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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO LUSÍADA DE BENGUELA

LICENCIATURA EM PSICOLOGIA

Caso Clínico

Autora: Suzana Monteiro

Tutora: Rosemary Santiago

Benguela, 2023
Caso Clínico – L
S, adolescente, de 17 anos, mora com a mãe e não tem irmãos, frequenta o 12º ano
de escolaridade no curso profissional de técnico de recepção. S veio à consulta com
a mãe, apresentando um aspecto bem cuidado e limpo, mas necessita de ajuda da
mãe para se movimentar e equilibrar correctamente, treme um pouco nas mãos,
manifesta um discurso organizado, coerente e lógico.
Mostra um humor ligeiramente deprimido e revela sinais de ansiedade, pois está
sempre a mexer no telemóvel e mantém pouco contacto ocular.
S foi reencaminhada para o serviço de psicologia, que segundo a referenciação da
médica de família pediu para ser avaliada e acompanhada.
De acordo com a indicação da médica foi-lhe diagnosticado recentemente Esclerose
Múltipla.
S. não está a lidar bem com a doença, refugia-se em casa, não quer frequentar as
aulas, refere que o barulho a incomoda, tem medo de ficar em casa e muito anda
triste.

Anamnese

 Nome: S
 Idade: 17 anos
 Sexo: Feminino
 Nacionalidade: Angolana
 Natural de Benguela
 Religião: Católica
 Estudante
 Estado civil: Solteira
 Nível de escolaridade: Ensino Médio

Diagnóstico

 Transtorno depressivo devido a uma condição médica


 Humor deprimido
 Perda de prazer ou interesse
 Medo de estar sozinha
Problemas Actuais ou Apresentados
 Tristeza
 Não tem vontade de sair de casa
 Tem medo de estar sozinha
 O barulho incomoda-a
 Evita estar com os colegas

Factores de Precipitação e Manutenção

Precipitação:

 O facto de ter sido diagnosticada com esclerose múltipla


Manutenção:
 Não consegue lidar bem com a doença

Resiliência emocional e recursos


 Mãe (Suporte emocional/ social)
 Percepção sobre a necessidade de ajuda (terapia)

Terapia Prévia
 S. precisa de uma terapia e aconselhamento

Experiências emocionais mais dolorosas e pungentes

 Sentia desequilíbrio
 Não queria sair de casa

Estilo de processamento emocional


 Não refere
Necessidades
 Conscientização, expressão sobre as emoções associadas ao diagnóstico que teve
de esclerose emoção tristeza- perturbada

Emoções Secundárias
 Barulho incomoda - irritabilidade
 Medo de estar sozinha – solidão

Interrupções e bloqueios no acesso a esquemas emocionais centrais


 Self-outro – relação com a mãe/ relação com os irmãos
 Self-self –

Como futura Psicóloga, com base ao diagnóstico dado, a intervenção que usaria seria
de psicoterapia, trabalhando assim nas causas emocionais que desencadearam o
transtorno. Para que ao longo das sessões o paciente seja estimulado a reflectir sobre
a raiz das suas angústias e medos e exercitar o autoconhecimento de maneira
profunda. Uma outra abordagem que poderia ser usada é a terapia cognitivo
comportamental, ajudando assim o paciente a focar-se no presente e na resolução de
problemas. Não esquecendo do reencaminhamento ao Psiquiatra, pois poderá indicar
se há ou não necessidade de medicação para o tratamento da doença.

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