Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eletrocardiograma
Onda P
Onda Q – primeira onda negativa dentro do
Há nas células do coração uma voltagem de cerca de – 90
complexo QRS
mV se em repouso. Ao receber o estímulo (sendo que há no
Onda R – onda positiva dentro do complexo QRS
nó sinusal células com automatismo – gera próprio
Onda S – segunda onda negativa dentro do
estímulo), a célula vai alterando a voltagem → vai
complexo QRS quando presente
ocorrendo em várias células formando sistema vetorial
Onda T
(soma vários vetores pequenos foramndo vetor grande). O
Intervalo PR – início da onda P ao início do intervalo
estímulo do nó sinusal inicia de cima para baixo e da direita
QRS. Quando o paciente tem uma pausa no nodo AV
para esquerda → importante na visualização por meio das
mais longa, pode ter bloqueio atrioventricular tendo
derivações do ECG → ritmo sinusal com onda P positiva em
aumento do intervalo PR. Normalmente, ele
D1 e avF demonstra justamente essa visualização.
apresenta de 120 a 200 milissegundos → se
maior, pode-se pensar em bloqueios (dentro das Quando eletrodo olha a ponta da seta → onda
bradiarritmias) positiva
Quando olha a origem da seta → onda negativa
~3~
1 s = 25 mm
1 minuto = 1500 mm (25 x 60 segundos)
1 quadrado grande = 5 quadrados pequenos
Ritmo regular
É importante definir a frequência cardíaca uma vez que
1500/ número de quadradinhos
arritmia é nada mais nada menos do que alteração da
300/ numero de quadradões
frequência cardíaca (taquiarritmias se elevadas ou
Mnemônico
bradiarritmias se baixas).
Ritmo irregular
Com base no papel do elétron e sabendo informações acima, Contar QRS no D2 longo e multiplicar por
calcula-se a frequência: 6
Classificação de Vaugh
Williams
Classifica as drogas antiaartímicas em 4 classes:
1 minuto = 1500 mm
Pode contar número de quadradinhos entre dois
complexos QRS → divide 1500 pelo número de
quadradinhos encontrados.
Pode dividir 300 pelo número de quadrados
Obs.: Classe I – lidocaína e propafenona são as mais
grandes entre dois complexos. (1500 / 5 – 300)
disponíveis e utilizáveis no Brasil. Classe II ainda tem outros
~4~
não representados. Calsse III mais usados são amiodarona e Classe 1 → lidocaína e propafenona → bloqueiam
sotalol canais de sódio → atuam na fase 0 – impedem
despolarização rápida
Obs.: Bloqueadores de Canal de Ca++ não diidropiridinicos –
Classe 4 → bloqueadoras do canal de cálcio →
verapamil e diltiazen. Os diidropiridinicos são usados para
verapamil e diltiazem – atuam na fase 2, alterando
controle da pressão (alodipinio, nifedipino por exemplo)
o platô
O potencial de ação Classe 3 → bloqueadores do canal de potássio →
amiodarona e sotalol → agem na fase 3 de
repolarização rápida do potencial de ação
Classe 2 → beta-bloqueadores → atuam na fase
4
–
Bloqueiam canais rápidos de Na+
Reduz a codução, inotrópico negativo – reduz força
de contração (efeito Beta-bloq fraco)
Obs.: por efeito inotrópico, não pode ser usada se IC
Pode causar BAV e aumentar o intervalo QT
~5~
Obs.: drogas antiarrítmicas podem ter efeito pró- Ao usar beta-bloqueador → ação contrária dos
arritmico por gerar algumas alterações → sempre receptores.
ter cuidado ao uso e monitorar o paciente
Obs.: cuidado nos pacientes que precisam de drogas B2
Dose de ataque: 600-900 mg
agonistas – ex.: asma, DPOC, etc.
Dose de manutenção: 150-300 mg 8-8h ou 12-
12h Propranolol 80 a 240 mg/d
Indicação: TPSV, FA, TV, EEVV (extrassístole Atenolol 25 a 100 mg/d
ventricular), pré-excitação Metoprolol 25 a 200 mg/d
Efeitos colaterais: alteração do paladar (gosto Carvedilol 3,125-50 2x/dia
metálico). Tontura, visão borrada, alteração do Bisoprolol 1,25-10mg 1x/dia
TGI
Obs.: quando aproxima da dose máxima, vai perdendo a
Contraindicações:
seletividade.
Disfunção do VE
Insuficiência Cardíaca Drogas cardiosseletivas e não-cardio
Choque cadiogênico seletivas
Bradi acentuada – FC < 50 bpm
BAV avançado
DPOC
Doença Vascular Periférica Grave Reduz FC, RVS e força de contração do VE.
