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Enfermagem Médica - 2021

Ondas
R Intervalo RR R

Despolarização Segmento Segmento Repolarização


Atrial PR ST ventricular
P T P

Intervalo PR Q

S
Intervalo QT
A despolarização do A repolarização atrial não é
coração ocorre no representada no ECG pois
sentido COMPLEXO QRS acontece ao mesmo tempo que o
ápice → base
Despolarização complexo QRS – a energia elétrica
Ventricular
esquerda → direita Contração do complexo é maior devido a
maior massa dos ventrículos

Onda P
▪ Onda P representa a despolarização atrial, registando o momento em que acontece a
contração dos átrios
▪ Nódulo sinusal dispara uma onda de despolarização que resulta na contração atrial
▪ A despolarização atrial procede sequencialmente da direita para a esquerda, com o
átrio direito ativado antes do átrio esquerdo
▪ Normalmente, ela tem 2,5 mm (2 quadradinhos) ou menos e 0,12 s (3 quadradinhos) ou
menos de duração
▪ Positiva em todas as derivações e negativa em aVR
▪ Prolongamento de onda P = aumento do átrio esquerdo
▪ Avaliação onda P → Onda P de morfologia normal, duração x segundos e amplitude Y
mV, uma onda P para cada QRS (OP : QRS)
▪ Batimento cardíaco útil gera debito cardíaco
▪ Se as arritmias não alteram o debito cardíaco o paciente não terá sintomas

Fibrilação Atrial → Não há onda P – Onda F


ritmo cardíaco irregular e muitas vezes muito rápido. Isso
pode causar sintomas como palpitações, fadiga e falta de
ar.

Flutter Atrial → Macroreentrada → nodo sinoatrial gera


impulso e conduz para o nodo atrioventricular, porém em
algum momento antes de chegar no nodo atrioventricular
(no ventrículo) o nodo atrioventricular gera outro estimulo
elétrico o que resulta em duas ondas P

Baixado por Nathallia Godoy (nathallia.tsgodoy@gmail.com)


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Complexo QRS
▪ Representa a despolarização ventricular
▪ A onda Q é a primeira deflexão negativa após a onda P. A onda Q normalmente tem menos
de 0,04 s de duração
▪ A onda R é a primeira deflexão positiva após a onda P, e a onda S é a primeira deflexão
negativa após a onda R
▪ Primeira porção do QRS representa a despolarização do nodo atrioventricular
▪ Quando o complexo QRS não é observado no ECG pode indicar parada ventricular
▪ Duração: 0,06 a 0,12s → duração QRS normal: 1 a 3 quadradinhos
▪ Duração maior que 0,12s (+3 quadrinhos) indica que os ventrículos estão se despolarizando
em tempos diferentes → bloqueio de ramo (feixe de his e fibras de purkinje)
▪ Linha R é positiva e vai ampliando de altitude nas precordiais
▪ Linha Q nem sempre é visível
▪ QS → sinal de necrose → completamente negativo, sem a presença de uma onda positiva
▪ Q Profundo → células do miocárdio sofreram infarto passado e necrose
Taquicardia supraventricular frequências Cardíacas altas, geralmente rítmica, e sua principal
característica é a presença de complexos QRS estreitos
Taquicardia ventricular sem pulso não gera debito cardíaco, ritmo de parada
cardiorrespiratório
Extrassístole ventricular Estimulo elétrico extra - Estímulos ectópicos gerados nos ventrículos
- despolarização ventricular prematura (dois complexos QRS)
Com o passar do tempo prejudica o debito cardíaco e pode formar trombos

Baixado por Nathallia Godoy (nathallia.tsgodoy@gmail.com)


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Onda T
▪ Representa a fase de repolarização dos ventrículos, quando as fibras ventriculares
começam a relaxar
▪ Ocorre quando as células recuperam uma carga negativa; estado de repouso
▪ Positiva em todas as derivações e negativas em aVR
▪ É assimétrica, porém sempre arredondadas
▪ Amplitude máxima nas derivações periféricas = 5mm
▪ Amplitude máxima nas derivações precordiais = 15mm
▪ Onda T grande e pontiaguda → desequilíbrio hidroelétrico → Hiperpotassemia
▪ Ausência de T → Taquicardia elevada

