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2.

1 ASPECTOS GERAIS
A gravidez precoce e não esperada em jovens, principalmente em
adolescente entre 10 a 19 anos, mundialmente é um grande debate
problemático que ainda não tem um caminho certo e definido para ser
resolvido, por sua vez é mais apresentando em países em desenvolvimento e
com grande índice de desigualdade social e problemas na economia. Isso se
evidencia comparando o Japão, que é um país com crescimento superior, onde
a taxa é de a cada 1000 jovens, 4 deram à luz a um novo recém-nascido,
enquanto na África Sub-Saarina a taxa é aproximadamente de 45 em Mauritis e
229 em Guinea a cada 1000 adolescentes (WHO, 2004).
Uma descrição sobre gravidez varia muito segundo a situação na
sociedade em que a jovem está submetida, pois nas classes socioeconômicas
menores as chances para se ter filhos é maior, assim como a mente das
meninas tem uma centralização nessa situação. As perspectivas privadas de
carreiras, pesquisas e estudos premissas do mundo do comercio acabam
trazendo como resultado o fato de que essas adolescentes compreendem e
constroem na gravidez e na sua vida social uma meta para suas vidas
baseadas na criação dos seus filhos. Normalmente essas novas mães tem em
mente que a criança vai lhes trazer tranquilidade, companhia e aproximação de
seu parceiro amado, e nem sempre isso acontece (ROCHA, MINERVINO,
2008).
E desse ponto, o fato de engravidar na adolescência se torna uma
resposta e não necessariamente a um problema que essas meninas tem de
enfrentar, ressaltando que elas tem mais probabilidades de deixar a escola e
conseqüentemente tem menos recursos para se adequar e serem encaixadas
no mercado de trabalho depois de seu parto. Seu parceiro, na maioria das
vezes, sendo adolescente também, pode não ter como sustentar
financeiramente essa família e a criança recém chegada (HOGA, 2008).
Refletindo em 1994 na Conferência Internacional de População e
Desenvolvimento do Cairo e 1995 na Conferência Mundial da Mulher, onde em
Pequim foi criado o conceito do direito ao planejamento familiar, o homem e a
mulher tinham como direito a informação, serviços para regular sua fertilidade e
a educação, sendo assim, tinham como decidir de forma responsável sobre sua
vida reprodutiva, isso é completamente útil e determina uma gravidez proposital
ou não, o que leva a pensa sobre os verdadeiros motivos para cometer tal
“acidente” para se torna pai ou mãe (MINAS GERAIS, 2007).
Na aplicação da ESF (Estratégia de Saúde da Família), um dos seus
deveres é a implantação de atividades equivalentes ao bem-estar e saúde dos
adolescentes, e o acompanhamento do estado da saúde sexual e reprodutiva
dos mesmos está dentro de suas ações. É de grande importância que se haja
sempre um grupo multidisciplinar organizada e competente para atender os
jovens nas unidades ou postos de saúde e nas instituições de ensino, com
profissionais que trabalhem com os personagens sociais em sua comunidade,
possibilitando a compreensão das características do local, fazendo laços e
parcerias com os colégios, trabalhando com as famílias, de forma que tenha
uma boa abertura para os pais terem diálogo com os seus filhos, e também
mobilizando a mídia. Afinal, isso tudo também é responsabilidade da atenção
primaria (MINAS GERAIS, 2007).
É gradativamente que os adolescentes vão tendo compreensão e
domínio da contracepção, como a sua sexualidade inicial e de como seu corpo
vai manifestar isso. Mesmo com toda a comunicação sobre prevenção e as
conversas livres realizadas pelas famílias sobre assuntos relacionados ao
sexo, a utilização do método contraceptivo ainda terá alterações na sua
influência em qualquer grau de aprendizado e aperfeiçoamento dos jovens
casais. Na maioria das vezes a utilização de camisinhas e pílulas
anticoncepcionais estão submetidos a determinadas condições como: força de
vontade pessoal para usá-las naquele instante da relação ou tê-las em mãos, e
também ao jogo determina pelos casais para a aceitação de ter uma relação
sexual protegida e segura (BRANDÃO; HEIBORN, 2006).
A onipotência de jovens, que é considerado uma das idéias mais
discutidas entre os debates sobre a gravidez na adolescência pode levar aos
próprios adolescentes, isso mesmo que bem informados, a terem como visão
que nunca vai acontecer com eles (MINAS GERAIS, 2007).
Entretanto a gravidez na adolescência vem evoluindo e se tornando um
problema de saúde púbica devido às suas extensões de casos na vida das
jovens e dos novos bebês. Nesse acontecimento deve-se também observar os
fatos de riscos à adolescente, pois a mesma pode apresentar anemia,
hipertensão arterial gestacional, partos prematuros, maior número de abortos
espontâneos e uma grande porcentagem de mortes nos partos. O bebê pode
nascer com baixo peso, além de morrer nos meses iniciais de sua existência ou
ser internado e sofrer problemas infantis (MINAS GERAIS, 2007; WHO, 2007;
LEVANDOWSKI; PICCININI; LOPES, 2008).