Disfunção Ventricular Grave Início de ação VO é em 2 a 3 dias até 1 a 3 semanas
Classe killip > ou = 2 → classificação da (demora um tempo para início de efeito – se precisa
descompensação clínica quando paciente infarta. Se de efeito mais precoce, não deve ser feito VO e sim
oferecer beta-bloqueador nesse caso, pode piorar EV – ex.: FA de alta resposta )
função cardíaca no contexto da SCA Se EV: início em 1-2 horas (avaliar conforme
estado clínico do paciente)
Obs.: Killip 1 – paciente ifartou, mas assintomático. Killip 2
Depósito em gorduras – ao interromper tratamento,
– paciente ifartou e já tem estertor pulmonar na ausculta.
término do efeito em semanas
Killip 3 – infartou e tem EAP. Killip 4 infartou e tem choque
cardiogênico. Obs.: é uma droga que também tem muitos EC – muitas vezes
opta por outras drogas para controle de FC.
Obs.: No contexto da IC o benefício para reduzir
morbimortalidade é usar dose máxima de betabloqueador
(Ex.: 25 mg 2x ao dia de carvedilol) para controle ótimo da
FC → este compreende a uma FC de 60 bpm. Se esta estiver,
por exemplo, em torno de 50 bpm não pode aumentar a dose
e até mesmo tem que titular e reduzir.
Efeitos Colaterais Obs.: Não pode dizer que as arritmias de QRS largo são só
ventriculares. Tem outras causas como BAV prévio, Taqui
Arritmias cardíacas SV com aberrância, quando usa marca-passo, etc.
Anorexia
Alterações visuais, náuseas, vômitos, confusão
mental (quando paciente começa com esses
sintomas, sempre descartar intoxicação digitálica)
É muito comum!
Dor
Febre
Ansiedade
Hipotensão – efeito reflexo
Tireotoxicose
Hipovolemia
Pode-se notar acima onda P positiva em D1 e aVF, sempre
Anemia
tem a mesma morfologia e sempre é seguida de um QRS → Exercício Físico
ritmo sinusal
Taquicardia sinusal inapropriada
Síndrome Postural Ortostática Taquicardizante
Taquicardia Sinusal
Ritmo cardíaco sinusal Normalmente, não. Apenas tratar a causa base da
(com as características taquicardia sinusal.
previamente citadas de
onda P positiva em D1 e Taquicardia Atrial
AVF, com mesma
Tem onda P, mas esta não tem
morfologia e sempre
características sinusais
seguida de um QRS), mas
Ritmo normalmente é regular
com a FC > 100 bpm
Ritmo é regular
Todo mundo faz essa arritmia em algum momento
Ausência de onda P
Ondas f (como uma tremida na linha de base)
Ritmo irregular
Há vários pontos atriais originando o estímulo Arritmia mais comum a prática clínica uma vez
Ondas P com > ou = 3 morfologias diferentes – excluída a taquicardia sinusal
critérios para definir como multifocal A cada 3 pacientes 1 vai desenvolver a FA durante
Ritmo irregularmente irregular a vida – muito frequente
~ 10 ~
Persistente de longa duração: casos com duração Aumento da adesão plaquetária e de von willebrand
superior a 1 ano Lentificação do fluxo (AE fibrilando)
Permanente: é utilizado nos casos em que as
tentativas de reversão ao ritmo sinusal não serão
mais instituídas (já tentou várias medidas como
cardioversão, ablação, etc) – trata e previne
complicações
Fibrilação atrial não valvar: FA na ausência de
estenose mitral reumática, válvula mecânica ou
biológica ou plastia mitral prévia
A FA aumenta a chance de eventos tromboembólicos porque O que define entre ambas é o “guardião” → o nó
apresenta um átrio que fibrila →lentificação do fluxo e atrioventricular deixa passar alguns estímulos ou segura –
estase de sangue no mesmo → aumenta adesão plaquetária define a FC.
e fatores de coagulação de von willenbrand → ativa e
aumenta citocinas pró-inflamatórias – Mecanismo pelo qual
paciente com fibrilação atrial (e flutter) possuir risco maior Sempre controlar os sintomas e prevenir complicações!
