Você está na página 1de 31

Disfunções Sexuais

Julia V. Medeiros
(CRP 06/14/1085)
-Psicóloga e Sexóloga
-Terapeuta Sexual e Casais
-Educadora Sexual ( UNISAL-SP)
-Especialista em Terapia Sexual (UNISAL-SP)
-Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental (IPCS)
-Membro da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (SBRASH)
-Filiada da Federação Latino-Americana de Sexologia e Educação Sexual (FLASSES) e
da Associação Mundial para Saúde Sexual (WAS)
Normal X Anormal
“Normal” é tudo aquilo
que é praticado pela
Tudo aquilo que foge dessa
Sociológico maioria. Padrões culturais
norma cultural é um DESVIO.
que definem a
normalidade sociológica.

“Normal” é o que se manifesta


Qualquer falha ou bloqueio
sob a forma de resposta
em alguma resposta
Biológico fisiológica. Capacidade
fisiológica sexual seria uma
responsiva integra faz um
DISFUNÇÃO.
individuo funcional.

“Normal” é o considerado Qualquer estado de


sob o ponto de vista pessoal insatisfação sexual com o seu
Psicológico de cada um. Conforme sua desempenho sexual ou da
satisfação sente-se parceria envolveria estado de
adequado. INADEQUAÇÃO.
Resposta Sexual

Kaplan (1974). The New Sex Therapy: Active Tratment of Sexual Dysfunctions
Queixas sexuais
Uma queixa por limitação pessoal, da(o) parceira
(o) ou do relacionamento.

50,9% de mulheres e 48,1% homens possuem


dificuldades sexuais, com alguma queixa a
respeito de seus respectivos desempenho e
satisfação sexual.
(Abdo, 2006)
Queixas Sexuais
Queixas

Disforia de Disfunções Sexuais


Gênero Parafilias
Desejo

Excitação

Orgasmo
Dor
Disfunções sexuais
Resposta sexual

Desejo Excitação Orgasmo Dor

Transtorno do Ejaculação Dor


Desejo Sexual Transtorno Anorgasmia
Interesse / Dolorosa Gênito-
Hipoativo Aversão Sexual Masculina/
Disfunção Erétil Distúrbios da Pélvica
(F52.8) Excitação Sexual Femina
(F 52.0) (F52.21) Ejaculação
feminina (F52.6)
(F52.3)
(F52.22)

Ejaculação Ejaculação
Precoce Retardada/bloqueada
•Disfunção Sexual Não Especificada (F52.9) (F52.32)
(F52.4)
•Outra Disfunção Sexual Especificada - Aversão (F52.8)

•Disfunção Sexual Induzida por Substância/Medicamento


Diagnóstico das Disfunções
Etiologia
• Primária ou Tipo I: Desde a primeira experiência sexual.
• Secundária ou Tipo II: Teve vida sexual considerada normal durante
um período e, em dado momento, manifestou a disfunção.

Classificação
• Situacional: Apresenta a disfunção somente em dada situação.
• Generalizada: Ocorre em todas as situações (obs. para masturbação).

Origem
• Orgânica: Congênita; Hereditária; Obtida por herança genética;
Adquirida; Latrogênica; Geriátrica.
• Psicogênica: Fatores socioculturais; emocionais; ocasionais.
Fatores Relevantes para formulação caso
Fatores predisponentes:
• Experiências de vida e sexuais.
• Relações interpessoais.
• Histórico sexual.
• Crenças, tabus e mitos.
• Educação familiar e sexual.

Fatores precipitantes:
• Acontecimentos de vida “associados” ao início do problema sexual.
• Relacionamentos e parceria.
• Histórico da queixa.
• Dinâmica de vida.

