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INSTITUTO POLITÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DA CATUMBELA

ÁREA DE INFORMÁTICA

CURSO: INFORMÁTICA DE GESTÃO

10ª CLASSE

A GRAVIDEZ PRECOCE E O ABORTO

Paulo César, Pedrito Tchcolomuenho. Piter Celestino, Raí Reis, Ricardo Martinho,
Rosária Jimbi

CATUMBELA, MAIO DE 2023


INSTITUTO POLITÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DA CATUMBELA

ÁREA DE INFORMÁTICA

CURSO: INFORMÁTICA DE GESTÃO

10ª CLASSE

Trabalho de pesquisa elaborado no âmbito


da cadeira de formação de atitudes
integradoras sob a orientação do professor
Domingos Cirilo.

Grupo nº 5, Turma IG-1

GRAVIDEZ PRECOCE E O ABORTO

Nº 26 Paulo César, Nº 27 Pedrito Tchcolomuenho, Nº 28 Piter Celestino, Nº29 Raí


Reis, Nº 30 Ricardo Martinho, Nº 31 Rosária Jimbi

CATUMBELA, MAIO DE 2023


PENSAMENTO

“Eu fico imaginando que, se aceitar a diminuição da idade para 16 anos, amanhã vão
pedir para 15, depois para 9, depois para 10, quem sabe algum dia queiram punir até
um feto “

- Luiz Inácio Lula da Silva


DEDICATÓRIA

Dedicamos o presente trabalho a todos que se interessarem em o ler.


AGRADECIMENTO

Agradecemos, em primeiro lugar, a Deus pelo fôlego de vida e proteção.


Agradecemos aos nossos pais ou encarregados de educação pelo apoio financeiro e
não só, aos professores pelo dom da pedagia, aos nossos colegas pelo
companheirismo na sala de aula e a todos que directa ou indirectamente tornaram
este trabalho uma realidade.
ÍNDICE

PENSAMENTO III

DEDICATÓRIA IV

AGRADECIMENTO V

ÍNDICE VI

INTRODUÇÃO 8

I. A GRAVIDEZ PRECOCE 9

1.1. Adolescência 9

1.2. Gravidez precoce: definição 9

1.3. Principais factores 9

1.4. Consequências e riscos 10

1.5. Como evitar a gravidez precoce? 11

1.6. Taxa de gravidez precoce em Angola 11

II. O ABORTO 11

2.1. Definição 11

2.2. Quando há, de facto, um aborto? 12

2.3. Classificação do aborto 12

2.4. Aborto espontâneo 12

2.5. Aborto induzido 12


2.6. Como o aborto acontece 13

2.7. O aborto e a legislação angolana 13

2.8. Causas e consequências do aborto 14

CONCLUSÃO 16

BIBLIOGRAFIA 17

ANEXO 18
INTRODUÇÃO

No presente trabalho iremos abordar sobre um dos maiores tema-problemas


da nossa sociedade, a Gravidez Precoce e o Aborto. São questões bastante
pertinentes, partindo do pressuposto de que a gravidez precoce e o aborto são temas
complexos e delicados que suscitam muitas discussões e debates em todo o mundo.
A questão é de extrema importância, pois afeta não só a saúde física e mental das
adolescentes e mulheres, mas também suas perspectivas educacionais, de carreira
e suas relações familiares e sociais. Este trabalho apresentará uma análise sobre a
gravidez precoce e o aborto, seus principais fatores de risco, consequências
sociológicas e psicológicas, e as alternativas disponíveis para prevenção e
tratamento. O objetivo deste estudo é fornecer informações precisas e atualizadas
sobre esses temas e conscientizar sobre a importância de cuidados adequados e
conscientização para prevenir a ocorrência de uma gravidez precoce e o aborto,
suas complicações e riscos associados.

