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Cuidados de Enfermagem a

Pacientes Monitorizados

Prof. Elcilene Terra


Monitoração
Eletrocardiográfica
 Objetivo: Detectar os sinais elétricos
gerados pelo coração representando-os
sob forma de eletrocardiograma contínuo.

 Pode-se detectar alterações na frequência,


ritmo e condução cardíaca
Monitoração
Eletrocardiográfica
 Eletrodos: 02 para captar a atividade
elétrica do coração e 01 retira do circuito
as correntes elétricas não provenientes do
coração

 Fixação: os eletrodos devem ser recobertos


de gel condutor e fixados de forma a não
permitir deslocamentos
Cuidados de Enfermagem
Monitoração Eletrocardiográfica
 Explicar o procedimento ao paciente
 Manter os cabos presos, permitindo mobilização
do paciente
 Eliminar oleosidade da pele no local da fixação
dos eletrodos (água e sabão)
 Evitar região precordial (local das pás do
desfibrilador)
 Alternar local de fixação e avaliar tecido cutâneo
para evitar dermatites
Eletrocardiograma
 Exame utilizado para detectar e registrar
atividades elétricas do coração, sinalizando
a velocidade, ritmo e força do músculo
cardíaco.

 O registro e feito em papel e, os impulsos


são transmitidos através dos eletrodos
fixados sobre o tórax e extremidades
Eletrocardiograma
 O Ciclo completo de despolarização e
repolarização é representado pela sequência P-
QRS-T

 A onda P corresponde à despolarização atrial


 O complexo QRS à despolarização ventricular
 A onda T a repolarização dos ventrículos.
    
Eletrocardiograma
Eletrocardiograma
O traçado compreende:
 Derivações bipolares (DI, DII e DIII)

 Derivações unipolares (AVR, AVL, AVF)

 Derivações unipolares precordias (V1, V2, V3, V4,

V5, V6)

· DI=VL-VR (braço esquerdo - braço direito)


· DII=VF-VR (perna esquerda - braço direito
· DIII=VF-VL (perna esquerda - braço esquerdo)
Posicionamento dos eletrodos
no tórax
 V1: quarto espaço intercostal na borda esternal
direita
 V2: quarto espaço intercostal na borda esternal
esquerda
 V3: entre V2 e V4
 V4: Quinto espaço intercostal na linha clavicular
média
 V5: Quinto espaço intercostal na linha axilar anterior
 V4: Quinto espaço intercostal na linha axilar média
Cuidados de Enfermagem
Eletrocardiograma
 Posicionar os eletrodos conforma derivações
necessárias
 Ficar os eletrodos nos locais de menor massa
muscular, evitando as mamas (evitando atividade
elétrica muscular)
 Posicionar corretamente os cabos
 Remover a oleosidade da pele antes de fixar os
eletrodos
 Solicitar ao paciente que ele fique imóvel
IAM com supradesnivelamento do
segmento ST

 Supradesnivelamento do segmento st em uma ou mais


paredes é indicativa de uma oclusão coronariana total
com alta morbimortalidade.
 Tratamento: Fibrinólise e Angioplastia
IAM com bloqueio de ramo
esquerdo

 Ausência de supradesnivelamento de
segmento st em é indicativo de uma oclusão
coronariana parcial
 Tratamento: Fibrinólise
Pressão Venosa Central
Pressão dentro do átrio direito ou nas grandes veias do
tórax, depende da ação do coração do retorno venoso e
do tônus vascular.

Valores PVC
 Cateter átrio direito: 2 a 6 cm H2O
 Cateter veia cava: 5 a 11 cm H20
Pressão Venosa Central
 A aferição da PVC deve ser realizada nos
intervalos entre da respiração do paciente, pois
as alterações da pressão pleural interferem na
pressão intraluminal da veia.

