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PSICOPATOLOGIA 01
Neuroses – Depressões –
Ansiedades
Prof. Jesiel Gomes
Psicanalista
Nós não lidamos diretamente com o mundo externo, mesmo que o corpo estiver
trazendo o estímulo, a pulsão vai traduzi-los, por este motivo, cada um reage de maneira
singular frente o pulsional ex. (sono criança, depressão, TPM, adolescência, velhice,
paisagem, beleza) (ligar a uma representação)
Além do Princípio do Prazer
Principio do prazer, problemas clínicos, como explicar a busca do sofrimento, da dor,
busca que elevam os estímulos do aparelho psíquico; (masoq., superego, melancolia);
Texto Além do Princípio do Prazer (1920): O organismo não quer irritação ele quer a
quietude de onde saiu, o inorgânico (morte), a pulsão eleva a tensão na busca por uma
satisfação (punição, compras), agindo como uma força constante buscando zerar a tensão
no sofrimento ou destruição; (relógio) (satisfação/prazer)
Como nos comportamos diante da Lei da castração irá definir nossa estrutura clínica;
Neurose (Obsessiva, Fóbica, Histérica) ou Psicose e Perversão; (modo de ser)
Na infância todos passam por neuroses mas conforme vai crescendo é normal que elas
não tenham mais efeito devido a maturação adulta, mas muitos permanecem com os traços;
Neurose de Angústia/Ansiedade
Angst em alemão (temer/medo, pânico, ansiedade, angústia em português);
Habitualmente, os psicanalistas empregam os termos “angústia” e “ansiedade”
de forma indistinta, porém creio que cabe alguma distinção.
O termo ansiedade tem relação com “ânsia”, isto é, uma apreensão exagerada
em relação ao futuro a angústia é um sofrimento relacionado ao presente;
Sintomas da ansiedade: Descarga de adrenalina provocando irritabilidade,
palpitação, tensão, falta de ar, diarreia, pensamento de antecipar ameaça ou
perigos futuros, impulsiona a agir, fugir, fazer algo; (falar em publico, perder o
emprego, “e se não der conta”, provas, encontro) (aparece objeto)
Ansiedade realística: (medo de perder o emprego, passar rua escura ser
abusada) perigo real; Ansiedade neurótica: (rua cheia ao meio dia e ser abusada,
medo de elevador, falar em público, dirigir) este medo que esconde alguma coisa;
A ansiedade é progressiva até chegar a TAG; (min, dias, meses) (filme de terror)
Neurose de Angústia
Angústia deriva do latim angor, que quer dizer “angustura”, estreitamento,
apertamento;
Sintomas da angústia: aperto no peito, dor, pressão, pensamento de não saber o
que fazer, paralisação, encolhimento, as vezes focado no passado, coisas ruins;
O termo “neurose de angústia” consiste em um transtorno clínico que se
manifesta sob uma forma permanente, ou em momentos de crise; (anormal)
; Na angústia há uma característica de indeterminação, ausência de objeto,
normalmente disparadas mediante algumas situações especificas; (inconscientes)
Alguns sintomas descritos com nomenclaturas como a síndrome do pânico ou a
fobia, (diferenças)
Pânico é a conversão gerados pelos picos de ansiedade ou angústia;
Pânico pode ter ligações, mas não deve ser confundido com fobia:(tem objeto)
Síndrome / Transtorno do pânico
Sintomas: Pensamentos relacionados a morte iminente, doença incurável, descontrole,
vai ficar louco, dor no peito “bola no peito”, taquicardia “ter infarto”, dispneia suspirosa
“sufocamento”, suor (alarme falso, o pânico é uma rajada de adrenalina disparada na hora
errada) súbito de repente (Filme de terror) dura no máximo 30 minutos; (de 0 a 100)
Medo a preocupação que ela volte é um dos motivos de temor;
Por mais assustador que seja, não pode te fazer mal fisicamente: (Estratégia TCC)
Passo 1- Ter um script e treinar como fazer, roteiro dos pensamentos e sensações que
que são passageiros e pelos quais já superou; (diminuir combustível)
Passo 2- Aprender a respirar, treinar antes, falta de oxigênio causa formigamento,
sensação de sair do corpo, desmaio; ( Objetivo: Diminuir a velocidade da respiração)
Passo 3- Movimentar o corpo, andar prestando atenção aos músculos do corpo, aos
passos, olhar e observar o que está olhando, encostar em algo gelado, Obs. Fazer nesta
ordem; (o resultado pode não ser 100% na primeira vez devido a falta de treino)
Inibição, Sintoma e Angústia
Texto marca uma virada na teoria de Freud, até 1923 em o eu e o id ele falava
que o ego era assujeitado um escravo "o eu não é senhor em sua própria casa".