de eventos tromboembólicos
Existe escore para estimar o risco tromboembólico. Um deles
Aumento de citocinas pró-inflamatória é o escore de CHA2-DS2-VASc
~ 12 ~
A anticoagulação
Definida a necessidade desta, há disponível para uso:
Inibidor do fator Xa
Dose: 20 mg 1x ao dia; 15 mg 1x ao dia se ClCr
30-50 mL/min
Contraindicação: < 30 mL/min, hemorragia ativa,
lesões orgânicas com risco de hemorragia, doenças
hepáticas relacionadas a coagulopatia
Contraindicação: IC sistólica, choque Se > 48h ou não consegue determinar o tempo: 02 opções
cardiogênico, bradicardia acentuada,
Anticoagular por ao menos 3 semanas,
doença do nó sinoatrial, bloqueio
cardioverter e depois anticoagular por ao menos
atrioventricular, DPOC, miastenia grave
mais 4 semanas independente do chadvasc
Fazer ecotransesofágico (visualiza muito bem o
átrio) e, se não houver trombo, cardioverter e
Primeira coisa → preciso saber se posso cardioverter ou anticoagular por ao menos 4 semanas independente
não. do chadsvasc
FA NA EMERGÊNCIA:
s
1. definir se é estável ou não
A instabilidade hemodinâmica no contexto das taquiarritmias
2. posso ou não cardioverter
está correlacionado a incapacidade do coração em gerar um
FA x cardioversão – preciso anticoagular? débito satisfatório → se FC está muito elevada, o tempo
diastólico é pequeno → coração não enche direito. Ademais,
as coronárias são nutridas no período diastólico – aumenta
consumo e não oferta sangue adequadamente → paciente
pode evoluir com dor torácica.
Heparina não fracionada, EV, 60-70u/kg máxima Confirmar – ECG 12 derivações/ traçado derivaçãi único >
de 4000u 30 s em FA
Sedação com propofol 0,5mg/kg em paciente sem
Caracterizar FA (4S)
cardiopatia estrutural (pelo risco de hipotensão e
dromotroprismo negativo) ou etomidato 0,2 a 0,3 Stroke – Chadsvasc – classificar chance de evento
mg/kg em pacientes com cardiopatia cardioembólico
Realizar CVE sincronizada com choque inicial de Sintomas (EHRA score)
50J para flutter e 100J bifásico ou 200J
monofásico para FA
Caso não ocorra reversão para ritmo sinusal,
choques com cargas maiores, até 360J monofásico
ou 200J bifásico devem ser tentados
Casos refratários
Ablação na FA/flutter
Apenas se persistir sintomáticos apesar do
traamento medicamentoso otimizado, principalmente
se for FA paroxística
Há 60% de recorrência de FA em 3 anos após o
primeiro procedimento
Não retirar de forma rotineira anticoagulação,
independente do sucesso da ablação na FA Cc – diagnóstico
Flutter: resultados melhores, anticoagular por 3
meses após o procedimento, avaliar risco de ABC- tratamento
tromboembolismo após este período, para decidir ou
não manutenção da anticoagulação
Diagnóstico + tratamento FA
CC to ABC
~ 16 ~
Monitorização Betabloquadores
Oxigenio Bloqueador de canal de cálcio
Veia
Se refratariedade:
Exames
Propafenona
Checar se há instabilidade hemodinâmica
Sotalol 160-320 mg/dia – atenção ao intervalo QT
Algumas manobras vagais podem ser realizadas → o Amiodarona
parassimpático reduz a contração – visam estimular este
Considerar ABLAÇÃO em pacientes com taquicardia
para reduzir a FC. Há inúmeras manobras, algumas das que
refratária ao tratamento medicamentoso ou naqueles que
podem ser tentadas são:
preferirem ficar sem medicamentos
Manobras vagais
Manobra de Valsalva
Massagem de 5-10 s no seio carotídeo (obs.: se
histórico recente de AVC, IAM, chance de placa
ateromatosa não pode realizar) – auscultar antes
– se sopro pode indicar placa que CI
Estímulo do – estimular com espátula na orofaringe.
ativação atrial retrógrada conduzida pelo no AV Substrato para a pré-excitação ventricular → presença de
(sentido contrário) bandas musculares (vias acessórias) que atravessam o
anel AV
Obs.: via normal é especializada para conduzir estimulo
rápido. Quando desce via anômala, o estimulo é lentificado – Permite a ligação e a condução elétrica diretamente entre os
célula a célula -QRS se alarga para despolarizar o átrios e ventrículos.
ventrículo
WPW – Tratamento crônica
Se sintomático, EEF com ablação da VA indicado
como primeira linha de tratamento
Taxa de sucesso: 85-95%
Para quem aguarda ablação ou não são candidatos
(ex.: pela localização da via anômala)
Opções: propafenona 300-900mg em 2-
3x dia/ amiodarona pode ser uma
Acima há uma ECG de pré-excitação (taquicardia alternativa
atrioventricular pode ser chamada de taqui de pré- Betabloqueador: segunda linha, se baixo
excitação porque estímulo vem pela via acessória que não risco – nesse contexto ele pode ser ruim em
deveria existir) caso de período refratário longo
Intervalo PR curto < 0,12s (normal de 0,12-0,2) Digoxina e verapamil – evitar!