2.2 ASPECTOS FISIOLOGICOS


O início da atividade sexual na adolescência se dá a partir das
transformações sofridas física e psicologicamente na fase da adolescência. O
corpo se modifica. O que leva a uma transformação no modo de pensar e agir
no decorrer dessas modificações do corpo. Segundo Sedicias (2007), a
menarca, que se configura como a primeira menstruação, o aumento do
quadril, aumento de coxas, aumento das mamas, aparecimento de pelos
axilares e pubianos.
O autor discute sobre esses fatores ocasionarem mudanças de humor
e instabilidade emocional, isso acontece porque o desenvolvimento do corpo
passa a acontecer de maneira proeminente quanto o da mente, sendo que as
adolescentes não conseguem acompanhar o desenvolvimento do corpo, logo
passam por frustações, resultado de comparações e incertezas que elas fazem
a respeito do seu "novo corpo" (SEDICIAIS, 2007).
Por outro lado, essas meninas, assim como também os meninos, que
também sofrem mudanças em todo o seu corpo, querem e sentem um certo
desejo para novas experiências, pois suas curiosidades aumentam e crescem
cada vez mais. É nesse momento que a sexualidade fica realmente ativa e
pronta para se aflorar e infelizmente ocasionar situações não desejadas, que é
uma gravidez inesperada (SEDICIAIS, 2007).
Sabe-se que os jovens são praticamente seduzidos em descobrir
práticas e ações novas com seu novo e “formatado” corpo. É nessa hora que
os mesmos buscam também, verificar se seus pensamentos sobre algo é
verdade ou mentira, se existi mesmo, como é, onde vai doer ou sentir prazer, e
assim por diante, muitas vezes esses indivíduos só querem comprovar algo,
sem ter outras intenções (TIBA, 1986).
Compreende-se que o modo como os adolescentes se comportam está
diretamente relacionado as condições de desenvolvimento. Um exemplo disso,
é a fase da puberdade (10 aos 14 anos), pois pode ser considerada como o
período de transição da infância para a adolescência, e nessa transição há
certas casualidades que afetam psicologicamente, emocionalmente e
fisicamente a vida dessas crianças nesse período, é importante que cada
detalhe acontecido que mude o comportamento das mesmas não seja
caracterizado como algo anormal, pois essa fase é totalmente natural, essas
reações diferentes na personalidade devem ser compreendidas como algo que
acontece durante o processo da vida (TIBA, 1986).
Os alunos atualmente já vem com pensamentos e ideias em relação a
sexualidade, conceitos que eles já aprendem em seus lares, com suas
experiências e relações pessoais, além do mais, as crianças atualmente já
crescem desde pequenos com uma grande proporção comunicativa para a
vida. Onde a opção e orientação sexual deve ver esses fatores para poder
assim então ter sua reflexão e discussão, para que os educandos construam
suas opiniões e decidam por si próprios qual “caminho” seguir (PCN’S, 1988).