Neste livro ISA, Freud da entender que a pulsão não é tão perigosa assim, ele
inverte a teoria toda isso causa estranheza olha o eu de volta aí; (rejeição ao Inc.)
Freud faz vários adendos em sua teoria para costurar com as descobertas de
Otto Rank sobre o trauma do nascimento, após está publicação vai haver uma
bifurcação na história da psicanálise com Hartmann, Ana Freud e seguidores com o
recuo de Freud diante do poder pulsional do inconsciente;
O que mudou neste texto:
1- Empoderamento do eu; (Eu tem maior força sobre Id)
2- Consequências teóricas para o fortalecimento do eu; (psicologia do ego)
3- A pulsão sexual não é tão perigosa assim; (perigo interno para externo)
Primeira Teoria da Angústia (nosologia)
Textos: Sonhos, Estudo sobre histeria, 03 ensaios, Destinos da Pulsão (1915);
A pulsão é um estimulo interno que se transformou em perigo externo;
(necessidades vitais Id.), o outro me defende das pulsões internas das quais não
tenho condições de defender sozinho (frio, a dor, a fome este outro materno vem
me acolher) Édipo, então a angústia vem das Pulsões;
A angústia é causada pelo recalcamento, ele desfaz o trabalho que o aparelho
psíquico organizou (ligar pulsão a representação) e o afeto que estava ligado a
representação sendo desligado regride ao estado de angústia de excitação; (Afeto
desligado é a angústia; (pulsão sem representação) (Desejar a mãe) (hipnose)
Freud nunca abandona a primeira teoria é como se ele sustentasse duas teorias
antagônicas;
Proposta Otto Rank Angústia
A angústia esta ligada ao trauma do nascimento, se tenho problemas
neuróticos é porque não elaborei o trauma; (parto difícil, primeira respiração)
Para Freud nem toda Angustia/Ansiedade está ligada ao trauma de
nascimento, ele admite que partos difíceis excedem a capacidade de
excitação do psiquismo, mas descarta como condições da Neurose; (se fosse
assim todos que tivessem partos difíceis apresentariam doenças neuróticas)
O problema na teoria do Hank é que no nascimento o Eu não pode ser
traumatizado, já que ele ainda não foi constituído, então este registro mnêmico
fica no psiquismo;("Eu morro" verbo inconjugável o Eu não presencia a morte ou
o desmaio); (Constituição do Eu) (Cicatriz, calcificação) (Pag. 9 eu e o id)
Para Freud o que gera Angústia não é o desamparo biológico ele apenas serve
de modelo onde o Eu irá se constituir, O Eu se desenvolve em meio a angústia
por isso o ambiente tem que ser importante para ajudar o Eu; (casos borderline
Cisão do Eu, psicose x neurose sem lesão orgânica)
Segunda Teoria da Angústia (nosologia)
Texto 1926: A angústia é um perigo externo que se transformou em estímulo
interno; Freud: “Atentando para os perigos da realidade o Eu é obrigado a
pôr-se em defesa contra certos impulsos instintuais do Id, a tratá-los como
perigo;” Perigo Antes: (Dormir ou Matar mãe, pai, irmão, “antes da
moralidade”) Perigo Depois: (perda do amor, castração); (ambos são
perigosos) (mal estar c.)
Eu parte do Id modificada pela realidade externa, proteção que o psiquismo
constituiu para se proteger da realidade externa;
Por medo do rompimento desta camada protetora, o Eu resgata a
experiência vivida no nascimento e utiliza como sinal para forçar o
recalcamento, dispara os sinais de angústia, (Dor peito, taquicardia, medo da
morte, enlouquecer) “se você continuar me apresentando estes desejos, você
irá sofrer estás consequências”, os desejos da pulsão seriam bons mas não
conciliáveis com os desejos do eu; (pânico como defesa) conflito pulsional.
