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PSICOLOGIA

Transtornos: Humor, Personalidade

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
PSICOLOGIA
Transtornos: Humor, Personalidade
Ariete Bittencourt Pinto

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Transtornos: Humor, Personalidade. . ....................................................................................................................4
1. Transtornos de Humor.. .............................................................................................................................................4
1.1. DSM e Sofrimento Psíquico.................................................................................................................................4
1.2. Alterações dos Transtornos de Humor do DSM-IV para o DSM-5...............................................7
1.3. Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados..................................................................................9
1.4. Transtornos Depressivos...................................................................................................................................11
2. Transtornos de Personalidade..........................................................................................................................15
2.1. Contextualizando Transtorno de Personalidade (TP)......................................................................17
2.2. Prevalência do Transtorno de Personalidade (TP). ...........................................................................18
2.3. Etiologia e Fatores de Risco. . .........................................................................................................................20
2.4. Diagnóstico..............................................................................................................................................................20
2.5. Comorbidades.........................................................................................................................................................32
2.6. Tratamento...............................................................................................................................................................33
3. Transtornos Relacionados ao uso e Abuso de Substâncias...........................................................37
3.1. Fatores Associados à Dependência Química e Sua Causalidade...............................................38
3.2. Desenvolvimento de um Transtorno Mental com o Uso Abusivo de Substâncias
Psicoativas........................................................................................................................................................................40
Resumo................................................................................................................................................................................42
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................47
Exercícios............................................................................................................................................................................48
Gabarito...............................................................................................................................................................................57
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................58
Referências........................................................................................................................................................................ 76

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Apresentação
Olá! É uma satisfação fazer parte da sua preparação profissional. Na aula de hoje estu-
daremos: Transtornos de Humor; as Alterações dos Transtornos de Humor do DSM-IV para o
DSM-5; o Transtorno Bipolar e Transtornos relacionados; e os Transtornos Depressivos. Além
disso, veremos sobre os Transtornos de Personalidade e os Transtornos relacionados ao Uso e
Abuso de Substâncias. A aula foi elaborada visando explanar aspectos que permitem compre-
ender de forma detalhada o conteúdo. Em caso de dúvidas, estarei à disposição.
Ótimo estudo!

Profª. Ariete

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TRANSTORNOS: HUMOR, PERSONALIDADE

1. Transtornos de Humor
1.1. DSM e Sofrimento Psíquico

A partir da segunda metade do século XX, ganha consistência a necessidade de se criar


uma padronização de categorias dos sofrimentos psíquicos tratados como doenças pela co-
munidade psiquiátrica. Assim, a Associação Americana de Psiquiatria (APA) em 1952, insti-
tuiu o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-I) que apresentava 106
categorias de psicopatologias. Essa primeira versão do manual era pautada em uma compre-
ensão psicossocial da doença mental.
Dezesseis anos depois, o DSM-II é publicado. Esse, por sua vez, continha 180 categorias
diagnóstica.
No fim dos anos 70, algumas divergências diagnósticas estadunidenses e europeias leva-
ram a APA “a aperfeiçoar a uniformidade e a validade do diagnóstico psiquiátrico, assim como
padronizar as práticas de diagnóstico” (MARTINHAGO; CAPONI, 2019, p. 2). Dessa forma, a
terceira versão do DSM é publicada em 1980, contendo 265 categorias diagnósticas que se
fundamentava em critérios da medicina baseada em evidências. Nessa perspectiva, o DSM-III
se torna um marco na história da psiquiatria moderna, ao remover “as categorias e signos clí-
nicos da psicanálise e deslocando-se para o campo das ciências biológicas”.
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Assim, verifica-se a extinção de termos como neurose e psicose e, diante dessa situa-
ção, torna-se cada vez mais desnecessária a escuta do paciente, uma vez que seu saber não
mais influenciará na construção diagnóstica. Com isso, há um deslocamento do saber sobre
o sofrimento psíquico. Se antes ele vinha dos relatos do paciente, agora ele passa a ser da
ciência psiquiátrica.
Por volta de 1987, essa terceira edição é revisada e ampliada, e o número de categorias
diagnósticas passa para 292. Além disso, a nomenclatura doença mental é substituída por
transtorno mental.
Desse modo, a noção de transtorno mental aponta para duas leituras.
A primeira permite compreender que a utilização desse termo busca solucionar “os im-
passes teóricos existentes no campo da psicopatologia” no ponto em que significa adotar, de
início, uma renúncia de uma descrição fisiopatológica completa em termos médicos, mas que
permite, a partir de critérios objetivos e compartilháveis, recortar quadros clínicos sobre os
quais se pode interferir psiquiatricamente.
Algumas vezes, todo o trabalho clínico passa pela desconstrução de um diagnóstico:

Tem-se, portanto, uma racionalidade prática que renuncia a uma explicação de natureza
ontológica, na qual a doença é um ser com explicação de natureza prática, em que se deduz
que determinado grupo de sintomas melhora mediante um tratamento específico.
A segunda leitura possibilita verificar que um diagnóstico de transtorno imputa sempre
uma fase de equilíbrio, isso porque ele faz com que a interpretação da realidade passe pelo en-
tendimento de que a normalidade se encontra nesse equilíbrio, em que a sociedade estabelece
como comportamentos aceitáveis. Assim, os desviantes terminam por causar um transtorno
que precisa ser corrigido para o retorno do estado de ordem.

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Retomando a história das edições dos manuais, em 1994, é publicado o DSM-IV com 297
categorias de transtornos mentais. Essa quarta versão apagou todo vestígio de etiologia e
instaurou o modelo nosográfico de diagnóstico. Desse modo, o DSM-IV passa a ser consi-
derado um método infalível de diagnóstico psiquiátrico “quase” automático que pressupõe
somente um checklist.
Nessa esteira de pensamento, também a versão mais recente do DSM é publicada em
2013, contendo mais de 300 categorias diagnósticas fundamentadas. Assim, o DSM-5 se tor-
na o manual de referência da maneira contemporânea de subjetivar vivências emocionais, no
ponto em que passa a apostar no diagnóstico dimensional que tem a pretensão de englobar o
indivíduo por completo, uma vez que busca classificar todos os aspectos presentes no com-
portamento e sofrimento humanos.
Frances (2015) ainda nos chama a atenção para o fato de que além da criação de novas
classes de transtornos, houve uma redução dos requerimentos para diagnosticar transtornos
já existentes como o luto, no qual “duas semanas de luto normal se transformaram em Trans-
torno Depressivo Maior”, e o TDAH adulto que teve seus critérios afrouxados, “podendo ser
confundido com distração normal e facilitando o uso ilegal de estimulantes prescritos para
aumento de desempenho ou propósitos recreativos”.
Mediante a síntese da trajetória das edições dos DSMs e a vigência atual de sua última
versão, pode-se ressaltar como a tarefa classificatória termina assumindo um discurso clínico
extremamente prático em que se substituem “as grandes categorias”:

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Por descrições especificadas de fenômenos objetivos, trazendo um empobrecimento à ló-


gica diagnóstica, pois se privilegia a descrição dos sintomas ao invés da patologia”. Isso por-
que a unidade perdida com o sequestro da neurose, como hipótese que unifica história de vida,
sintomas e personalidade, é reencontrada na unidade de um objeto: a medicação”.
Se a psiquiatria busca seu lugar no contexto mais amplo da medicina, sua fundamentação
só pode ter base biológica com déficits neuroquímicos ou genéticos. Assim, os sofrimentos
psíquicos podem ser tratados como uma doença física. O que significa simplesmente negar
que os sofrimentos devam inscrever-se numa história de vida, que esses sofrimentos se trans-
formarão ao longo de nossas vidas e que nesta transformação tem papel fundamental o modo
como somos ouvidos e as intervenções e terapêuticas que nos são propostas.
Dessa forma, Bocchi (2018) evidencia como a nova versão do DSM tem efeitos nefastos na
cultura contemporânea, visto que se apresenta como uma imposição para patologizar e medi-
calizar a comunidade por meio de uma reformulação classificatória que amplia o discurso da ci-
ência sobre os sofrimentos psíquicos, dando-lhe força maior para tornar patológica dimensões
subjetivas do ser humano que, até pouco tempo, não eram tratadas como enfermidades. Dito de
outro modo, tenta-se classificar o inclassificável, a saber, o sofrimento humano, sob as vezes de
termos médico-científicos semelhante à Simão Bacamarte, na obra O alienista de Machado de
Assis, ao classificar como loucos toda a população de Itajaí (TEODORO; SILVA; COUTO, 2019).
No registro do DSM-5, chama-nos a atenção as alterações referentes aos Transtornos de
Humor que, na edição anterior do manual, existia sob essa nomenclatura, mas que, na nova
versão, prolifera-se, dando origem a várias novas categorias diagnósticas que tornam mais
frágeis a percepção de que determinados sintomas fazem parte de alguns tipos de sofrimento
psíquico que são próprios da condição humana, como veremos a seguir.

1.2. Alterações dos Transtornos de Humor do DSM-IV para o DSM-5

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No DSM-IV, as alterações de humor aparecem como uma classe diagnóstica das Perturba-
ções do Humor que, em síntese, envolvem quadros clínicos nos quais se verificam oscilações
de humor (ou estado de ânimo.
Para muitos pesquisadores, o humor representa um somatório ou síntese dos afetos pre-
sentes na consciência em um dado momento. Constitui o estado afetivo base e fundamental,
que se caracteriza por ser difuso, isto é, não relacionado a um objeto específico, e por ser em
geral persistente e não reativo. O humor oscila entre os polos da alegria, da tristeza e da irrita-
bilidade, assim como entre a calma e a ansiedade.

Assim, tem-se indícios para suspeitar de um possível diagnóstico de Transtornos de Hu-


mor, segundo a quarta versão do DSM, quando há a presença ou ausência dos episódios de
humor (episódio depressivo maior e episódio maníaco) e a constatação de, no mínimo, cinco
dos seguintes sintomas típicos:

Esses sintomas devem persistir por um período igual ou superior a duas semanas, poden-
do comprometer a capacidade funcional física, social e de trabalho do indivíduo.
Entretanto, ao estudar a configuração do DSM-5, verificou-se que essa classe dos Transtor-
nos de Humor foi excluída. Tal extinção originou duas novas classes:
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1.3. Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados

O termo bipolar foi utilizado na psiquiatria pela primeira no final do século XIX, mas ga-
nhou visibilidade a partir de 1980, com o DSM-III, pois anterior a esse manual falava-se em
psicose maníaco-depressiva. O Transtorno Bipolar, em geral, corresponde a uma psicopatolo-
gia que causa alterações acentuadas e periódicas de humor, tendo como extremos episódios
maníacos e depressivos.
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A fase maníaca é caracterizada por “uma alegria (euforia, ou melhor, hiperforia) ou irritabi-
lidade patológicas (exaltação afetiva).
A fase depressiva envolve “uma tristeza patológica (exaltação afetiva), que costuma ser
caracterizada como uma tristeza vital. Em alguns pacientes podem ocorrer ansiedade ou
irritabilidade intensas.
Nas especificações categóricas da classe diagnóstica Transtorno Bipolar e Transtornos
Relacionados, tem-se:

Junto a essas três categorias foram acrescidas quatro novas:

As alterações descritas evidenciam como o Transtorno Bipolar, que antes era tratado como
uma categoria, é elevado a condição de classe diagnóstica.
O transtorno bipolar tipo I foi comumente igualado à clássica doença maníaco-depressiva,
mas o transtorno bipolar tipo II baixou drasticamente o limiar, exigindo meramente um episó-
dio depressivo e um período de produtividade aumentada, inflação da autoestima e redução da
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necessidade de sono [...] Hoje em dia, existe até o “bipolar leve”, o que significa que o paciente
“reage intensamente às perdas”.
Com essas novas categorias, muitos pacientes passam a se enquadrar em algum nível de
transtorno bipolar, de forma leve ou mais ampla.

1.4. Transtornos Depressivos

O termo depressão pode ser encontrado em dicionários médicos datados de 1860, que
consistia em identificar um comportamento de “rebaixamento dos espíritos” de pessoas que
eram acometidas por essa doença mental. Assim, percebe-se que a palavra depressão remete
tanto a um sintoma quanto a uma patologia.
Enquanto sintoma, ela “pode surgir nos mais variados quadros clínicos, entre os quais:
transtorno de estresse pós-traumático, demência, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas
etc. Pode ainda ocorrer como resposta a situações estressantes, ou a circunstâncias sociais
e econômicas adversas”.
Como doença, ela tem sido classificada de várias formas de Transtornos Depressivos.
No DSM-5, o que leva ao diagnóstico dos Transtornos Depressivos é a presença de humor
triste, vazio ou irritável e alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a
capacidade de funcionamento do indivíduo.
O transtorno depressivo maior representa a condição clássica desse grupo de transtornos.
Ele é caracterizado por episódios distintos de pelo menos duas semanas de duração (embora
a maioria dos episódios dure um tempo consideravelmente maior) envolvendo alterações níti-
das no afeto, na cognição e em funções neurovegetativas, e remissões interepisódicas.

