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Filipe Fernandes
Fisiologia Cardiovascular
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Enfermagem: Cuidados à Pessoa como Patologia Médica Prof. Filipe Fernandes
DI
Nó sinosal
Nó aurículo ventricular
D III
D II
➢ Ondas:
Existem 3 tipos de ondas:
P ; QRS ; T
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Quando o estímulo
O Relaxamento Forma a linha
elétrico passa, do nó
forma a onda T aurículo ventricular para o isoelétrica
ventrículo forma o
complexo QRS
Nota:
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Nota:
➢ A mesma alteração no eletrocardiograma pode ter várias causas
Pontos do eletrocardiograma:
➢ Vermelho: ombro direito
➢ Amarelo: ombro esquerdo
➢ Verde: Crista ilíaca esquerda
➢ Se tiver mais pontos:
o Preto: crista ilíaca direita
o Bege/ branco: costelas flutuantes direitas, perto do esterno
Nota:
➢ Num doente crítico, o tórax deve estar completamente livre porque podemos
necessitar de realizar compressões a qualquer momento.
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Ritmos Cardíacos
Choque + SBV +
“Drogas”
SBV + “Drogas”
Papel Eletrocardiográfico
Nota:
➢ Para saber o valor da Frequência Cardíaca num eletrocardiograma, dividimos
300 pelo número de quadrados grandes ou 1500 pelo número de quadrados
pequeno, entre os dois R.
➢ O intervalo entre P e R tem que ser inferior a 20 seg.
➢ O intervalo QRS tem que ser inferior a 12s
➢ ritmos com origem ventricular→ QRS alargado
➢ PR→ relação aurículo ventricular
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o O PR é normal ou não?
Exemplo de ritmos:
Ritmo: Taquicardia de complexo largo monomórfica ou taquicardia ventricular.
Nota:
➢ Ondas de fibrilhação → Despolarizações caóticas, desorganizadas, não
conduzidas
➢ Fibrilhação auricular →Há ondas de fibrilhação e o QRS está bem formado, quer
dizer que a fibrilação está a acontecer nas aurículas. (a atividade ventricular está
organizada)
➢ Fibrilhação ventricular → a atividade é toda desorganizada/ caótica, não há QRS.
Significa que ainda à energia naquele coração, apesar de estar desorganizado
(o doente está em paragem cardiorrespiratória).
➢ Numa atividade desorganizada não há atividade mecânica, não há sístoles, não
há diástoles, ou seja, o doente está em paragem cardiorrespiratória.
➢ Frequência das ondas de fibrilhação → numero de quadrados entre 2 QRS a
dividir por 2. Se tiver dentro de um quadrado grande várias ondas, multiplicamos
por 2
➢ Extrassístoles → sem ser gerado o estímulo, uma das células gera
autonomamente o estímulo. Podem acontecer por compensação (o estímulo
pode não estar a chegar aos ventrículos e os ventrículos geram uma
extrassístole para compensar a falta deste, outras vezes aparecem porque à um
conjunto de células que tem uma arritmia)
➢ Se a extrassístole começar a acontecer em cima do período refratário (T), pode
induzir uma arritmia maligna (paragem cardiorrespiratória ou ameaça)
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Notas:
Nota:
➢ Quando queremos ter um efeito parassimpático, deprimimos o parassimpático,
quando queremos deprimir o simpático, deprimimos o simpático.
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Manobras Vagais
➢ Massagem do seio carotídeo (estimula o sistema nervoso Parassimpático);
Contraindicado em pessoas com idade superior a 60 anos e doença artério-
trombolitica para evitar a deslocação de trombos.
(baixa a Frequência Cardíaca)
Manobra valsalva:
➢ Contração do diafragma (fazer força como se estivesse a defecar)
Contraindicado em pessoas que sofrem de bradicardia, pois pode entrar em
paragem, o que faz com que os doentes com bradicardia tenham que fazer
laxantes
(baixa a frequência cardíaca)
Patologia Cardiovascular
→ Dor torácica com irradiação para o membro superior esquerdo, lado esquerdo do
pescoço e ramo esquerdo da mandibula: é muito sugestivo de enfarte, não quer dizer
que seja enfarte, mas é muito provável.