Neurose de Abandono / Desamparo
O desamparo que a Psicanálise trabalha é o psíquico (desamparo do eu perante
o pulsional/desejo) não é o desamparo frente ao mundo, natureza, a morte, universo
de onde vim para onde vou;( pó das estrelas)
O desamparo começa nos primeiros choros da criança, que implora pelo outro;
Brincadeira da mãe “esconder o rosto” seria uma forma do bebê ir amadurecendo
elaborando a presença/ausência da mãe sem sentir desespero (ISA pag. 120)
O Eu, que viveu passivamente o trauma, repete ativamente uma reprodução
atenuada, dosada do mesmo, elaboração, para ele “passar de passivo para ativo”,
nos preparando para o futuro; (fort “longe”– dá “perto”) (Relações Objetais)
Nem todos irão se deparar com o desamparo passam por perdas sofrimento mas
superam rápido, (ambiente bom), princípio estoico budista; (homem do barril/status)
Neurose de Abandono / Desamparo
Os pais irão projetar na criança o desamparo de suas próprias fantasias “sem
mim ele vai morrer, na creche vai ser roubado, agredido, precisa ficar perto da
mãe/pai, não larga da minha mão, terá tudo o que eu não tive”, estás fantasias
contribuem para reabrir a passividade originária, os traços mnêmicos, que será
vívido como desamparo, antes não tinha nome agora o Eu criou; (Deus, mãe, pai)
O desamparo representa o perigo que a perda traz consigo, quando perde este
amor, perde um pedaço de si, “porque não me ama, o que não tenho, o que eu fiz,
sem o outro não sou nada, vou morrer, fui abandonado”, busca infinita da
segurança perdida, incapacidade de elaboração que leva a: (dependência
emocional, remédios, perda trás dor luto, preciso me cortar)
O passado precisa ser revisitado em análise para chegar a origem da Angústia;
Neurose de Abandono (Caso 01)
Angústia automática: (biológica) o sujeito experimenta uma situação de
desamparo psíquico, não foi amado (temos evidências, “cisão”), direcionamento
clínico: apoiar o analisando (você pode ser amado, amável) está criança tem que
ser bem acolhida pelo analista, reconhecer o que ele está fazendo, está é a direção
neste caso. Freud: “o analista oferece está condição este ambiente seguro para
que o desejo possa aparecer;” (cn)
Direcionar para o paciente não ficar esperando o amor da mãe ou do pai este
amor pode vir do amigo, do companheiro, do aluno, do professor, padrasto está
vindo ele não precisa depender que venha dos pais;
Auxiliando o Eu, ele adquire poder sobre o Id reprimido (o eu deve advir onde
antes era o Isso) derrubando barreiras que ele mesmo construiu, deixando os
impulsos tomarem seu curso; (está tudo bem odiar, desejar seus pais, em análise
suas fantasias podem aparecer não tem perigo igual quando você era criança)
Neurose de Abandono (Caso 02)
Angústia como sinal: (psicológica) da perspectiva do sujeito, este teve
amor, mas sente como se não tivesse tido, (ambos aconteceram), neste caso é
mais complexo é o “Campo da Neurose”, não elaborou a Neurose infantil, tudo
remete ao fato de não ter sido amada o Eu diante de qualquer ameaça de
desamparo, dispara sinal de angústia; (demanda de amor) (compulsão a
repetição)
O objetivo da análise seria desmontar está fantasia que irá se manifestar na
transferência (você não me ama, se esqueceu de mim, tem pacientes mais
interessantes, não gosta de me ouvir, eu sou chato, como é que me aguenta) a
pessoa cobra um amor incondicional tem que amar o tempo todo, acha que
faltou; (A mãe do meu namorado é melhor, minha mãe não me ama suficiente);
(mais irmãos/ mãe trabalha)
Neste caso apontar para ela ver seu narcisismo seu ideal de amor que tem
que ser do jeito que ela quer, neste caso não precisa ajudar ela reconstruir um Eu
que se reconheça como amável, igual ao primeiro caso;
Neurose de Destino
“Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai
chamá-lo de destino.” (Carl Jung) (Deus)
Bem feitor abandonado faz bem pelos ingratos; (causam mau a ele depois)
Termina uma relação e começa outra semelhante “dedo podre” (Traição)
Trabalhos ruins sai de um acha outro igual mudou a atividade; (mesmo chefe)
Se relacionam com narcisistas “no começo ele não era assim”, se depreciar
o tempo todo seria vergonhoso, colocar a culpa no outro das ações de seus