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I. A GRAVIDEZ PRECOCE

1.1. Adolescência

É quase impossível falar da gravidez precoce sem falar da adolescência, que


é definida como sendo nada mais e nada menos do que o período de transição entre
a infância e a vida adulta, caracterizado pelos impulsos do desenvolvimento físico,
mental, emocional, sexual e social e pelos esforços do indivíduo em alcançar os
objetivos relacionados às expectativas culturais da sociedade em que vive.
(Eisenstein, 2005)

A OMS considera como adolescência o intervalo entre 10 e 19 anos

1.2. Gravidez precoce: definição

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a gravidez é considerada


precoce quando a menina engravida entre os 10 e os 19 anos. Geralmente se deve à
falta de informação e dificuldade de acesso a métodos contraceptivos. (Pavarini,
2019)

Apontada como uma gestação de alto risco decorrente das preocupações que
traz à mãe e ao recém-nascido, a gravidez nesta faixa etária pode acarretar
problemas sociais e biológicos.

A gravidez na adolescência é muitas vezes encarada de forma negativa do


ponto de vista emocional e financeiro das adolescentes e suas famílias, alterando
drasticamente suas rotinas.

1.3. Principais factores

Há diversos fatores de natureza objetiva e subjetiva que levam à gravidez no


início da vida reprodutiva, tais como:

• Falta de conhecimento adequado dos métodos contraceptivos e como usá-los;

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• Dificuldade de acesso a esses métodos por parte do adolescente;
• Dificuldade e vergonha das meninas em solicitar o uso do preservativo pelo
parceiro;
• Ingenuidade e submissão;
• Violência;
• Abandono;
• Desejo de estabelecer uma relação estável com o parceiro;
• Forte desejo pela maternidade, com expectativa de mudança social e de
obtenção de autonomia através da maternidade;
• Meninas com início da vida sexual cada vez mais precoce.

O ambiente familiar também tem relação direta com o início da atividade


sexual. Experiências sexuais precoces são observadas em adolescentes em famílias
onde os irmãos mais velhos já apresentam vida sexual ativa.

É comum encontrar adolescentes grávidas cujas mães também iniciaram a


vida sexual precocemente ou engravidaram durante a sua adolescência. Por outro
lado, famílias onde existe o hábito da conversa e há orientação sobre a vida sexual,
a situação pode ser diferente e a sexualidade mais bem aproveitada pelos
adolescentes no momento certo. (Magalhães, s.d.)

1.4. Consequências e riscos

A gravidez na adolescência pode trazer consequências emocionais,


sociais e econômicas para a saúde da mãe e do filho.

A maioria das adolescentes que engravida abandona os estudos para cuidar


do filho, o que aumenta os riscos de desemprego e dependência econômica dos
familiares. Esse fatores contribuem para a perpetuação da pobreza, baixo nível de
escolaridade, abuso e violência familiar, tanto à mãe como à criança.

Além disso, a ocorrência de mortes na infância é alta em filhos nascidos de mães


adolescentes. A situação socioeconômica, a falta de apoio e de acompanhamento da

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gestação (pré-natal) contribuem para que as adolescentes não recebam informações
adequadas em relação à alimentação materna apropriada, à importância da
amamentação e sobre a vacinação da criança.

Também é grande o número de adolescentes que se submetem a abortos


inseguros, usando substâncias e remédios para abortar ou em clínicas clandestinas.
Isso tem grandes riscos para a saúde da adolescente e até mesmo risco de vida,
sendo uma das principais causas de morte materna. Essas ações acarretam
prejuízos às crianças, gerando um impacto na saúde pública, além da limitação no
desenvolvimento pessoal, social e profissional da gestante. (Magalhães, s.d.)

1.5. Como evitar a gravidez precoce?

A melhor forma de evitar a gravidez na adolescência é se informar


adequadamente e conhecer o próprio corpo e do parceiro antes de começar a vida
sexual.

Meninos e meninas devem se informar sobre os métodos anticoncepcionais. A


camisinha é o mais comum, mais barato e mais fácil de utilizar. Além da gravidez
indesejada, ela também protege contra as doenças sexualmente transmissíveis.
(Magalhães, s.d.)