Dificuldades atuais e fatores de manutenção:


• Relacionamento atual e dinâmica.
• Estratégias já utilizadas.
• Atitudes diante a queixa (isolamento e evitação comum).
Disfunção do Desejo
A apetência sexual é, sobretudo, um fenômeno psicológico;
a ereção e a lubrificação são fenômenos fisiológicos. Os
níveis são diferentes, mas como o individuo é uma unidade
psicossomática, os fenômenos estão intimamente inter-
relacionados.
(Cavalcanti, 2019)

Desejo Responsivo e Desejo Espontâneo (Basson, 2000)

“Um desejo que se educa, cultiva ou ignora. Um desejo que deixa


saudade quando acaba.”
(Abdo, 2006)
Causas e Tratamento Desejo Sexual Hipoativo
Causas orgânicas: anomalias, doenças agudas e crônicas, hormonais, drogas.
• Tratamento médico e psicológico

Causas Psicológicas:
Educação sexual, religião, violências, medos e crenças (engravidar, IST’s, avaliação,
rejeição), circunstâncias externas (R$, dif. culturais, estresse, perdas, trabalho),
dinâmica do relacionamento (tesão/erótico, brigas, roteiro sexo, abertura ao jogo,
filhos, rotina, segurança e confiança, fantasias e traição), habituação, repreensão
pensar sexo, cultura, insegurança, inabilidade.

• Tratamento psicológico e medicação (avaliar):


Treino e partilha de fantasias, biblioterapia, mente sexual (leituras, áudios, vídeos,
imagens), focagem das sensações, exercícios de Kegel, coito não exigente, lúdico e
criatividade, reestruturação cognitiva, treino assertividade, dinâmica da parceria,
técnicas especificas de terapia sexual.
DSM V - Transtorno do Desejo Sexual Masculino Hipoativo
302.71 (F52.0)
A. Pensamentos ou fantasias sexuais/eróticas e desejo para atividade sexual deficientes (ou
ausentes) de forma persistente ou recorrente. O julgamento da deficiência é feito pelo
clínico, levando em conta fatores que afetam o funcionamento sexual, tais como idade e
contextos gerais e socioculturais da vida do indivíduo.

B. Os sintomas do Critério A persistem por um período mínimo de aproximadamente seis


meses.

C. Os sintomas do Critério A causam sofrimento clinicamente significativo para o indivíduo.

D. A disfunção sexual não é mais bem explicada por um transtorno mental não sexual ou
como consequência de uma perturbação grave do relacionamento ou de outros
estressores importantes e não é atribuível aos efeitos de alguma substância ou
medicamento ou a outra condição médica.
(DSM V, 2013)
Disfunção na Excitação
• Ausência ou redução na excitação/prazer sexual durante a atividade
sexual em quase todos ou em todos (aproximadamente 75% a 100%)
os encontros sexuais (em contextos situacionais identificados ou, se
generalizado, em todos os contextos).

• Ausência ou redução do interesse/excitação sexual em resposta a


quaisquer indicações sexuais ou eróticas, internas ou externas (p. ex.,
escritas, verbais, visuais).

• Mulheres ausência ou redução de sensações genitais ou não genitais


durante a atividade sexual em quase todos ou em todos
(aproximadamente 75 a 100%) os encontros sexuais (em contextos
situacionais identificados ou, se generalizado, em todos os contextos).

Adaptado (DSM V, 2013)


Separar desejo sexual de excitação sexual feminina
(DSM V –Transtorno do Interesse e excitação sexual)
Uma mulher excitada:
Seu corpo geralmente experimenta lubrificação vaginal, dilatação do canal
vaginal, enrijecimento do clitóris, possível retração dos mamilos, algum
inchaço e uma sensação de calor nos genitais. Há também uma sensação de
excitação em sua mente.

Mulheres com distúrbio de excitação sexual, há problemas com o aspecto


físico ou mental da excitação. Às vezes, ambos.