próprios desejos; “Ele falava você é, feia, burra, gorda, cheia de estria”
(novinhas) (Necessidade de auto punição/diferenciar)
(Conselhos/responsabilizar/vitimizar)
Neurose Traumática
Trauma só existe se houver um Eu e se respeitar os 2 tempos, são caracterizados por
eventos intensos: (guerras, acidentes, assaltos, perdas traumáticas) elevando a tensão do
aparelho psíquico a um nível que ele não estava preparado, causando sua desorganização;
(Trauma rompe, rasga a proteção do Eu causando um registro no psiquismo) (cicatriz)
Exemplo 2 tempos: As ameaças sofridas por Hans, de que teria seu “faz-pipi” arrancado
e que primeiramente não causou nenhum medo, mas, só depois, num segundo momento,
nascimento da irmã (ela não tem “faz-pipi”) as ameaças de castração eram reais; (neurose
infantil)
Exemplo 2 tempos: Após assistir um assalto, desenvolveu sintomas de pânico, (não
queria sair na rua), se recordou que enquanto acontecia o assalto escutou de alguém no
ônibus “nessa vida a gente não é ninguém”, depois associa a frase à cena da infância
(assaltante mata vizinho a tiros) ele ficou caído no asfalto e seu pai disse: olha só que
horror, “nessa vida a gente não é ninguém” estava vivo ontem, saiu na rua hoje e morreu;
Esse raciocínio ajuda em não tomarmos a situação traumática relatada como sendo a
única cena, ou até mesmo a cena causadora;
Repetição do Trauma (TSPT)
Após o trauma há uma repetição da vivência desprazerosa que não esta ligado
ao princípio do prazer, são gatilhos que podem trazer de volta memórias do
trauma acompanhadas por intensas reações emocionais e físicas; (Lembranças
repentinas “flashbacks”), Sonhos de angustia “pesadelos”
A repetição se deve ao fato do aparelho psíquico (Eu) não conseguir vincular esta
energia a outras representações, então ele produz sonhos, angustia para poder
preparar o aparelho mental, com o objetivo do sujeito encontrar um caminho para
elaborar, articular a outras representações e produzir um novo significado; (o Eu
repete com menor intensidade como mecanismo de defesa) (fort- da) (Eu resolva)
Pode acontecer que após esta experiencia intensa, aconteça uma doença um
dano físico grave, pois a doença ajuda o Eu a tirar a energia da repetição e se
concentrar na doença; (Libido na dor) (dente, fobia) (prazer desprazer)
Sintoma na medicina e na Psicanálise
A Psicanálise importou o nome sintoma da medicina, mas este não deve ser
confundido a ponto de colocar ambos no mesmo nível; (Ex. dor cabeça, inflamação
garganta, dor de barriga) saber separar isso como doenças pontuais;
O sintoma da Psicanálise não quer dizer que a pulsão irá provocar determinada
doença, mas quer dizer que alguns recalcamentos irão produzir sintomas buscando
no organismo partes já enfraquecidas como destino da energia psíquica; (alergia)
Procurar tratamento médico e se curar não entra em contradição com a teoria da
Psicanálise, o que temos que observar na clínica é quando os pacientes se
apossam do sintoma o sujeito não quer se desvencilhar dele; (diabético, pressão
alta, insônia, inflamação garganta constante, dor de barriga constante ) insistem no
erro; (sou assim é meu) (minha dor)
Sintoma / Inibição
Freud chega a colocar sintoma e Inibição como uma única coisa o que nos
confunde! Então quanto o sintoma incidir sobre as funções do eu (Eu retira uma
parte dele mesmo) podemos chamar de Inibição, quando o sintoma não afeta as
funções do eu podemos chamar só de sintoma em geral; (Fobia/Gastrite)
O Eu tenta adaptar, acolher o sintoma em seu conjunto, as vezes não dá certo,
porque o sintoma colocado para substituir a angústia, passa a exigir mais satisfação
(imperativo) causando um desprazer no Eu, sendo insustentável manter este
sintoma o Eu substituí por outro e isso pode ser mortífero; (pessoas que vivem
doentes, psíquicas ou orgânicas)
Quando o sujeito vem para análise é porque o sintoma que ele criou está gerando
mais angústia do que ele esperava, (Tirar o sintoma pode gerar uma crise de
angústia sem limites) Freud diz que o eu busca fazer uma formação de compromisso
com o sintoma; (para a analise, aula, frustração do analista) (resistência do analista)
“Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda”
Sigmund Freud.
