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Nº 1 / Setembro / 2018
Conselho Científico Adriana Auzier Loureiro, Ana Márcia Guimarães, Alves, Ana Maria Costa da Silva
Lopes, João Coloriano Rego Barros, Márcio Leyser, Ricardo Halpern
Índice
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................2
TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM – HISTÓRICO ...............................................................................................3
Fatores de risco ........................................................................................................................................................5
Pré-natais ..................................................................................................................................................................5
Perinatais ...................................................................................................................................................................8
Pós-natais ..................................................................................................................................................................8
Dificuldades escolares: problemas relacionados ao aprendizado..................................................................9
Fatores relacionados com a escola..................................................................................................................... 10
Fatores relacionados à família............................................................................................................................ 10
Fatores relacionados à criança............................................................................................................................ 10
Critérios Diagnósticos de Transtornos Mentais (DSM IV / DSM V)............................................................... 13
Prevalência dos transtornos específicos da aprendizagem.......................................................................... 15
Prevalência dos TA................................................................................................................................................. 15
Neurofisiologia do ato de aprender: informação, cognição e motivação................................................... 15
Dificuldade escolar: problemas de origem pedagógica, sem qualquer envolvimento orgânico.............. 17
Os aportes da avaliação das dificuldades de aprendizagem .......................................................................... 17
Avaliação Neuropsicológica................................................................................................................................. 19
Instrumentos de Triagem para a Avaliação do Neurodesenvolvimento .................................................... 19
Bateria Neuropsicológica Infantil ...................................................................................................................... 20
Testes de Inteligência e de Raciocínio Lógico ................................................................................................ 20
Testes de Percepção Visual e Coordenação Viso Motora .............................................................................. 22
Testes de Memória ................................................................................................................................................ 22
Testes de Atenção ................................................................................................................................................. 22
Funções Executivas .............................................................................................................................................. 23
Domínio de Habilidades Sociais, Aspectos Emocionais, do Comportamento e da Personalidade........... 24
Sondagem das habilidades acadêmicas............................................................................................................ 25
Manejo..................................................................................................................................................................... 26
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................................... 28
O papel do pediatra diante da criança com Dificuldade Escolar
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Departamento Científico Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento • Sociedade Brasileira de Pediatria
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O papel do pediatra diante da criança com Dificuldade Escolar
ciou com James Hinshelwood, em 1895 além de mas na aprendizagem acadêmica. Lançou assim,
outros autores que contribuíram para o melhor uma proposta educativa, não médica, deixando
entendimento do termo TA. Até nossos dias, este o problema possível de ser dividido e discutido
desenvolvimento vem ocorrendo em várias áre- com, além dos especialistas, pais, professores,
as de abordagem, tais como a neurológica, psi- governo e a sociedade em geral.
quiátrica, neuropsicologia, genética, linguística,
entre outras. Nesta década de 1960, as duas linhas de
apoio público e político para as diferenças in-
A fundação oficial do campo de estudo das dividuais uniram-se em uma iniciativa comum
dificuldades de aprendizagem ocorreu em 1963, para definir os transtornos comportamentais
quando Samuel Kirk popularizou o termo Dificul- inesperados e o desempenho baixo dependente
dades de Aprendizagem (learning disability) em de fatores intrínsecos à criança. A primeira ini-
uma comunicação apresentada na “Conference ciativa importante envolveu o desenvolvimento
on Exploration into Problems of the Perceptually de uma definição de disfunção cerebral mínima
Handicapped Child” nos Estados Unidos. Este dis- (DCM) em 1962, pelo National Institute of Neu-
curso foi o grande impulsionador da criação da rological Disorders and Stroke (NINDS): a expres-
“Association for Children with Learning Disabili- são “síndrome da disfunção cerebral mínima”
ties” (ACLD), que mais tarde em 1989, mudou o referia-se a crianças de inteligência próxima
nome para “Learning Disabilities Association of à média, média ou acima da média com certos
America” (LDA). transtornos de aprendizagem ou comportamen-
tais, variando de leves a graves, que são associa-
Em 1963, o novo campo avançava para a
dos a desvios do funcionamento do SNC. Esses
designação legislativa formal de TA como um
desvios podiam se manifestar em combinações
transtorno específico, merecedor de proteção
variadas de comprometimento na percepção, na
dos direitos civis e de serviços especiais. Esse
conceituação, na linguagem, na memória e no
movimento baseava-se principalmente nos ar-
controle da atenção, dos impulsos ou das fun-
gumentos de Kirk e de outros, de que as crianças
ções motoras.