Uma mulher pode sentir-se sexualmente excitada em sua mente, mas seu
corpo pode não passar pelo processo físico para prepará-la para o sexo. Ou o
corpo dela pode responder, mas ela pode não se sentir excitada em sua mente.
Em outros casos, nem o corpo dela nem a mente dela respondem.
DSM V - Transtorno do Interesse/Excitação Sexual Feminino
302.72 (F52.22)
A. Ausência ou redução significativa do interesse ou da excitação sexual, manifestada por pelo menos três dos seguintes:
• Ausência ou redução do interesse pela atividade sexual.
• Ausência ou redução dos pensamentos ou fantasias sexuais/eróticas.
• Nenhuma iniciativa ou iniciativa reduzida de atividade sexual e, geralmente, ausência de receptividade às tentativas de iniciativa
feitas pelo parceiro.
• Ausência ou redução na excitação/prazer sexual durante a atividade sexual em quase todos ou em todos (aproximadamente 75 a
100%) os encontros sexuais (em contextos situacionais identificados ou, se generalizado, em todos os contextos).
• Ausência ou redução do interesse/excitação sexual em resposta a quaisquer indicações sexuais ou eróticas, internas ou externas
(p. ex., escritas, verbais, visuais).
• Ausência ou redução de sensações genitais ou não genitais durante a atividade sexual em quase todos ou em todos
(aproximadamente 75 a 100%) os encontros sexuais (em contextos situacionais identificados ou, se generalizado, em todos os
contextos).
B. Os sintomas do Critério A persistem por um período mínimo de aproximadamente seis meses.
C. Os sintomas do Critério A causam sofrimento clinicamente significativo para a mulher.
D. A disfunção sexual não é mais bem explicada por um transtorno mental não sexual ou como consequência de uma perturbação
grave do relacionamento (p. ex., violência do parceiro) ou de outros estressores importantes e não é atribuível aos efeitos de
alguma substância/medicamento ou a outra condição médica. (DSM V, 2013)
Disfunção Erétil
A incapacidade persistente, total ou parcial, de
iniciar e/ou manter uma ereção suficiente para
efetuar a penetração e a realização do coito até a
ejaculação.
(Cavalcanti, 2019)

Exigências versus constrangimentos:


Quase metade dos homens brasileiros – 45,1% -
estão insatisfeitos com a qualidade de suas
ereções.
(Abdo, 2006)
Causas e Tratamentos Disfunção Erétil
Causas orgânicas: Urológicas (fimose, hipospadias, traumatismos, curvaturas penianas,
prostatite, cistite, infecções), Endócrinas (hormonais -hiper/hipogonadismo, tireoide),
Vasculares (arterial, obstrução, fuga venosa, hipertensão), Neurológicas (neuropatia diabética,
esclerose múltipla, traumas medulares ou vias nervais – prostatectomia radical).

Tratamento: 1º Medicação e Psicoterapia Sexual; 2º Injeções intracavernosa e a vácuo, 3º


Implante (prótese).

Causas psicológicas: Temor de desempenho, próximo ato como teste, medo de falhar,
potência sexual, pornografia, estimulo sexual pobre, repertório e dinâmica sexual, ansiedade,
tensão, dificuldades conjugais, ejaculação precoce inicial, baixa autoestima e insegurança,
parceira castradora, histórico sexual e traumas.

Tratamento psicológico e medicação (avaliar):


Psicoeducação paciente e parceria, treino assertivo, redução ansiedade, estimular apetência
sexual (treino fantasias, mente sexual, estimulação e foco sensações, provocação e coito não
exigente), relaxamento, mindfulness e técnicas específicas de terapia sexual.
DSM V - Transtorno Erétil 302.72 (F52.21)
Disfunção Erétil
A. Pelo menos um dos três sintomas a seguir deve ser vivenciado em quase todas ou em todas as ocasiões
(aproximadamente 75% a 100%) de atividade sexual (em contextos situacionais identificados ou, se
generalizado, em todos os contextos):
• Dificuldade acentuada em obter ereção durante a atividade sexual.
• Dificuldade acentuada em manter uma ereção até o fim da atividade sexual.
• Diminuição acentuada na rigidez erétil.