 Para realizar uma leitura adequada da PVC o


líquido da coluna do equipo deve oscilar
conforme a respiração do paciente.
Cuidados de Enfermagem
Pressão Venosa Central
Material Necessário
 Equipo PVC

 SF 0,9% 250 ml

 Régua para medida do tórax e ponto zero

 Transdutor de pressão, preenchido com solução

fisiológica (monitor)
 Posicionar o paciente em Decúbito dorsal com

cabeceira 0°
Cuidados de Enfermagem
Pressão Venosa Central
 Abra o equipo e conecte à solução fisiológica, retirando todo o ar do
equipo (das duas vias). Coloque-o e um suporte para soluções e
aguarde.
 Com a régua de nível, encontre a linha "zero"de referência e marque
no suporte de soluções, a altura encontrada na linha "zero“
 Fixe a fita graduada (vem junto ao equipo), começando no nº. -10-
(coloca-se e 10 pois algumas camas tem ajustes de altura, podendo
interferir na aferição da PVC) , deixando-a completamente estendida.
 Pegue o equipo, e fixe junto ao nº. -10- a região do equipo em que
ele se divide em duas vias.
 A via mais longa irá ser conectada no paciente. A via curta, fixe junto
à fita graduada, de modo que fiquem juntos essa via, o
prolongamento simples do equipo e a fita graduada. Observe nas
fotos ao lado.
Cuidados de Enfermagem
Verificação PVC
 Lavar as mãos
 Explicar procedimento ao paciente
 Posicionar em decúbito dorsal com cabeceira 0°
 Suspender as infusões da via central e abrir as pinças do
equipo de PVC
 Encher a coluna do equipo com soro e adaptar a ponta ao
cateter central
Cuidados de Enfermagem
Verificação PVC
 Observar a descida da coluna, onde parar de oscilar é a
medida do paciente naquele momento
 Registrar a leitura, fechar o sistema e religar soluções
 Comunicar sempre que a pressão estiver acima dos
valores de referência
 Fazer pausa expiatória se o paciente estiver em VM
 Trocar o equipo a cada 48 horas, ou conforme rotina
Cateter de Swan –Ganz
Termodiluição com via extra
Cateter de Swan -Ganz
 Inserido através das vias subclávia, jugular,
braquial ou femoral.
 Adaptado com transdutor de pressão ao monitor,
permitindo avaliar os padrões clínicos
 proporciona informação diagnóstica do lado
direito do coração, para rapidamente determinar
as pressões hemodinâmicas, o débito cardíaco e
amostra de sangue venoso misto.
Cateter de termodiluição
 Via distal (AP): transmite a pressão da artéria pulmonar (PAP) e da
pressão de oclusão da artéria pulmonar (POAP). Pode ser coletado
sangue venoso misto desta via, já que a ponta do cateter está na
artéria pulmonar. Drogas ou soluções hiperosmóticas não devem
ser administradas nesta via, pois podem causar lesão vascular local
ou reação tecidual.

  Via do balão: via para insuflar o balão.


 Via proximal (AD): localiza-se a 30 cm da ponta do cateter, no
átrio direito e transmite a pressão do mesmo. Pode-se administrar
drogas, fluídos e eletrólitos. A solução para a realização da medida
do débito cardíaco é injetada nesta via.

 Via do termistor: está localizada de 4 a 6 cm da ponta do cateter


e transmite a variação da temperatura no sangue. Esta variação é
importante para a medida do débito cardíaco, onde é injetada uma
solução fria e identificada a variação da temperatura na passagem
do sangue neste local.
Cateter Swan-Ganz CCO
Cateter Swan-Ganz CCO

•Débito Cardíaco Contínuo (DCC)


•Volume Diastólico Final de Ventrículo Direito

(VDFVD)
•Fração de Ejeção do ventrículo Direito (FEVD)
•Saturãção Venosa Mista Contínua de Oxigênio

(SvO2)
Padrões Aferidos pelo
Cateter de Swan -Ganz
 Pressão artéria pulmonar
 Pressão de oclusão do capilar pulmonar
 Pressão venosa central

Parâmetros derivados
 Resistência vascular sistêmica

 Resistência vascular pulmonar

 Trabalho sistólico dos ventrículos

 Débito cardíaco
Complicações
Cateter de Swan -Ganz
 Punções arteriais
 Pneumotórax
 Arritmias cardíacas
 Infarto pulmonar
 Trombose venosa
 Infecção - relacionada com contaminação e tempo de
permanência do cateter.
 Perfuração ou rotura da artéria pulmonar
 Lesão do plexo braquial
 Síndrome de Horner
 Lesão transitória do nervo frênico
 Embolia gasosa
Cuidados de Enfermagem
Instalação do Swan -Ganz
Material
 Bandeja de punção