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Tem-se, portanto, que também proveniente das Perturbações do Humor do DSM-IV, o Trans-
torno Disruptivo da Desregulação do Humor (TDDH), Transtorno Depressivo Maior e Transtorno
Depressivo Persistente (Distimia), foram deslocados para uma nova classe do DSM-5 denomi-
nada Transtornos Depressivos. A essa classe foram acrescidas cinco novas categorias:

Nesses termos, a classe diagnóstica de Transtornos Depressivos do DSM-5 apresenta um


total de oito categorias de transtornos, das quais três foram deslocadas e cinco foram criadas.
É importante mencionar ainda que as categorias Episódio Depressivo Maior; Episódio Ma-
níaco; Episódio Misto e Episódio hipomaníaco presentes no DSM-IV, na classe Perturbações do
Humor, também foram deslocadas, passando a compor os critérios diagnósticos da categoria
do Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados no DSM-5.
Dentre as alterações da classe dos Transtornos Depressivos descritas, ganharam relevân-
cia no debate psicopatológico a retirada do luto como critério de exclusão do Transtorno De-
pressivo Maior. Esse critério de exclusão permitia que o luto normal não fosse critério para o
diagnóstico de Transtorno Depressivo Maior “nos meses após a perda de um ente querido, a
menos que apresentasse sintomas graves de comprometimento, como ideias de suicídio, ilu-
sões, agitação psicomotora ou incapacidade de funcionar.
Partindo de uma leitura freudiana do luto, essa quantificação temporal se mostra sempre
problemática no ponto em que delimitar um tempo específico para que o sujeito vivencie o
trabalho de luto se torna uma tarefa impossível, tendo em vista que tal processo exige uma
reorganização psíquica que não é simples.
Outra alteração que se suscita como controversa é a inclusão do TDPM como um diagnós-
tico validado de doença mental. Para muitos pesquisadores e profissionais da saúde mental
como Frances (2015), tem-se nesse movimento a patologização de uma condição do ser mu-
lher, visto que a depender da intensidade dos sintomas próprios da menstruação, o indivíduo
do sexo feminino será diagnosticado e medicalizado como doente mental. Isso é posto, dado
que, segundo Valadares et al (2006, p. 118-119), o TDPM consiste em “um transtorno variante
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da síndrome pré-menstrual [SPM], mais severa ou extrema, com a oscilação do humor apresen-
tada como fator mais perturbador e debilitante [...]”. Nesse conseguinte, os autores definem a
SPM como sendo a ocorrência repetitiva de um conjunto de alterações físicas, do humor, cogni-
tivas e comportamentais com a presença de queixas de desconforto, irritabilidade, depressão
ou fadiga, geralmente acompanhadas da sensação de intumescimento e dolorimento de seios,
abdome, extremidades, além de cefaleia e compulsão por alimentos ricos em carboidratos,
acrescidos ou não de distúrbios autonômicos, com início em torno de duas semanas antes da
menstruação e alívio rápido após o início do fluxo menstrual (VALADARES et al, 2006, p. 118).
Entretanto, Miranda et al. (s./d.) nos chama a atenção para o fato de que devido ao elevado
número de sintomas atribuídos à SPM (mais de 150 relacionados a vários órgãos e sistemas),
não há “um consenso quanto a uma definição mais exata, mas há a suposição de que ocorram
diversos subtipos desse distúrbio, cada um com sua gravidade e sustentados por um com-
plexo conjunto de fatores biológicos, psicológicos e ambientais” (s./p.). Entre esses subtipos
se encontra o TDPM que, pelo mesmo motivo, apresenta uma etiologia pouco definida, como
aponta Brito et al. (2019).
De acordo com os critérios diagnósticos do DSM-5 (APA, 2014), o TDPM pode ser diagnos-
ticado a partir dos seguintes critérios:
a) apresentar no mínimo cinco sintomas que devem estar presentes na semana anterior ao
início menstrual e ter sua minimização ou ausência na semana pós-menstrual;
b) um (ou mais) dos seguintes sintomas: labilidade afetiva acentuada, tristeza ou choro re-
pentinos ou sensibilidade aumentada à rejeição, irritabilidade ou raiva acentuadas ou aumento
nos conflitos interpessoais, humor deprimido acentuado e pensamentos autodepreciativos e
ansiedade acentuada, tensão e/ou sentimentos de estar nervosa ou no limite;
c) um (ou mais) dos seguintes sintomas: interesse diminuído pelas atividades habituais,
sentimento subjetivo de dificuldade em se concentrar, letargia, fadiga fácil ou falta de energia
acentuada, alteração acentuada do apetite, hipersonia ou insônia, sentir-se sobrecarregada ou
fora de controle, sintomas físicos como sensibilidade ou inchaço das mamas, dor articular ou
muscular, sensação de “inchaço” ou ganho de peso;
d) esses sintomas devem estar associados a sofrimento clinicamente significativo ou a
interferência nas atividades cotidianas;
e) essa perturbação deve ser diferenciada de outros transtornos possíveis;
f) o Critério A deve ser confirmado por pelo menos dois ciclos sintomáticos consecutivos;
g) esses sintomas não devem ser consequência dos efeitos fisiológicos de uma substân-
cia ou de outra condição médica.
É interessante não perdermos de vista que o diagnóstico do TDPM exige que os sintomas
acima descritos devem surgir “durante a fase pós-ovulatória, isto é, o período pré-menstrual.
Fase lútea e remitir com a menstruação” (COSTA et al., 2020, p. 367), além disso, devem ser
graves o suficiente a ponto de interferir no funcionamento diário. Nesses termos, o consenso
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atual sugere que a função ovariana normal seja o desencadeador dos eventos bioquímicos re-
lacionados ao TDPM no sistema nervoso central e em outros tecidos que influenciam o humor,
o comportamento e a cognição. Vale ressaltar que não estamos desconsiderando o sofrimen-
to existente nesse período feminino, porém consideramos problemático classificar esse sofri-
mento como um transtorno mental que afeta o humor. Isso porque tal classificação quando
feita indiscriminadamente abre espaço para se medicar uma condição do ser mulher, além de
rotulá-la como doente.
Nessa linha de raciocínio, esse tipo de consenso parece um retorno, por outras vias, a uma
situação a qual Freud já denunciava em suas teorizações sobre o tratamento da histeria no
século XIX, na época, buscava-se controlar a sexualidade feminina para que ela trabalhasse a
favor da necessidade estabelecida pela sociedade burguesa. Vieira (2002) também encontra
essa medicalização do corpo feminino, na sociedade atual que, sob as vestes do reconheci-
mento da mulher como um ser “útil” à sociedade, estimula o uso constante do anticoncepcio-
nal e de fármacos que eliminem os sintomas menstruais para que não haja uma redução da
produtividade feminina.
Por fim, Frances (2015) menciona a introdução do TDDH como problemática, no sentido
de que incita a patologização e consequente medicalização infantil, pois, trata-se de uma pa-
tologia para “descrever crianças que têm constantes problemas de temperamento” (p. 47). Em
psicanálise, verifica-se como pode ser danoso fechar um diagnóstico infantil, no ponto em que
a estrutura psíquica da criança está em formação e, por esse motivo, as oscilações de humor
podem ser intensas e frequentes, mas nem por isso se apresentarão como enfermidades.
Além disso, a inclusão desse diagnóstico no DSM-5, “se baseia em mínima pesquisa e foi
justificada apenas pela necessidade de reduzir o excesso de diagnóstico de Transtornos Bipo-
lares Infantis” (FRANCES, 2015, p. 47). Dentre as dificuldades encontradas na utilização desse
diagnóstico, o autor destaca três:
1ª) a impossibilidade de “distinguir TDDH de ataques de humor que ocorrem em crianças
saudáveis” (p. 48) que apresentam um humor irritadiço;
2ª) a impossibilidade de “distinguir TDDH de ataques de humor que ocorrem em outros
transtornos psiquiátricos” (p. 48);
3ª) “Assim como nos Transtornos Bipolares Infantis, pode haver um esforço das compa-
nhias farmacêuticas de usar medicamentos prejudiciais, particularmente antipsicóticos, que
podem causar grande ganho de peso (elevando o risco assim, de obesidade infantil, diabetes
e doença cardíaca)” (p. 48).
Mediante essa realidade desenhada pela nova versão do DSM, Araújo e Lotufo Neto (2013)
afirmam que tais mudanças possibilitam “que indivíduos que estejam passando por um sofri-
mento psíquico grave recebam atenção adequada, incluindo a farmacoterapia quando esta se
fizer necessária” (p. 106). Não se desconsidera a veracidade dessa assertiva, porém, parece-
-nos importante questionar se as alterações descritas acima não são indícios de que vemos

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tomar consistência, na sociedade contemporânea, um movimento de patologização de sofri-


mentos próprios da constituição do humano como algumas oscilações de humor ou o luto.
Se respondermos positivamente a essa questão, podemos inferir que tal patologização deve
servir a algum propósito.

2. Transtornos de Personalidade
Personalidade pode ser definida como as características individuais que correspondem
a um padrão de emoções, pensamentos e comportamentos. Os traços da personalidade têm
consequências, no sentindo de que suas características estão associadas a uma variedade
importante de indicadores nos níveis individual, interpessoal e social, tais como:

A partir disso, um transtorno da personalidade (TP) pode ser caracterizado como “padrão
persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das ex-
pectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa na adolescência ou início
da fase adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo”. É comum que
pessoas com TP tenham um repertório limitado de emoções, atitudes e comportamentos para
lidar com os problemas e estresse da vida cotidiana.
A definição anteriormente descrita de TP se aplica, de modo geral, aos dez tipos vigentes de ca-
tegorias diagnósticas específicas, reunidos em três grupos, com base em semelhanças descritivas.

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Os principais critérios diagnósticos para um TP estão delimitados a seguir:

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2.1. Contextualizando Transtorno de Personalidade (TP)


O conceito de TP sofreu deslocamentos diversos até chegar à concepção atualmente ado-
tada. Levando em conta que desde a antiguidade os estados emocionais e o temperamento
já eram estudados, a descrição e definição dos quadros da personalidade devem considerar o
momento histórico estudado.
Na Antiguidade, a teoria humoral de Hipócrates, posteriormente aperfeiçoada por Galeno,
foi responsável pela interface que levou em conta os tipos da personalidade e o substrato orgâ-
nico do indivíduo. De acordo com esta teoria, os indivíduos eram categorizados como sanguí-
neos, fleumáticos, melancólicos ou coléricos a partir da disposição de seus humores corporais.
A Era Moderna dos TP pode ser considerada a partir de 1952, com a publicação do primeiro
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) pela Associação Americana
de Psiquiatria (APA). Nessa versão inicial, as patologias da personalidade tiveram breves des-
crições e incluíram um amplo campo diagnóstico para o TP antissocial, com subtipos como
desvios sexuais, alcoolismo, dependência de drogas e reações dissociais.
Nas versões subsequentes, descritores para os dez tipos de TP e foram incorporados e as
definições estabelecidas. Mas foi a partir da década de 80, com a publicação do DSM-III, que
foi elaborado um sistema diagnóstico, ateórico e categorical, baseado em critérios diagnósti-
cos consistentes com o diagnóstico médico contemporâneo, que incorpora evidências cientí-
ficas, epidemiologia e discussão de potencial etiopatogenia.
Ainda na publicação do DSM-III foi instituído o modelo multiaxial, vigente até a mais recen-
te versão do DSM-IV, em que os TP, junto com o retardo mental, eram classificados no eixo II,
separados dos outros transtornos no eixo I. Uma das razões para que essa distinção ocorres-
se, foi dar destaque aos TP, a fim de estimular mais pesquisas nessa área, entretanto, embora
o campo de conhecimento tenha se ampliado com relação às como a apresentações fenotí-
picas, estimativas de prevalência, benefícios, tratamentos e a evolução nas últimas décadas,
tornou-se claro que não há consenso quanto a neuropatologia subjacente ou acerca de uma
abordagem ideal para o diagnóstico dos TP.
Ao longo do desenvolvimento da última edição do DSM, várias revisões foram propostas
com alterações significativas no método de diagnosticar TP; no entanto, não foram incorpora-
das à seção principal, que manteve a mesma abordagem diagnóstica categorial anterior.
O modelo multiaxial foi suspenso no DSM-5 com a alegação de que seu uso não era deter-
minante para o direcionamento do diagnóstico do transtorno mental. A versão mais atualizada
do manual traz áreas separadas para avaliar a influência de fatores psicossociais diversos.
Mesmo com essa mudança, entretanto, é indicado que os clínicos continuem a pontuar todas
as condições que possam estar influenciando na manifestação da psicopatologia.
Um novo modelo híbrido dimensional-categorial proposto foi incluído na seção destinada a
“Medidas e Modelos Emergentes” do DSM-5 e compreende um esquema uniforme de critérios
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que seriam aplicados a todos os TP. O critério A define os componentes do funcionamento da


personalidade que podem apresentar prejuízos: (1) self, determinado pela identidade e autodi-
recionamento, e (2) interpessoal, definido por empatia e intimidade. O critério B descreve tra-
ços de personalidade patológicos em cinco amplos domínios: afetividade negativa, desapego,
antagonismo, desinibição e psicotismo. Por fim, esse modelo alternativo inclui uma escala de
mensuração do nível de prejuízo variando de zero a quatro, sendo requerido um nível ao menos
de dois (moderado) para o diagnóstico de um TP.
O DSM-5 busca apropriar-se do que é utilizado na abordagem da clínica para estabelecer
critérios diagnósticos consistentes para os TP, além de rastrear meios de influenciar novas
abordagens de diagnóstico e tratamento. O manual pretende assim, encorajar novas pesqui-
sas e auxiliar nas dificuldades dos profissionais da saúde mental, facilitando a comunicação e
o tratamento que os mesmos dispendem nos casos que envolvem personalidades.

2.2. Prevalência do Transtorno de Personalidade (TP)


Estima-se que 9 a 15% dos adultos apresentem ao menos um transtorno da personalidade.
Estudos epidemiológicos identificam que 4 a 12% da população apresenta um diagnóstico pro-
tocolar referente a este tipo de psicopatologia. Esta estimativa pode ser ainda maior quando
consideradas manifestações menos incapacitantes destes quadros.
A prevalência de desordens da personalidade sofre variações de acordo com o grupo so-
ciodemográfico. Dados internacionais apontam que estes TP se encontram mais presente em
áreas urbanas e em indivíduos que estão em contato constantemente com os serviços de
saúde. Além disso, constatou-se que cerca de dois terços dos criminosos encarcerados apre-
sentam algum nível de alteração da personalidade.
Uma maior prevalência é referida em homens na literatura, no entanto, tal informação pode
ser confrontada com o que é visto nos sistemas de assistência à saúde mental, que computam
mais casos de TP no sexo feminino em comparação ao masculino. Tal fato ocorre, supostamente,
devido a ocorrência mais frequente de comportamento autoagressivos por parte das mulheres.
Considerados os pacientes em tratamento psiquiátrico, a prevalência de TP é variável entre
os estudos, sendo considerada a proposta mais consistente, a estimativa de 45 a 51%. Entre
os pacientes atendidos por autoagressão a prevalência é estimada em 27,5%; sendo comum
quadros de depressão, ansiedade e uso de álcool associados e claramente identificados neste
grupo. 30 a 40% dos indivíduos que cometem suicídio são categorizados como pacientes com
TP. O risco ainda é aumentado em pacientes com personalidade borderline e antissocial e em
transtornos classicamente comorbidos como, por exemplo, a depressão.
A seguir, a prevalência estimada para cada tipo de TP com base no DSM-53.

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Os resultados de estudos desenvolvidos com gêmeos têm apontado para interferência de


fatores genéticos, sugerindo hereditariedade de traços ou TP com variância de 30% a 60%.
As interferências genéticas na manifestação de desordens da personalidade são modula-
das de acordo com a especificidade de cada transtorno desta categoria. Além da interferência
retratada, a sobreposição com fatores genéticos que predispõem outros transtornos mentais
associados também pode ser identificada.
É necessário levar em conta que, além dos fatores genéticos, a manifestação dos TP per-
passa a interface da vulnerabilidade e resiliência, experiência e expectativas sociais de cada
indivíduo.21,22 Desta forma, ao mesmo tempo em que as pesquisas da genética comportamental
demonstram a importância herdabilidade para a formação da personalidade, não se pode negli-
genciar a influência de fatores ambientais não compartilhados. É possível afirmar que apesar da
importância legítima do fator genético, o ambiente desempenha um papel crucial na manifesta-
ção de um TP, não sendo nenhum dos fatores anteriormente citados determinante em isolado.
Entende-se que as experiências traumáticas da infância estão, consistentemente, asso-
ciadas ao desenvolvimento de transtornos mentais na vida adulta, e podem ser incluídas
como influências do ambiente na saúde mental do indivíduo. Os casos de estresse precoce
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são comumente relatados por indivíduos com TP, sendo os tipos mais atingidos pelos os
borderlines e antissociais. Em tais casos, está presente a interação de fatores genéticos e
mediação de características pessoais, como, por exemplo, a capacidade de resiliência.

