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TRANSTORNOS DE

SINTOMAS SOMÁTICOS

Profa. Andreza Gava


TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS

 Constituem uma
nova categoria no
DSM-5.
DSM IV vs DSM-5
 O termo transtornos somatoformes era
confuso e foi substituído por transtorno de
sintomas somáticos e transtornos relacionados.

 Havia grande sobreposição entre os


transtornos somatoformes e falta de clareza
acerca das fronteiras dos diagnósticos.
Médicos não psiquiatras consideravam os
diagnósticos somatoformes difíceis de
entender e usar.
DSM IV vs DSM-5

 A classificação atual reduziu o número total


de transtornos, bem como suas
subcategorias.
DSM IV vs DSM-5

 Os critérios anteriores superenfatizavam o


papel central de sintomas clinicamente
inexplicados. Os indivíduos consideravam
esses diagnósticos como pejorativos e
degradantes, como se sugerissem que seus
sintomas físicos não fossem “reais”.
DSM IV vs DSM-5

 Mas transtornos de sintomas somáticos também


podem acompanhar doenças médicas
diagnosticadas. Ademais, a presença de um
diagnóstico médico não exclui a
possibilidade de um transtorno mental
comórbido.
DSM IV vs DSM-5
Diagnóstico anterior de hipocondria:

 Aproximadamente 75% dessas pessoas estão


inclusas no diagnóstico de transtorno de sintomas
somáticos.
 Entretanto, cerca de 25% apresentam um alto

nível de ansiedade relacionado à saúde na


ausência de sintomas somáticos. O diagnóstico de
transtorno de ansiedade de doença encaixa-se
neste grupo.
DSM IV vs DSM-5
Diagnóstico anterior de hipocondria:

 Aproximadamente 75% dessas pessoas estão


inclusas no diagnóstico de transtorno de sintomas
somáticos.
 Entretanto, cerca de 25% apresentam um alto

nível de ansiedade relacionado à saúde na


ausência de sintomas somáticos. O diagnóstico de
transtorno de ansiedade de doença encaixa-se
neste grupo.
DSM-5
Este capítulo inclui os diagnósticos de:
 Transtorno de sintomas somáticos;

 Transtorno de ansiedade de doença;

 Transtorno conversivo (transtorno de sintomas neurológicos

funcionais);
 Fatores psicológicos que afetam outras condições médicas;

 Transtorno factício;

 Outro transtorno de sintomas somáticos e transtorno


relacionado especificado e;
 Transtorno de sintomas somáticos e transtorno relacionado
não especificados.
DSM-5

Todos os transtornos neste capítulo:

 compartilham de um aspecto comum: a


proeminência de sintomas somáticos associados
a sofrimento e prejuízo significativos.

 são caracterizados pelo foco predominante em


preocupações somáticas e por sua
apresentação inicial sobretudo em contextos
médicos em vez de nos de saúde mental.
DSM-5

Indivíduos com transtornos com sintomas somáticos


proeminentes costumam:

 ser encontrados em contextos de atendimento


primário (consultas e exames periódicos) e outros
contextos médicos.

 porém, menos comumente em contextos


psiquiátricos e em outros de saúde mental.
DSM-5

 Esses diagnósticos reconceitualizados,


baseados em uma reorganização dos
diagnósticos de transtorno somatoforme do
DSM-IV, são mais úteis para profissionais de
atendimento primário e outros médicos
clínicos (não psiquiatras).
DSM-5
Fatores que podem contribuir para esse diagnóstico:
 vulnerabilidade genética e biológica (p. ex., maior

sensibilidade à dor);
 experiências traumáticas precoces (p. ex., violência,
abuso, privação) e;
 aprendizagem (p. ex., atenção obtida por causa da
doença, ausência de reforço de expressões não
somáticas de sofrimento), bem como normas
culturais/sociais que desvalorizam e estigmatizam o
sofrimento psicológico em comparação com o
sofrimento físico.
DSM-5

 Em casos raros, o grau de preocupação pode


ser tão grave a ponto de merecer a
consideração de um diagnóstico de transtorno
delirante.
Transtorno de Sintomas Somáticos
(TSS)
TSS- DSM 5

 É o principal diagnóstico nessa classe


diagnóstica, e enfatiza o diagnóstico feito com
base em sinais e sintomas positivos (sintomas
somáticos perturbadores associados a
pensamentos, sentimentos e
comportamentos anormais em resposta a
esses sintomas) em vez da ausência de uma
explicação médica para sintomas somáticos.
TSS- Prevalência

 Na população adulta em geral pode ser em


torno de 5 a 7%.

 Pessoas do sexo feminino tendem a relatar


mais sintomas somáticos do que as do sexo
masculino e, por conseguinte, é provável que a
prevalência desse transtorno seja maior nelas.
TSS- Fatores de Risco
 Temperamentais: O traço de personalidade
afetividade negativa (neuroticismo= tendência emoções negativas)
foi identificado como um fator correlacionado/de risco
independente para muitos sintomas somáticos.
Ansiedade ou depressão comórbida é um aspecto
comum e pode exacerbar os sintomas e a incapacidade.