1.6. Taxa de gravidez precoce em Angola

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, “UNICEF”, aponta que Angola
tem a maior taxa do mundo de casos de gravidez na adolescência, segundo dados
de Outubro de 2022. (RNA, 2022)

II. O ABORTO

2.1. Definição

O aborto ou, mais corretamente, o abortamento é a interrupção precoce de


uma gestação antes que o feto seja capaz de sobreviver fora do corpo da mãe. O

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aborto pode ocorrer de maneira intencional ou de maneira totalmente espontânea,
sendo, em ambos os casos, um processo doloroso para a mulher que vive esse
momento. (Dos Santos, s.d.)

2.2. Quando há, de facto, um aborto?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta alguns critérios para que


o fim de uma gestação seja considerado um aborto. De acordo com a OMS,
considera-se aborto a interrupção, antes das 22 semanas de gestação, estando,
nesse caso, o feto, geralmente, com peso inferior a 500 g. Quando o feto é retirado
nessas condições é incapaz de sobreviver fora do útero da mãe. (Dos Santos, s.d.)

2.3. Classificação do aborto

O aborto pode ser classificado quanto a sua cronologia, sendo precoce


quando ocorre até a 12ª semana de gestação e tardio após esse período; já quanto à
intenção pode ser considerado espontâneo ou induzido. (MSD, 2023)

2.4. Aborto espontâneo

O aborto espontâneo, isto é, quando a perda do feto não é consequência de


alguma ação voluntária, é uma intercorrência obstétrica bastante comum e tem
motivos diversos, embora, na maioria das vezes, a sua causa seja indeterminada.

2.5. Aborto induzido

O aborto induzido pode ser entendido como a interrupção da gravidez de


maneira voluntária. Ele se diferencia do aborto espontâneo que, por sua vez, pode
ser motivado por uma série de fatores relacionados à saúde da mulher.

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2.6. Como o aborto acontece

Normalmente, o aborto seguro acontece de duas formas: medicado ou por


aspiração. No aborto por aspiração, também conhecido como aborto cirúrgico, há a
aspiração do conteúdo do útero.

O procedimento é breve e pode ter, como colateralidade, o surgimento de


zumbidos, vertigens e dormência.

Já no aborto medicado, existe a ingestão de pílulas por via oral ou pela


inserção delas no colo do útero. (MSD, 2023)

2.7. O aborto e a legislação angolana

ANGOLA. Código Penal.

Artigo 139.° (Aborto)

1. Quem, por qualquer meio e sem consentimento de mulher grávida, a fizer


abortar será punido com prisão de 2 a 8 anos.

Artigo 140.° (Aborto consentido)

1. Quem, por qualquer meio e com consentimento da mulher grávida, a fizer


abortar será punido com prisão até 3 anos.
2. Na mesma pena incorre a mulher grávida que der consentimento ao aborto
causado por terceiro ou que, por facto próprio ou de outrem, se fizer abortar.
3. Se o aborto previsto nos números anteriores tiver o objectivo de ocultar a
desonra da mulher, será punido com prisão até 2 anos.

Artigo 141.° (Aborto agravado)

1. Quando do aborto ou dos meios empregados resultar a morte ou uma grave


lesão para o corpo ou para a saúde da mulher grávida, o máximo da pena
aplicável será aumentado de um terço.

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2. A mesma pena será aplicada ao agente que se dedicar habitualmente à
prática do aborto ou o realizar com intenção lucrativa.
3. A agravação prevista neste artigo não será aplicável à própria mulher grávida.