2.3. Etiologia e Fatores de Risco


As desordens da personalidade, assim como outros diagnósticos psiquiátricos, são etiolo-
gicamente complexas, sendo provavelmente o resultado da papel crucial na manifestação de
um TP, não sendo nenhum dos fatores anteriormente citados determinante em isolado.
Entende-se que as experiências traumáticas da infância estão, consistentemente, associa-
das ao desenvolvimento de transtornos mentais na vida adulta, e podem ser incluídas como
influências do ambiente na saúde mental do indivíduo. Os casos de estresse precoce são co-
mumente relatados por indivíduos com TP, sendo os tipos mais atingidos pelos os borderlines
e antissociais. Em tais casos, está presente a interação de fatores genéticos e mediação de
características pessoais, como, por exemplo, a capacidade de resiliência.

2.4. Diagnóstico
As desordens da personalidade podem ser consideradas entre os transtornos mentais
mais complicados de diagnosticar e tratar. O diagnóstico é dificultado em parte pela própria
natureza dos sintomas, pouco diferenciados e com fronteiras menos nítidas com a normalida-
de, e pela necessidade de uma avaliação longitudinal e em vários contextos.
Além disso, muitas das características consideradas para o diagnóstico são egossintô-
nicas, ou seja, o indivíduo tem um insight limitado da natureza de suas dificuldades. Sendo
assim, em geral, não identifica ou não se incomoda com o que considera componentes de “seu
jeito de ser”, e por isso não há iniciativa para procurar ou há resistência para uma avaliação
clínica e tratamento especializado.
É observado que pacientes com TP tendem a ser atendidos em períodos de crise ou em
decorrência de sintomas de depressão, ansiedade e problemas relacionados ao uso de subs-
tâncias psicoativas, que representam comorbidades muito prevalentes. Características que,
no entanto, emergem ou se acentuam frente a estressores situacionais específicos e estados
mentais transitórios (que ocorrem como sintomas de outros transtornos mentais ou como
manifestação do uso de drogas) devem ser diferenciados de traços disfuncionais persistentes
e generalizados que constituem o TP, e que, em geral, estão presentes desde o final da adoles-
cência e início da vida adulta.
Nesse sentido, o processo diagnóstico pode ser facilitado pela presença de um informante,
que poderá fornecer relato sobre sua perspectiva dos problemas apresentados pelo paciente
ao longo de um período maior e relacionados ao seu funcionamento interpessoal.
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Uma observação independente para o diagnóstico também é dificultada pelo fato de que
um TP como, por exemplo, o borderline, afeta a relação médico-paciente. Dessa forma, pelas
dificuldades nos relacionamentos presentes nestas desordens, muitas vezes, esses pacientes
são reconhecidos como “difíceis”.
Embora o diagnóstico de TP possa ser considerado, é importante evitar diagnosticar pa-
cientes que se apresentam como de difícil manejo, despertam raiva ou outras emoções inten-
sas e demandam muita atenção, em situações críticas, atendimentos de urgência e a partir de
uma única avaliação, já que evidencia-se uma disparidade do diagnóstico realizado nessas cir-
cunstâncias comparado ao estabelecido a partir de uma entrevista sistematizada apropriada.
As descrições e critérios diagnósticos para cada um dos tipos de TP, de acordo com o
DSM-5, são reproduzidos nos quadros 2 e 3, que apresentam, respectivamente, o grupo A e B.

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2.5. Comorbidades
O diagnóstico de um TP implica em maior risco de comorbidade psiquiátrica e outros pro-
blemas de saúde em geral.
A ocorrência de outros TP é variável de 25 a 90% dependendo do instrumento diagnóstico
utilizado e da população estudada. Mas essa alta comorbidade entre TP é, em parte, atribuível
a problemas nos atuais sistemas categoriais de classificação e poderia ser minimizada por
definições mais multifacetadas desses diagnósticos.
A comorbidade com outros transtornos mentais, como depressão, ansiedade, e depen-
dência de álcool e outras drogas, por exemplo, são comuns em pessoas com TP. A presença
de uma desordem da personalidade complica o tratamento da maioria dessas condições, em
grande parte pela dificuldade em aderir aos tratamentos psicoterapêuticos e medicamentosos
apresentados pelos pacientes. Por fim, com ou sem tratamento, o prognóstico da maioria dos
transtornos mentais é agravado por TP coexistente, que representa um fator de risco importan-
te para gravidade e cronicidade.
As desordens da personalidade são associadas a um uso excessivo dos serviços de saú-
de e morbimortalidade médica, especialmente por doenças cardiovasculares. Refere-se que
pacientes com TP apresentam maiores índices de queixas clínicas (por exemplo, 60% relatam
cefaleia), doenças físicas e complicações no tratamento.
Por fim, o suicídio, que permanece como a maior causa de morte de pacientes com TP. Es-
pecificamente no borderlines, os comportamentos suicidas (definido como qualquer ação que
poderia causar a própria morte) são observados em aproximadamente 80% dos pacientes. O
risco de suicídio entre essa população é estimado entre 8 e 10%, o que representa um risco 50
vezes maior do que na população geral.
Cabe mencionar ainda que, devido ao surgimento precoce dos TP, ainda em períodos como
a infância e a adolescência, o prognóstico não costuma ser favorável.
Com o envelhecimento, os TP podem melhorar ou piorar. Sua prevalência em idosos é um
pouco menor do que a prevalência em adultos jovens. Observações longitudinais geralmente
sugerem que os transtornos “imaturos” de personalidade (grupo B) mostram uma melhora ao
longo do tempo, enquanto os mais “maduros” (grupos A e C) são caracterizados por um curso
mais crônico. Além disso, um grupo de pacientes com esquizofrenia de início tardio ou trans-
torno delirante tem um TP do grupo A pré-mórbido, indicando uma evolução mais desfavorável
com agravamento do quadro clínico em alguns casos.
A estabilidade do diagnóstico ao longo do tempo tem sido tradicionalmente considerada uma
característica definidora de desordens da personalidade, mas estudos recentes têm desafiado
esta noção, demonstrando evidências de que esses transtornos parecem remitir mais vezes e
mais rápido do que se pensava anteriormente, com uma taxa de reincidência relativamente baixa
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As causas da melhora da personalidade são pouco conhecidas, mas assim como nos
fatores precipitantes, sugere-se que envolvem efeitos genéticos e ambientais inter-relacio-
nados, com fatores evolutivos relativos aos mecanismos adaptativos, experiências de vida e
contexto sociocultural.
Estudos recentes têm identificado altas taxas de remissão (78-99%) ao longo do segui-
mento de 16 anos de pacientes com TP, com recuperação de 40 a 60% entre pacientes com
diagnóstico de borderline e 75 a 85% entre os outros TP. Embora parte desse resultado possa
ser atribuído à presença de sintomas transitórios na caracterização de alguns TP e à conside-
ração de que os critérios diagnósticos vigentes apresentam baixa confiabilidade, é relevante
reconhecer que a evolução dos TP pode ser favorável e, sendo assim, exige investimento no
seu tratamento.
No entanto, o curso dos TP ainda necessita ser melhor compreendido. Tendo em vista que
os pacientes apresentam trajetórias altamente heterogêneas, não estão claros os fatores as-
sociados ao progresso observado e há manutenção de comprometimento psicossocial muito
tempo depois de remissão sintomática.

2.6. Tratamento
Um aspecto fundamental relativo ao tratamento dos TP é o reconhecimento de que há pos-
sibilidades de tratamentos viáveis e efetivos, a fim impedir que o estigma prejudique o acesso
dos pacientes às abordagens terapêuticas disponíveis. Desta forma, reforça-se a necessidade
de engajamento do paciente e que o mesmo execute um papel ativo em seu tratamento para
que, com isso, resultados favoráveis sejam atingidos sofrimento.
O campo de pesquisa em TP tem evidenciado que tanto os tratamentos psicoterapêuticos
quanto os farmacológicos são benéficos.
A psicoterapia é considerada o tratamento de primeira linha. Não há medicamentos especí-
ficos recomendados para o tratamento dos TP, assim, são indicadas medicações para controle
de sintomas nucleares e tratamento de comorbidades frequentemente presentes. Ambos os
tratamentos devem ser considerados de longo prazo.
Considerando que, entre os TP, o tipo borderline apresenta a maior demanda por tratamento
e as evidências mais consistentes de intervenções terapêuticas eficazes, vão ser enfatizados
os princípios básicos indicados no seu tratamento.
O tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) inclui o manejo de crises,
com controle de reações emocionais intensas, avaliação do risco de auto ou heteroagressivi-
dade e comportamento suicida. Além disso, no acompanhamento médico, os pacientes devem
ser ajudados a desenvolver habilidades de enfrentamento de estresse, através da identificação
de recursos próprios eficazes para lidar com estresse em outras situações, busca de apoio,
expressões emocionais diretas e menos destrutivas.
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Como referem-se a questões complexas, o conhecimento do médico e equipe de saúde


sobre o TP constitui um princípio fundamental para seu tratamento, já que a compreensão
sobre os problemas comportamentais comumente apresentados favorece seu manejo através
de respostas mais adequadas e terapêuticas. Além disso, a adesão e evolução do paciente
pode ser melhorada e o estresse do médico minimizado se houver uma maior clareza sobre as
dificuldades enfrentadas na relação médico-paciente.
Um fator importante no tratamento de pacientes com esse transtorno é uma comunicação
clara e direta, com objetivos e limites bem estabelecidos, delineando um plano de atendimento
que ofereça estrutura e segurança para o paciente. Assim, é útil determinar frequência de con-
sultas regulares e pré-agendadas, considerando as questões relacionadas a medo de abando-
no que faz parte da psicopatologia desses pacientes.
Também nesse sentido, em serviços de saúde, é relevante manter o ambiente de trata-
mento estável, evitando mudanças de profissionais de referência e tendo atenção especial na
gestão de transições na equipe.
A forma ideal de tratamento é especializada e multiprofissional, incluindo psiquiatra, psi-
coterapeuta e terapeuta de grupo, além de inserir a família como rede de apoio integrada. No
entanto, o encaminhamento para tratamento especializado pode ser difícil pela falta de dispo-
nibilidade e acesso a serviços e profissionais de saúde mental, além da resistência apresenta-
da pelo paciente também ser um problema algumas vezes. Nesse caso, o paciente pode ser
assegurado da manutenção do vínculo com o profissional de referência, quando for possível,
apesar do encaminhamento, e os profissionais do nível primário e especializado podem se
articular para oferecer os melhores cuidados integrados.
Recomenda-se ainda que um profissional não se responsabilize individualmente pelo tra-
tamento do paciente, compartilhando objetivos e orientações com outros membros da equipe
e familiares, de modo a manter um acompanhamento consistente e coerente. Além disso, o
paciente deve ser estimulado a participar de forma colaborativa, estabelecendo metas de mu-
dança de curto prazo e viáveis. Para ilustrar essa abordagem inicial básica, que pode ser de
grande ajuda, pode-se, por exemplo, definir como objetivos para o paciente: tomar iniciativas
que o façam se sentir melhor, como deixar uma situação que causa muito estresse ou iniciar
uma atividade que promova bem-estar; melhorar a higiene do sono; praticar atividade física;
participar de grupos de autoajuda ou comunitários; identificar fontes de ajuda e recorrer a elas
quando necessário.
A psicoterapia é a base do tratamento, cuja eficácia fundamenta-se em uma boa aliança te-
rapêutica, com participação ativa de terapeuta e paciente de forma colaborativa. Várias técni-
cas psicoterapêuticas específicas têm sido desenvolvidas, mas o modelo de uma abordagem
mais estruturada e direta sugere apresentar melhores resultados de modo geral, incluindo o
desenvolvimento de habilidades de autorreflexão, mentalização, regulação emocional e en-
frentamento de estresse Psicoeducação, terapia de grupo, terapia familiar e outras aborda-
gens psicossociais também representam recursos terapêuticos úteis.
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A Terapia Comportamental (TC) é conhecida como uma das abordagens de maior eficácia
no tratamento de TPB. Essa abordagem é conhecida por ser baseada no treino de habilidades
sociais e no uso de metáforas para enfretamento de situações adversas, dois aspectos extre-
mamente importantes na regulação das disfunções presentes no paciente com esse tipo de
transtorno da personalidade.
Embora nenhuma medicação específica seja aprovada para o tratamento do TPB, várias
classes de psicofármacos podem ser úteis para manejo de sintomas e sua escolha depende
do objetivo definido individualmente para cada paciente, com evidências controversas da efi-
cácia de cada uma das medicações utilizadas na prática clínica.33 As opções farmacológicas
são antipsicóticos e estabilizadores de humor, cuja ação esperada refere-se à regulação emo-
cional, controle de raiva, impulsividade e sintomas psicóticos transitórios; além dos antide-
pressivos para o tratamento de sintomas depressivos, que estão comumente presentes.
Os estudos sugerem que a maior parte dos pacientes com o diagnóstico de TPB (70%)
recebem tratamento ao longo da vida, com psicoterapia e uso contínuo de medicações. Altas
taxas de polifarmácia são relatadas, com 40% dos pacientes tomando 3 ou mais medicações
regulares, 20% tomando 4 ou mais e 10% tomando mais de 5 tipos diferentes de medicação.
No entanto, também é alta a ocorrência de abandono ou tratamento irregular, com falhas de
adesão e automedicação; assim como relatos de efeitos colaterais, especialmente metabóli-
cos, com destaque para a obesidade.
Sendo assim, a necessidade e potencial benéfico da prescrição de medicação deve ser
considerada junto aos riscos inerentes à sua utilização. Deve-se evitar a prescrição de benzo-
diazepínicos, pelo potencial abusivo e efeito paradoxal com desinibição do comportamento,
reservando sua indicação para situações de crise com elevada ansiedade e optando-se por
benzodiazepínicos de meia-vida mais longa. Além disso, é importante adequar o esquema
de receituário no acompanhamento desses pacientes para evitar que eles tenham acesso a
grande quantidade de medicamentos, considerando risco de abuso e comportamento suici-
da. Nesse sentido, o quadro 4 ressalta alguns aspectos, também deve-se ter cuidado com os
prestantes que devem ser levados em conta pelo crição de medicamentos com alto potencial
de toxiterapeuta no manejo de pacientes com diagnóstico cidade, como antidepressivos tricí-
clicos e lítio 45, de TPB:

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3. Transtornos Relacionados ao uso e Abuso de Substâncias

Muitos jovens iniciam o consumo de substâncias psicoativas pelos 12 a 15 anos, com fre-
quente uso de álcool ou maconha. O crescente uso dessas substâncias vem aumentando na me-
dida em que ocorre atualizações na sociedade, e aumenta de acordo com a evolução das culturas.
Através de pesquisas feitas, foi possível ver a evolução do uso de substâncias psicoativas
e os transtornos mentais relacionados. A psicose é um dos transtornos mais comuns entre os
usuários, podendo estar presente na abstinência e no uso contínuo. Diante dos estudos feitos
foi possível identificar que na maioria dos casos o tratamento não é adequado.
Ainda existem vários questionamentos sobre como ocorre esse fator, se existe uma predis-
posição, se os transtornos mentais aparecem em todos os indivíduos que tem a dependência
ou fazem o abuso de substancias psicoativas, ou se os efeitos são diferentes ou iguais para
sujeitos distintos.
Esse tema é de extrema importância para o desenvolvimento de habilidades diante de uma
realidade tão comum na sociedade atual, onde o consumo de álcool e outras drogas é frequen-
te e precoce. Além de ser útil para subsidiar ações de prevenção, intervenções e também para
a elaboração de políticas públicas.