Na suspeita de enfarte, devemos pedir deitar a pessoa no chão com as pernas ao alto
enquanto não chega ajuda e quando chegar nos é que pegamos no doente, não o
podemos deixar por a pé, não deve fazer movimentos pois o coração esta com baixo
debito, e ao levantar-se faz esforço e o sangue do coração que já é pouco provoca um
choque.
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Insuficiência cardíaca
Pode resultar de múltiplas afeções que não são cardiovasculares, podem ser
respiratórias, farmacológicas.
A insuficiência cardíaca é uma doença, mas no doente critico não aparece como
doença em si, mas como reflexo de um problema que o doente tenha. Incapacidade
de o coração satisfazer as necessidades fisiológicas.
Explicação da imagem:
O coração que tem mais massa muscular, é o da esquerda (mais pequeno).
No coração maior (direita) chama-se o coração de boi, pois a silhueta cardíaca ocupa
muito mediastino. Vemos pouco miocárdio e as camaras cardíacas muito dilatadas.
• Se tem uma camara cardíaca pequena e tem muito musculo consegue ser muito
mais eficaz na sístole.
• Se tem muito sangue e pouco musculo não consegue bombear o sangue fazendo
com que haja estase dentro do coração e assim o coração dilata → Insuficiência
cardíaca (é uma doença crónica, não há forma de resolução)
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Causas principais
• Sobrecarga de volume ou de pressão
• Insuficientes renais crónicos
• edema agudo do pulmão
• hipertensão arterial
• Perda de miócitos
• Enfarte agudo do miocárdio
• Pericardites
• Restrição ao enchimento ventricular
• Doenças valvulares
• Diminuição da contratilidade do miócito
• Alterações hidroeletroliticas
• Estados de demanda cardíaca excessiva (hipervolémia, sépsis, anemia...)
Dispneia
o Ortopneia
o Dispneia paroxística noturna
o Tosse seca irritante, persistente
o Períodos alternados de apneia e hiperpneia
o Fadiga
• Cardiovasculares
o Angina (dor torácica de origem coronária)
o Distensão venosa jugular (turgescência da jugular): se à uma diminuição da
pulsão sistólica, quer dizer que o sangue tem dificuldade em entrar na aurícula
direita, e se ele tem dificuldade quer dizer que está a ir para cima, e começa a
distender as veias.
o Taquicardia
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• Gastrointestinais
o Abdómen aumentado de volume, sensível no hipocôndrio direito
o Ascite
o Náuseas Surgem pela insuficiência hepática biliar, pela congestão total, irá
o Vómitos condicionar o aparecimento de anorexia
o Distensão abdominal
o Anorexia
o Dor epigástrica
• Cerebrais
o Estado mental alterado (confusão, agitação)
A confusão mental aparece porque começa a haver uma hipercalcemia.
• Generalizadas
o Fadiga
o Diminuição da tolerância à atividade
o Edema (periférico, com godet)
o Nictúria
o Aumento de peso
Cuidos de Enfermagem:
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Sintomas:
• Dor com peso e aperto no peito (geralmente não é de origem coronária)
o Dor pleurítica
o Dor neuromuscular
o Dor coronária
• Falta de ar
• Tonturas
• Palpitação
• Sudorese
• Perda de consciência
Morfina
O2
Nitratos (nitroglicerina)
Aspirina
Contraindicações
Nitroglicerina:
• Atua sobre a causa da dor
• Vasodilatador) dilata artérias coronárias)
• Diminui a dor coronária
• Perfume o coração
• Não atua sobre SNC
Dilatação:
• Veias: menos sangue que chega ao coração, logo diminui a pressão de
enchimento (pré- carga)
• Artérias: diminuição da pressão artérial (diminuição pós- carga)
Isto diminui necessidades miocárdicas de O2, logo eq. Favorável.
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Efeitos secundários:
• Cefaleia pulsátil
• Rubor
• Hipotensão
• Taquicardia
• Prurido (transdérmica)
Contraindicação:
• TA sistólica <90
• 50 <FC <100
• Enfarte direto
• Morfina: Atua sobre recetores sensitivos, logo a atenua a sor mas não atua na
causa.