– indica que o estímulo não está passando pelo nó Obs.: drogas que atuam só na via anômala não estão
AV e não está sofrendo a pausa disponíveis no Brasil. Usa-se então as que atuam nela e no
Onda delta – um retardo na porção inicial do QRS nó AV. Deve evitar a que atua só no nó AV – distúrbio passa
– nota-se no ECG acima – onda P praticamente a descer só pela via anômala e piora a arritmia.
colada no QRS
Presença de alterações secundárias da onda T –
pode estar, como acima, invertida por exemplo.
Homem 35 anos, sem comorbidades prévias, vem ao OS com
Síndrome de Wolf-parkinson- queixa de “batedeira e angustia”, paciente nega dor
white torácica, dispneia ou perda de consciência. Ao exame físico:
So deve ser empregado quando há padrão no ECG de pré- estável hemodinamicamente com ausculta pulmonar limpa e
excitação associado a sintomas como palpitações, pulso de 160 bpm. Após realizar ECG, qual a próxima
taquicardias ou síncope. conduta?
TAV – pré-excitação
~ 20 ~
a. Fibrilação Ventricular
b. TAV
c. TVNS
d. Fibrilação atrial
e. Flutter atrial
Como diferenciar as supraventriculares das
3. Em relação ao traçado ECG em repouso a seguir (D2
ventriculares?
longo), qual o diagnóstico provável do ritmo cardíaco?
Pelo QRS – as atriais têm QRS estreito e as
ventriculares QRS largo no geral
a. Fibrilação ventricular
b. Flutter atrial com bloqueio AV variável 3:1 4:1
c. Taquicardia ventricular monomórfica
d. Taquicardia ventricular sustentada Acima nota-se que o QRS tem duração de 1 quadradinho (4
e. Fibrilação atrial ms) – é estreito. Este pode ter até 120 ms – se maior que
isso chama de QS largo. 80% das arritmias com QRS largo
4. Conforme a classificação de antiarrítmicos de Vaugh
são ventriculares
illiams correlacione as drogas com sua respectiva classe e
marque a opção correta:
1. Licocaína () classe I
2. Amiodarona () classe II
4. Verapamil () classe IV
a. 1, 2, 3, 4
b. 4, 3, 2, 1
~ 21 ~
Taquicardia Supraventricular
com bloqueio de ramo prévio
ou com aberrância
Obs.: TSV com aberrância – ex.: paciente com Taqui sinusal Pciente já tem BRE e faz taquicardia
– FC tao alta que despolarização ventricular fica inespecífica supraventricular
e alarga QRS. Bloqueio de ramo induzido pela taquicardia –
aberrância
Obs.: TAV antidrômica – há via acessória e estímulo desce
por esta para despolarizar ventrículo e sobe pela via normal
para despolarizar átrio. Na via acessória, passa célula a
célula no ventrículo fora do sistema normal de condução e
apresenta QRS largo.
Critério de Brugada
Dicas práticas
Presença de onda R inicial em aVR
Critério de Santos
~ 23 ~
Prevenção primária
Quando paciente tem fator de risco que pode predispor morte RIVA – ritmo idioventícular
súbita (nunca teve parada)
acelerado
Tratamento doença de base
Betabloqueador apresenta importante redução de É mais importante num contexto em que paciente infarta, faz
MSC e mortalidade total em diversas doenças trombolítico, etc – ocorre após a repercussão para ver se
cardíacas funcionou. É como uma TV mas com menor FC.
Indicações de CDI (cardiodesfibrilador implantável) classe QRS largo, não precedido de onda P
I: IAAM há > 40 dias ou cardiopatia isquêmica sem RR regular
isquemia residual com FE < ou = 35% e CF II e III da NYHA FC entre 60-110 bpm
ou FE < ou = 30% em CF I, II e III DA NYHA ou FE NYHA <
40% com TVNS espontânea e TV sustentada indutível no
estudo eletrofisiolótico Após reperfusão miocárdica no IAM
Doença de Chagas
Vagotomia
Idiopática
Prevenção secundária
Paciente teve uma morte súbita abortada, teve uma parada
cardíaca e não tem doença que possa iintervr e mudar
contexto.
Há QRS largo, mas baixa FC – em torno de 100 e pouco.
Indicações de CDI classe I: PCR por FV/TV de causa não
reversível em paciente com FE > 35% ou TVS espontânea com Torsades de Pointes
instabilidade hemodinâmica de causa não reversível em
pacientes com FE < ou = 35% O que eu preciso saber sobre?
TV em que os complexos QRS vão mudando de forma
Polimórfica – “pontas torcidas” – ora QRS positivo,
ora negativo...
~ 26 ~