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3.1. Fatores Associados à Dependência Química e Sua Causalidade

Existem evidências da utilização de substâncias psicoativas pelos seres humanos desde


os primeiros tempos da humanidade, associadas a situações muito variadas, como práticas
mágicas, religiosas, curativas, filosóficas e recreativas. O uso dessas substâncias no Brasil é
crescente. Como exemplo temos o álcool, que os indivíduos têm várias justificativas para a uti-
lização. Também é possível observar o aumento crescente do uso de outras classes de drogas,
para além da maconha, crack e cocaína.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2001) a dependência química se carac-
teriza como uma doença crônica, onde acorre a existência de comportamento impulsivos e
recorrentes de utilização de uma determinada substância para obter sensações de prazer e
bem-estar, e aliviar algum sofrimento psíquico.
A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2001) também caracterizou a dependência quími-
ca como craving, que tem como características o desejo de repetir a experiência dos efeitos de
uso de uma substância. Esse desejo ocorre na fase de alto consumo e no início da abstinência
e pode surgir após um longo tempo sem o uso e abuso de substâncias. É um estado motiva-
cional subjetivo influenciado pelas expectativas associadas a um resultado positivo.
Para o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), dependência é
facilmente confundida com o termo adição, mas os conceitos que antes definiam dependência
são respostas normais a ação dos medicamentos usados que afetam o sistema nervoso central
e não indicam necessariamente a presença de uma adição química. As categorias de abuso de
substância e dependência de substância foram eliminadas, porém houve uma substituição onde
uma substância especifica define os principais transtornos causados pelo seu uso abusivo.
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Ariete Bittencourt Pinto

Swendsen e Le Moal (2000) explicam que o abuso e dependência de substâncias psicoa-


tivas ocorre em um fenótipo vulnerável, no qual existe uma predisposição intrínseca que de-
termina a neuroplasticidade induzidas pelas substâncias. Nos estudos vistos na literatura (RE-
GIER et al.,1990) mostram que 28.9% dos pacientes psiquiátricos tem uma dependência de
substâncias psicoativas, 32% dos pacientes depressivos, 47% dos doentes esquizofrênicos,
56.1% dos pacientes bipolares e 86.6% dos pacientes com personalidade antissocial tem de-
pendências dessas substâncias.
A dependência e abuso de substâncias pode ocorrer por fatores diversos, como vulnera-
bilidade do indivíduo que utiliza, facilitação ao uso, fatores socioculturais, sociodemográficos,
psicológicos, biológicos e genéticos.
Uma droga psicoativa é substância que altere o seu humor, altera a sua percepção do am-
biente externo ou interno. Em estudos feitos por Szerman (2010), foi identificado que cerca de
cinco pessoas que fazem o uso de drogas possuem critérios para diagnóstico de dependên-
cia, com alteração da percepção, humor e consciência, causando dependência mesmo que
cause prejuízos.
Os fatores de personalidade que se relacionam com o abuso e dependência de substân-
cias são o comportamento antissocial e a depressão, onde alguns dos usuários podem ter
tendência ou histórico de comportamento psicótico, em que a droga piora seu estado mental.
Já outros indivíduos desencadeiam o surto com o uso da droga.
No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V 2014, p. 110) essa
patologia é reconhecida como Transtorno Psicótico Induzido por Substância/ Medicamento e
tem como critérios diagnósticos a presença de delírios e alucinações, que se desenvolveram
durante ou logo após a intoxicação por uma substância ou abstinência. Também é dividido na
Classificação Internacional de Doenças (CID-10) em três categorias:
1) como transtorno por uso leve;
2) transtorno por uso moderado;
3) grave e sem transtorno por uso.
O início do consumo de drogas não ocorre pela facilidade de obter vários tipos de psicoa-
tivos, mas por diversos motivos como a curiosidade que alguns jovens têm de experimentar,
vivenciar novas experiências e sensações causadas pelo uso e até pelo início de utilização de
drogas lícitas que podem ser a porta principal para o uso de novas classes e dependência das
mesmas. Fatores genéticos parecem predispor alguns indivíduos a tornarem-se dependentes
do álcool e outras drogas. Para essas pessoas a droga passa a exercer um papel centra, na me-
dida em que, por meio do prazer, ela preenche lacunas importantes, tornando-se indispensável
para o funcionamento psíquico.
Os pacientes com transtornos psiquiátricos em geral representam uma população bas-
tante heterogênea, com muitos subtipos, de acordo com as diferentes combinações entre os
transtornos mentais existentes e as substâncias utilizadas, a idade de início dos transtornos,
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gravidade do quadro e a duração do uso da substância e do transtorno mental. Em estudos fei-


tos por Hess, Almeida e Moraes (2012) foi possível identificar a existência de diferenças entre
os grupos quanto a escolaridade, estado civil e classe social. Essas variáveis caracterizam a
população em geral e indivíduos de certa população, ambos com a mesma facilidade para o
consumo de substâncias, porém uns mais vulneráveis que outros.
O atendimento a dependentes químicos envolve dois aspectos centrais:
1º) a desintoxicação que tem a finalidade de retirada da droga e seus efeitos,
2º) a manutenção, que diz respeito a reorganização da vida do indivíduo sem o uso da
droga. Dessa perspectiva, podemos ressaltar o quanto é importante desenvolver estratégias
de tratamento e prevenção diferenciado para esses indivíduos com dupla patologia, pois na so-
ciedade atual é possível observar que a maioria da população não tem acesso aos tratamentos
adequados e nem detecção precoce desses transtornos associados ao uso de drogas.

3.2. Desenvolvimento de um Transtorno Mental com o Uso Abusivo


de Substâncias Psicoativas

O desenvolvimento de transtornos mentais relacionados ao abuso e dependência de subs-


tâncias ocorre em maior frequência em pessoas predispostas a desenvolverem os transtornos
mentais. Também estão relacionados aos fatores genéticos, onde surgem em maior frequ-
ência em indivíduos que tem parentes de primeiro grau que fazem o abuso de substâncias,
onde as mulheres têm maior herdabilidade para o desenvolvimento de transtornos, entretanto
desenvolvem reações diferentes em cada indivíduo.
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É possível identificar que a dependência química ocorre com frequência em pessoas com
características depressivas e esquizofrênicas, e podem desenvolver sintomas psicóticos devi-
do ao surgimento de alucinações e delírios causados pelo alto grau de intoxicação por drogas,
vale ressaltar que a droga utilizada pode provocar efeitos diferentes em momentos distintos
para um único indivíduo, e os sintomas não necessariamente acontecerão para todos eles.
Essas características da personalidade do indivíduo são fatores que podem causar algum tipo
de estresse que por muitas vezes pode ser amenizado pelo uso de substâncias psicoativas.
Quanto à vulnerabilidade social, os indivíduos que apresentam transtornos mentais induzi-
do por uso de substâncias representam uma população bastante heterogênea. Porém existem
evidências de baixa escolaridade, que podemos relacionar com as dificuldades cognitivas que
o uso de drogas pode causar e isso é um fator que causa o afastamento das unidades de
ensino. O abuso e dependência de substâncias psicoativas faz com que muitos indivíduos se
afastem do seio familiar, percam o emprego e desestruturem a própria vida social, além de
enfrentar os preconceito e estigma da sociedade que assume a dependência e seus efeitos
como um problema de fraqueza de caráter e não como um problema social, que por outro lado
dificultam a aceitação do transtorno associado a dependência pelo doente e família, por isso é
necessário uma reorganização e suporte psíquico.
Não foi possível identificar na literatura, ações específicas sobre tratamento. Levando em
consideração que o diagnóstico muitas vezes é tardio, a falta de informações pode fazer com
que o doente, familiares e alguns especialistas da área de saúde interpretem os sintomas
como simples alucinações causadas pelo uso de substância.

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RESUMO

Alterações do DSM-IV para O DSM-5

Retomando a história das edições dos manuais, em 1994, é publicado o DSM-IV com 297
categorias de transtornos mentais. Essa quarta versão apagou todo vestígio de etiologia e
instaurou o modelo nosográfico de diagnóstico. Desse modo, o DSM-IV passa a ser consi-
derado um método infalível de diagnóstico psiquiátrico “quase” automático que pressupõe
somente um checklist.
Nessa esteira de pensamento, também a versão mais recente do DSM é publicada em
2013, contendo mais de 300 categorias diagnósticas fundamentadas. Assim, o DSM-5 se tor-
na o manual de referência da maneira contemporânea de subjetivar vivências emocionais, no
ponto em que passa a apostar no diagnóstico dimensional que tem a pretensão de englobar o
indivíduo por completo, uma vez que busca classificar todos os aspectos presentes no com-
portamento e sofrimento humanos.

Transtornos de Personalidade

Personalidade pode ser definida como as características individuais que correspondem


a um padrão de emoções, pensamentos e comportamentos. Os traços da personalidade têm
consequências, no sentindo de que suas características estão associadas a uma variedade
importante de indicadores nos níveis individual, interpessoal e social.
Os principais critérios diagnósticos para um TP estão delimitados a seguir:

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O DSM-5 busca apropriar-se do que é utilizado na abordagem da clínica para estabelecer


critérios diagnósticos consistentes para os TP, além de rastrear meios de influenciar novas
abordagens de diagnóstico e tratamento. O manual pretende assim, encorajar novas pesqui-
sas e auxiliar nas dificuldades dos profissionais da saúde mental, facilitando a comunicação e
o tratamento que os mesmos dispendem nos casos que envolvem personalidades.

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Prevalência do Transtorno de Personalidade (TP)

Estima-se que 9 a 15% dos adultos apresentem ao menos um transtorno da personalidade.


Estudos epidemiológicos identificam que 4 a 12% da população apresenta um diagnóstico pro-
tocolar referente a este tipo de psicopatologia. Esta estimativa pode ser ainda maior quando
consideradas manifestações menos incapacitantes destes quadros.
Uma maior prevalência é referida em homens na literatura, no entanto, tal informação
pode ser confrontada com o que é visto nos sistemas de assistência à saúde mental, que
computam mais casos de TP no sexo feminino em comparação ao masculino. Tal fato ocorre,
supostamente, devido a ocorrência mais frequente de comportamento autoagressivos por
parte das mulheres.
A seguir, a prevalência estimada para cada tipo de TP com base no DSM-5.

Os resultados de estudos desenvolvidos com gêmeos têm apontado para interferência de


fatores genéticos, sugerindo hereditariedade de traços ou TP com variância de 30% a 60%.
As desordens da personalidade podem ser consideradas entre os transtornos mentais
mais complicados de diagnosticar e tratar. O diagnóstico é dificultado em parte pela própria
natureza dos sintomas, pouco diferenciados e com fronteiras menos nítidas com a normalida-
de, e pela necessidade de uma avaliação longitudinal e em vários contextos.
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Cabe mencionar ainda que, devido ao surgimento precoce dos TP, ainda em períodos como
a infância e a adolescência, o prognóstico não costuma ser favorável.
Com o envelhecimento, os TP podem melhorar ou piorar. Sua prevalência em idosos é um
pouco menor do que a prevalência em adultos jovens.
A estabilidade do diagnóstico ao longo do tempo tem sido tradicionalmente considera-
da uma característica definidora de desordens da personalidade, mas estudos recentes têm
desafiado esta noção, demonstrando evidências de que esses transtornos parecem remitir
mais vezes e mais rápido do que se pensava anteriormente, com uma taxa de reincidência
relativamente baixa
As causas da melhora da personalidade são pouco conhecidas, mas assim como nos
fatores precipitantes, sugere-se que envolvem efeitos genéticos e ambientais inter-relacio-
nados, com fatores evolutivos relativos aos mecanismos adaptativos, experiências de vida e
contexto sociocultural.
Um aspecto fundamental relativo ao tratamento dos TP é o reconhecimento de que há pos-
sibilidades de tratamentos viáveis e efetivos, a fim impedir que o estigma prejudique o acesso
dos pacientes às abordagens terapêuticas disponíveis. Desta forma, reforça-se a necessidade
de engajamento do paciente e que o mesmo execute um papel ativo em seu tratamento para
que, com isso, resultados favoráveis sejam atingidos sofrimento.
O campo de pesquisa em TP tem evidenciado que tanto os tratamentos psicoterapêuticos
quanto os farmacológicos são benéficos.