com TAs:
1) Tinham características de aprendizagem dife- Enfatizava que o DCM era uma categoria he-
rentes de crianças diagnosticadas com retar- terogênea, abrangendo transtornos comporta-
do mental ou com perturbações emocionais; mentais e de aprendizagem. Conforme observa-
do antes, a definição estipulou que a disfunção
2) Manifestavam características de aprendiza-
cerebral poderia ser identificada apenas com
gem que resultavam de fatores intrínsecos
base em sinais comportamentais. Todavia, a de-
(isto é, neurobiológicos) em vez de fatores
finição de DCM era controversa. Os educadores
ambientais;
levantaram objeções ao conceito, apesar do fato
3) Apresentavam dificuldades de aprendizagem de que a definição se baseava em meio século
que eram “inesperadas”, devido às capacida- de observações clínicas e de pesquisas em neu-
des das crianças em outras áreas e rologia clínica, além de ter amparo científico
4) Exigiam intervenções educacionais especiali- de métodos psicofisiológicos emergentes para
zadas. estudar o funcionamento cerebral. Para a comu-
nidade educacional, a DCM estava intimamente
Kirk observou que as dificuldades apresen- conectada com o modelo médico e determina-
tadas pelas crianças eram inexplicáveis e, além va que psicólogos e médicos teriam que traba-
de não se encaixarem na educação especial, lhar nas escolas para fazer o diagnóstico. Outros
tampouco estavam relacionadas com o nível consideravam o conceito nebuloso e demasiado
de inteligência, ambiente familiar ou instrução amplo.
oferecida, pois eram perfeitamente adequados;
usou o termo dificuldades de aprendizagem Quando a terceira edição do Manual diagnós-
(Learning Disabilities) para referir-se a proble- tico e estatístico de transtornos mentais (DSM-
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A deficiência de iodo na gestação pode 2.3.3. Idade parental aumentada, tanto ma-
acarretar o cretinismo, com déficit cognitivo terna, com maior risco de síndrome
e transtorno de aprendizagem. de Down, quanto paterna, como te-
2.2. Abuso de substâncias, especialmente o mos visto no Transtorno do Espectro
álcool, que pode caracterizar a Síndrome Al- Autista e em algumas síndromes cro-
coólica Fetal (SAF), que se manifesta da forma mossômicas.
clássica com retardo mental, estigmas faciais 2.3.4. Estado mental materno. Este item é
e dismorfismos cerebrais. Pode também cons- um dos mais importantes na anam-
tituir o Espectro Alcoólico Fetal, que engloba nese de uma criança com dificulda-
um amplo fenótipo comportamental, desde de escolar, pois já é incontestável os
hiperatividade até dificuldades escolares. efeitos deletérios do estresse tóxico
2.3. Exposição a poluentes, como produtos quí- infantil para o desenvolvimento da
micos da estética, poluentes agrícolas e criança, levando a perda de sinap-
poluentes ambientais geográficos (minas e ses e estruturas cerebrais. Inúmeras
linhas de trem). pesquisas mostram o quanto o dis-
2.3.1. Exposição a agentes Teratogênicos, túrbio psicológico materno pré- e
como drogas anticonvulsivantes, tali- pós-natal está associado ao menor
domida e outras substâncias. funcionamento cognitivo no pré-es-
2.3.2. Infecções congênitas, em especial as colar e também evidenciam o papel
STORCHHZ: sífilis, toxoplasmose, ru- protetor do engajamento parental
béola, citomegalovírus, herpes, HIV e positivo.