 Campos e avental estéril

 Luvas e gazes

 Solução antisséptica

 Anestésico local

 Seringas e agulhas

 Kit introdutor

 Fio de sutura

 Cateter de Swan-Ganz
Cuidados de Enfermagem
Instalação do Swan -Ganz
 Colocar paciente em decúbito dorsal
 Realizar tricotomia
 Equipar equipo SF 0,9% (manter bainha permeável)
 Equipar equipo SF 0,9% (manter via proximal permeável)
 Manter solução de heparina a 10ml/hora em BI (não
utilizar via amarela – distal para administrar outras
infusões)
 Evitar administrar drogas vasoativas na via azul –
proximal. Ela deve ser usada para medicamentos em
bolus e solução fisiológica
Cuidados de Enfermagem
Instalação do Swan -Ganz
 Dar preferência para administração de medicamentos
pela bainha
 Observar para que o balonete da seringa (fixa), não
permaneça inflado
 Observar e comunicar sinais de sangue ao redor da
seringa (balonete rompido)
 Observar e comunicar sinais de infecção na inserção do
cateter
Cuidados Gerais
Cateter de Swan -Ganz
 o cateter deve ser removido em 96h pelo risco de infecção
( ou conforme decisão médica).
 manter permeabilidade do cateter através do fluxo
contínuo de solução heparinizada , mantendo a bolsa
pressurizadora com 300mmHg de pressão.
 trocar a solução de heparina 1 ml + SF 0,9% 500ml, a
cada 24 horas.
 trocar extensões, dânulas e domus a cada 72 horas
 realizar curativos diários no local de inserção do cateter.
Avaliar uso de película
Cuidados de Enfermagem
Retirada do Swan -Ganz
 Tracionar lentamente o cateter
 Caso observe arritmias ou resistência do cateter
suspender retirada e comunicar equipe médica
 Manter curativo compressivo no local da retirada
do cateter
Bainha Cateter de Swan -Ganz
PRESSÃO INTRACRANIANA

Fonte: Portal Educação


Monitoração da PIC
1960 – Lundergerg
 Cateter epidural: Dura-mater e crânio

 Subaracnóide: colocação de um parafuso

no crânio, no espaço subaracnóide


 Intraventricular: Corno anterior do

ventrículo cerebral (lado não dominante).


Componentes Intracranianos
 Parenquima: estruturas encefálicas (tecido
encefálico)

 Líquido cefalorraquidiano (LCR) das cavidades


ventriculares e do espaço subaracnóide (líquido
cerebroespinhal

 Sangue circulante.
PRESSÃO INTRACRANIANA
MONITORIZAÇÃO DA PIC COM DVE
 
CURVA DA PIC

DOMUS

INSERÇÃO DO BOLSA DE
CATETER DRENAGEM
PRESSÃO INTRACRANIANA
 Encéfalo: 80 a 88%
 Líquido cerobrospinal: 9 a 10%
 Volume vascular: 2 a 11%

Valor PIC: 3 a 15 mmHg


60 a 180 cm H2O
Complacência: espaço disponível
CAUSAS POTENCIAIS DE ELEVAÇÃO
DA PRESSÃO INTRACRANIANA
 Hematoma: epidural, subdural e
intracerebral
 Edema cerebral: TCE, infecções, aneurisma
roto e encefalopatias
 Isquemia global: PCR, choque e afogamento
 Isquemia Focal: oclusão vascular e tumores
intracranianos
CAUSAS POTENCIAIS DE ELEVAÇÃO
DA PRESSÃO INTRACRANIANA
 Dilatação de artérias: TCE, hipercapnia,
hipoxia, drogas, hipertermia e perda da
autoregulação cerebral
 Distensão venosa: obstrução ou
compressão do fluxo venoso
 Acúmulo de LCR: produção aumentada,
reabsorção diminuída ou fluxo bloqueado
Medidas gerais
 Posição da cabeça: deve ser mantida em posição
neutra e elevada a trinta graus, para otimizar o
retorno venoso.
 Temperatura corporal: manutenção da
normotermia. Hipertermia aumenta ometabolismo
cerebral.
 Monitorização hemodinâmica: Mensuração de PAM
por cateter arterial, e cateter central com medida
de pressão venosa central (PVC)
 Pressão Arterial: Evitar hipotensão com o uso de
drogas vasoativas. Deve-se tolerar hipertensão
arterial sistêmica (HAS) leve, pois esta pode ser
compensatória para manter a PPC.