Transtornos Relacionados ao Uso e Abuso de Substâncias

Muitos jovens iniciam o consumo de substâncias psicoativas pelos 12 a 15 anos, com fre-
quente uso de álcool ou maconha. O crescente uso dessas substâncias vem aumentando na me-
dida em que ocorre atualizações na sociedade, e aumenta de acordo com a evolução das culturas.
Existem evidências da utilização de substâncias psicoativas pelos seres humanos desde
os primeiros tempos da humanidade, associadas a situações muito variadas, como práticas
mágicas, religiosas, curativas, filosóficas e recreativas. O uso dessas substâncias no Brasil é
crescente. Como exemplo temos o álcool, que os indivíduos têm várias justificativas para a uti-
lização. Também é possível observar o aumento crescente do uso de outras classes de drogas,
para além da maconha, crack e cocaína.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2001) a dependência química se carac-
teriza como uma doença crônica, onde acorre a existência de comportamento impulsivos e
recorrentes de utilização de uma determinada substância para obter sensações de prazer e
bem-estar, e aliviar algum sofrimento psíquico.
A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2001) também caracterizou a dependência quími-
ca como craving, que tem como características o desejo de repetir a experiência dos efeitos de
uso de uma substância. Esse desejo ocorre na fase de alto consumo e no início da abstinência

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e pode surgir após um longo tempo sem o uso e abuso de substâncias. É um estado motiva-
cional subjetivo influenciado pelas expectativas associadas a um resultado positivo.
Para o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), dependência é
facilmente confundida com o termo adição, mas os conceitos que antes definiam dependência
são respostas normais a ação dos medicamentos usados que afetam o sistema nervoso cen-
tral e não indicam necessariamente a presença de uma adição química.
O desenvolvimento de transtornos mentais relacionados ao abuso e dependência de subs-
tâncias ocorre em maior frequência em pessoas predispostas a desenvolverem os transtornos
mentais. Também estão relacionados aos fatores genéticos, onde surgem em maior frequ-
ência em indivíduos que tem parentes de primeiro grau que fazem o abuso de substâncias,
onde as mulheres têm maior herdabilidade para o desenvolvimento de transtornos, entretanto
desenvolvem reações diferentes em cada indivíduo.
É possível identificar que a dependência química ocorre com frequência em pessoas com
características depressivas e esquizofrênicas, e podem desenvolver sintomas psicóticos devi-
do ao surgimento de alucinações e delírios causados pelo alto grau de intoxicação por drogas,
vale ressaltar que a droga utilizada pode provocar efeitos diferentes em momentos distintos
para um único indivíduo, e os sintomas não necessariamente acontecerão para todos eles.
Essas características da personalidade do indivíduo são fatores que podem causar algum tipo
de estresse que por muitas vezes pode ser amenizado pelo uso de substâncias psicoativas.
Quanto a vulnerabilidade social, os indivíduos que apresentam transtornos mentais induzi-
do por uso de substâncias representam uma população bastante heterogênea. Porém existem
evidências de baixa escolaridade, que podemos relacionar com as dificuldades cognitivas que
o uso de drogas pode causar e isso é um fator que causa o afastamento das unidades de
ensino. O abuso e dependência de substâncias psicoativas faz com que muitos indivíduos se
afastem do seio familiar, percam o emprego e desestruturem a própria vida social, além de
enfrentar os preconceito e estigma da sociedade que assume a dependência e seus efeitos
como um problema de fraqueza de caráter e não como um problema social, que por outro lado
dificultam a aceitação do transtorno associado a dependência pelo doente e família, por isso é
necessário uma reorganização e suporte psíquico.
Não foi possível identificar na literatura, ações específicas sobre tratamento. Levando em
consideração que o diagnóstico muitas vezes é tardios, a falta de informações pode fazer
com que o doente, familiares e alguns especialistas da área de saúde interpretem os sintomas
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MAPA MENTAL

DSM E SOFRIMENTO CONCEITO DE FATORES ASSOCIADOS

TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

DE SUBSTÂNCIAS
TRANSTORNOS DE HUMOR

TRANSTORNOS RELACIONADOS AO USO E ABUSO


PSÍQUICO TRANSTORNO DE A DEPENDÊNCIA
ALTERAÇÕES DOS PERSONALIDADE (TP) QUÍMICA E SUA
TRANSTORNOS DE ETIOLOGIA E FATORES CAUSALIDADE
HUMOR DO DSM-IV DE RISCO DESENVOLVIMENTO
PARA O DSM-5 DIAGNÓSTICO DE UM TRANSTORNO
TRANSTORNO MENTAL COM O USO
COMORBIDADES ABUSIVO DE
BIPOLAR E
TRANSTORNOS TRATAMENTO SUBSTÂNCIAS
RELACIONADOS PSICOATIVAS
TRANSTORNOS
DEPRESSIVOS

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EXERCÍCIOS

001. (INÉDITA/2022) Sobre transtornos de humor: A partir da segunda metade do século XX,
ganha consistência a necessidade de se criar uma padronização de categorias dos sofrimen-
tos psíquicos tratados como doenças pela comunidade psiquiátrica. Assim, a Associação
Americana de Psiquiatria (APA) em 1952, instituiu:
a) Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
b) Manual de Políticas e Diretrizes de Doenças Mentais.
c) Manual de Atendimento à Saúde Pública.
d) Manual de Orientação Psiquiátrica.
e) Manual Diagnóstico de Atendimento à Saúde Pública.

002. (INÉDITA/2022) Sobre transtornos de humor: a terceira versão do Manual Diagnóstico e


Estatístico de Transtornos Mentais é publicada em 1980, contendo 265 categorias diagnósti-
cas que se fundamentava em critérios da medicina baseada em evidências. Nessa perspecti-
va, o DSM-III se torna um marco na história da psiquiatria moderna, ao remover “as categorias
e signos clínicos da psicanálise e deslocando-se para o campo das ciências biológicas”.

003. (INÉDITA/2022) Está correto ou incorreto afirmar que no Manual Diagnóstico e Estatís-
tico de Transtornos Mentais (DSM-IV), as alterações de humor aparecem como uma classe
diagnóstica das Perturbações do Humor que, em síntese, envolvem quadros clínicos nos quais
se verificam oscilações de humor (ou estado de ânimo).

004. (INÉDITA/2022) A afirmação abaixo está certa ou errada?


Para muitos pesquisadores, o humor representa um somatório ou síntese dos afetos presen-
tes na consciência em um dado momento. Constitui o estado afetivo base e fundamental, que
se caracteriza por ser difuso, isto é, não relacionado a um objeto específico, e por ser em geral
não persistente e reativo. O humor oscila entre os polos da alegria, da tristeza e da irritabilida-
de, assim como entre a calma e a ansiedade.

005. (INÉDITA/2022) Há indícios para suspeitar de um possível diagnóstico de Transtornos de


Humor, segundo a quarta versão do DSM, quando há:
a) Presença ou ausência dos episódios de humor
b) Presença ou ausência de quadro psicótico
c) Presença ou ausência de ansiedade
d) Presença ou ausência de quadro depressivo
e) Somente ausência dos episódios de humor
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006. (INÉDITA/2022) Os sintomas de fadiga, alteração motora, alteração de sono e alterações


no peso são indícios de:
a) depressão.
b) ansiedade.
c) pânico.
d) doença motora.
e) transtornos de humor.

007. (INÉDITA/2022) Duas novas classes surgiram ao estudar a configuração do DSM-5.


Quais são elas?
a) Transtorno Bipolar e Transtornos relacionados/Transtornos depressivos
b) Transtorno de ansiedade generalizada/Transtorno de Bipolaridade
c) Demência/Esquizofrenia
d) Transtorno da Personalidade Borderline/ Transtorno Bipolar
e) Transtorno Obsessivo-Compulsivo/ Transtornos depressivos

008. (FCC/MÉDICO PSIQUIATRA/TRT 3ª REGIÃO (MG)/2009) As seguintes afirmações es-


tão relacionadas ao transtorno do humor bipolar (THB):
I – Trata-se de uma condição psicopatológica caracterizada por episódios repetidos de altera-
ção significativa no humor (mania/hipomania, estados mistos e depressão), produzindo grave
prejuízo ao longo da vida.
II – O padrão de ciclagem considerado rápido consiste na ocorrência de pelo menos quatro
episódios afetivos ao ano (de depressão, mania ou hipomania e misto).
III – No presente momento existem, segundo o DSM-IV, quatro tipos clínicos de THB, que são
eles o tipo I, II, III e SOE.
IV – O paciente portador de THB apresenta, ao longo de sua vida, a predominância de fases
depressivas, quando comparada com fases de mania e hipomania.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) III e IV.
b) III.
c) II e III.
d) I e II.
e) I, II e IV.

009. (FCC/MÉDICO PSIQUIATRA/TRT 3ª REGIÃO (MG)/2009) Em relação ao transtorno bi-


polar de início na infância e adolescência, está correto o que se afirma em:
a) É uma condição cujo diagnóstico é bastante complexo, pois apresenta características clí-
nicas consideradas incomuns nos adultos, como a predominância de ciclos mais rápidos e
estados mistos.
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b) O diagnóstico clínico não utiliza os critérios do DSM- IV e CID-10, pois eles não contemplam
as diferenças na apresentação clínica, quando comparado com os adultos.
c) O tratamento psicofarmacológico é bastante simples, pois vale-se dos mesmos esquemas
utilizados para os adultos e apresenta eficácia e tolerabilidade bem estabelecidas.
d) A incidência familiar é questionável nesse transtorno, apesar de, eventualmente, parentes de
primeiro grau também serem portadores de transtornos de humor, inclusive o transtorno bipolar.
e) Não existe o transtorno bipolar em crianças e adolescentes, sendo que os primeiros episó-
dios somente ocorrem a partir dos 25 anos.

010. (INÉDITA/2022) O termo bipolar foi utilizado na psiquiatria pela primeira no final do
século XIX, mas ganhou visibilidade a partir de 1980, com o DSM-III, pois anterior a esse
manual falava-se:
a) Psicose maníaco-depressiva.
b) Mania/hipomania.
c) TDAH.
d) Autismo.
e) Transtorno de Humor.

011. (INÉDITA/2022) Caracterizada por “uma alegria (euforia, ou melhor, hiperforia) ou irritabili-
dade patológicas (exaltação afetiva)”. O conceito refere-se à fase da Bipolaridade denominada:
a) fase maníaca.
b) fase depressiva.
c) fase inicial.
d) fase mais grave.
e) fase intermediária.

012. (CESPE/MÉDICO PSIQUIATRA/DETRAN-DF/2009) Se um indivíduo tiver histórico de


um único episódio depressivo e ocorrer episódio maníaco, então, o diagnóstico deve ser alte-
rado para transtorno afetivo bipolar.

013. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/MEDICINA PSIQUIÁTRICA/TJ/2012) O diagnóstico


diferencial de um paciente com transtorno bipolar I (episódio depressivo) é idêntico ao de um
paciente com transtorno depressivo maior.

014. (INÉDITA/2022) O transtorno bipolar tipo I foi comumente igualado à clássica doença
maníaco-depressiva, mas o transtorno bipolar tipo II aumentou drasticamente o limiar, exigindo
meramente um episódio depressivo e um período de produtividade reduzida, inflação da auto-
estima e redução da necessidade de sono.
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015. (INÉDITA/2022) O paciente considerado “bipolar leve” significa que “reage de forma re-
duzida às perdas”.

016. (INÉDITA/2022) Marque Falso (F) ou Verdadeiro (V).


O transtorno depressivo é caracterizado por episódios distintos:

(  ) No mínimo duas semanas de duração


(  ) Envolve alterações nítidas no afeto, na cognição e em funções neurovegetativas e re-
missões interepisódicas.
(  ) dificuldade para controlar a própria vontade;
(  ) culpa e vergonha depois dos episódios

A sequência correta é:
a) V, V, F, F.
b) V, F, V, F.
c) F, F, V, V.
d) V, F, F, F.
e) V, V, V, V.

017. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ/PROVA TEÓRICA/UNIVERSIDADE FEDERAL


DO PARANÁ/2017) A duração mínima para o diagnóstico de episódio hipomaníaco, de acordo
com o DSM-IV, é:
a) um dia.
b) dois dias.
c) quatro dias.
d) cinco dias.
e) uma semana.

018. (INÉDITA/2022) O Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor (TDDH), Transtorno


Depressivo Maior e Transtorno Depressivo Persistente (Distimia), foram deslocados para uma
nova classe do DSM-5 denominada:
a) Depressão.
b) Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC).
c)Transtornos Depressivos.
d) Transtorno Bipolar.
e) Estresse pós-traumático.

019. (INÉDITA/2022) Personalidade pode ser definida como as características individuais que
correspondem a um padrão de emoções, pensamentos e comportamentos. Os traços da per-
sonalidade têm consequências, no sentindo de que suas características estão associadas a
uma variedade importante de indicadores nos níveis individual, interpessoal e social.
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020. (AGIRH/PSICÓLOGO/PREFEITURA DE ROSEIRA/2022) Assinale a alternativa correta


sobre o Transtorno da Personalidade Antissocial.
a) O padrão do comportamento antissocial é mais comum no sexo feminino do que no masculino.
b) Não pode ser diagnosticado na infância, necessita de uma evolução durante a história de
vida dessas pessoas.
c) Apesar de outros fatores transgressores, as pessoas com esse transtorno costumam ser
responsáveis, mantendo na maioria das vezes conduta consistente no trabalho e honrando as
obrigações financeiras.
d)Todas as pessoas com transtorno de Personalidade Antissocial fazem uso de substân-
cias tóxicas.

021. (UPENET-IAUPE/RESIDÊNCIA EM PSICOLOGIA/ÁREA: SAÚDE DA FAMÍLIA/SES-


-PE/2022) Considerando o que propõe o DSM – V para classificar os diversos tipos de trans-
torno, analise as afirmativas abaixo e assinale aquela que é INCORRETA para o Transtorno da
Personalidade Narcisista.
a) Tem uma sensação grandiosa da própria importância.
b) Apresenta um sentimento de possuir direitos.
c) É explorador em relações interpessoais.
d) Demonstra comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes.
e) Mostra autodramatização, teatralidade e expressão exagerada das emoções.

022. (INÉDITA/2022) A Era Moderna dos TP pode ser considerada a partir de 1952, com a pu-
blicação do primeiro Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) pela As-
sociação Americana de Psiquiatria (APA). Nessa versão inicial, as patologias da personalidade
tiveram breves descrições e incluíram um amplo campo diagnóstico para o TP antissocial, com
subtipos como desvios sexuais, alcoolismo, dependência de drogas e reações dissociais.

023. (INÉDITA/2022) O DSM-5 busca apropriar-se do que é utilizado na abordagem da clínica


para estabelecer critérios diagnósticos consistentes para os TP, além de rastrear meios de in-
fluenciar novas abordagens de diagnóstico e tratamento. O manual pretende assim, encorajar
novas pesquisas e auxiliar nas dificuldades dos profissionais da saúde mental, facilitando a co-
municação e o tratamento que os mesmos dispendem nos casos que envolvem personalidades.

024. (INÉDITA/2022) Estima-se que 3 a 15% dos adultos apresentem ao menos um transtorno
da personalidade.

025. (INÉDITA/2022) A prevalência de desordens da personalidade sofre variações de acordo


com o grupo sociodemográfico. Dados internacionais apontam que estes TP se encontram
mais presente em áreas rurais e em indivíduos que não estão em contato constantemente com
os serviços de saúde.
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Transtornos: Humor, Personalidade
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026. (INÉDITA/2022) Considerados os pacientes em tratamento psiquiátrico, a prevalência de


Transtorno de Personalidade é variável entre os estudos, sendo considerada a proposta mais
consistente, a estimativa de 45 a 51%. Entre os pacientes atendidos por autoagressão a preva-
lência é estimada em 27,5%; sendo comum quadros epilepsia e compulsão alimentar.

027. (INÉDITA/2022) Entende-se que as experiências traumáticas da infância estão, consis-


tentemente, associadas ao desenvolvimento de transtornos mentais na vida adulta, e podem
ser incluídas como influências do ambiente na saúde mental do indivíduo.