Zika. 2.3.5. Fertilização in vitro
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• Famílias nas quais não há hierarquia entre os não foram totalmente esclarecidos, mas a com-
membros, preensão ampla dos mecanismos fisiopatológi-
• Famílias com nível de tensão permanente, cos associados aos fatores ambientais descritos
acima, contribuem para a detecção precoce e in-
• Pais com dificuldades de diálogo e descontro-
tervenção em tempo ótimo para as crianças com
le da agressividade,
transtornos de aprendizagem, o que resultará
• Famílias nas quais há ausência ou pouca mani- em melhor prognóstico de tratamento e melhor
festação positiva de afeto entre pai/mãe/filho, adaptação curricular, inserção social e sucesso
• Famílias que se encontram em situação de cri- pessoal dos pacientes com este transtorno.
se ou perdas (separação conturbada do casal,
desemprego, morte, etc),
• Alienação parental,
Dificuldades escolares: problemas
• Violência física, e
relacionados ao aprendizado
• Violência sexual.
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gicas a serem avaliadas no insucesso escolar, As epilepsias também devem ser investiga-
quer seja como diagnóstico diferencial direto ou das nos casos de dificuldade acadêmica, crises
como consequência do mesmo. Abuso e violên- de ausência, algumas crises focais ou sensiti-
cia são questões que devem ser levantadas, prin- vo-sensoriais podem passar despercebidas e
cipalmente quando há declínio no aprendizado, seu diagnóstico e tratamento corretos podem
previamente adequado, associado a mudanças reverter o prejuízo apresentado. Em casos de
de comportamento da criança. epilepsias graves, a deterioração mental pode
acontecer com o tempo, ou mesmo apresentar
Por outro lado, questões de ordem psiqui-
dificuldades de atenção e processamento de
átrica podem trazer dificuldades diretamente
informação devido a necessidade de vários fár-
ligadas ao insucesso da aprendizagem e serem
macos ou altas doses de medicações.
importante diagnóstico diferencial e em alguns
casos como comorbidades, como exemplo o Deve fazer parte da anamnese a investigação
TDAH (cuja desatenção, desorganização, difi- detalhada dos aspectos a seguir:
culdade de planejamento, falta de controle dos
impulsos e de execução acompanha o indivíduo Variáveis orgânicas:
em todos os ambientes, enquanto que na crian- a) Anemia e/ou deficiências nutricionais secun-
ça com transtorno específico da aprendizagem, dárias a erro alimentar
a desatenção é referente à frustração, falta de b) Déficit sensorial (auditivo ou visual)
interesse ou motivação e capacidade limitada).
