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É caracterizado por altos níveis de ansiedade e preocupação persistente com sinais e sintomas
somáticos que são mal interpretados como característicos de um transtorno clínico conhecido.
Este transtorno também é chamado de hipocondria.
Essa categoria é para problemas psicológicos que afetam de forma negativa uma condição
clínica, aumentando o risco de um desfecho adverso.
Transtorno factício.
Essa categoria é para transtornos que não são classificados nos descritos anteriormente. Um
deles é a pseudociese, na qual uma mulher (ou um homem em casos raros) acredita que esteja
grávida.
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seis meses ou mais de uma preocupação geral e não delirante com temores de ter, ou a ideia
de que tem, uma doença grave com base na falsa interpretação de sintomas corporais.
Homens = mulheres
+ frequente em pessoas entre 20 e 30 anos. raro após os 50 anos
+ negros
ocorrem em cerca de 3% dos estudantes de medicina, em geral nos primeiros 2 anos,
mas costumam ser transitórias.
ETIOLOGIA
As pessoas com esse transtorno aumentam e amplificam suas sensações somáticas e têm
baixos limiares e baixa tolerância ao desconforto físico. Por exemplo, o que as pessoas
normalmente percebem como pressão abdominal, aquelas com transtorno de sintomas
somáticos experimentam como dor abdominal. Elas se concentram nas sensações corporais,
interpretam-nas de forma errônea e ficam alarmadas com elas devido a um esquema cognitivo
defeituoso.
Esse transtorno é ententido como um modelo de aprendizagem social, o paciente usa O papel
de doente como um escape para evitar obrigações desagradáveis, adiar desafios indesejados e
ser dispensada dos deveres e das obrigações habituais.
Esse transtorno também é visto como uma defesa contra a culpa, um sentimento de maldade
inata, uma expressão da baixa autoestima e um sinal de egocentrismo excessivo. Assim, a dor
e o sofrimento somáticos significam redenção e expiação (desfazer) e podem ser
experimentados como uma punição merecida por transgressões passadas (reais ou
imaginárias) e por um sentimento de maldade e pecaminosidade da pessoa.
DIAGNÓSTICO
preocupação com a falsa crença de que têm uma doença grave, com base em sua falsa
interpretação de sinais ou sensações físicos por pelo menos 6 meses.
Estados que duram menos de seis meses são diagnosticados no DSM-5 como “Outros
transtornos de sintomas somáticos especificados e relacionados” podem ocorrer
manifestações transitórias após estresses importantes, com mais frequência morte ou
doença grave de alguém importante para o paciente ou doença grave (talvez com risco
de morte) que foi resolvida, mas que o deixa temporariamente afetado logo em
seguida
ausência de achados patológicos em exames médicos e neurológicos.
a crença não tenha a intensidade de um delírio e não esteja restrita a um sofrimento
em relação à aparência.
Os sintomas devem causar sofrimento emocional ou prejuízo na capacidade do
indivíduo de funcionamento em áreas importantes da vida
os pacientes não reconhecem de forma consistente que suas preocupações com a
doença sejam excessivas
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
acreditam que têm uma doença grave ainda não detectada, e não é possível serem
persuadidos do contrário. Eles mantêm uma crença de que têm uma doença em particular ou,
à medida que o tempo avança, podem transferir sua crença para outra doença.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
condições médicas não psiquiátricas, sobretudo aquelas que apresentam sintomas não
necessariamente diagnosticados com facilidade: aids, endocrinopatias, miastenia grave,
esclerose múltipla, doenças degenerativas do sistema nervoso, lúpus e distúrbios neoplásicos
ocultos
transtorno dismórfico corporal desejam parecer normais, mas acreditam que os outros notem
que não são
transtorno de pânico podem se queixar de estarem afetados por uma doença (p. ex.,
problemas cardíacos)
CURSO E PROGNÓSTICO
O curso do transtorno é, em geral, episódico; os episódios duram de meses a anos e são
separados por períodos de repouso igualmente longos. Pode haver uma associação óbvia
entre exacerbações dos sintomas somáticos e os estressores psicossociais
TRATAMENTO
Psicoterapia em grupo-oferece suporte e interação sociais que parecem reduzir sua ansiedade
condições caracterizadas por um ou mais sintomas físicos inexplicáveis com pelo menos seis
meses de duração, os quais estão abaixo do limiar para um diagnóstico de transtorno de
sintomas somáticos. Os sintomas não são causados ou completamente explicados por outra
condição clínica, psiquiátrica ou relacionada ao uso de substância e causam sofrimento
significativo ou incapacidade.