 Ambientais: é mais frequente em indivíduos com poucos


anos de instrução e baixo nível socioeconômico e nos
que tenham sofrido recentemente eventos estressantes
na vida.
TSS- Prognóstico

 Associados a aspectos demográficos (sexo


feminino, idade mais avançada, menos anos de
instrução, baixo nível socioeconômico,
desemprego), história relatada de abuso sexual
ou outra adversidade na infância, transtorno
psiquiátrico concomitante (depressão (distimia),
ansiedade (pânico)) e fatores sociais
reforçadores como benefícios obtidos com a
doença.
TSS- Prognóstico

 Fatores cognitivos que afetam o curso clínico


incluem sensibilidade à dor, atenção elevada a
sensações corporais e atribuição de sintomas
corporais a uma possível doença médica em vez
de reconhecê-los como um fenômeno normal ou
estresse psicológico.
TSS- Comorbidade

Está associado a taxas elevadas com:

 doenças médicas;
 transtornos de ansiedade;

 transtornos depressivos.
Transtorno de Ansiedade de Doença
(TAD)
TAD- Prevalência

 Baseiam-se em estimativas do diagnóstico de


hipocondria do DSM-III e do DSM-IV.
 A prevalência em 1 a 2 anos de ansiedade acerca da
saúde e/ou convicção de doença em levantamentos em
comunidades e amostras populacionais vai de 1,3 a
10%.
 Em populações médicas ambulatoriais, as taxas de
prevalência em 6 meses/1 ano ficam entre 3 e 8%.
 A prevalência do transtorno é semelhante em ambos
os sexos.
TAD- Fatores de Risco
Ambientais:
Pode, às vezes, ser precipitado por:
 um estresse de vida importante;

 uma ameaça grave, porém benigna, à saúde do


indivíduo;
Ou:
 história de abuso infantil;

 uma doença grave na infância;

Pode predispor ao desenvolvimento do transtorno na


idade adulta.
TAD- Consequências Funcionais

 Perdas importantes no funcionamento físico e


na qualidade de vida relacionada à saúde.

 As preocupações com a saúde com frequência


interferem nas relações interpessoais,
perturbam a vida familiar e comprometem o
desempenho profissional.
TAD- Comorbidade

 A hipocondria coexiste com transtornos de


ansiedade (particularmente transtorno de
ansiedade generalizada (TAG), transtorno de
pânico (TP) e TOC) e transtornos depressivos.

 Pessoas com esse transtorno podem ter risco


elevado de sofrer transtorno de sintomas
somáticos e transtornos da personalidade.
Transtorno Conversivo
(TC)
DSM-5

 No transtorno conversivo, o aspecto essencial


são os sintomas neurológicos considerados,
depois de uma avaliação neurológica
apropriada, incompatíveis com uma
fisiopatologia neurológica.
TC- Prevalência

 Sintomas conversivos transitórios são


comuns.
 O diagnóstico geralmente requer avaliação
em serviços de saúde de nível secundário,
onde o transtorno é encontrado em cerca de
5% dos encaminhamentos a ambulatórios
de neurologia.
TC- Fatores de Risco
 Temperamentais: traços de personalidade
mal-adaptativa.
 Ambientais: pode haver história de abuso e
negligência na infância; eventos estressantes de
vida estão com frequência presentes.
 Genéticos e fisiológicos: A presença de

doença neurológica que cause sintomas


similares é um fator de risco (p. ex., convulsões
não epiléticas são mais comuns em pacientes
que também têm epilepsia).
TC- Prognóstico

 A duração breve dos sintomas e a aceitação


do diagnóstico são fatores positivos.

 Traços de personalidade mal-adaptativa, a


presença de doença física comórbida e a
obtenção de benefícios com a incapacidade
podem ser fatores negativos.
TC- Questões Diagnósticas Relativas ao Gênero

 O transtorno conversivo é 2 a 3 vezes mais


comum em pessoas do sexo feminino.
TC- Comorbidade

Costumam coexistir com transtorno conversivo:

 Transtornos de ansiedade (Transtorno de


Pânico) e transtornos depressivos;
 Transtorno de sintomas somáticos;

 Transtornos da personalidade;

 Condições neurológicas e outras condições

médicas.
Fatores psicológicos que afetam outras
condições médicas (FPOCM)
DSM-5
 Fatores psicológicos que afetam outras
condições médicas também está incluso neste
capítulo.

 Seu aspecto essencial é a presença de um ou


mais fatores psicológicos ou comportamentais
clinicamente significativos que afetam de
maneira adversa uma condição médica ao
aumentar o risco de sofrimento, morte ou
incapacidade.
FPOCM- Prevalência

 A prevalência não é clara.


 De acordo com dados de faturamento de
seguro privado dos Estados Unidos, trata-se de
um diagnóstico mais comum do que de
transtornos de sintomas somáticos.
Transtorno Factício (TF)
TF- Prevalência

 Entre pacientes em ambientes hospitalares,


estima-se que cerca de 1% dos indivíduos
tenham apresentações que satisfazem os
critérios desse transtorno.
Casos DSM-5

Casos:
 9.1-9.6

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