2.3 ASPECTOS PSICOLÓGICOS


2.3.1 A QUESTÃO DA AFETIVIDADE
Uma das questões mais discutidas na adolescência é como transmitir a
Afetividade para os jovens, pois é algo que vai ter uma grande importância no
desenvolvimento pessoal, cognitivo e social. Tal relação que leva a uma
pessoa a ver o aprendizado como algo interessante e se senti bem dentro de
qualquer lugar. Evidentemente quando se há um caso de gravidez dentro da
escola o professor tem que também procurar e buscar maneiras de se interligar
ao aluno através da atenção, da verificação de problemas do mesmo, amor,
dedicação, carinho, respeito, educação e outros, além de incentivá-los (toda a
família). Para desenvolver o aspecto cognitivo a criança deve ter relações
diversas e ter muitas comunicações com outras pessoas, como seus familiares,
colegas da escola, amigos, professores, entre outros (CUNHA, 2000).
A maneira de como essa afetividade vai ser tratada com o aluno tem
uma grande importância para os jovens que se encontram nessa situação
complicada, e que aconteça de forma que influencie no ensino-aprendizado
positivamente e nas suas vidas, tem que haver a colaboração da família, ou
seja, na educação primaria deve ter um suporte, com um apoio que envolva
segurança, assim como, também a participação amorosa e didática na vida do
aluno, não deixando toda a responsabilidade de crescimento nas mãos da
escola, mais sim tendo de forma geral o interesse na vida daquele educando e
contribuindo também através do acompanhamento pedagógico e intelectual do
mesmo, não é porque um aluno cometeu, digamos assim um erro, que a
família deve abandoná-lo (LEITE, 2006).
Sabe-se que a família tem uma grande parcela na Educação do aluno
e de como prosseguir com sua vida depois desse acontecimento sério, sabe-se
que muitas vezes os filhos acabam tendo um comportamento negativo diante a
educação na instituição de ensino e nas suas casas depois de saberem que
vão se tornar pais, justamente pela situação que se encontram, ficando
dispersos, agressivos, tristes, isolados, carentes e até mesmo desanimados,
trazendo o jovem a ficar sem conexão com os conteúdos pois seus
pensamentos estão longe, e não centralizados no estudo repassado. Portanto,
o educador além de ter constantemente afeto com seus discentes, deve
também estar sempre de olho em cada um deles, com isso vai entender se há
algo errado ou relevante acontecendo fora de sala de aula (LEITE, 2006).
Na escola , o docente e todo a equipe pedagógica onde esses alunos
estão inseridos deve demonstrar essas características também, desde o portão
de entrada até a diretoria, dessa maneira através de elogios, parabéns,
incentivos e outros aspectos que toda instituição de ensino deve ter com o
jovem, faz amenizar o peso que os mesmos estão sentido. Onde a mesma se
sente bem tratada e tem mais harmonia nas suas vindas para aula, tendo mais
facilidade para interagir com as outras, e com todos os agentes do meio
acadêmico, fornecendo uma relação boa, social, satisfatória, agradável e
positiva para o aluno com o meio estudantil (ROUSSEAU, 1994).