028. (INÉDITA/2022) Entende-se que as experiências traumáticas da infância estão, consis-


tentemente, associadas ao desenvolvimento de transtornos mentais na vida adulta, e podem
ser incluídas como influências do ambiente na saúde mental do indivíduo.
Os casos de estresse precoce são comumente relatados por indivíduos com TP, sendo os tipos
mais atingidos pelos:
a) borderlines e antissociais.
b) depressivos e ansiosos.
c) maníacos e antissociais.
d) bipolar e depressivo.
e) borderlines e maníaco.

029. (INÉDITA/2022) As desordens da personalidade podem ser consideradas entre os trans-


tornos mentais mais complicados de diagnosticar e tratar.

030. (INÉDITA/2022) Marque a alternativa correta que refere-se ao conceito de egossintônicas;


a) O indivíduo sente-se superior (grandiosidade), necessidade de ser admirado e falta de empatia.
b) O indivíduo não identifica ou não se incomoda com o que considera componentes de “seu
jeito de ser”.
c) O indivíduo tem medo do isolamento ou abandono.
d) O indivíduo Hábitos ruins e comportamento Impulsivo.

031. (INÉDITA/2022) A suspeita, sem fundamento suficiente, de estar sendo explorado, mal-
tratado ou enganado é considerado transtorno de personalidade:
a) Paranoide.
b) Esquizoide.
c) Esquizotípica.
d) Antissocial.

032. (INÉDITA/2022) O indivíduo mostra-se indiferente a elogios e críticas, tem prazer em


poucas atividades, não tem amigos íntimos ou confidentes, são características do Transtorno
de Personalidade:
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a) Paranoide.
b) Esquizoide.
c) Esquizotípica.
d) Antissocial.

033. (INÉDITA/2022) O indivíduo tem experiências e discursos bizarros e ansiedade social


excessiva são características do Transtorno de Personalidade:
a) Paranoide.
b) Esquizoide.
c) Esquizotípica.
d) Antissocial.

034. (INÉDITA/2022) O indivíduo tem sentimentos crônicos de vazio, raiva inadequada ou in-
tensa, instabilidade afetiva. Essas são caraterísticas do Transtorno de Personalidade:
a) Histriônica.
b) Esquizoide.
c) Esquizotípica.
d) Antissocial.
e) Boderline.

035. (INÉDITA/2022) O indivíduo apresenta dramaticidade, teatralidade, mudanças rápidas


e superficialidade nas expressões das emoções. Essas são caraterísticas do Transtorno de
Personalidade:
a) Histriônica.
b) Esquizoide.
c) Esquizotípica.
d) Antissocial.
e) Boderline.

036. (INÉDITA/2022) O indivíduo apresenta exigência de admiração excessiva. Essas são ca-
raterísticas do Transtorno de Personalidade:
a) Histriônica.
b) Narcisista.
c) Esquizotípica.
d) Antissocial.
e) Boderline.

037. (INÉDITA/2022) O indivíduo vai a extremos para obter carinho e apoio, desconforto ou
desamparo quando está só. Essas são caraterísticas do Transtorno de Personalidade:
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a) Histriônica.
b) Narcisista.
c) Esquizotípica.
d) Dependente.
e) Boderline.

038. (INÉDITA/2022) Preocupação com críticas ou rejeições em situações reais. Essas são
caraterísticas do Transtorno de Personalidade:
a) Histriônica.
b) Narcisista.
c) Esquiva.
d) Dependente.
e) Boderline.

039. (INÉDITA/2022) A preocupação generalizada com organização, perfeccionismo e con-


trole (sem espaço para flexibilidade ou eficiência) que acaba interferindo na conclusão da ta-
refa. Essas são caraterísticas do Transtorno de Personalidade:
a) Obsessivo-compulsiva.
b) Narcisista.
c) Esquiva.
d) Dependente.
e) Boderline.

040. (INÉDITA/2022) As desordens da personalidade são associadas a um uso excessivo dos


serviços de saúde e morbimortalidade médica, especialmente por doenças cardiovasculares.
Refere-se que pacientes com Transtorno de Personalidade apresentam maiores índices de quei-
xas clínicas (por exemplo, 60% relatam cefaleia), doenças físicas e complicações no tratamento.

041. (INÉDITA/2022) Com o envelhecimento, os TP podem melhorar ou piorar. Sua preva-


lência em idosos é um pouco menor do que a prevalência em adultos jovens. Observações
longitudinais geralmente sugerem que os transtornos “imaturos” de personalidade (grupo B)
mostram uma melhora ao longo do tempo, enquanto os mais “maduros” (grupos A e C) são
caracterizados por um curso mais crônico.

042. (INÉDITA/2022) Estudos recentes têm identificado altas taxas de remissão (78-99%) ao
longo do seguimento de 16 anos de pacientes com TP, com recuperação de 40 a 60% entre
pacientes com diagnóstico de borderline e 75 a 85% entre os outros TP.

043. (INÉDITA/2022) O tratamento do transtorno de personalidade borderline (TPB) inclui o


manejo de crises, com controle de reações emocionais intensas, avaliação do risco de auto
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ou heteroagressividade e comportamento suicida. Além disso, no acompanhamento médico,


os pacientes devem ser ajudados a desenvolver habilidades de enfrentamento de estresse,
através da identificação de recursos próprios eficazes para lidar com estresse em outras situ-
ações, busca de apoio, expressões emocionais diretas e menos destrutivas.

044. (INÉDITA/2022) A forma ideal de tratamento de TP é especializada e multiprofissional,


incluindo psiquiatra, psicoterapeuta e terapeuta de grupo, além de inserir a família como rede
de apoio integrada.

045. (INÉDITA/2022) A psicoterapia é a base do tratamento, cuja eficácia fundamenta-se


em uma boa aliança terapêutica, com participação ativa de terapeuta e paciente de forma
colaborativa.

046. (INÉDITA/2022) A Terapia Comportamental Dialética (TCD) é conhecida como uma das
abordagens de maior eficácia no tratamento de TPB. Essa abordagem é conhecida por ser ba-
seada no treino de habilidades sociais e no uso de metáforas para enfretamento de situações
adversas, dois aspectos extremamente importantes na regulação das disfunções presentes no
paciente com esse tipo de transtorno da personalidade.

047. (INÉDITA/2022) O campo de pesquisa em TP tem evidenciado que tanto os tratamentos


psicoterapêuticos quanto os farmacológicos são benéficos.

048. (INÉDITA/2022) Os estudos sugerem que a maior parte dos pacientes com o diagnós-
tico de TPB (70%) recebem tratamento ao longo da vida, com psicoterapia e uso contínuo de
medicações.

049. (INÉDITA/2022) Os fatores de personalidade que se relacionam com o abuso e depen-


dência de substâncias são o comportamento antissocial e a depressão, onde alguns dos usu-
ários podem ter tendência ou histórico de comportamento psicótico, em que a droga piora seu
estado mental. Já outros indivíduos desencadeiam o surto com o uso da droga.

050. (INÉDITA/2022) Os pacientes com transtornos psiquiátricos em geral representam uma


população bastante heterogênea, com muitos subtipos, de acordo com as diferentes combina-
ções entre os transtornos mentais existentes e as substâncias utilizadas, a idade de início dos
transtornos, gravidade do quadro e a duração do uso da substância e do transtorno mental.

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GABARITO

1. a 37. d
2. C 38. c
3. C 39. a
4. E 40. C
5. a 41. C
6. e 42. C
7. a 43. C
8. e 44. C
9. a 45. C
10. a 46. C
11. a 47. C
12. c 48. C
13. C 49. C
14. E 50. C
15. E
16. a
17. c
18. c
19. C
20. b
21. e
22. C
23. C
24. E
25. E
26. E
27. C
28. a
29. C
30. b
31. a
32. b
33. d
34. e
35. a
36. b
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Transtornos: Humor, Personalidade
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GABARITO COMENTADO

001. (INÉDITA/2022) Sobre transtornos de humor: A partir da segunda metade do século XX,
ganha consistência a necessidade de se criar uma padronização de categorias dos sofrimen-
tos psíquicos tratados como doenças pela comunidade psiquiátrica. Assim, a Associação
Americana de Psiquiatria (APA) em 1952, instituiu:
a) Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
b) Manual de Políticas e Diretrizes de Doenças Mentais.
c) Manual de Atendimento à Saúde Pública.
d) Manual de Orientação Psiquiátrica.
e) Manual Diagnóstico de Atendimento à Saúde Pública.

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-I) que apresentava 106 cate-
gorias de psicopatologias. Essa primeira versão do manual era pautada em uma compreensão
psicossocial da doença mental. Dezesseis anos depois, o DSM-II é publicado. Esse, por sua
vez, continha 180 categorias diagnóstica.
Letra a.

002. (INÉDITA/2022) Sobre transtornos de humor: a terceira versão do Manual Diagnóstico e


Estatístico de Transtornos Mentais é publicada em 1980, contendo 265 categorias diagnósti-
cas que se fundamentava em critérios da medicina baseada em evidências. Nessa perspecti-
va, o DSM-III se torna um marco na história da psiquiatria moderna, ao remover “as categorias
e signos clínicos da psicanálise e deslocando-se para o campo das ciências biológicas”.

No fim dos anos 70, algumas divergências diagnósticas estadunidenses e europeias levaram
a APA “a aperfeiçoar a uniformidade e a validade do diagnóstico psiquiátrico, assim como
padronizar as práticas de diagnóstico” (MARTINHAGO; CAPONI, 2019, p. 2). Assim, verifica-
-se a extinção de termos como neurose e psicose e, diante dessa situação, torna-se cada vez
mais desnecessária a escuta do paciente, uma vez que seu saber não mais influenciará na
construção diagnóstica.
Certo.

003. (INÉDITA/2022) Está correto ou incorreto afirmar que no Manual Diagnóstico e Estatís-
tico de Transtornos Mentais (DSM-IV), as alterações de humor aparecem como uma classe
diagnóstica das Perturbações do Humor que, em síntese, envolvem quadros clínicos nos quais
se verificam oscilações de humor (ou estado de ânimo).
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Transtornos: Humor, Personalidade
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Para muitos pesquisadores, o humor representa um somatório ou síntese dos afetos presen-
tes na consciência em um dado momento. Constitui o estado afetivo base e fundamental, que
se caracteriza por ser difuso, isto é, não relacionado a um objeto específico, e por ser em geral
persistente e não reativo. O humor oscila entre os polos da alegria, da tristeza e da irritabilida-
de, assim como entre a calma e a ansiedade.
Certo.

004. (INÉDITA/2022) A afirmação abaixo está certa ou errada?


Para muitos pesquisadores, o humor representa um somatório ou síntese dos afetos presen-
tes na consciência em um dado momento. Constitui o estado afetivo base e fundamental, que
se caracteriza por ser difuso, isto é, não relacionado a um objeto específico, e por ser em geral
não persistente e reativo. O humor oscila entre os polos da alegria, da tristeza e da irritabilida-
de, assim como entre a calma e a ansiedade.

Para muitos pesquisadores, o humor representa um somatório ou síntese dos afetos presen-
tes na consciência em um dado momento. Constitui o estado afetivo base e fundamental, que
se caracteriza por ser difuso, isto é, não relacionado a um objeto específico, e por ser em geral
persistente e não reativo. O humor oscila entre os polos da alegria, da tristeza e da irritabilida-
de, assim como entre a calma e a ansiedade.
Errado.

005. (INÉDITA/2022) Há indícios para suspeitar de um possível diagnóstico de Transtornos de


Humor, segundo a quarta versão do DSM, quando há:
a) Presença ou ausência dos episódios de humor
b) Presença ou ausência de quadro psicótico
c) Presença ou ausência de ansiedade
d) Presença ou ausência de quadro depressivo
e) Somente ausência dos episódios de humor

Para muitos pesquisadores, o humor representa um somatório ou síntese dos afetos presen-
tes na consciência em um dado momento. Constitui o estado afetivo base e fundamental, que
se caracteriza por ser difuso, isto é, não relacionado a um objeto específico, e por ser em geral
persistente e não reativo. O humor oscila entre os polos da alegria, da tristeza e da irritabilida-
de, assim como entre a calma e a ansiedade.
Letra a.

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006. (INÉDITA/2022) Os sintomas de fadiga, alteração motora, alteração de sono e alterações


no peso são indícios de:
a) depressão.
b) ansiedade.
c) pânico.
d) doença motora.
e) transtornos de humor.

São indícios para suspeitar de um possível diagnóstico de Transtornos de Humor, segundo a


quarta versão do DSM, quando há a presença ou ausência dos episódios de humor (episódio de-
pressivo maior e episódio maníaco) e a constatação de, no mínimo, cinco dos sintomas típicos.
Letra e.

007. (INÉDITA/2022) Duas novas classes surgiram ao estudar a configuração do DSM-5.


Quais são elas?
a) Transtorno Bipolar e Transtornos relacionados/Transtornos depressivos
b) Transtorno de ansiedade generalizada/Transtorno de Bipolaridade
c) Demência/Esquizofrenia
d) Transtorno da Personalidade Borderline/ Transtorno Bipolar
e) Transtorno Obsessivo-Compulsivo/ Transtornos depressivos

Houve uma reconfiguração do DSM-5, a partir da inclusão e exclusão de categorias.


Letra a.

008. (FCC/MÉDICO PSIQUIATRA/TRT 3ª REGIÃO (MG)/2009) As seguintes afirmações es-


tão relacionadas ao transtorno do humor bipolar (THB):
I – Trata-se de uma condição psicopatológica caracterizada por episódios repetidos de altera-
ção significativa no humor (mania/hipomania, estados mistos e depressão), produzindo grave
prejuízo ao longo da vida.
II – O padrão de ciclagem considerado rápido consiste na ocorrência de pelo menos quatro
episódios afetivos ao ano (de depressão, mania ou hipomania e misto).
III – No presente momento existem, segundo o DSM-IV, quatro tipos clínicos de THB, que são
eles o tipo I, II, III e SOE.
IV – O paciente portador de THB apresenta, ao longo de sua vida, a predominância de fases
depressivas, quando comparada com fases de mania e hipomania.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) III e IV.
b) III.
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c) II e III.
d) I e II.
e) I, II e IV.

“O paciente portador de THB apresenta, ao longo de sua vida, a predominância de fases depres-
sivas, quando comparada com fases de mania e hipomania”. A maioria realmente apresenta
predominância de sintomas depressivos, entretanto existem paciente com predominância de
sintomas maníaco/hipomaníacos ou até mesmo “mania pura”.
Letra e.