Inibição
O Eu não pode proteger-se de perigos internos o Eu só se protege do que vem de fora,
podendo rechaçar o perigo interno somente restringido sua própria organização (sede sua
casa) admitindo a formação do sintoma em compensação por prejudicar a pulsão; (ou seja
o Id vai se realizar) (retorno do recalcado, sonhos, inibição, sintoma)
IMPORTANTE: O psicanalista deve orientar o paciente a buscar o tratamento de um
especialista médico, tomar remédio se houver recomendação; (descartar causas orgânicas)
Inibição Sexual: (sexologia)
• Vaginismo: medo da mulher de sentir dor na penetração, mesmo estando fisicamente
saudável, (absorvente, sexo) (educação repressora/higiene, abuso)
• Anorgasmia: não ter orgasmo, não sentir prazer; (só p/ ter filho, não se tocar)
(Rokitansky)
• Disfunção erétil: (diabetes, pornografia/fantasia, Édipo)
Tipos de Inibição
Inibição do trabalho: (Cansaço excessivo, físico e mental, Insônia, Dificuldades de
concentração, etc..) Possibilidades: forma de protesto contra o trabalho as vezes
explorador (sintomas sofre mas se livra), Burnout; (Forma do sujeito se posicionar)
Para prevenção da histeria, recomendava-se relação sexual; (receita em latim, dose pênis)
Carta a Fliess não acredito mais em minha neurótica “teoria da sedução”, em 1905 passa
ser teoria da sexualidade, (perversa polimorfa) que Brauwer não sustentou, Freud sim;
A histeria tem haver com a neurose traumática a doença não está no corpo é um medo
pavor provocado pelo trauma real ou fantasiado, histeria era pandemia na Europa;
(sugestionáveis, igreja, epidemia covid, depressão, mudança sexo ) (hipocondria/dsm)
Bertha
Pappenheim
(Anna Ó.)
Estudos sobre Histeria “Berta Pappenheim”
Caso Zero: Anna O., pseudônimo atribuído a Bertha Pappenheim, paciente de Josef
Breuer que se tornaria o famoso caso relatado em “Estudos sobre Histeria”; (sem Freud)
Anna, era uma burguesa alemã, tinha uma personalidade forte, liderou movimentos
sociais de direitos humanos, civis e políticos em defesa das mulheres; (pais controladores)
Por volta de 20 anos , sofreu com a longa doença terminal do pai, gerando um quadro
de histeria, com sintomas como depressão, nervosismo, pensamentos suicidas, paralisia,
distúrbios da visão, da audição e da fala, impossibilidade de ingerir alimentos e alucinações
visuais, estados distintos de consciência: jovem relativamente normal/criança problemática
e teimosa; (este quadro praticamente a deixou inválida)
Estudos sobre Histeria “Berta Pappernheim”
O tratamento conduzido por Breuer era o método catártico e hipnose, ele ajudou Ana O. a
voltar a falar (mas na língua inglesa, mais tarde, francês e italiano alternadamente)
O caso de Berta se agrava, Breuer foi chamado ela estava em meio a uma crise, com
fortes dores de um parto histérico, “o bebê do Dr. Breuer está chegando ao mundo”, ele
abandona o caso, ela volta aos sanatórios; (Freud desaprova, não entende, transferência)
Após tratamento em muitos sanatórios, em 1888, seis anos após a rendição de Breuer, ela
estava então com 29 anos, deu andamento normal a vida publicando seus contos de fadas,
artigos e uma peça sobre a situação social da mulher. (muitas contribuições sociais)
Freud considera este o primeiro caso de tratamento pela psicanálise, por proporcionar um
crescente espaço de fala da paciente o método da associação livre, surgiria anos depois, a
própria Anna O. (Bertha) chamou o tratamento de “cura pela fala”, “limpeza da chaminé”;
Fanny von
Sulzer Wart
(Emmy Von N)
Estudos sobre Histeria: Fanny von Sulzer Wart
Emmy Von N (Fanny von Sulzer) , foi uma mulher nobre da Suíça, casou com um homem
mais velho, após a morte dele a família a acusava de envenenamento;
Passa a ter Sintomas: pânico, estresse, emoções à flor da pele, medo de animais, de
pessoas desconhecidas, dores gástricas, tiques nervosos, gagueira, mudanças de humor
(o que hoje alguns diriam “bipolaridade”) é diagnosticada com histeria;
Ela pedia que Freud parasse de falar tanto e a deixasse falar, outro insight para Freud,
sendo a base da técnica "livre associação" criada anos depois; (como tornar escritor 3 dias)
Método: Freud empregou inicialmente o Método Catártico (pressionava a testa) ou
Sugestivo, (pedia que o paciente se desvencilhasse dos sintomas);
Emmy disse ao final das sessões, “agora eu me sinto muito melhor”, Freud deixa de
hipnotiza-la e pede que fale livremente; (ainda pressionando a testa)
Ida Baue
(Dora)
Histeria: Caso Dora 1905
Dora era uma moça de 18 anos, foi encaminhada a Freud por seu pai em (1901); (carta)
Dora, desde a infância apresentava sintomas histéricos: (enurese noturna (xixi), falta de ar,
tosse nervosa, afonia (rouca), enxaquecas, depressão; (pai/tuberculose)
Quando Dora tinha seis anos, a família fez amizade com o casal, (Sr. e a Sra. K), a Sra.