Onda U
▪ Acredita-se que a onda U represente a repolarização das fibras de Purkinje, porém
algumas vezes ela é observada em pacientes com hipopotassemia (níveis baixos de
potássio), hipertensão ou doença cardíaca.
▪ Hiperpolarização
▪ Baixa voltagem e pequena
▪ Pode ser visível nas derivações precordiais após a onda T

Intervalos e Segmentos

Intervalo PR e ▪ O intervalo PR é medido a partir do início da onda P até o início do complexo QRS
Segmento PR ▪ Representa o tempo necessário para estimulação do nodo sinoatrial,
despolarização atrial e condução através do nodo AV antes da despolarização
ventricular
▪ Condução do estimulo elétrico do átrio para o ventrículo (NSA → NAV)
▪ Tempo de condução do impulso elétrico desde o nodo sinoatrial até os ventrículos
▪ Em adultos, o intervalo PR normalmente varia de 0,12 a 0,16 de duração (3 a 4
quadradinhos)
▪ Segmento isoelétrico – não tem amplitude – não tem diferença de eletricidade

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Intervalo PR curto (< 12s) → condução


Intervalo PR prolongado → bloqueio atrioventricular, atrioventricular acelerada (Síndrome de Wolf-
frequência cardíaca diminuída Parkinson-White)

Complexo PR maior que 0,16 s Complexo PR menor que 0,12 s


indica um atraso na condução desde o nó Indica uma aceleração na condução desde o nó
sinoatrial até os ventrículos (+ que 4 sinoatrial até os ventrículos
quadradinhos)
▪ Alterações no intervalo → estímulo não é conduzido pelo nodo sinoatrial → resulta em uma frequência
cardíaca aumentada ou diminuída

Intervalo QT

▪ Representa o tempo total para a despolarização e repolarização ventriculares


▪ É medido a partir do início do complexo QRS até o término da onda T
▪ O intervalo QT varia com a frequência cardíaca, sexo e idade
▪ O intervalo QT geralmente é de 0,32 a 0,40 s de duração quando a frequência
cardíaca está entre 65 e 95 bpm
▪ Quando o intervalo QT se torna prolongado, o paciente pode estar em risco
▪ de uma arritmia ventricular letal
Intervalo QT

▪ Representa a repolarização ventricular precoce, dura desde o término do complexo


Segmento ST QRS até o início da onda T
▪ ▪Isoelétrico – sem carga (risco reto na linha de base)
▪ O início do segmento ST em geral é identificado por uma alteração na espessura ou
ângulo da porção terminal do complexo QRS. O término do segmento ST pode ser
mais difícil de identificar porque ele se mistura com a onda T
Segmento
ST ▪ Ele é analisado para identificar se está acima ou abaixo da linha isoelétrica, que
pode ser, entre outros sinais e sintomas, um sinal de isquemia cardíaca
▪ Segmento deslocado para baixo (+2mm) → infra desnivelamento do segmento ST →
isquemia cardíaca (ex. obstrução da coronário)
▪ Segmento deslocado para cima (+2mm) → supra desnivelamento do segmento ST
→ lesão em células cárdicas → necrose do tecido
▪ É anormal quando apresenta 3 derivações com anormalidades
▪ Depressão do segmento ST dentro da normalidade (isoelétrico) → pode aparecer
durante o exercício físico
▪ Avaliar sempre se ele é isoelétrico ou não e se volta pra linha de base

Baixado por Nathallia Godoy (nathallia.tsgodoy@gmail.com)


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Derivações
▪ Uma derivação é como o olho de uma câmera: ela tem um campo de visão
Sequência de periférica estreito, olhando apenas para a atividade elétrica diretamente a sua frente
avaliação
▪ Os traçados do ECG representam a corrente elétrica em relação a derivação
D2 → AVR
AVR contrário de ▪ Tratam-se de registros da diferença de potencial elétrico entre dois pontos
D2 ▪ A derivação é composta por dois eletrodos que registram a corrente elétrica, é
formada uma linha imaginaria entre os eletrodos que serve como ponto de referencia
a partir do qual a atividade elétrica é visualizada
▪ O ECG padrão apresenta 12 variações e são divididas em dois tipos principais: periféricas e precordiais
▪ As derivações periféricas são classificadas em bipolares e unipolares

» As derivações bipolares formam o chamado “Triângulo de Einthoven” e registram a


diferença de potencial entre dois eletrodos dispostos em membros distintos (mais e menos)
 D1, eletrodo negativo é conectado ao braço esquerdo e o positivo no braço
direito
 D2, eletrodo negativo é conectado no braço direito e na perna esquerda se
conecta o eletrodo positivo [sentido da despolarização/vetor do coração -
linha mais longa] – avaliar essa onda primeiro
 D3, eletrodo negativo é conectado no braço esquerdo e o eletrodo positivo
na perna esquerda