Dois tipos de padrões sintomáticos podem ser vistos em pacientes com outro transtorno de
sintomas somáticos especificado ou não especificado: aqueles que têm relação com o sistema
nervoso autônomo e os que envolvem sensações de fadiga ou fraqueza. No que por vezes é
referido como transtorno de excitação autonômica, alguns indivíduos são afetados com
sintomas que estão limitados às funções corporais inervadas pelo sistema nervoso autônomo.
Esses pacientes têm queixas relativas aos sistemas cardiovascular, respiratório, gastrintestinal,
urogenital e dermatológico. Outras pessoas reclamam de fadiga mental e física, fraqueza física
e exaustão e incapacidade de realizar muitas atividades rotineiras devido a seus sintomas s.
Alguns clínicos acreditam que essa síndrome seja a neurastenia, um diagnóstico usado
principalmente na Europa e na Ásia. A síndrome pode se sobrepor à síndrome da fadiga
crônica; vários relatos de pesquisa levantaram a hipótese de que esta última envolva fatores
psiquiátricos, virológicos e imunológicos. (Veja o Cap. 14, que discute a síndrome da fadiga
crônica em profundidade.) Outras condições inclusas nessa categoria não especificada de
transtorno de sintomas somáticos são pseudociese (discutida no Cap. 27) e condições que não
satisfazem o critério de seis meses para outros transtornos de sintomas somáticos.
https://afya.zoom.us/rec/play/
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EPIDEMIOLOGIA
prevalência desse transtorno é desconhecida
até 15% das pessoas na população em geral se preocupam com ficar doentes e incapacitadas,
como consequência
É esperado que o transtorno seja diagnosticado com maior frequência em idosos do que em
pessoas mais jovens
ETIOLOGIA
desconhecida.
A natureza das relações do paciente com outras pessoas significativas em sua vida também
pode ser relevante. Um pai que morreu por uma doença específica, por exemplo, pode ser o
estímulo para o medo de desenvolver essa doença na descendência daquele pai. O tipo de
medo também pode ser simbólico de conflitos inconscientes que estão refletidos no tipo de
doença que amedronta a pessoa ou no sistema orgânico escolhido (p. ex., coração, rins).
DIAGNÓSTICO
preocupações dos pacientes com a falsa crença de que têm ou irão desenvolver uma
doença grave e a existência de poucos sinais ou sintomas físicos, ou de nenhum
deve durar pelo menos seis meses, e não existem achados patológicos nos exames
médicos ou neurológicos.
A crença não pode ter a intensidade de um delírio e não pode ser um sofrimento com
a aparência.
A ansiedade acerca da doença deve ser incapacitante e causar sofrimento emocional
ou prejuízo na capacidade de funcionamento do indivíduo em áreas importantes da
vida.
Algumas pessoas com o transtorno podem consultar médicos(maioria) enquanto
outras podem não procurá-los.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
acreditam que têm uma doença grave que ainda não foi diagnosticada e não podem ser
persuadidos do contrário.
Suas convicções persistem apesar dos resultados laboratoriais negativos, do curso benigno da
doença alegada e da devida tranquilização por parte dos médicos.
A preocupação com a doença interfere em sua interação com a família, amigos e colegas de
trabalho. Frequentemente, são viciados em realizar pesquisas na internet sobre sua doença
temida, inferindo o pior das informações (ou desinformações) que lá encontram.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
condições clínicas
Pacientes com transtorno de pânico podem, a princípio, se queixar de que estão afetados por
uma doença (p. ex., problemas cardíacos),
obsessivo-compulsivo
CURSO E PROGNÓSTICO
os episódios duram desde meses até anos e são separados por períodos de repouso
igualmente longos.