B. Os sintomas do Critério A persistem por um período mínimo de aproximadamente seis meses.


C. Os sintomas do Critério A causam sofrimento clinicamente significativo.
D. A disfunção sexual não é mais bem explicada por um transtorno mental não sexual ou como
consequência de uma perturbação grave do relacionamento ou de outros estressores importantes e não é
atribuível aos efeitos de alguma substância/medicamento ou a outra condição médica.
(DSM V, 2013)
Disfunção do Orgasmo
Ausência persistente ou recorrente do orgasmo após uma fase normal
de excitação.

Individuo submetido a um estado frequente de excitação e tensão, mas


algum fator físico ou psíquico inibe a descarga (reflexa) total de tensão
(orgasmo), não gerando a sensação de prazer psicofísico e relaxamento.
A tensão por crescer e não descarregar pode gerar dores ou
desconfortos.

Não chegam ao orgasmo, na maioria ou totalidade dos atos sexuais,


26,2% das brasileiras e 4,9% dos brasileiros; As mulheres jovens têm
mais dificuldade de chegar ao orgasmo, enquanto as mais velhas
referem principalmente falta de desejo.
(Abdo,2006)
Causas e Tratamentos para Anorgasmia
Causas Orgânicas: Neuronais (esclerose múltipla amiotrófica lateral, neuropatias
alcoólicas ou diabéticas, lesões medulares ou nervo reflexo), Medicamentosa.

Causas Secundária: disfunção erétil e/ou ejaculação, transtorno do desejo, da


excitação feminina, da dor.

Causa Psicológica: crenças distorcidas, orgasmo clitoriano e vaginal, estimulação,


distração cognitiva, estresse, tensão, cobranças, controle, repreensão, medo
(perder controle, avaliação, corrompendo), religião, traumas.

Tratamento:
Psicoeducação sexual, relaxamento, exercícios Kegel, focagem sensações,
dessensibilização orgasmo e masturbação, técnicas estimulação sexual, técnicas
permissão, recondicionamento parcerias, estimular apetência sexual, mente
erótica (biblioterapia), técnicas especificas de Terapia Sexual .
DSM V - Transtorno do Orgasmo Feminino
302.73 (F52.31)
A. Presença de qualquer um dos sintomas a seguir, vivenciado em quase todas ou em
todas as ocasiões (aproximadamente 75 a 100%) de atividade sexual (em contextos
situacionais identificados ou, se generalizado, em todos os contextos):
• Retardo acentuado, infrequência acentuada ou ausência de orgasmo.
• Intensidade muito reduzida de sensações orgásmicas.

B. Os sintomas do Critério A persistem por um período mínimo de aproximadamente


seis meses.
C. Os sintomas do Critério A causam sofrimento clinicamente significativo no indivíduo.
D. A disfunção sexual não é mais bem explicada por um transtorno mental não sexual ou
como consequência de uma perturbação grave do relacionamento (p. ex., violência do
parceiro) ou de outros estressores importantes e não é atribuível aos efeitos de alguma
substância/medicamento ou a outra condição médica.
(DSM V, 2013)
Distúrbios da Ejaculação
Pode existir orgasmo sem ejaculação e ejaculação sem orgasmo.
Embora venham acompanhados simultaneamente com frequência,
pode haver uma completa dissociação entre os dois fenômenos.
Ejaculação é um fenômeno neuromuscular caracterizado pela
progressão do sêmen e sua expulsão pelo mato uretral.
(Cavalcanti, 2019)

Causas Psicogênicas: Ejaculação Precoce e Bloqueada


Causas Orgânicas: Anejaculação e Ejaculação - reflexa, dolorosa,
astênica, retrógrada.
Ejaculação Precoce
Como as mulheres costumam demorar mais tempo para atingir o
auge da excitação, passaram a exigir do homem maior
continência ejaculatória, culpando-o pelo prazer que não
conseguiram obter. Estabeleceu-se uma verdadeira “tirania do
orgasmo” e o homem passou a introjetar uma responsabilidade
que, a rigor, nem sempre lhe deveria caber. Assim, muitos
indivíduos foram e ainda hoje são considerados como
ejaculadores precoces, quando na verdade, suas parceiras são
anorgásmicas ou necessitam de uma fase de excitação
demasiado longa.
(Cavalcanti, 2019)
Causas e Tratamentos da Ejaculação Precoce
Causas orgânicas: constitucional inata (reflexo ejaculatório precoce/ latência), doenças
ou traumas físicos, farmacológica.