2.3.2 MUDANÇAS NO COMPORTAMENTO


Uma aluna nova ao descobrir que está grávida é totalmente coberta de
fortes e inúmeros sentimentos. Suas atitudes e formas de agir geralmente
seguem alguns ritmos, que na maioria das vezes são três: positiva (felicidade),
negativa (tristeza, preocupação, nervosismo, medo, rejeição) e ambivalente. Os
seus temores mais freqüentes estão ligados ao dia do seu parto, a como estar
a criança, ao perigo do aborto, a inversão de papeis (de filha para mãe) e a
insegurança constante de não ter ideia de como cuidar do seu filho. O maior
obstáculo que interfere na defesa desses medos está relacionado diretamente
com a falta de suporte do seu parceiro e da família do jovem (LEVANDOWSKI;
PICCININI; LOPES, 2008).
O estado de gravidez pode ser levado como uma situação de que torna
a jovem ao amadurecimento. Pois as suas responsabilidades como pais de um
bebê e o entendimento social como mãe agora ajuda para uma rápida
maturidade. Pode-se dizer que uma pessoa saiu da adolescência e começou a
caminhar a sua fase adulta quando chega aos 20 anos de idade, ou quando sai
debaixo das “asas” dos pais e adquire liberdade e independência financeira,
mas também pode-se considerar a mudança para a fase adulta quando o
indivíduo se torna responsável por uma nova criança, seu filho. A classificação
de cada um desses estágios da vida é complexa e possui inúmeros fatores e
pensamentos do “ser adulto”. Mas pode-se dizer que muitas das jovens que
engravidam cedo demais fazem essa transição (OLIVEIRA, 2008; GONTIJO;
MEDEIROS, 2008).
As adolescentes grávidas naturalmente tem um pensamento lindo e
maravilhoso em relação a sua gravidez, onde tudo vai ou estão as “mil
maravilhas”. Suas emoções por esperar ter um filho tem uma forte imaginação
e idéias de construção de uma nova e bonita família, cercada de alegria e
realização de sonhos. Nesse mundo de fantasia que a adolescente cria em sua
cabeça tem o pensamento de mãe perfeita e a mesma crê que terá uma
relação longa de amor verdadeiro. Mas ao nascer o bebê tudo muda, pois as
responsabilidades aumentam e ficam cada vez mais complicadas e difíceis de
se fazer e cumprir. Na maioria das vezes essa jovem mãe joga a culpa de tudo
pra cima da criança, que a mesma está atrapalhando a sua vida ou situações
parecidas (GONTIJO; MEDEIROS, 2008; TRINDADE, 2005).
O medo e a falta de segurança em relação as ações e atitude de seu
companheiro e da família acabam se fixando em muitas das adolescentes. As
conversas de família, dentro da casa dessa jovem que agora é mãe solteira,
devem passar por um remodelamento, uma mudança total. Todo namoro ou
casamento que tem início é completamente voltado de alterações que
constroem insegurança e falta de coragem nessa nova mãe. Mas a garota deve
assumir o papel de mãe, e amadurecer seu comportamento na sociedade,
assumindo seu filho que vai ou já nasceu. E essas ações que são aguardados
por toda a família da mesma (TRINDADE, 2005; SILVA; TONETE, 2006).
Essas jovens e novas mães se sentem totalmente incapaz e
desprotegidas quando acontecem essas transformações em seus corpos em
decorrência da gravidez e no dia do parto. É a insegurança que vem do nada e
os obstáculos financeiros que muitas das vezes faz com essas adolescentes
pensam em fazer um aborto. E o pior que a maioria tenta se automedicar com
remédios que provoquem a perda do feto ou se colocam em momentos de
riscos para conseguir o aborto (TRINDADE, 2005).
Suas emoções e sentimentos mudam durante toda a gestação e
também durante o começo da vida da criança que nasceu. Mas os padrões
predominantes nessas mães novatas são os positivos (SILVA; TONETE, 2006;
LEVANDOWSKI; PICCININI; LOPES, 2008; ROCHA; MINERVINO, 2008).