TRATAMENTO
Psicoterapia de grupo
farmacoterapia pode ser útil no alívio da ansiedade gerada pelo medo que o paciente tem de
doença
é uma doença de sintomas ou déficits que afetam funções motoras ou sensoriais voluntárias,
sugerindo outra condição clínica, mas que aparenta ser causada por fatores psicológicos, pois
é precedida por conflitos ou outros estressores.
EPIDEMIOLOGIA
e 11 em 100 mil a 300 em 100 mil em amostras da população em geral.
homens e mulheres entre os pacientes adultos é de pelo menos 2 para 1 até 10 para 1; entre
as crianças, é vista uma predominância ainda maior em meninas
COMORBIDADE
Frequentemente ocorrem distúrbios clínicos e, sobretudo, neurológicos entre pacientes com
transtornos conversivos. O que costuma ser visto nessas condições neurológicas ou clínicas
comórbidas é uma elaboração dos sintomas provenientes da lesão orgânica original.
Transtornos depressivos, de ansiedade e de sintomas somáticos são especialmente observados
por sua associação com o transtorno conversivo.
um quarto até metade têm um transtorno do humor clinicamente significativo ou
esquizofrenia.
ETIOLOGIA
Fatores psicanalíticos
O conflito acontece entre um impulso instintivo (p. ex., agressão ou sexualidade) e a proibição
de sua expressão. Com os sintomas os pacientes podem evitar o confronto consciente com
seus impulsos inaceitáveis;
sintoma do transtorno conversivo tem uma relação simbólica com o conflito inconsciente – por
exemplo, vaginismo protege a paciente de expressar desejos sexuais inaceitáveis.
Os sintomas podem funcionar como um meio não verbal de controlar ou manipular os outros.
Teoria da aprendizagem
Fatores biológicos
Os sintomas podem ser causados por uma excitação cortical excessiva que desencadeia
circuitos de retorno negativo entre o córtex cerebral e a formação reticular do tronco
encefálico. Por sua vez, níveis elevados de débito corticofugal inibem a consciência do paciente
da sensação corporal, o que pode explicar os déficits sensoriais observados em alguns
indivíduos afetados. Testes neuropsicológicos, algumas vezes, revelam prejuízos sutis na
comunicação verbal, na memória, na vigilância e na atenção, bem como incongruência afetiva
nesses pacientes.
DIAGNÓSTICO
Avaliação clínica e neurológica em todos os casos
sintomas que afetam uma função motora ou sensorial voluntária, isto é, sintomas neurológicos
sem explicação com base em uma condição neurológica conhecida
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Paralisia, cegueira e mutismo são os sintomas mais comuns
Sintomas sensoriais
anestesia e parestesia são comuns, especialmente das extremidades
envolvem os órgãos dos sentidos e podem produzir surdez, cegueira e visão de túnel. Esses
sintomas podem ser unilaterais ou bilaterais, mas a avaliação neurológica revela caminhos
sensoriais intactos. Na cegueira do transtorno conversivo, por exemplo, os pacientes circulam
sem colidir ou se machucar, suas pupilas reagem à luz, e seus potenciais corticais evocados são
normais
Sintomas motores
movimentos anormais, distúrbio da marcha, fraqueza e paralisia.
Os pacientes com os sintomas raramente caem; se isso ocorre, em geral não se machucam.
Outros distúrbios motores comuns são paralisia e paresia envolvendo um, dois ou os quatro
membros, embora a distribuição dos músculos afetados não se conforme aos caminhos
neurais.
Sintomas convulsivos
Pseudoconvulsão. aproximadamente um terço das pseudoconvulsões também tem um
transtorno epiléptico coexistente. Morder a língua, incontinência urinária e lesões após uma
queda podem ocorrer em pseudoconvulsões, embora esses sintomas em geral não estejam
presentes. O reflexo pupilar e de mordedura é mantido após uma pseudoconvulsão, e os
pacientes não têm aumento pós-convulsão nas concentrações de prolactina.
Ganho primário. manter os conflitos internos fora de sua consciência. Os sintomas têm valor
simbólico; representam um conflito psicológico inconsciente.