 Manejo respiratório Recomenda-se a intubação


do paciente, quando houver sinais clínicos de
HIC, Glasgow menor ou igual a oito, presença de
sofrimento respiratório, hipercapnia ou
hipoxemia refratária12
 Sedação/Analgesia: Minimizar dor e agitação
(midazolam, a morfina ou o fentanil), evitar estímulos.
Antes da aspiração e/ou intubação, recomenda-se o uso
de lidocaína 1 mg/kg endovenoso. Propofol não pode
ultrapassar 12 horas, pelo risco de hipotensão e acidose
metabólica.

 Controle de crise convulsiva: uso profilático da fenitoína


na primeira semana pós-trauma, diminuindo o número
das crises convulsivas.

 Suporte nutricional: Iniciar alimentação do paciente


precocemente, preferindo-se a via enteral
Tratamento HIC
 Drenagem liquórica: Retirada de 3 a 5 ml de líquor por
cateter intraventricular.

 Agentes osmóticos e diuréticos: Manitol inicialmente


causa expansão plasmática, reduzindo o hematócrito e a
viscosidade sangüínea, aumentando o fluxo sangüíneo e
o aporte de oxigênio ao cérebro, e reduzindo a PIC em
poucos minutos.
 Barbitúricos: Normalmente empregado tiopental para
controle da HIC refratária em paciente
hemodinamicamente estável.

 Hiperventilação: Deve ser empregada somente na


situação de herniação transtentorial incipiente
Cuidados de enfermagem para
implantação de sistema Beira de leito
 Reunir material  Tricotomia de couro
a) Bandeja cirúrgica cabeludo
b) Campos, aventais e luvas  Manter cabeceira elevada
estéreis (30° e decúbito dorsal)
c) Gazes e compressas
d) Parafuso ou cateter epidural
e) Anestésico local
f) Solução antisséptica
g) Fios de sutura
h) Transdutor
Cuidados de enfermagem
Paciente com PIC
 Verificar e comunicar presença de vazamento na inserção
do cateter
 Manter intervalo de 15 minutos entre os cuidados de
enfermagem
 Comunicar alterações de parâmetros compatíveis com
perfusão cerebral anormal
 Manter curativo seco
 Evitar manobras de valsava
 Manter permeabilidade SNG
 Proceder drenagem de LCR através do catéter QN
 Medir diurese e realizar BH
Cuidados de enfermagem
Paciente com PIC
 Hiperventilar e pré-oxigenar antes das aspirações
 Realizar aspirações de curta duração, monitorando curva
da PIC durante a realização do procedimento
 Evitar alterar decúbito após as aspirações
 Manter cabeceira elevada 30°
 Manter posição sem flexão ou extensão , evitando
obstrução do retorno venoso
 Auxiliar movimentação no leito
 Administrar diuréticos e esteróides COM
Pressão de Perfusão Cerebral

PPC = PAM – PIC

As diretrizes propostas pela Brain Trauma


Foundation recomendam que a PPC seja mantida em um
mínimo de 70 mmHg (normal 70mmHg a 110 mmHg)

Bullock R, Chestnut R, Clifton G, Ghajar J, Marion DW, NarayanRK. Guidelines for the management of severe
head injury. NewYork: Brain Trauma Foundation; 1996.221–30.
 Ex.: 120 PAM - 20 PIC = 100 de PPC
Nos pacientes com HIC a PPC deverá ser mantida entre
60 a 70 mmHg
a) PPC abaixo de 60mmHg = isquemia cerebral focal ou
global
b) PPC acima de 110 mmHg = encefalopatia hipertensiva e
edema cerebral

 Este parâmetro permite a manutenção do fluxo cerebral em


níveis adequados. Isto permite a abordagem ao paciente
baseado em dados objetivos e oferece a possibilidade de
adequar o tratamento as necessidades do paciente.
 Valores de PPC abaixo de 60 mmHg permite um
suprimento sanguíneo para o encéfalo inadequado
levando a hipóxia neuronal e morte celular.
INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL

Objetivos
a) Controle definitivo VA
b) Garante oferta de O2
c) Isola e protege as VA de aspiração
d) Permite aspiração eficaz da traqúéia
e) Possibilita instalação de VM
INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
Indicações
a) PCR
b) Incapacidade do paciente consciente de respirar
adequadamente
c) Proteção das Vias aéreas em caso de coma,
arreflexia
d) Risco de aspiração conteúdo gástrico
Cuidados de enfermagem para
implantação TET
 Reunir material necessário  Posicionar paciente –
a) Laringoscópio cabeceira baixa e decúbito
dorsal
b) EPI (óculos, máscara, luva –
procedimento e estéreis)
c) Cadarço para fixação do tubo
 Testar balonete
d) Seringa para inflar balonete
e) Sonda de aspiração
 Aspirar secreções
f) Xilocaína gel e sedativo
g) Sistema de aspiração testado
 Manter procedimento estéril
em toda as etapas
h) Ambu com máscara, conectado
a fonte de O2
Cuidados de enfermagem com
fixação do TET
 Medir pressão balonete – 20 e 26 mmHG
 Fixar o tubo com o cadarço acima das orelhas,
usar gazes sob o cadarço para prevenção de UP
 Observar e registrar o número do tubo na
comissura labial, após a realização do RX para
confirmação de posicionamento
Complicações relacionados ao
TET
 Imediatas
a) Defeitos congênitos ou obstrução total
b) Traumatismo no ato da intubação (apnéia secundária a
inibição respiratória, broncoespasmo, fratura dentária)
c) Aspiração durante a intubação
d) Intubação seletiva
e) Lesões irreversíveis de cordas vocais
Complicações relacionados ao
TET
 Tardias
a) Traqueomalacia (perda do suporte cartilaginoso da
parede traqueal)
b) Isquemia das paredes da traquéia devido à pressão
excessiva no balonete (ao cicatrizar causará estenose da
luz traqueal ou fístula esôfago-traqueal)
c) Estenose de traquéia
d) Oclusão do tubo por secreção espessa
ASPIRAÇÃO PACIENTE
INTUBADO – Sistema aberto
 Material necessário:
a) luvas (procedimento e estéril),
b) ambu,
c) SF 0,9%,
d) sonda de aspiração,
e) seringa 10ml,
f) agulha 40X12,
g) gazes estéreis,
h) EPI
ASPIRAÇÃO PACIENTE
INTUBADO – Sistema aberto
a) Lavar as mãos
b) Comunicar ao paciente, posicionando-o em decúbito
dorsal
c) Revisar e testar o sistema de aspiração
d) Preencher a seringa com SF 0,9% (fluidificar as
secreções)
e) Colocar EPI (na mão dominante calçar luva estéril)
f) Adaptar sonda ao látex de aspiração
g) Introduzir sonda no tubo e aspirar suavemente
 Fluidificar as secreções, instilando de 2 a 3 ml de SF
0,9%
 Ventilar com ambu 4 a 5 vezes antes da aspiração para
evitar hipoxemia
 Repetir o procedimento até não haver mais secreção –
não ultrapassar 10 segundos cada aspiração
 Monitorar FC
 Deixar ambiente em ordem
 Registrar procedimento
COMPLICAÇÕES
ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL
 Hipoxemia
 Atelectasia
 Trauma de via aérea
 Contaminação
 Arritmias cardíacas
 Aumento da PIC
 Tosse e broncoespasmo
TRATAMENTO DIALÍTICO
 Este tratamento é utilizado em pacientes
acometidos de Insuficiência Renal Crônica
Terminal. Consiste na remoção do excesso
de líquidos e de substâncias prejudiciais
acumuladas no organismo do paciente
renal crônico, provenientes do
metabolismo das células e da ingestão de
alguns alimentos.
TRATAMENTO DIALÍTICO
TIPOS
A) ULTRAFILTRAÇÃO
B) DIALÍSE PERITONEAL
C) HEMODÍALISE VENOVENOSA CONTÍNUA
(HEMOLENTA)
D) HEMODÍALISE INTERMITENTE
TRATAMENTO DIALÍTICO