2.8. Causas e consequências do aborto

• As causas do aborto podem ser variadas e multifatoriais, incluindo:


1. Complicações médicas: Algumas condições médicas podem aumentar o risco
de aborto, como diabetes, hipertensão, doença autoimune, infecções, entre
outras.
2. Problemas genéticos: Algumas gravidezes podem ser interrompidas devido a
problemas genéticos no feto.
3. Anomalias uterinas: Anomalias na estrutura do útero, como septos uterinos ou
aderências, podem aumentar o risco de aborto.
4. Estilo de vida: Fatores como tabagismo, consumo de álcool, uso de drogas
ilícitas e obesidade podem aumentar o risco de aborto.
5. Idade materna: Mulheres mais velhas têm maior risco de aborto devido a
complicações médicas e problemas genéticos.
6. Trauma físico: Lesões físicas na gestante, como acidentes de carro ou
quedas, podem levar ao aborto.
7. Aborto espontâneo anterior: Mulheres que tiveram um aborto espontâneo
anterior têm maior risco de aborto em gravidezes futuras.

É importante lembrar que nem sempre é possível determinar a causa


específica de um aborto e que muitos abortos ocorrem sem causa aparente. Se você
está grávida e tem preocupações sobre o risco de aborto, é importante conversar
com seu médico para avaliar sua saúde e fazer um plano de cuidados pré-natais
adequado. (MSD, 2023)

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• As consequências do aborto variam dependendo de vários fatores, como
a idade gestacional, o método utilizado e a saúde da mulher. Algumas
das possíveis consequências do aborto incluem:
1. Consequências físicas: O aborto pode causar uma série de complicações
físicas, como sangramento excessivo, infecção, lesão uterina, perfuração
uterina, inflamação pélvica, entre outras.
2. Consequências psicológicas: O aborto também pode ter consequências
emocionais e psicológicas, como depressão, ansiedade, estresse pós-
traumático, sentimentos de culpa, vergonha e arrependimento.
3. Consequências sociais: O aborto pode ter consequências sociais, como
isolamento social, perda de relacionamentos, estigma e discriminação.
4. Riscos futuros de saúde: O aborto também pode aumentar o risco de
complicações em futuras gravidezes, como parto prematuro, baixo peso ao
nascer, infertilidade, aborto espontâneo e placenta prévia.

É importante notar que nem todas as mulheres que fazem um aborto


experimentam todas essas consequências, e que muitos fatores individuais podem
influenciar o resultado. É sempre importante que as mulheres tomem uma decisão
informada sobre o aborto e recebam o suporte necessário antes, durante e após o
procedimento. (Castro, s.d.)

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CONCLUSÃO

Com presente trabalho de pesquisa o grupo conclui que a gravidez precoce e


o aborto são temas complexos e sensíveis que afetam a saúde e bem-estar de
mulheres e fetos. As mulheres devem ter acesso a informações, recursos e apoio
para decidir de forma informada e cuidadosa. É essencial garantir o acesso a
cuidados de saúde de qualidade e respeitar os direitos das mulheres,
independentemente da escolha que elas façam. A prevenção da gravidez precoce é
fundamental e deve ser promovida por meio de políticas e programas de saúde
pública que promovam a educação sexual, a contracepção acessível e a
conscientização sobre a gravidez precoce. O respeito e a empatia pelas escolhas
individuais de cada mulher são fundamentais para abordar esses temas de forma
sensível e cuidadosa.

16
BIBLIOGRAFIA

Castro, R. (s.d.). Obtido de https://formacao.cancaonova.com/

Dos Santos, V. S. (s.d.). Obtido de Mundo Educação:


https://www.mundoeducacao.uol.com.br/

Eisenstein, E. (Junho de 2005). Adolescência e Saúde. Adolescência: Definições,


conceitos e critérios.

Magalhães, L. (s.d.). Sexualidade. Obtido de Toda Matéria.

MSD, M. (2023). Obtido de https://www.msdmanuals.com/

Pavarini, N. (18 de Novembro de 2019). Obtido de Web site de Dra Nadia Pavarini:
https://dranadiapavarini.com.br/gravidez-precoce/

RNA. (11 de 1O de 2022). CANAL A - DESTAQUE. Obtido de RÁDIO NACIONAL DE


ANGOLA: https://www.rna.ao/

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ANEXO

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