2.4 ASPECTOS SOCIAIS

Também é importante ter a ideia que a sexualidade na adolescência


vem ser não só algo biológico, também com características culturais e sociais
onde os jovens expressão sua sexualidade de acordo com o ambiente em que
vivenciam. Na escola falar sobre sexo entre os adolescentes é um dos temas
transversais, e na educação física escolar nas séries finais do ensino
fundamental onde os professores assumem um papel de ensinar de forma
pedagógica os alunos que reconheça seu próprio corpo, com práticas
corporais, onde possibilitem e se aproximem quebrando assim algumas
barreiras e preconceitos entre eles (FREITAS, 1990).
Todo aluno tem o direito de entender o seu corpo e ter informações
sobre todas as transformações que acontecem nele. Pois sabe-se que numa
situação de gravidez precoce os envolvidos ficam desesperado e sem reação,
Freitas (1990) explica que esse tema vem sendo muito debatido nas
discussões relacionadas a orientação reprodutiva e sexual, onde é na maioria
das vezes visto como uma área que pode trazer vários elementos perigosos e
arriscados para a vida dos alunos, além de trazer e aumenta a pobreza e a
miséria, pois sabe-se que após a gravidez vem inúmeros obstáculos para a
adolescente enfrentar. Mostrando que o ato sexual quando leva a ter uma
gravidez precoce, cria consequência a longo prazo. E isso para qualquer
pessoa que esteja despreparada ou não conhecia que seu próprio corpo
poderia fazer algo tão diferente assim, é muito triste e complexo para ela
mesma.
É importante dar ênfase em mostrar que a representação social é na
realidade uma união de dados, valores, ideologias relacionadas a um objetivo
da sociedade que pode ser compreendida, organizada e constituída num
sistema sócio cognitivo, o que leva a pensar que a sexualidade na
adolescência passa a ser influenciada pelo espaço social, pela afetividade, pelo
desenvolvimento, por valores, por crenças e por costumes. São esses
aspectos, tanto internos como externos que constitui uma motivação para
interagir ou reagir em relação a sexualidade, e na adolescência isso é mais
frequente (OLIVEIRA; PONTES; GOMES; SALGADO, 2009).
Outros fatores relativos ao início da atividade sexual na adolescência,
como: uso de drogas, baixa escolaridade, a não presença bi parental,
adolescentes que apresentam comportamentos de riscos e sedentarismo. É
essencial que os próximos a esses jovens fiquem atentos a esses sinais, pois
nessa fase esses indivíduos podem exagerar em seus comportamentos e
ações, chegando a ficarem violentos e descontrolados. Portanto o apoio da
família, colegas, conhecidos ou escola devem acompanhá-los e orientá-los
para não ocasionar problemas maiores ou situações constrangedoras
(FREITAS, 1990).
O grande fator ocorrido em relação a sexualidade na adolescência é a
gravidez, onde a mesma deve ser tratada como uma situação social que deve
ser resolvida e problematizada também dentro da escola, pois é nas
instituições de ensino é onde ocorre os primeiros contatos entre os jovens,
onde há o primeiro namoro e até mesmo o simples fato de realizarem uma
relação amorosa um pouco mais além, o que remete uma situação definida por
eles como um envolvimento sexual bem rápido sem compromisso, que é o
primeiro ato sexual. E sequentemente após esse ato o jovem fica ainda mais
agitado, querendo mais e buscando mais, sem pensar nas consequências, o
mesmo se considera um adulto pronto para realizar qualquer ação, se acha
ilimitado a fazer qualquer “coisa”, totalmente independente e muito mais difícil
de se abrir sua mente para a verdade e realidade da vida (SANTO JUNIOR,
1999).
Claramente a sexualidade faz com que muitas reações no adolescente
sejam afloradas, reações que devem ser observadas, acompanhadas e
controladas pela família e pela escola e por qualquer conhecido próximo, a
orientação correta sobre essa parte da vida do jovem é de suma importância
para o prosseguimento de sua rotina normal, e também para o seu bem estar
(FREITAS, 1990).

2.5 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS


Dentre os Estados brasileiros o Pará é apontado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) como o de maior
incidência de gravidez na adolescência entre 10 e 19 anos respectivamente
(TAVARES, 2012 & COSTA,2017).
Apesar de ocorrer a diminuição, o Pará tem os maiores índices
relativos a gravidez na adolescência, ou seja, há uma parcela expressiva das
mulheres que iniciam suas vidas sexuais precocemente. Segundo os dados do
IBGE (2003), em 2001, pode-se observar que a região Norte do Brasil
presentou 25,2% da pesquisa relativa ao nascimento no País. No ano de 2006
houve uma diminuição de 0,8% se comparado a 2011, cerca de 1,5 tendo por
base o mesmo ano anteriormente mencionado do percentual. Na mesma
pesquisa, a região Nordeste obteve aumento de 0,8% e diminuição de 2,3, o
Sudeste diminuiu 22,2% e 1,8%, o Sul 1,7 e 2% e na região Centro Oeste 2,5 e
2,5%, ainda correspondendo aos anos de 2001,2006 e 2011.
Conforme esses dados podemos analisar que a evasão nas escolas
começa desde cedo, porém, no ensino médio é um pouco maior, o que facilitar
uma visão sobre a relação da sexualidade ocorrente com mais força nesse
estágio de ensino e o número significativo de alunos que deixaram de estudar.
Por outro lado, também teve-se analisar fatores econômicos, sociais,
geográficos, entre outros, nas famílias desses discentes, pois também
ocasionam essa evasão no ensino médio. Esta, no entanto, tem que ser
pautada em um discurso vitalizador, igualitário e com ênfase de aviso da
pergunta, na qual a questão se inseri de forma negativa, realizando alterações
significativas na realidade das jovens e de seus familiares, colocando o
afastamento do colégio como um problema grave e que causa prejuízos para a
vida das mesmas (PANTOJA, 2003).

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