Causas psicológicas: origem psiquiátrica (ansiedade, depressão, bipolar, obsessivo-


compulsivo) dificuldades externas, desajustamento relação sexual, pressão por
desempenho sexual, cobrança por tempo e performance, insegurança, inadequação
conjugal, inabilidade psicossexual, crenças distorcidas, medo de rejeição, satisfação
parceria e atitudes hostilidade mesma.

Tratamento Psicológico e Medicamentoso (avaliar):


Psicoeducação sexual paciente e parceria, treino assertivo, redução ansiedade,
estimular apetência sexual (treino fantasias, mente sexual, estimulação de sensações,
provocação e coito não exigente), relaxamento, mindfulness. Técnicas especificas de
Terapia Sexual (Kegel, Squeeze, Stop-Start, foco sensoriais...)
DSM V - Ejaculação Prematura (Precoce)
302.75 (F52.4)
A. Padrão persistente ou recorrente de ejaculação que ocorre durante a atividade sexual com parceira
dentro de aproximadamente um minuto após a penetração vaginal e antes do momento desejado pelo
indivíduo.
Nota: Embora o diagnóstico de ejaculação prematura (precoce) também possa ser aplicado a indivíduos
envolvidos em atividades sexuais não vaginais, não foram estabelecidos critérios específicos para o
tempo de duração dessas atividades.
B. Os sintomas do Critério A devem estar presentes por pelo menos seis meses e devem ser
experimentados em quase todas ou todas as ocasiões (aproximadamente 75 a 100%) de atividade sexual
(em contextos situacionais identificados ou, caso generalizada, em todos os contextos).
C. Os sintomas do Critério A causam sofrimento clinicamente significativo para o indivíduo.
D. A disfunção sexual não é mais bem explicada por um transtorno mental não sexual ou como
consequência de uma perturbação grave do relacionamento ou de outros estressores importantes e não
é atribuível aos efeitos de alguma substância ou medicamento ou a outra condição médica.
(DSM V, 2013)
Ejaculação Bloqueada/Retardada

Incompetência ejaculatória ou ejaculação


inibida. Se produz de forma muito demorada,
podendo chegar a ponto de cansar, desistir, ou
gerar fissuras.

O paciente inibe a ejaculação dentro da vagina


ou ânus. Ocorre normalmente em práticas
masturbatória.
Causas e Tratamentos Ejaculação Retardada
Causas orgânicas: Medicamentos, drogas (álcool, maconha, cocaína),
intervenções cirúrgicas comprometem sistema nervoso autônomo
pélvico, amputações e lesões.

Causas psicológicas: egoísmo, fantasias sexuais, performance sexual,


educação sexual castradora, hostilidade ou rejeição parceria,
dificuldade de se entregar afetiva e sexual na relação, crenças
distorcidas(desperdiçar sêmen, engravidar, fragilidade).

Tratamentos:
Psicoeducação, compreensão de crenças, tabus e mitos, focagem nas
sensações, envolvimento com a parceria, técnicas especificas de
Terapia Sexual para desbloqueio ejaculatório e recondicionamento
do orgasmo com a parceria.
DSM V - Ejaculação Retardada/ Bloqueada
302.74 (F52.32)

