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ELETRODOS :

Para um ECG de 12 derivações, existem 10 fios em uma máquina de ECG que


estão ligados a partes específicas do corpo, especificamente, 6 eletrodos no
peito (denominados eletrodos precordiais) e quatro eletrodos nos membros (os
chamados eletrodos periféricos).

Estes 6 eletrodos torácicos são denominados eletrodos V e são numerados


de V1-V6. Tais eletrodos devem estar posicionados em posições específicas
na caixa torácica.

V1 deve ser posicionado no quarto espaço intercostal, na margem direita do


esterno.

V2 deve para ser colocado no quarto espaço intercostal, à esquerda do


esterno.

V3 deve ser posicionado entre V2 e V4.

V4 deve ser então posicionado no 5º espaço intercostal, na linha


hemiclavicular.

V5 na linha axilar anterior, no mesmo nível que V4.

Por último, V6 é deve ser colocado na linha axilar média, ao mesmo nível que
V4 e V5.
Outra maneira de posicionar com precisão os eletrodos é primeiro identificar o
“ângulo de Louis”, ou “ângulo esternal”, que pode ser encontrado quando você
coloca os dedos suavemente na base de sua garganta em uma posição central
e, movendo os dedos para baixo, pode sentir a parte superior do esterno. Em
seguida, continue a mover os dedos para baixo até sentir um nódulo ósseo,
que é o “ângulo de Louis”.

A partir de então, mova os dedos para a direita e você vai sentir uma diferença
entre as costelas. Essa lacuna é o 2º espaço intercostal. A partir desta posição,
passe os dedos para baixo em toda a próxima costela (3º espaço intercostal
logo abaixo). Passe para a próxima costela e mova os dedos para o espaço
abaixo dela. O espaço no qual que você está é o 4º espaço intercostal. No
ponto onde este espaço encontra o esterno é a posição de V1.
Faça novamente estes movimentos, mas desta vez para a esquerda. Onde
este espaço encontra o esterno (no 4º espaço intercostal) é a posição de V2.
A partir desta posição, deslize os dedos para baixo ao longo da próxima costela
e você estará no 5º espaço intercostal. Olhe para o tórax do paciente e
identifique a clavícula esquerda. A posição paraV4 está no 5º espaço
intercostal, na linha do meio da clavícula (linha clavicular média).
V3 fica a meio caminho entre V2 e V4.
Siga o 5º espaço intercostal à esquerda até que seus dedos estejam
imediatamente abaixo do início da axila, onde você vai posicionarV5.
Siga esta linha do 5º espaço intercostal um pouco mais até que você esteja
imediatamente abaixo do ponto central da axila esquerda, (linha axilar média).
Esta é a posição para a V6.
Para as conexões periféricas, os eletrodos RA (braço direito –VERMELHO) e
LA (braço esquerdo – AMARELO) devem ser colocados em qualquer lugar
entre o punho e o cotovelo. Os eletrodos RL (perna direita – PRETO) e LL
(perna esquerda –VERDE) devem ser posicionados em qualquer lugar acima
do tornozelo e abaixo do torso.
Para ajudá-lo a lembrar-se isso facilmente, imagine que o paciente é brasileiro
e torce para o Flamengo: a bandeira do Flamengo ocupa o lado direito do
paciente e a bandeira da seleção brasileira ocupa o lado esquerdo do corpo do
paciente, com as cores mais claras sempre na parte de cima.

É muito importante que as derivações sejam posicionadas corretamente, tendo


em vista que a colocação incorreta pode levar a um falso diagnóstico de infarto
ou alterações negativas no ECG. No entanto, esta tarefa não deve ser uma
questão complicada quando se sabe a técnica para se lembrar facilmente.
Cada uma das derivações em que são colocados eletrodos capta a atividade
elétrica das várias partes do coração (anterior, posterior, lateral esquerda,
lateral direita). Acionada pelos estímulos elétricos, uma agulha com tinta
movimenta-se no sentido vertical sobre uma tira de papel termo-sensível que
corre horizontalmente numa velocidade padrão constante e deixa nela um
registro gráfico que, analisado pelo cardiologista, indica a normalidade ou
sugere as diversas patologias cardíacas presentes.