009. (FCC/MÉDICO PSIQUIATRA/TRT 3ª REGIÃO (MG)/2009) Em relação ao transtorno bi-


polar de início na infância e adolescência, está correto o que se afirma em:
a) É uma condição cujo diagnóstico é bastante complexo, pois apresenta características clí-
nicas consideradas incomuns nos adultos, como a predominância de ciclos mais rápidos e
estados mistos.
b) O diagnóstico clínico não utiliza os critérios do DSM- IV e CID-10, pois eles não contemplam
as diferenças na apresentação clínica, quando comparado com os adultos.
c) O tratamento psicofarmacológico é bastante simples, pois vale-se dos mesmos esquemas
utilizados para os adultos e apresenta eficácia e tolerabilidade bem estabelecidas.
d) A incidência familiar é questionável nesse transtorno, apesar de, eventualmente, parentes
de primeiro grau também serem portadores de transtornos de humor, inclusive o transtor-
no bipolar.
e) Não existe o transtorno bipolar em crianças e adolescentes, sendo que os primeiros episó-
dios somente ocorrem a partir dos 25 anos.

O transtorno bipolar é uma doença grave que deve ser tratada por profissionais. Também é
conhecida como uma doença maníaco-depressiva. As crianças com transtorno bipolar expe-
rimentam mudanças de humor incomuns. Às vezes se sentem muito felizes e são mais ativas
do que o normal (episódios de mania) e outras vezes elas se sentem muito tristes e decaídas,
não estão nada afetivas e esta fase se chama depressão.
Letra a.

010. (INÉDITA/2022) O termo bipolar foi utilizado na psiquiatria pela primeira no final do
século XIX, mas ganhou visibilidade a partir de 1980, com o DSM-III, pois anterior a esse
manual falava-se:
a) Psicose maníaco-depressiva.
b) Mania/hipomania.
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c) TDAH.
d) Autismo.
e) Transtorno de Humor.

O Transtorno Bipolar, em geral, corresponde a uma psicopatologia que causa alterações acen-
tuadas e periódicas de humor, tendo como extremos episódios maníacos e depressivos.
Letra a.

011. (INÉDITA/2022) Caracterizada por “uma alegria (euforia, ou melhor, hiperforia) ou irritabili-
dade patológicas (exaltação afetiva)”. O conceito refere-se à fase da Bipolaridade denominada:
a) fase maníaca.
b) fase depressiva.
c) fase inicial.
d) fase mais grave.
e) fase intermediária.

O termo bipolar foi utilizado na psiquiatria pela primeira no final do século XIX, mas ganhou
visibilidade a partir de 1980, com o DSM-III, pois anterior a esse manual falava-se em psico-
se maníaco-depressiva. O Transtorno Bipolar, em geral, corresponde a uma psicopatologia
que causa alterações acentuadas e periódicas de humor, tendo como extremos episódios
maníacos e depressivos.
Letra a.

012. (CESPE/MÉDICO PSIQUIATRA/DETRAN-DF/2009) Se um indivíduo tiver histórico de


um único episódio depressivo e ocorrer episódio maníaco, então, o diagnóstico deve ser alte-
rado para transtorno afetivo bipolar.

O que vai diferenciar a depressão unipolar da depressão bipolar é a presença episódio maníaco
ou hipomaníaco. Até um destes se apresentar, o episódio depressivo do transtorno bipolar vai
ser considerado como depressão maior. Quando (e se) ocorrer o episódio maníaco, o diagnós-
tico deve ser alterado para transtorno afetivo bipolar.
Letra c.

013. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/MEDICINA PSIQUIÁTRICA/TJ/2012) O diagnóstico


diferencial de um paciente com transtorno bipolar I (episódio depressivo) é idêntico ao de um
paciente com transtorno depressivo maior.
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O que vai diferenciar é a presença episódio maníaco ou hipomaníaco. Até um destes se apre-
sentar, o episódio depressivo do transtorno bipolar vai ser tratado como depressão maior.
Certo.

014. (INÉDITA/2022) O transtorno bipolar tipo I foi comumente igualado à clássica doença
maníaco-depressiva, mas o transtorno bipolar tipo II aumentou drasticamente o limiar, exigindo
meramente um episódio depressivo e um período de produtividade reduzida, inflação da auto-
estima e redução da necessidade de sono.

O transtorno bipolar tipo I foi comumente igualado à clássica doença maníaco-depressiva, mas
o transtorno bipolar tipo II baixou drasticamente o limiar, exigindo meramente um episódio
depressivo e um período de produtividade aumentada, inflação da autoestima e redução da
necessidade de sono.
Errado.

015. (INÉDITA/2022) O paciente considerado “bipolar leve” significa que “reage de forma re-
duzida às perdas”.

O paciente “bipolar leve” significa que o paciente “reage intensamente às perdas”.


Errado.

016. (INÉDITA/2022) Marque Falso (F) ou Verdadeiro (V).


O transtorno depressivo é caracterizado por episódios distintos:

 (  ) No mínimo duas semanas de duração


 (  ) Envolve alterações nítidas no afeto, na cognição e em funções neurovegetativas e re-
missões interepisódicas.
 (  ) dificuldade para controlar a própria vontade;
 (  ) culpa e vergonha depois dos episódios

A sequência correta é:
a) V, V, F, F.
b) V, F, V, F.
c) F, F, V, V.
d) V, F, F, F.
e) V, V, V, V.
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No DSM-5, o que leva ao diagnóstico dos Transtornos Depressivos é a presença de humor


triste, vazio ou irritável e alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a
capacidade de funcionamento do indivíduo.
Letra a.

017. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ/PROVA TEÓRICA/UNIVERSIDADE FEDERAL


DO PARANÁ/2017) A duração mínima para o diagnóstico de episódio hipomaníaco, de acordo
com o DSM-IV, é:
a) um dia.
b) dois dias.
c) quatro dias.
d) cinco dias.
e) uma semana.

A hipomania pode estar associada a vários transtornos de humor diferentes, portanto, saber
com qual condição médica você está lidando é importante para controlá-los.
Letra c.

018. (INÉDITA/2022) O Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor (TDDH), Transtorno


Depressivo Maior e Transtorno Depressivo Persistente (Distimia), foram deslocados para uma
nova classe do DSM-5 denominada:
a) Depressão.
b) Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC).
c)Transtornos Depressivos.
d) Transtorno Bipolar.
e) Estresse pós-traumático.

A classe diagnóstica de Transtornos Depressivos do DSM-5 apresenta um total de oito catego-


rias de transtornos, das quais três foram deslocadas e cinco foram criadas.
Letra c.

019. (INÉDITA/2022) Personalidade pode ser definida como as características individuais que
correspondem a um padrão de emoções, pensamentos e comportamentos. Os traços da per-
sonalidade têm consequências, no sentindo de que suas características estão associadas a
uma variedade importante de indicadores nos níveis individual, interpessoal e social.
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A partir disso, um transtorno da personalidade (TP) pode ser caracterizado como “padrão per-
sistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expec-
tativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa na adolescência ou início da fase
adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo”. É comum que pessoas
com TP tenham um repertório limitado de emoções, atitudes e comportamentos para lidar
com os problemas e estresse da vida cotidiana.
Certo.

020. (AGIRH/PSICÓLOGO/PREFEITURA DE ROSEIRA/2022) Assinale a alternativa correta


sobre o Transtorno da Personalidade Antissocial.
a) O padrão do comportamento antissocial é mais comum no sexo feminino do que no masculino.
b) Não pode ser diagnosticado na infância, necessita de uma evolução durante a história de
vida dessas pessoas.
c) Apesar de outros fatores transgressores, as pessoas com esse transtorno costumam ser
responsáveis, mantendo na maioria das vezes conduta consistente no trabalho e honrando as
obrigações financeiras.
d)Todas as pessoas com transtorno de Personalidade Antissocial fazem uso de substân-
cias tóxicas.

As teorias sobre os transtornos de personalidade apontam como critério para diagnóstico o


surgimento na adolescência ou início da idade adulta. Na infância a personalidade ainda está
em formação, inclusive o pensamento abstrato vai surgir somente por volta dos 12 anos (ado-
lescência). O que pode ser observado em crianças são alterações comportamentais, que po-
dem ser expressos como por exemplo o transtorno de conduta, que futuramente pode vir a se
desenvolver um transtorno de personalidade.
Letra b.

021. (UPENET-IAUPE/RESIDÊNCIA EM PSICOLOGIA/ÁREA: SAÚDE DA FAMÍLIA/SES-


-PE/2022) Considerando o que propõe o DSM – V para classificar os diversos tipos de trans-
torno, analise as afirmativas abaixo e assinale aquela que é INCORRETA para o Transtorno da
Personalidade Narcisista.
a) Tem uma sensação grandiosa da própria importância.
b) Apresenta um sentimento de possuir direitos.
c) É explorador em relações interpessoais.
d) Demonstra comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes.
e) Mostra autodramatização, teatralidade e expressão exagerada das emoções.
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Pacientes com transtorno de personalidade narcisista superestimam suas habilidades e exa-


geram suas realizações. Eles acham que são superiores, originais ou especiais. Essa superes-
timação de seu próprio valor e realizações muitas vezes implica uma subestimação do valor e
das realizações dos outros.
Esses pacientes estão preocupados com fantasias de grandes realizações—de serem admira-
dos por sua inteligência ou beleza avassaladora, de ter prestígio e influência ou de experimen-
tar um grande amor. Eles sentem que devem se relacionar apenas com outros tão especiais e
talentosos quanto eles mesmos, não com pessoas comuns. Esse relacionamento com pesso-
as extraordinárias é usado para suportar e melhorar sua autoestima.
Letra e.

022. (INÉDITA/2022) A Era Moderna dos TP pode ser considerada a partir de 1952, com a pu-
blicação do primeiro Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) pela As-
sociação Americana de Psiquiatria (APA). Nessa versão inicial, as patologias da personalidade
tiveram breves descrições e incluíram um amplo campo diagnóstico para o TP antissocial, com
subtipos como desvios sexuais, alcoolismo, dependência de drogas e reações dissociais.

O conceito de TP sofreu deslocamentos diversos até chegar à concepção atualmente adotada.


Levando em conta que desde a antiguidade os estados emocionais e o temperamento já eram
estudados, a descrição e definição dos quadros da personalidade devem considerar o momen-
to histórico estudado.
Certo.

023. (INÉDITA/2022) O DSM-5 busca apropriar-se do que é utilizado na abordagem da clínica


para estabelecer critérios diagnósticos consistentes para os TP, além de rastrear meios de in-
fluenciar novas abordagens de diagnóstico e tratamento. O manual pretende assim, encorajar
novas pesquisas e auxiliar nas dificuldades dos profissionais da saúde mental, facilitando a co-
municação e o tratamento que os mesmos dispendem nos casos que envolvem personalidades.

Um novo modelo híbrido dimensional-categorial proposto foi incluído na seção destinada a


“Medidas e Modelos Emergentes” do DSM-5 e compreende um esquema uniforme de critérios
que seriam aplicados a todos os TP. O critério A define os componentes do funcionamento da
personalidade que podem apresentar prejuízos: (1) self, determinado pela identidade e auto
direcionamento, e (2) interpessoal, definido por empatia e intimidade. O critério B descreve tra-
ços de personalidade patológicos em cinco amplos domínios: afetividade negativa, desapego,
antagonismo, desinibição e psicotismo. Por fim, esse modelo alternativo inclui uma escala de
mensuração do nível de prejuízo variando de zero a quatro, sendo requerido um nível ao menos
de dois (moderado) para o diagnóstico de um TP.
Certo.

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024. (INÉDITA/2022) Estima-se que 3 a 15% dos adultos apresentem ao menos um transtorno
da personalidade.

Estima-se que 9 a 15% dos adultos apresentem ao menos um transtorno da personalidade.


Estudos epidemiológicos identificam que 4 a 12% da população apresenta um diagnóstico pro-
tocolar referente a este tipo de psicopatologia. Esta estimativa pode ser ainda maior quando
consideradas manifestações menos incapacitantes destes quadros.
Errado.

025. (INÉDITA/2022) A prevalência de desordens da personalidade sofre variações de acordo


com o grupo sociodemográfico. Dados internacionais apontam que estes TP se encontram
mais presente em áreas rurais e em indivíduos que não estão em contato constantemente com
os serviços de saúde.

A prevalência de desordens da personalidade sofre variações de acordo com o grupo sociode-


mográfico. Dados internacionais apontam que estes TP se encontram mais presente em áreas
urbanas e em indivíduos que estão em contato constantemente com os serviços de saúde.
Errado.

026. (INÉDITA/2022) Considerados os pacientes em tratamento psiquiátrico, a prevalência de


Transtorno de Personalidade é variável entre os estudos, sendo considerada a proposta mais
consistente, a estimativa de 45 a 51%. Entre os pacientes atendidos por autoagressão a preva-
lência é estimada em 27,5%; sendo comum quadros epilepsia e compulsão alimentar.

Considerados os pacientes em tratamento psiquiátrico, a prevalência de TP é variável entre os


estudos, sendo considerada a proposta mais consistente, a estimativa de 45 a 51%. Entre os pa-
cientes atendidos por autoagressão a prevalência é estimada em 27,5%; sendo comum quadros
de depressão, ansiedade e uso de álcool associados e claramente identificados neste grupo.
Errado.

027. (INÉDITA/2022) Entende-se que as experiências traumáticas da infância estão, consis-


tentemente, associadas ao desenvolvimento de transtornos mentais na vida adulta, e podem
ser incluídas como influências do ambiente na saúde mental do indivíduo.

Desta forma, ao mesmo tempo em que as pesquisas da genética comportamental demons-


tram a importância herdabilidade para a formação da personalidade, não se pode negligenciar
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a influência de fatores ambientais não compartilhados. É possível afirmar que apesar da im-
portância legítima do fator genético, o ambiente desempenha um papel crucial na manifesta-
ção de um TP, não sendo nenhum dos fatores anteriormente citados determinante em isolado.
Certo.

028. (INÉDITA/2022) Entende-se que as experiências traumáticas da infância estão, consis-


tentemente, associadas ao desenvolvimento de transtornos mentais na vida adulta, e podem
ser incluídas como influências do ambiente na saúde mental do indivíduo.
Os casos de estresse precoce são comumente relatados por indivíduos com TP, sendo os tipos
mais atingidos pelos:
a) borderlines e antissociais.
b) depressivos e ansiosos.
c) maníacos e antissociais.
d) bipolar e depressivo.
e) borderlines e maníaco.

Em tais casos, está presente a interação de fatores genéticos e mediação de características


pessoais, como, por exemplo, a capacidade de resiliência.
Letra a.

029. (INÉDITA/2022) As desordens da personalidade podem ser consideradas entre os trans-


tornos mentais mais complicados de diagnosticar e tratar.

As desordens da personalidade podem ser consideradas entre os transtornos mentais mais


complicados de diagnosticar e tratar. O diagnóstico é dificultado em parte pela própria natu-
reza dos sintomas, pouco diferenciados e com fronteiras menos nítidas com a normalidade, e
pela necessidade de uma avaliação longitudinal e em vários contextos.
Certo.