» As derivações periféricas unipolares registram o potencial elétrico absoluto entre uma


região teórica do Triângulo (ponto virtual) de Einthoven e sua extremidade
 aVR, avalia o potencial absoluto no braço direito (sempre ao contrário)
 aVL, avalia o potencial absoluta no braço esquerdo
 aVF, avalia o potencial na perna esquerda

▪ Derivações precordiais
 São derivações unipolares, sendo V1, V2, V3, V4, V5 e V6
 São colocados 6 elétrodos em 6 pontos no tórax anterior que registram o
potencial elétrico em relação a um ponto de referência teórico zero
▪ V1 está localizado no 4º espaço intercostal, imediatamente a direita do
As derivações bipolares (I, II e III) e
as unipolares aumentadas (aVR, esterno;
aVL e aVL) representam as 6 ▪ V2 está localizado no 4º espaço intercostal, imediatamente a esquerda
derivações do plano frontal do
do esterno;
corpo. As 6 derivações precordiais
formam o plano horizontal. ▪ V3 é colocado entre V2 e V4;
▪ V4 é colocado no 5º espaço intercostal, na linha médio-clavicular
esquerda;
▪ V5 é colocado também no 5º espaço intercostal na linha axilar anterior;
▪ V6 é colocado também no 5º espaço intercostal na linha axilar média

Baixado por Nathallia Godoy (nathallia.tsgodoy@gmail.com)


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Registro
▪ Os traçados do ECG são impressos em papel gráfico que é dividido por linhas verticais e horizontais claras e
escuras em intervalos padronizados
▪ O tempo e a velocidade são medidos no eixo horizontal do gráfico, e a amplitude ou voltagem é medida no
eixo vertical
▪ Quando um traçado do ECG se move na direção da borda superior do papel, é denominado de flexão
positiva. Quando se movimenta no sentido da parte inferior do papel, ele é chamado de flexão negativa

ASHMAN
0,1 mV Composto por 25
AMPLITUDE

quadrados pequenos

0,5 mV

0,04s
0,20s
0,2s

TEMPO

Frequência Cardíaca
▪ Um método fácil e exato para determinar a frequência cardíaca com um
ritmo regular é contar o número de quadrados pequenos dentro de um
intervalo RR e dividir 1.500 por esse número

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4 QUADRADOS GRANDES = 20 QUADRADINHOS


EX. 1500 / 20 = 75 BPM

FC = 1500 / número de quadrados


pequenos dentro de um intervalo RR

Ritmo Cardíaco

▪ O intervalo RR é usado para determinar o ritmo ventricular


▪ Quando os intervalos são os mesmos, ou quando a diferença entre os
intervalos é menor que 0,8s durante toda a fita, o ritmo é denominado
regular
▪ Quando os intervalos são diferentes, o ritmo é denominado irregular
▪ Rítmico ou arrítmico

Ritmo sinusal

 O ritmo sinual ocorre quando o impulso


elétrico tem inicio em uma frequência e ritmo
regulares
 Frequência cardíaca entre 60 e 100 bpm
(intervalo RR entre 3 a 5 quadrados grandes) e
geração de debito cardíaco
 O intervalo RR deve ser constante (intervalos iguais)
 Onda P deve ser positiva em D2 e negativa em aVR
 Cada onda P (sístole ventricular) deve ser seguida de um complexo QRS (sístole ventricular) – pra cada
contração atrial eu tenho uma contração ventricular que gera contração cardíaca e débito cardíaco
 O intervalo PR deve ser maior/igual a 0,12 segundos

Leitura de ECG

 Checar velocidade (normal 25mm/s) e amplitude (1mv por 10mm) do papel (da máquina)
 Frequência cardíaca
 Ritmo → QRS são regulares? (verificar distâncias entre R-R)
 É ritmo sinusal? (há uma onda P para cada complexo QRS?)
 Intervalo PR (0,12 – 0,16s)
 QRS até 0,12s
 Segmento ST (informação sobre cardiopatia isquêmica – ver se o segmento é isoelétrico)
 Analisar todas as ondas

Baixado por Nathallia Godoy (nathallia.tsgodoy@gmail.com)

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