 Cateter Shilley: veias subclávia, jugular ou


femural
 Cateter de Tenkoff: para dialíse peritoneal
 Fístula arteriovenosa
DIÁLISE PERITONEAL
INTERMITENTE
 Consiste em um procedimento de depuração do
sangue utiliza o peritônio como membrana
dialisadora, realizando através dela as trocas entre
o sangue e a substância dialisadora (SOLUÇÃO DE
ÍONS E GLICOSE) com a finalidade de remover as
substâncias tóxicas e resíduos metabólicos,
restabelecendo o equilíbrio hidroeletrolítico
normal, através da remoção do excesso de líquido
do organismo.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
COM DPI
 Auxiliar o paciente a mudar de posição
 Elevar a cabeceira do leito periodicamente
 Manter a infusão e a drenagem do líquido da DP
 Verificar se a torção e bolhas de ar no tubo
 Usar técnica asséptica rigorosa ao realizar as
trocas ou esvaziar os recipientes de drenagem
 Controlar a PA E FC a cada 15 minutos durante a
primeira troca
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
COM DPI
 Monitorar de h/h ritmo cardíaco e arritmias
 Verificar temperatura a cada 4 horas
 Controle rigoroso BH
 Avaliar edema, hipotensão e alterações de peso
 Administrar medicamentos na solução de diálise
COM
 Observar e comunicar: dor abdominal, naúseas,
drenagem turva, sangramento, hipertermia
Diálise Peritoneal
Intermitente
 Realizada no Hospital
 Período: 3 vezes por semana(30 a 40h)
 Infusão de 2l de solução de diálise(15’)
 Permanência na CA: 30 min.
 Drenagem: 15 min. (gravidade)
 Total de 20 banhos por dia.
Diálise Peritoneal Ambulatorial
Contínua (CAPD)
 Realizada na casa do paciente;
 Bolsa plástica contendo solução dialisadora
(2000ml);
 Infusão Permanência e Drenagem
 Período: 4 a 5 vezes por dia.
 O próprio paciente pode realizar as trocas ou
alguém devidamente treinado.
Diálise Peritoneal Cíclica
Contínua
 Cateter conectado a uma máquina
cicladora, todas as noites.
 Processo automático e cíclico de encher e
drenar a solução de diálise no peritônio;
 3 a 5 trocas por noite (2000ml cada)
 Diminui o risco de infecção;
Intercorrências e Complicações
Diálise peritoneal
 Dor Abdominal, Anorexia
 Drenagem inadequada
 Dificuldade Respiratória
 Hérnia Abdominal, Sangramento
 Problemas mecânicos

 Peritonite
a) principal complicação da diálise peritoneal;
b) líquido turvo e espesso.
c) Alerta: dor abdominal, hipersensibilidade
d) Rigidez, hipotensão;- Desidratação e retardo na
cicatrização)
HEMODIÁLISE INTERMITENTE
 É o método de diálise mais utilizado, seus objetivos
consistem em extrair as substâncias nitrogenadas tóxicas
do sangue e remover o excesso de água.
 Na hemodiálise, o sangue, carregado de toxinas, é
desviado do paciente para um aparelho, um DIALISADOR,
onde é limpo e e devolvido ao paciente.
 O sangue é obtido de um acesso vascular, e por meio de
uma bomba é enviado ao dialisador.
HEMODIÁLISE INTERMITENTE

 Hemodiálise: solução de diálise passa pelo


filtro, proporcionando a troca de solutos
com o sangue por difusão, ultrafiltração e
convecção. O volume de líquido removido é
de 3 a 6 litros e leva de 3 a 5 horas
HEMODIÁLISE INTERMITENTE

 Hemofiltração: Não tem solução dialisadora,


ocorre somente a ultrafiltração e a convecção,
através de dialisador de alto fluxo (permeável a
água), o volume retirado do paciente é em torno
de 30 a 50 litros dia, com reposição de volume.
HEMODIÁLISE INTERMITENTE
 Hemodiafiltração: combinação de
hemodiálise e hemofiltração. Usa-se
solução de diálise e dialisador de alto fluxo,
permitindo ultrafiltração de 30 a 50 litros
dia, necessitando de reposiçaõ de volume.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Controle de Sinais vitais
 Manter controle de peso antes e depois da diálise
 Manter antissepsia rigorosa do acesso vascular
 Monitorar sinais de infecção no acesso
 Monitorar regulação da máquina
 Observar e comunicar: calafrios, dispnéia, dor precordial,
lombalgia, dor no braço, erupção cutânea, febre
 Solicitar que o paciente comunique: dor precordial,
cãibras, náuseas e vômitos e visão turva
TERAPIA DE REPOSIÇÃO RENAL
CONTÍNUA - HEMOLENTA