030. (INÉDITA/2022) Marque a alternativa correta que refere-se ao conceito de egossintônicas;


a) O indivíduo sente-se superior (grandiosidade), necessidade de ser admirado e falta de empatia.
b) O indivíduo não identifica ou não se incomoda com o que considera componentes de “seu
jeito de ser”.
c) O indivíduo tem medo do isolamento ou abandono.
d) O indivíduo Hábitos ruins e comportamento Impulsivo.

Além disso, muitas das características consideradas para o diagnóstico são egossintônicas,
ou seja, o indivíduo tem um insight limitado da natureza de suas dificuldades. Sendo assim,
em geral, não identifica ou não se incomoda com o que considera componentes de “seu jeito
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de ser”, e por isso não há iniciativa para procurar ou há resistência para uma avaliação clínica
e tratamento especializado.
Letra b.

031. (INÉDITA/2022) A suspeita, sem fundamento suficiente, de estar sendo explorado, mal-
tratado ou enganado é considerado transtorno de personalidade:
a) Paranoide.
b) Esquizoide.
c) Esquizotípica.
d) Antissocial.

O Transtorno de Personalidade Paranoide, também chamado de TPP, caracteriza-se por um ex-


cesso de desconfiança por parte do indivíduo e suspeitas em relação aos outros, em que as suas
intenções são, na maior parte das vezes, interpretadas como maldosas. Geralmente, este trans-
torno surge no início da idade adulta, podendo ser consequência de fatores hereditários e vivên-
cias da infância. (Fonte: https://www.tuasaude.com/transtorno-de-personalidade-esquizoide/)
Letra a.

032. (INÉDITA/2022) O indivíduo mostra-se indiferente a elogios e críticas, tem prazer em


poucas atividades, não tem amigos íntimos ou confidentes, são características do Transtorno
de Personalidade:
a) Paranoide.
b) Esquizoide.
c) Esquizotípica.
d) Antissocial.

O transtorno de personalidade esquizoide caracteriza-se por um marcado distanciamento de


relações sociais e preferência para realizar as demais atividades sozinho, sentindo pouco ou
nenhum prazer na realização dessas atividades, além de diminuição da mudança de expres-
sões em situações sociais. Assim, é comum que as pessoas com esse transtorno sejam des-
critas como distantes e indiferentes. (Fonte: https://www.tuasaude.com/transtorno-de-perso-
nalidade-esquizoide/).
Letra b.

033. (INÉDITA/2022) O indivíduo tem experiências e discursos bizarros e ansiedade social


excessiva são características do Transtorno de Personalidade:
a) Paranoide.
b) Esquizoide.
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c) Esquizotípica.
d) Antissocial.

Pessoas que têm este transtorno apresentam comportamento agressivo, impulsivo ou irres-
ponsável, manipulam ou tratam outras pessoas com indiferença ou falta de sensibilidade, e
têm uma grande dificuldade em se adaptar às regras da sociedade, desrespeitando-as e vio-
lando-as, sem mostrar culpa ou remorso pelo comportamento (Fonte: https://www.tuasaude.
com/transtorno-de-personalidade-esquizoide/).
Letra d.

034. (INÉDITA/2022) O indivíduo tem sentimentos crônicos de vazio, raiva inadequada ou in-
tensa, instabilidade afetiva. Essas são caraterísticas do Transtorno de Personalidade:
a) Histriônica.
b) Esquizoide.
c) Esquizotípica.
d) Antissocial.
e) Boderline.

A síndrome de borderline é um problema de saúde psicológico e psiquiátrico, em que o acome-


tido apresenta uma personalidade com um padrão de instabilidade constante do humor e do
comportamento, com mudanças de atitude súbitas e de forma impulsiva.
Letra e.

035. (INÉDITA/2022) O indivíduo apresenta dramaticidade, teatralidade, mudanças rápidas


e superficialidade nas expressões das emoções. Essas são caraterísticas do Transtorno de
Personalidade:
a) Histriônica.
b) Esquizoide.
c) Esquizotípica.
d) Antissocial.
e) Boderline.

Apresenta excessiva emotividade, e busca de atenção que se manifesta no início da idade adulta.
Letra a.

036. (INÉDITA/2022) O indivíduo apresenta exigência de admiração excessiva. Essas são ca-
raterísticas do Transtorno de Personalidade:
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a) Histriônica.
b) Narcisista.
c) Esquizotípica.
d) Antissocial.
e) Boderline.

Necessidade de admiração e falta de empatia, grandiosidade em fantasia ou comportamento.


Letra b.

037. (INÉDITA/2022) O indivíduo vai a extremos para obter carinho e apoio, desconforto ou
desamparo quando está só. Essas são caraterísticas do Transtorno de Personalidade:
a) Histriônica.
b) Narcisista.
c) Esquizotípica.
d) Dependente.
e) Boderline.

O transtorno de personalidade dependente caracteriza-se por uma necessidade excessiva de


ser cuidado por outras pessoas, o que leva a que a pessoa tenha um comportamento submis-
so e apresente um intenso medo da separação. (Fonte: https://www.tuasaude.com/transtorno-
-de-personalidade-esquizoide/).
Letra d.

038. (INÉDITA/2022) Preocupação com críticas ou rejeições em situações reais. Essas são
caraterísticas do Transtorno de Personalidade:
a) Histriônica.
b) Narcisista.
c) Esquiva.
d) Dependente.
e) Boderline.

O transtorno de personalidade esquiva caracteriza-se por um comportamento de inibição so-


cial e de sentimentos de inadequação e sensibilidade extrema à avaliação negativa por parte
de outras pessoas.
Letra c.

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039. (INÉDITA/2022) A preocupação generalizada com organização, perfeccionismo e con-


trole (sem espaço para flexibilidade ou eficiência) que acaba interferindo na conclusão da ta-
refa. Essas são caraterísticas do Transtorno de Personalidade:
a) Obsessivo-compulsiva.
b) Narcisista.
c) Esquiva.
d) Dependente.
e) Boderline.

A pessoa com transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva precisa ter controle e fazer


as coisas de uma maneira específica na tentativa de alcançar o perfeccionismo.
Letra a.

040. (INÉDITA/2022) As desordens da personalidade são associadas a um uso excessivo dos


serviços de saúde e morbimortalidade médica, especialmente por doenças cardiovasculares.
Refere-se que pacientes com Transtorno de Personalidade apresentam maiores índices de quei-
xas clínicas (por exemplo, 60% relatam cefaleia), doenças físicas e complicações no tratamento.

A comorbidade com outros transtornos mentais, como depressão, ansiedade, e dependência


de álcool e outras drogas, por exemplo, são comuns em pessoas com TP.
Certo.

041. (INÉDITA/2022) Com o envelhecimento, os TP podem melhorar ou piorar. Sua preva-


lência em idosos é um pouco menor do que a prevalência em adultos jovens. Observações
longitudinais geralmente sugerem que os transtornos “imaturos” de personalidade (grupo B)
mostram uma melhora ao longo do tempo, enquanto os mais “maduros” (grupos A e C) são
caracterizados por um curso mais crônico.

Devido ao surgimento precoce dos TP, ainda em períodos como a infância e a adolescência, o
prognóstico não costuma ser favorável.
Certo.

042. (INÉDITA/2022) Estudos recentes têm identificado altas taxas de remissão (78-99%) ao
longo do seguimento de 16 anos de pacientes com TP, com recuperação de 40 a 60% entre
pacientes com diagnóstico de borderline e 75 a 85% entre os outros TP.

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Embora parte desse resultado possa ser atribuído à presença de sintomas transitórios na ca-
racterização de alguns TP e à consideração de que os critérios diagnósticos vigentes apresen-
tam baixa confiabilidade, é relevante reconhecer que a evolução dos TP pode ser favorável e,
sendo assim, exige investimento no seu tratamento.
Certo.

043. (INÉDITA/2022) O tratamento do transtorno de personalidade borderline (TPB) inclui o


manejo de crises, com controle de reações emocionais intensas, avaliação do risco de auto
ou heteroagressividade e comportamento suicida. Além disso, no acompanhamento médico,
os pacientes devem ser ajudados a desenvolver habilidades de enfrentamento de estresse,
através da identificação de recursos próprios eficazes para lidar com estresse em outras situ-
ações, busca de apoio, expressões emocionais diretas e menos destrutivas.

Como referem-se a questões complexas, o conhecimento do médico e equipe de saúde sobre


o TP constitui um princípio fundamental para seu tratamento, já que a compreensão sobre os
problemas comportamentais comumente apresentados favorece seu manejo através de res-
postas mais adequadas e terapêuticas.
Certo.

044. (INÉDITA/2022) A forma ideal de tratamento de TP é especializada e multiprofissional,


incluindo psiquiatra, psicoterapeuta e terapeuta de grupo, além de inserir a família como rede
de apoio integrada.

O encaminhamento para tratamento especializado pode ser difícil pela falta de disponibilidade
e acesso a serviços e profissionais de saúde mental, além da resistência apresentada pelo pa-
ciente também ser um problema algumas vezes. Nesse caso, o paciente pode ser assegurado
da manutenção do vínculo com o profissional de referência, quando for possível, apesar do
encaminhamento, e os profissionais do nível primário e especializado podem se articular para
oferecer os melhores cuidados integrados.
Certo.

045. (INÉDITA/2022) A psicoterapia é a base do tratamento, cuja eficácia fundamenta-se


em uma boa aliança terapêutica, com participação ativa de terapeuta e paciente de forma
colaborativa.

Várias técnicas psicoterapêuticas específicas têm sido desenvolvidas, mas o modelo de uma
abordagem mais estruturada e direta sugere apresentar melhores resultados de modo geral,
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incluindo o desenvolvimento de habilidades de autorreflexão, mentalização, regulação emo-


cional e enfrentamento de estresse Psicoeducação, terapia de grupo, terapia familiar e outras
abordagens psicossociais também representam recursos terapêuticos úteis.
Certo.

046. (INÉDITA/2022) A Terapia Comportamental Dialética (TCD) é conhecida como uma das
abordagens de maior eficácia no tratamento de TPB. Essa abordagem é conhecida por ser ba-
seada no treino de habilidades sociais e no uso de metáforas para enfretamento de situações
adversas, dois aspectos extremamente importantes na regulação das disfunções presentes no
paciente com esse tipo de transtorno da personalidade.

Várias técnicas psicoterapêuticas específicas têm sido desenvolvidas, mas o modelo de uma
abordagem mais estruturada e direta sugere apresentar melhores resultados de modo geral,
incluindo o desenvolvimento de habilidades de autorreflexão, mentalização, regulação emo-
cional e enfrentamento de estresse Psicoeducação, terapia de grupo, terapia familiar e outras
abordagens psicossociais também representam recursos terapêuticos úteis.
Certo.

047. (INÉDITA/2022) O campo de pesquisa em TP tem evidenciado que tanto os tratamentos


psicoterapêuticos quanto os farmacológicos são benéficos.

A psicoterapia é considerada o tratamento de primeira linha. Não há medicamentos específi-


cos recomendados para o tratamento dos TP, assim, são indicadas medicações para controle
de sintomas nucleares e tratamento de comorbidades frequentemente presentes. Ambos os
tratamentos devem ser considerados de longo prazo.
Certo.

048. (INÉDITA/2022) Os estudos sugerem que a maior parte dos pacientes com o diagnós-
tico de TPB (70%) recebem tratamento ao longo da vida, com psicoterapia e uso contínuo de
medicações.

Sendo assim, a necessidade e potencial benéfico da prescrição de medicação deve ser con-
siderada junto aos riscos inerentes à sua utilização. Deve-se evitar a prescrição de benzo-
diazepínicos, pelo potencial abusivo e efeito paradoxal com desinibição do comportamento,
reservando sua indicação para situações de crise com elevada ansiedade e optando-se por
benzodiazepínicos de meia-vida mais longa.
Certo.

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049. (INÉDITA/2022) Os fatores de personalidade que se relacionam com o abuso e depen-


dência de substâncias são o comportamento antissocial e a depressão, onde alguns dos usu-
ários podem ter tendência ou histórico de comportamento psicótico, em que a droga piora seu
estado mental. Já outros indivíduos desencadeiam o surto com o uso da droga.

A dependência e abuso de substâncias pode ocorrer por fatores diversos, como vulnerabili-
dade do indivíduo que utiliza, facilitação ao uso, fatores socioculturais, sociodemográficos,
psicológicos, biológicos e genéticos.
Uma droga psicoativa é substância que altere o seu humor, altera a sua percepção do ambiente
externo ou interno. Em estudos feitos por Szerman (2010), foi identificado que cerca de cinco
pessoas que fazem o uso de drogas possuem critérios para diagnóstico de dependência, com al-
teração da percepção, humor e consciência, causando dependência mesmo que cause prejuízos.
Certo.

050. (INÉDITA/2022) Os pacientes com transtornos psiquiátricos em geral representam uma


população bastante heterogênea, com muitos subtipos, de acordo com as diferentes combina-
ções entre os transtornos mentais existentes e as substâncias utilizadas, a idade de início dos
transtornos, gravidade do quadro e a duração do uso da substância e do transtorno mental.

Em estudos feitos por Hess, Almeida e Moraes (2012) foi possível identificar a existência de
diferenças entre os grupos quanto a escolaridade, estado civil e classe social. Essas variáveis
caracterizam a população em geral e indivíduos de certa população, ambos com a mesma fa-
cilidade para o consumo de substâncias, porém uns mais vulneráveis que outros.
Certo.

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Ariete Bittencourt Pinto
Graduação em Psicologia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc – Joaçaba (1999)
e Mestrado em Ciências da Saúde Humana pela Universidade do Contestado – Campus Concórdia
(2005). É docente na Universidade do Contestado – UnC (há 18 anos). Coordenadora do Núcleo Docente
Estruturante (NDE) do Curso de Psicologia e Coordenadora do Núcleo de Serviços em Psicologia (Clínica
Escola). Anualmente é membro de bancas de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso de
Psicologia. É professora-orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso I e II do Curso de Psicologia.
Professora-orientadora de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório de Psicologia Clínica e da Saúde
I e II; e professora-orientadora de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório de Psicologia Escolar I e
II. É psicóloga clínica e psicóloga credenciada pela Polícia Federal para Avaliação Psicológica para Arma
de Fogo. Foi Coordenadora do Curso de Psicologia da Universidade do Contestado (UnC) – Concórdia.
Foi docente na Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc (2010 a 2016). Docente na graduação
e na pós-graduação. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Contestado. Editora
assistente da Revista Interdisciplinar: Saúde e Meio Ambiente da Universidade do Contestado. Parecerista
no I Congresso Catarinense de Psicologia: Ciência e Profissão (2015).

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