Ganho secundário. vantagens e benefícios como resultado de estarem doentes; ex: ser
dispensado de obrigações e situações
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
condição clínica
Distúrbios neurológicos (p. ex., demência e outras doenças degenerativas), tumores cerebrais
e doença dos gânglios da base
Transtorno factício:
CURSO E PROGNÓSTICO
O surgimento do transtorno conversivo costuma ser agudo, mas a sintomatologia também
pode ir se manifestando em um crescendo.
Os sintomas ou déficits são, em geral, de curta duração, e cerca de 95% dos casos agudos têm
remissão espontânea, geralmente em duas semanas em pacientes hospitalizados.
Se os sintomas estão presentes há seis meses ou mais, o prognóstico para sua resolução é
menos do que 50% e vai diminuindo conforme o tempo que estiverem presentes. Ocorre
recorrência em um quinto a um quarto das pessoas no espaço de um ano do episódio. Assim,
um episódio é um preditor de episódios futuros. É esperado bom prognóstico se houver início
agudo, presença de estressores claramente identificáveis na época do início, intervalo curto
entre o início e a instituição do tratamento e inteligência acima da média. Paralisia, afonia e
cegueira estão associadas a bom prognóstico, enquanto tremor e convulsões são fatores para
mau prognóstico
TRATAMENTO
A resolução do sintoma do transtorno conversivo é, em geral, espontânea, embora
provavelmente seja facilitada por terapia de apoio orientada para o insight ou terapia
comportamental
psicanálise e psicoterapia
4. Transtorno factício
Pacientes com transtorno factício simulam, induzem ou agravam a doença para receber
atenção médica, independentemente de estarem ou não doentes
podem infligir lesões dolorosas, deformantes ou até mesmo com perigo de morte a si mesmos,
a seus filhos ou a outros dependentes.
EPIDEMIOLOGIA
mulheres, que superam os homens em uma proporção de 3 para 1. Elas, em geral, têm entre
20 e 40 anos, com uma história de emprego ou educação em ocupações de enfermagem ou de
assistência à saúde. Os transtornos factícios físicos costumam começar em pacientes na
década dos 20 ou 30 anos, embora a literatura contenha casos que variam de 4 a 79 anos
COMORBIDADE
Muitas pessoas diagnosticadas com transtorno factício têm diagnósticos psiquiátricos
comórbidos (p. ex., transtornos do humor, da personalidade ou relacionados ao uso de
substâncias.)
ETIOLOGIA
Fatores psicossociais
A reprodução de uma doença genuína, portanto, é usada para recriar o vínculo positivo
desejado entre pais e filho. O
Fatores biológicos
Alguns pesquisadores propuseram que uma disfunção cerebral possa ser um fator nos
transtornos factícios
São inúmeras as apresentações clínicas, que incluem hematomas, hemoptise, dor abdominal,
febre, hipoglicemia, síndromes semelhantes a lúpus, náusea, vômitos, vertigem e convulsões.
A urina é contaminada com sangue ou fezes; são tomados anticoagulantes para estimular
distúrbios hemorrágicos; é usada insulina para produzir hipoglicemia; e assim por diante. Tais
pessoas com frequência insistem em cirurgia e alegam aderências devido a procedimentos
cirúrgicos prévios. Eles podem adquirir um abdome em “grelha” ou semelhante a uma tábua
de lavar em consequência de inúmeros procedimentos. São comuns queixas de dor, sobretudo
simulando cólica renal, com os pacientes querendo receber narcótico
Ex: mãe que engana a equipe médica fazendo-os acreditar que seu filho está doente
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Transtornos conversivos
As que apresentam transtorno conversivo em geral não são familiarizadas com a terminologia
médica e as rotinas hospitalares, e seus sintomas têm uma relação temporal direta com
conflitos emocionais específicos ou fazem uma referência simbólica a eles.
Transtornos da personalidade
Esquizofrenia
Simulação
Abuso de substância
pacientes com transtornos factícios devem ser considerados não apenas abusadores de
substância, mas com diagnósticos coexistentes.
CURSO E PROGNÓSTICO
TRATAMENTO
Os ISRSs podem ser úteis na redução do comportamento impulsivo quando este é um
componente maior na atuação do comportamento factício.
