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MONITORAÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA
Galo e Hudak (1997) afirmam que o tecido cardíaco é monitorado através do registro das
atividades elétricas utilizando o sistema de derivações, em que cada derivação é composta por
um eletrodo positivo (ou de registro), um eletrodo negativo e um terceiro eletrodo colocado
como terra. A despolarização cardíaca se realiza do nó sinoatrial (AS) em direção ao nó
atrioventricular (AV), sistemas de His-Purkinje e ventrículos. O sentido das ondas elétricas é de
cima para baixo e da direita para a esquerda, visto que a massa muscular do coração esquerdo
predomina sobre o direito. Então, cada sistema de derivação analisa as ondas de
despolarização de uma localização diferente sobre a parede torácica, produzindo assim a onda
P (que significa contração dos átrios), o complexo QRS (significa contração dos ventrículos) e a
onda T (significa repolarização).
Sistema de 3 Eletrodos
Os monitores que utilizam 3 eletrodos requerem que um seja positivo, outro negativo e o
terceiro, terra. São colocados um no braço direito (ou negativo), outro no braço esquerdo (ou
positivo) e o terceiro no tórax (ou terra). As derivações I, II e III podem ser obtidas pelo ajuste
automático do monitor do eletrodo positivo, negativo ou terra, visualizando-se um traçado
adequado.
Também podemos obter uma versão modificada de uma derivação torácico-padrão, quando se
usa o sistema de monitoração de 3 eletrodos, através do posicionamento do eletrodo negativo
(BD) abaixo da clavícula esquerda e o eletrodo positivo (BE) na posição “V” adequada sobre o
tórax. Porém, o seletor de derivações deve estar posicionado na derivação I, criando-se assim
uma derivação torácica modificada (DTM). As mais utilizadas são a DTM1 e a DTM6.
Sistema de 5 Eletrodos
A capacidade do monitor é aumentada quando se utiliza o sistema de cinco eletrodos. Esses
sistemas de monitoração exigem que um eletrodo seja colocado na perna direita (PD),
focalizando o terra. O sistema de 5 eletrodos permite visualização das seis derivações torácicas
modificadas através do eletrodo ‘torácico’ explorador. O registro multiderivado só é possível
através desse tipo de sistema.
Escolha da Derivação
A melhor derivação para monitoração do ECG é aquela que mostra de maneira clara a onda Pe
o complexo QRS. A mais utilizada é a derivação II, pois através dela podemos observar o
registro de complexos eretos e bem formados onde se produzem grandes ondas P e é possível
medir o complexo QRS em faixas
A DTM1 e a DTM6 são bastante utilizadas para reconhecer os ramo direito e os bloqueios de
ramo esquerdo, além de possibilitar a diferenciação da ectopia ventricular dos ritmos
supraventriculares com aberração, pois essas derivações produzem características de
configuração do bloqueio de ramo podendo diferenciar em direito ou esquerdo, e ainda
produzem ondas P bem bloqueios de formadas para análise das arritmias atriais. As derivações
II, III e AVF também mostram ondas P bem formadas, o que é útil para diferenciar arritmias
ventriculares (GALO; HUDAK, 1997).