K., cuidou do pai de Dora quando sua saúde piorava; (história triangulo amoroso, ela como
moeda de troca tendo ente 14 e 16 anos) “qual sua responsabilidade”
Dora reclama da violência dos homens contra ela (pai, Sr. K e Freud), para Freud ela
estava apaixonada pelo Sr. K (imposição) um não acolhimento da escuta; (contratransf)
Freud propõe a bissexualidade de Dora que se apaixona pela Sr. K. e pela governanta que
a usam para se aproximar do pai, pela disputa pelo pai; (mãe é Psicose dona de casa)
Uma das interpretações de Freud nesta na relação de Dora e seu pai seria o Complexo
de Édipo. Complexidade edipiana: 1⁰ amor pela Sra. k (amar como o pai), 2⁰ Sou amada
por amarem meu pai (traição), 3⁰ Ser amada como o pai (as mulheres precisam me amar)
Histeria: Caso Dora 1905
“Eu tomaria por histérica qualquer pessoa que em uma oportunidade de excitação
sexual despertassem sentimentos preponderante desprazerosos” (Recalcamento do
prazer, nojo asco, aversão), é correto clinicamente mas fora de contexto;
Na escuta clínica tem que ser acolhida esta rejeição que a histérica sente até
como uma forma de ter seu espaço preservado, se proteger diante das investidas
as vezes violentada por parte dos homens, ela poder não desejar isso é liberdade
para todos nós; (Desejos tem implicações)
Caso Dora é um espaço para o feminismo onde a mulher possa denunciar
abusos, dar uma opção de escolha de seus objetos pulsional; (se exibir não ser
transgredida)
A análise de Dora durou apenas três meses, não possibilitou investigações mais
aprofundadas;
Fantasia Histérica
Para Freud a histeria é a uma fixação à fase fálica, ao se deparar com a
percepção de que a mãe não tem falo, o mundo passa ser dividido entre fálicos e
castrados;
A feminilidade a ser invejada pela mulher histérica, seria uma feminilidade fálica;
A pessoa normalmente é extrovertida, dramática, comportamento, exuberante,
buscam chamar a atenção representando um papel de acordo com a “plateia”;
O dizer da histérica é quase sempre, “o outro é responsável por este lugar que
estou presa; (Dora) (estrutura)
A fantasia de sedução é a causa das dificuldades de sua vida amorosa, “quando
ele tiver o que quer, vai me abandonar” Gatilho: infidelidade foi traída ou
abandonada (pai ,marido) aí repete isso em suas relações; (reminiscência, naquilo)
Histeria na clínica
Escuta clínica não é só sobre os sintomas e sim a representação a história e os afetos
ligados a eles, como me comporto, posição que ocupo diante do outro, (ex. professor na
sala é um em casa outro, advogado médico), na histeria qual papel ela está representando?
