ao socorrista que pressione o botão
para choque quando necessário. A energia da desfibrilação
também é fornecida através desses mesmos eletrodos;
VALIDADE
Eletrodos são de uso único e descartáveis.
Observe o prazo de validade dos eletrodos.
Somente abra um pacote de eletrodos depois
que constatar a parada cardíaca. A face em gel
resseca muito facilmente e não adere no tórax
da vítima.
Manuseie-o pelas extremidades, sem contato
com o gel adesivo.
APLICAÇÃO DOS ELETRODOS
Umidade da pele;
Excesso de pêlos no tórax.
TEMPO DE PASSAGEM DA CORRENTE
Posição anterolateral
Abra a embalagem dos eletrodos de desfibrilação.
Retire o revestimento de proteção dos eletrodos de
desfibrilação. Coloque o lado adesivo de cada eletrodo
na pele desnuda do paciente, exatamente conforme
mostrado no desenho apresentado em cada eletrodo.
Fonte: Manual do DEA Philips Heart START FR2
POSIÇÃO ELETRODOS – TÓRAX MASCULINO
Utilize as referências: um eletrodo
na região abaixo da clavícula, ao
lado do esterno, acima do
mamilo; outro eletrodo na linha
média axilar, abaixo do mamilo
esquerdo.
Fonte:
Trabalho Fotográfico do Laboratório de Resgate da Escola Superior de Bombeiros.
POSIÇÃO ELETRODOS – TÓRAX FEMININO
Aplique eletrodos acima da mama a direita e
abaixo da mama a esquerda, utilizando as
mesmas referências do tórax masculino. Não
aplique eletrodo sobre o tecido mamário, pois
aumenta a impedância torácica e
Fonte:
Trabalho Fotográfico do Laboratório de Resgate da Escola Superior de Bombeiros.
POSIÇÃO ANTERO-POSTERIOR
O eletrodo da parte posterior (INFRA
ESCAPULAR ESQUERDA ou DIREITA) deve
ser aplicado primeiro, pois se feito do contrário,
ao efetuar o rolamento da vítima por 2 vezes, o
eletrodo anterior poderá se descolar do tórax
da vítima.
CUIDADOS
As recomendações ao lado
estão no Manual de
Instruções de uma das
principais marcas de DEA
em comercialização no
Brasil.
1. Peça única;
2. Sensor de RCP que
avisa quando a
velocidade for menor
que 100
compressões/min e
profundidade menor
Eletrodo diferenciado que 5 cm.
ELETRODO ZOLL - PARTICULARIDADES
A pá correspondente
ao ápice cardíaco
pode ser deslocada
puxando-se a trava
ou descolando o
adesivo do tipo
velcro®
CONECTAR ELETRODOS - ZOLL
Procure interromper ou adiar a
RCP por tempo inferior a 10
segundos, desde a interrupção da
RCP até a leitura do ritmo
cardíaco pelo DEA.
Bateria Bateria
descartável recarregável
120 joules
150 joules
200 joules
APLICAÇÃO DOS CHOQUES
Dê o alerta “Afaste-se –
Choque!” antes de apertar o
botão “choque”!