 Menor instabilidade hemodinâmica


 Usa-se líquido de diálise peritoneal estéril e aquecido,
infundido ao dializador por meio de um equipo + solução
de heparina contínua em BI
 Permanece por 48 – 72 horas
 Troca das linhas e do capilar é a cada 72 horas pelo
enfermeiro
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
NA HEMOLENTA
 Monitorar conexões do sistema
 Observar e comunicar presença de bolhas
 Realizar troca da solução dialisadora conforme
programação prescrita
 Usar técnicas assépticas rigorosas ao trocar ou esvaziar
recipientes de drenagem
 Monitorar alterações hidroeletrolíticas, sinais vitais,
ganhos e perdas
TIPOS HEMOLENTA

 Hemodiálise arteriovenosa continua


 Hemodiálise venosa continua
 Hemofiltração arteriovenosa continua
 Hemofiltração venosa continua
 Hemofiltração venovenosa continua
 Hemodiafiltração arteriovenosa continua
 Ultrafiltração lenta continua
BALÃO INTRA-AÓRTICO
BALÃO INTRA-AÓRTICO
 Objetivo de dar suporte circulatório ao coração, promove
diminuição do trabalho ventricular e melhora perfusão
das coronárias
 Introduzido por técnica percutânea na via femural por
disseção ou por procedimento cirúrgico nas vias axilar e
aorta descendente.

 Deve permanecer por poucos dias, devido as possíveis


complicações (em geral 24 até 72 horas )
 O balão deverá ser insuflado no início da diástole e
desinsuflado imediatamente antes da sístole. Resultando
em:
• Aumento da percussão coronariana;
• Redução da pós carga;
• Redução do trabalho cardíaco;
• Redução do consumo de oxigênio pelo miocárdio;
• Aumento do débito cardíaco.
COMPLICAÇÕES BIAO
 Complicações arteriais: lesão da artéria
femoral, trombose, obstrução, dissecção de
aorta, embolia gasosa, perfuração arterial,
perda do membro
PREVENINDO COMPLICAÇÕES
 Rotina:
1. Radiografia de tórax para checar posicionamento;
2. Avaliação da perfusão do membro inferior, no mínimo
três vezes ao dia;
3. Monitorização hemodinâmica, continuamente observar se
há melhora hemodinâmica;
4. Exames diários para afastar plaquetopênia e hemólise
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
COM MANUTENÇÃO BIAO
 Monitorar local de inserção do cateter: hematoma,
sangramento ou dor
 Observar extremidades do membro puncionado: pulso,
cianose e temperatura
 Manter membro imobilizado
 Infundir bolus de anticoagulante de h/h
 Observar escape de ar ou sangue nas conexões do
sistema
 Após a retirada pelo médico realizar compressão local por
no mínimo 20 minutos, manter membro imobilizado por 6
horas.
MARCAPASSO CARDÍACO
PROVISÓRIO
 Monitora o ritmo
cardíaco

 Estimula
ininterruptamente o
coração sempre que a
FC estiver abaixo da
estipulada.
MARCA-PASSO CARDÍACO
PROVISÓRIO
 É composto de um fio (eletrodo) ligado a um gerador de
impulsos elétricos. A ponta do eletrodo geralmente é
posicionado dentro do coração enquanto a outra
extremidade é ligada ao aparelho. Como o eletrodo só
está apoiado dentro do coração ele é fixado na pele e o
paciente é orientado a permanecer em repouso, no
máximo que puder.
MARCA-PASSO CARDÍACO
PROVISÓRIO
Existem três tipos marca passo cardíaco provisório

a) marcapasso provisório externo: sistema de alta energia


aplicado diretamente sobre o tórax;

b) marcapasso provisório endocárdico: sistema de baixa


energia, geralmente posicionado por via endovenosa e
eventualmente posicionado por via transtorácica; e

c) marcapasso provisório epicárdico: sistema de baixa


energia posicionado diretamente sobre o epicárdio
durante cirurgia cardíaca.
MARCA-PASSO CARDÍACO
PROVISÓRIO
 Instalado por via venosa: subclávia, jugular interna ou
femural

 Posicionar o paciente em decúbito dorsal

 Realizar tricotomia se necessário


CUIDADOS DE ENFERMAGEM
MARCA-PASSO PROVISÓRIO
 Fixar conexões de segurança
 Manter eletrodo fixo e evitar tração ou deslocamento do
mesmo
 Realizar curativo oclusivo no local de inserção
 Observar o traçado no monitor comunicando alterações
Cuidados PÓS IMPLANTE
 Monitorar SSVV e saturação
 Avaliar nível de consciência
 Observar sangramento, hematoma e
sinais flogísticos
 Realizar ECG
 Providenciar RX Tórax

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