A. Qualquer um dos seguintes sintomas deve ser vivenciado em quase todas ou em todas as
ocasiões (aproximadamente 75 a 100%) da atividade sexual com parceira (em contextos
situacionais identificados ou, se generalizada, em todos os contextos), sem que o indivíduo
deseje o retardo:
• Retardo acentuado na ejaculação.
• Baixa frequência marcante ou ausência de ejaculação.
B. Os sintomas do Critério A persistem por um período mínimo de aproximadamente seis
meses.
C. Os sintomas do Critério A causam sofrimento clinicamente significativo ao indivíduo.
D. A disfunção sexual não é mais bem explicada por um transtorno mental não sexual ou como
consequência de uma perturbação grave do relacionamento ou de outros estressores
importantes e não é atribuível aos efeitos de alguma substância/medicamento ou a outra
condição médica.
(DSM V, 2013)
Disfunção da Dor
A relação sexual provoca dor a 17,8% das mulheres e
4,5% dos homens.(Abdo, 2006)
Vaginismo
DSM-IV – Transtorno da dor feminino. Dispareunia e
Vaginismo Dispareunia

Vulvodínia
DSM-V – Transtorno da Dor Gênito-pélvica/Penetração
Dor sexual

Vestibulodínia

Síndrome da
Vestibulite Vulvar
• Dificuldade da mulher em permitir a entrada na vagina do
pênis, dedo e/ou qualquer objeto, apesar de esta ser sua
Vaginismo vontade. Existe uma evitação fóbica, intensa contração
involuntária da musculatura pélvica e antecipação da
experiencia de dor.

• Dor em relação ao ato sexual, pode ocorrer durante ou


após a relação sexual. Podem ocorrer tanto em homens
Dispareunia (fimose, Peryone, parafimose, herpes, prostatite, tumores)
como em mulheres( lubrificação, herpes, cistos, vaginite
atrófica) e tendencia para causas orgânicas.

• Dor limitada ao vestíbulo, durante ou após uma pressão.


Vulvodínia Podendo também dor ocorre espontaneamente e
relativamente constante, a pressão pode exacerbar, e
envolver uma área ou múltiplas áreas fora do vestíbulo.
Causas e tratamento Dor-Gênito-pélvica
Causas Orgânicas:
Mucosa vestibular (infecções, traumas, dific. combater inflamações), Musculatura do assoalho
pélvico (reação inflamação, hipersensibilidade musculatura, falha SNC – centros inibição e
excitação).

Causas Psicológicas:
Traumas, mitos, crenças, religião, educação sexual repreensora, cobrança, controladora,
apreensão, tensão, medos(perder controle, dor), ansiedade, hiper vigilância, insegurança,
relacionamento, dinâmica sexual.

Tratamento:
Fisioterapia pélvica (eletroestimulação, biofeedback, exercícios Kegel, massagem pélvica), botos,
laser, cirurgias, medicamentos, relaxamento, autoexploração genital, psicoeducação sexual,
técnicas específicas terapia sexual (focagem sensorial, dilatação vaginal, dessensibilização).
DSM V - Transtorno da Dor Gênito-pélvica/Penetração
302.76 (F52.6)

A. Dificuldades persistentes ou recorrentes, por seis meses ou mais, com um (ou mais) dos seguintes:
• Incapacidade de ter penetração vaginal durante 50% das relações sexuais.
• Dor vulvovaginal ou pélvica intensa durante a relação sexual vaginal ou nas tentativas de
• Penetração, pelo menos 50% das tentativas.
• Medo ou ansiedade intensa de dor vulvovaginal ou pélvica em antecipação a, durante ou como resultado de
penetração vaginal.
• Tensão ou contração acentuada dos músculos do assoalho pélvico durante tentativas de penetração vaginal.
B. Os sintomas do Critério A persistem por um período mínimo de aproximadamente seis meses.
C. Os sintomas do Critério A causam sofrimento clinicamente significativo para a mulher.
D. A disfunção sexual não é mais bem explicada por um transtorno mental não sexual ou como consequência
de uma perturbação grave do relacionamento (p. ex., violência do parceiro) ou de outros estressores
importantes e não é atribuível aos efeitos de alguma substância ou medicamento ou a outra condição médica.
(DSM V, 2013)

Você também pode gostar