Transtorno doloroso
Transtorno doloroso
caracterizado pela presença de, e o foco na, dor em uma ou mais partes do corpo e é
suficientemente grave para receber atenção clínica. Fatores psicológicos são necessários na
gênese, gravidade ou manutenção da dor, que causa sofrimento significativo, prejuízos ou
ambos
A dor crônica parece estar mais frequentemente relacionada a transtornos depressivos, e a
dor aguda, aos de ansiedade
Transtornos depressivos, dependência de álcool e dor crônica podem ser mais comuns em
parentes de indivíduos com transtorno doloroso crônico. Indivíduos cuja dor esteja associada a
depressão grave e aqueles cuja dor esteja relacionada a uma doença terminal, como câncer,
estão em risco aumentado de suicídio
ETIOLOGIA
Fatores psicodinâmicos
Pessoas que têm dores no corpo e dores sem causas físicas identificáveis e adequadas podem
estar expressando simbolicamente um conflito intrapsíquico por meio do corpo. Os que
sofrem de alexitimia, que não conseguem articular em palavras seus estados emocionais
internos, expressam seus sentimentos com o corpo
A dor pode funcionar como um método para obtenção de amor, uma punição por delitos e
uma forma de expiar a culpa e um sentimento inato de maldade
Fatores comportamentais
Fatores interpessoais
Dor intratável foi conceitualizada como um meio de manipulação e obtenção de vantagem nas
relações interpessoais, como, por exemplo, assegurar a dedicação de um membro da família
ou estabilizar um casamento frágil. Esse ganho secundário é mais importante para pacientes
com transtorno doloroso.
Fatores biológicos
O córtex cerebral pode inibir o disparo das fibras dolorosas aferentes. A serotonina é
provavelmente o principal neurotransmissor nos caminhos inibitórios descendentes, e as
endorfinas também desempenham um papel na modulação da dor pelo sistema nervoso
central. A deficiência de endorfina parece se correlacionar com o aumento na entrada de
estímulos sensoriais. Alguns indivíduos têm transtorno doloroso, em vez de outro transtorno
mental, devido às anormalidades estruturais ou químicas sensoriais e límbicas que os
predispõem a experimentar dor
hipocondria, como preocupação com o corpo e convicção de doença, também podem estar
presentes naqueles com transtorno doloroso. Indivíduos com hipocondria têm tendência a
exibir mais sintomas do que os que apresentam transtorno doloroso, e seus sintomas tendem
a flutuar mais do que nos pacientes com transtorno doloroso. O transtorno conversivo
costuma ser de curta duração, enquanto o doloroso é crônico. Além disso, dor não é, por
definição, um sintoma no transtorno conversivo. Pacientes simuladores fornecem falsos
relatos de forma consciente, e suas queixas costumam estar conectadas a objetivos
claramente reconhecíveis.
CURSO E PROGNÓSTICO A dor no transtorno doloroso costuma se iniciar de repente e
aumentar em gravidade durante algumas semanas ou alguns meses. O prognóstico varia,
embora o transtorno doloroso possa, com frequência, ser crônico, penoso e completamente
incapacitante. Transtornos dolorosos agudos têm um prognóstico mais favorável do que os
crônicos. Uma ampla gama de variabilidade é vista no início e no curso do transtorno doloroso
crônico. Em muitos casos, a dor já está presente há anos no momento em que o indivíduo
chega ao consultório médico, devido à relutância do paciente e à tendência dos médicos a ver
a dor como um transtorno psiquiátrico. Pessoas com transtorno doloroso que retomam a
participação em atividades regularmente programadas, apesar da dor, têm um prognóstico
mais favorável do que aquelas que permitem a transformação da dor no fator determinante de
seu estilo de vida.
TRATAMENTO
Farmacoterapia
Psicoterapia
Outras terapias
O biofeedback pode ser útil no tratamento do transtorno doloroso, em particular com dor de
enxaqueca, dor miofascial e estados de tensão muscular, como dores de cabeça tensionais.
Hipnose, estimulação nervosa transcutânea e estimulação da coluna dorsal também já foram
usadas. Bloqueios nervosos e procedimentos cirúrgicos ablativos são eficazes para alguns
pacientes com transtorno doloroso, mas esses procedimentos precisam ser repetidos, porque
a dor retorna depois de 6 a 18 meses