Precauções:
• Diminuição em doentes com:
o Hipovolémia
o Aumento da resistência sistémica
o Enfarte v. Direito
• Nauseas e vómitos
• Bradicardia
• Broncospasmo
Se o doente hipoventilar:
o Elevar o queixo
o Colocar tubo de gudel
o Ventilar com pressão + âmbu
o Antagonista de morfina → Naloxona
Causas:
• Aterosclerose (quando há deposição de matérias)
• Gorduroso na parede das artérias- estreitamento e diminuição do fluxo)
• Coágulo numa carótida, variz
• Vasospasmo
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Sintomas:
Não são exclusivos do EAM mas temos de ter em conta quadro clinico assim como:
• Sudorese
• Palidez
• Vómito
• Dor com irradiação para o membro superior esquerdo e pescoço com
prolongamento para mandibula esquerda
• Taquicardia/bradicardia
Doentes com EAM não podem fazer esforços nem beber água porque pode haver
refluxo gástrico e aspiração
Cateterismo Cardíaco
PCI (angioplastia)
Introdução de cateter que percorre o vaso até ao coração.
Quando colocado há probabilidade de formação de trombos à volta da rede, posto isto,
deve haver medicação antiagregante (aspirina + clopidroguel)
Cuidado de Enfermagem:
• Avaliar pulso do lado da cateterização de 15/15 min durante 1h e depois 30/30
min durante 3h
• Avaliar pulso distal do local do cateter para ver permeabilidade da artéria
• Monitorizar venotomia para ver se há hemorragia, inflamação ou edema.
• Balanço hídrico (importante para ver oligúria ou anúria)
Agentes disponíveis:
• Alteplase
• Anistresplase
• Reteplase
• Estreptocinase
• Tenecteplase
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Contraindicações:
• Absolutas:
o Hemorragia intracraniana prévia
o Lesão estrutural vascular cerebral
o ICTUS isquémico < 3 meses
o Suspeita dissecação da aorta
o TCE ou fácil < 3 meses
• Relativas:
o HTA crónica grave mal controlada
o RCP traumática (costelas partidas p/compressões)
o Cirurgia majos <3 semanas
o Gravides
o Ulcera péptica ativa
o Utilização de hipocoagulantes
Choque Cardiogénico
Fisiopatologia de Choque
Trocas celular
Hipoperfusão → Hipoxia celular → Met. Anaeróbio → Morte celular → Morte da vítima
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Sintomas:
• Coloração da pele:
o Pálida, Rosada ou marmoreado
• Frequência Cardíaca: bradi, normal ou taquicardia
• Temperatura: Hipotermia, normal ou hipertermia ´Sudorese: Hipotermia,
generalizada, localizada (cabeça e pescoço)
Tipos de choque:
1. Hipovolémico: falta de sangue
2. Obstrutivo: obstrução do vaso, com diminuição do sangue que não passa. (ex:
tromboembolismo)
3. Cardiogénico: não há perda de sangue, não há obstrução, não há problema na
bomba (coração) - geralmente: EAM
4. Distributivo: não há falta, obstrução nem problema na bomba mas sem
problema na distribuição do sangue pelas células.
Estadios do choque:
➔ Inicial:
Diminuição do débito cardíaco→ diminuição da perfusão tecidular→ aumento
do metabolismo anaeróbio → Acidose lática→ lesões tecidulares
➔ Compensatório:
Hiperventilação → Tentativa de diminuição da acidose lática
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➔ Progressivo:
Falha nos mecanismos → Vasoconstrição severa → Destruição mitocondrial →
Energia insuficiente→ isquemia→ necrose
Síndrome de Choque
➔ Refratário
Organismo não responde à temperatura→ síndrome de disfunção
multiorgânica → Morte
Sinais e Sintomas:
• PA sistólica <90mmHg
• FC> 100 bat/min
• Pulso fraco
• Diminuição dos sons cardíacos
• Pele fria, pálida e húmida
• Dor torácica
• Roncos e sibilos
• Diminuição DC
• Aumento p. aurícula direita
• Aumento da resistência vascular sistólica
Metabolismo celular
deficiente
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Problemas estruturais
Diminuição da oxigenação
Intervenções:
• Causas do Choque:
EAM? Então:
o Vasodilatadores coronários
o Coronoriografia
o Bypass coronário
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