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Parnaíba-PI
2019
1. INTRODUÇÃO
ECG (Eletrocardiograma) é o registro gráfico da atividade elétrica do coração, em uma
sucessão de ciclos cardíacos, composto de 12 derivações 1. Quando o impulso cardíaco passa
através do coração, uma corrente elétrica também se propaga do coração para os tecidos
adjacentes que o circundam. E pequena parte da corrente se propaga até a superfície do corpo.
Se eletrodos forem colocados sobre a pele, em lados opostos do coração, será possível
registrar os potenciais elétricos gerados por essa corrente: esse registro é conhecido como
Eletrocardiograma2.
O eletrocardiograma é o procedimento mais utilizado para auxílio do diagnóstico de
doenças cardiovasculares, é considerado padrão ouro para diagnóstico não invasivo das
arritmias, distúrbios de condução, além de ser importante nos quadros isquêmicos,
constituindo um marcador de doença do coração 3. É um método de investigação
cardiovascular que estabelece um prognóstico e diagnóstico de grande valor, é de fácil
manipulação e apresenta um baixo custo e grande utilidade clínica4.
Na monitorização eletrocardiográfica são utilizados eletrodos que são colocados no tórax
do paciente, para receber a corrente elétrica do tecido muscular cardíaco em diferentes
derivações. O coração durante sua atividade age como um gerador de correntes elétricas e
estas correntes quando se espalham no sistema condutor, geram potenciais elétricos. Assim
funciona o eletrocardiograma que é o registro das variações do potencial elétrico do meio
extracelular decorrentes da atividade cardíaca. Consiste de ondas características (P, Q, R, S e
T), as quais correspondem à eventos elétricos e mecânicos da ativação do miocárdio.5
A utilização do eletrocardiograma é preconizada como aditivo na avaliação previamente a
reabilitação, o que permite estratificação de risco e diagnóstico clínico para prevenção de
morte súbita por eventos cardiovasculares5. Através da análise do ECG, o fisioterapeuta
determina com mais seguridade as técnicas apropriadas na intervenção, evitando que ocorra
alguma intercorrência durante o atendimento.
2. OBJETIVO
Realizar o eletrocardiograma em uma paciente (voluntária), fazer a análise do exame e
descrever todos os registros obtidos nas 12 variações.
3. METODOLOGIA
Durante a aula prática da disciplina Fisioterapia Cardiorrespiratória I, o exame
eletrocardiograma foi realizado da seguinte forma: paciente em decúbito dorsal na maca, com
a região do tórax quase desnuda e relaxada. Dois travesseiros foram utilizados, um sob a
cabeça e outro sob os joelhos, para melhor estabilização da coluna cervical e lombar.
Inicialmente foram colocados no aparelho do exame os dados da paciente constituídos
pelo número de identificação, nome, idade, altura e peso. Realizou-se o asseio da voluntária
através de álcool na região torácica, pulsos, abaixo dos tornozelos para o posicionamento dos
eletrodos periféricos e precordiais. Estes possuem cores diferentes e são fixados ao corpo,
sendo utilizado um gel condutor para melhor condução/captação dos sinais.
Em seguida, foram colocados os eletrodos periféricos, o eletrodo da cor vermelha é
colocado no braço direito, o amarelo no braço esquerdo, o verde na perna esquerda e o preto
na perna direita. Logo após, os eletrodos precordiais são dispostos no tórax. O primeiro
eletrodo torácico (V1) é fixado no 4º espaço intercostal, à direita do esterno; o segundo (V2)
no 4º espaço intercostal, à esquerda do esterno; o terceiro (V3) fica entre o V2 e o V4; o
quarto (V4) fica no 5º espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular; o quinto (V5)
também posicionado no 5º espaço intercostal, mas na linha axilar anterior; o último (V6) no
mesmo nível que V4 e V5, mas na linha axilar média.
4. EXAME
O eletrocardiograma (ECG) é constituído pelas ondas P, complexo QRS e a onda T. A
onda P é produzida pelos potenciais elétricos gerados quando ocorre a despolarização atrial,
antes da contração2. O complexo QRS é produzido pelos potenciais gerados quando ocorre a
despolarização ventricular, antes da contração. A onda T (Repolarização) é produzida pelos
potenciais gerados, enquanto os ventrículos se reestabelecem do estado de despolarização. O
exame apresenta 12 derivações eletrocardiográficas, sendo registradas em: I, II, II, aVR, aVL,
aVF, V1, V2, V3, V4, V5 e V6.
5. ANÁLISE
5.1 Eletrocardiograma normal
6. NETO, O. N. R. ECG - Ciência e aplicação clínica. 1. ed. São Paulo: Sarvier, 2016.