(não amada, não desejada, da louca, filho que o pai não teve, mulher que o pai não teve);
É a partir do lugar que ela se coloca que podemos entender a verdade sobre seu
discurso, deste lugar impossível que para permanecer, faz-se necessário criar um
sintoma, representar um personagem, é nesta relação com o outro, que atua a Psicanálise;
Ela não pode deixar o lugar onde se encontra, pois é neste lugar que encontrou sua
posição, sua representação como sujeito desejado, este pequeno espaço no desejo do
outro que a faz sentir protegida e amada diante de um universo vazio; (pó das estrelas)
É aí que devemos trabalhar e muito na construção de um novo lugar onde ela possa
ser acolhida, amada por outras formas não mortíferas, sustentar seu desejo (o analista irá
ocupar na transferência o mesmo papel do lugar que a colocaram está é a esperança de
fazer um final diferente;
Transtornos alimentares
Os transtornos alimentares (TAs) são caracterizados por um distúrbio persistente do
comportamento alimentar, que resulta em consumo ou absorção alterados de alimentos e
prejudica significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial;
Nos transtornos ligados a imagem do corpo podem estar relacionados com a histeria ou
com a psicose, Freud trabalhou o conceito de alimentação como inibição do Eu;
Anorexia Nervosa
Distúrbio alimentar, caracterizado pela perturbação da imagem corporal, e busca
incessante de magreza, levando ao estado de inanição (sintomas), inicia geralmente na
adolescência, mais frequentes em mulheres; (alta taxa de letalidade)
Tipo de Inibição: Sentem-se paradoxalmente gordas, recusa alimentar, sempre de
dieta, corta todas as calorias, atividade física apenas para perder peso, medo de engordar,
peso corporal excessivamente baixo e perturbação na forma do corpo; (cultura anorexa)
Para psicanálise não existe o corpo real e sim o fantasmático, é a fantasia do corpo, na
anorexia não adianta mostrar uma gorda para ela entender, pois ela se fixou no corpo
magro, está fascinada pela imagem; (narcisismo)
A posição em relação a demanda do outro (coma, ganhe peso) é sentido como
imperativo invasivo, tentativa de controle (pais, médicos, amigos), levando o anoréxico a
exclusão do outro da sexualidade e desviando seu narcisismo para sua própria imagem;
A identificação é com está imagem e com as semelhantes; (grupos) "não deixem que
o outro te faça engordar, faça como eu a santa jejuadora; (místicas da fome/ imaginário)
Anorexia Nervosa (ligações)
Não e a falta de apetite é o relacionamento com a fome, com o nada, travam uma luta
moral contra as calorias, ganhos de satisfação com a perda de peso (jejuar cristão, das
santas, de Gandhi) é o compromisso com um propósito; (contrário dos obesos)
A imagem do magro tem uma representação do belo, do ideal, do bom, do modelo
perfeito; LGBT (padrão beleza, histeria falicização do corpo, desejo insatisfeito)
Pode ter ligação com experiência de abandono, nada mais da prazer, pessoa se sente
um nada; (é o que ela come)
Pode ter ligação com processos Edípicos; (Édipo, Naszio P.14) (Ser desejada)
Pode ter relação com a fobia deslocamento, alimento como mostro; (traços mnêmicos)
Diante de inúmeras possibilidades de construção dos sintomas a psicanalise oferece
uma escuta subjetiva, dentro de um ritmo seguro, procurando dar uma outra
representação a este afeto, desenvolvendo uma relação consciente com seu corpo e com
a comida;
Bulimia Nervosa
Episódios recorrentes (1x por semana, durante 01 mês) de consumo sem controle de
grandes quantidades de alimentos, acompanhados por sentimentos de culpa, depressão
ou aversão de si mesmo; (não é comer muito, mas em curto período)
Necessidade de Comportamentos compensatórios (vomito, laxante e academia)
forma de manter o corpo; (saciar a carência, depois é cobrado pelo superego) (ideal Eu)
Nas compras é muitas vezes planejado, traços dissociativos; (não percebi/não era eu)
A bulimia não é típica da adolescência mas no fim dela, por não haver perda de peso, ou
pouco sobrepeso, não se apresenta no corpo e por isso consegue esconder, passar anos
em segredo, (vem quando chega ao limite do sofrimento) se alimentam de forma saudável
são apenas episódios (uso medicação dietéticas, inibidor de apetite)
Bulimia, estar com o outro ser abandonado pelo outro, estar junto e estar separado, "eu
me aceito só que não, “você me aceita assim mas escondido eu sou outra" (ingerir e
expelir), um outro modo de dizer eu quero, mas não posso, eu desejo mas não devo
desejar; (ritual obsessivo) (pode levar a anorexia)
Compulsão Alimentar
É considerada um distúrbio alimentar caracterizado pela ingestão exagerada de
alimentos em um curto espaço de tempo, mesmo sem a presença de fome ou
necessidade física do alimento; (diferencia da bulimia sem métodos compensatórios)