Derivações Precordiais

● V1: Esta derivação do Eletrocardiogra registra potenciais dos átrios, de


uma parte do septo interventricular e parede anterior do ventrículo direito.
O complexo QRS tem uma pequena onda R (activação do ventrículo
direito), seguido por uma onda S profunda (activação do ventrículo
esquerdo), ver morfologia do complexo QRS.
● V2: Esta derivação precordial está acima da parede do ventrículo direito,
por conseguinte, a onda R é ligeiramente maior do que em V1, seguida por
uma onda S profunda (activação do ventrículo esquerdo).
● V3: Derivação de transição entre os potenciais esquerdos e direitos do
ECG. O eletrodo é localizado sobre o septo interventricular. A onda R e a
onda S são praticamente iguais (QRS isodifásico).
● V4: O eletrodo desta derivação está localizado no ápice do ventrículo
esquerdo, onde a espessura é maior. Tem uma onda de alta R seguida por
uma onda S pequena (ativação do ventrículo direito, que em V1 e V2
formam a onda R).
● V5 e V6: Estas derivações estão localizadas no miocárdio ventricular
esquerdo, cuja espessura é menor do que em V4. Por conseguinte, a onda
R é menor do que em V4, enquanto ainda elevada, seguida por uma
pequena onda S.

Derivações Periféricas

Se nomeiam Derivações Periféricas as derivações do ECG obtidas a


partir dos eletrodos colocados nos membros.
Estas derivações fornecem dados eletrocardiográficos do plano frontal (não
proporcionam dados sobre potenciales dirigidos para a frente ou para trás).
Existem dois tipos de Derivações Periféricas: As derivações bipolares, ou
de Einthoven e, as derivações unipolares aumentadas.

Derivações bipolares do Eletrocardiograma

Derivações Periféricas e Triângulo de Einthoven.


São as derivações clássicas do eletrocardiograma, descritas por Einthoven.
Registram a diferença de potencial entre dois eléctrodos localizados em
diferentes membros.

● D1: Diferença de potencial entre braço direito e braço esquerdo. O vector é


em direcção de 0º
● D2: Diferença de potencial entre braço direito e perna esquerda. O vector é
em direcção de 60º.
● D3: Diferença de potencial entre braço esquerdo e perna esquerda. O
vector é em direcção de 120º.

Triângulo e Lei de Einthoven: Os três derivações bipolares formam o


Triângulo de Einthoven (inventor do eletrocardiograma). Estas derivações,
mantêm uma proporção matemática, refletida na Lei de Einthoven, que diz:
D2=D1+D3.
Esta lei é muito útil na interpretação de um Eletrocardiograma. Permite
determinar se oseletrodos periféricos estão correctamente posicionados,
porque, se a posição de um eletrodo é variada, esta lei não se cumpre,
deixando-nos saber que o ECG é mal feito.

Derivações Unipolares Aumentadas

As derivações periféricas unipolares, registram a diferença de potencial


entre um ponto teórico no centro do triângulo de Einthoven, com um valor
de 0, e o eléctrodo em cada extremidade.
Estas derivações, inicialmente, foram nomeados VR, VL e VF. V significa
Vector, e R, L, F: direita, esquerda e pé (em Inglês). Posteriormente foi
adicionada a letra a minúscula, que significa amplificada (as derivações
unipolares atuais são amplificados com relação ao inicial).

● aVR: Potencial absoluto do braço direito. O vector é em direcção de -150º.


● aVL: Potencial absoluto do braço esquerdo. O vector é em direcção de -
30º.
● aVF: Potencial absoluto da perna esquerda. O vector é em direcção de
90º.
http://saladeenfermagem.com/2014/11/14/ecg-como-posicionar-corretamente-
os-eletrodos/

http://www.abc.med.br/p/exames-e-
procedimentos/338024/como+e+feito+o+eletrocardiograma+para+que+serve.ht
m

http://pt.my-ekg.com/generalidades-ecg/derivacoes-ecg.html

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