c) Epilepsia (investigar também tipo ausência)
No transtorno do espectro autista, a dificuldade
d) Desnutrição ou obesidade
está muitas vezes associada a comportamentos
e ilhas de interesses muito restritos, à dificulda- e) Hipotieoridismo
de de reciprocidade social, à adaptação escolar, f) Infecções de repetição
à dificuldade de interação social e em até dois g) Doenças crônicas
terços dos casos a uma deficiência intelectual. h) Apneia do sono
Na deficiência intelectual, a dificuldade na
Variáveis relacionadas à escola ou ao método
aprendizagem é geral, pegando tanto os domí-
de ensino:
nios acadêmicos, quanto os sociais e de auto-
cuidado, com atraso global no neurodesenvol- a) Adequação dos métodos de ensino
vimento. Nos transtornos do humor, o interesse b) Competência do professor
prejudicado nas relações sociais, motivacionais c) Interação entre aluno e professor
e de autocontrole determinam alterações aca-
d) Qualidade das instalações escolares
dêmicas, já nos transtornos da ansiedade, pelas
e) Socialização da criança
fobias, pensamentos intrusivos, falsas crenças
e sofrimento antecipatório, a angústia gerada e f) Presença de bullying
as preocupações são fontes importantes de in-
sucesso escolar. Nos transtornos psicóticos exis- Variáveis afetivo-emocionais
te um declínio rápido nos domínios funcionais a) Depressão
e cognitivos destes pacientes, ocasionando os b) Ansiedade generalizada e/ou social
prejuízos escolares. c) Mutismo seletivo
As situações neurológicas mais frequentes, d) Transtorno do espectro autista
mas não causas primárias do transtorno de apren- e) TOD (Transtorno Opositor Desafiante)
dizagem, são a paralisia cerebral e as epilepsias. f) Transtornos de conduta
As crianças com paralisia cerebral, além do com-
prometimento motor, muitas vezes grave, têm em O pediatra deve estar atento também aos
até dois terços dos casos um déficit intelectual sinais precoces de doenças psiquiátricas com
associado, o que implica em prejuízo escolar. início na infância, pois as dificuldades escola-
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O papel do pediatra diante da criança com Dificuldade Escolar
res podem ser os primeiros sintomas de várias i) Investigação do método de ensino, proposta
condições relacionadas ao estado mental, como pedagógica e infraestrutura escolar
o humor, a atenção, presença de sofrimento psí- j) Avaliação do material escolar pela criança
quico, de transtornos do comportamento, trans- (produções, cadernos, provas, objetos esco-
tornos do sono, dificuldades na socialização, que lares e mochila)
causarão falência da aprendizagem.
l) Avaliação de outras deficiências (visual e au-
ditiva) e inserção em diferentes línguas
Variáveis socioeconômicas ou culturais:
m) Avaliação do discurso do aluno em relação ao
a) Situação de pobreza ensino-aprendizado.
b) Ausência de estímulo à leitura e à aprendiza-
Das variáveis neurodesenvolvimentais, os
gem
transtornos específicos da aprendizagem da lei-
c) Negligência parental tura e escrita têm origem neurobiológica, multi-
d) Sono em horário ou tempo inadequado fatorial, envolvendo fatores genéticos e ambien-
e) Alto nível de cobrança tais.
f) Excesso de tempo de tela
g) Conteúdo inadequado de tela Figura: Fluxograma para diagnóstico e tratamento do
Transtorno de Aprendizagem
Variáveis do neurodesenvolvimento:
a) Déficit intelectual Crianças com
b) Transtornos de linguagem dificuldades
escolares
c) TDAH (transtorno de déficit de atenção e hi-
peratividade)
d) Transtorno específico da aprendizagem da Investigação
leitura, da escrita e /ou da matemática. Organização da
completa dos
rotina da criança
fatores de risco
Variáveis relacionadas à história educacional
prévia:
Estimulação
a) Histórico e idade da inserção escolar Intervenção em
pedagógica
b) Frequência, motivação e consequência de grupos menores
na escola
mudanças escolares
c) Adequação de rotina: horário e local apro-
priadamente destinados aos estudos A criança A criança alcança
apresenta
d) Colaboração educacional e modalidade da a expectativa
difuculdades
relação dos pais e/ou responsáveis (ativa, pedagógica
persistentes
passiva, afetiva, colaborativa, dependente)
e) Adequação das atividades pedagógicas em
relação à idade Provável
Dificuldade
TRANSTORNO DE
f) Relacionamento com seus pares escolar resolvida
APRENDIZAGEM
g) Relacionamento com educadores de referên-
cia (professor regente, professores especiais
e auxiliar educacional – professor de apoio) Indicação de
Monitoramento
h) Características da turma em que se está inse- intervenção
e estímulo
rido (identificar desafios comuns e potencia- especializada
lidades)
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Não existem marcadores biológicos conheci- 5. Dificuldade para dominar o senso numérico,
dos de transtorno específico da aprendizagem. fatos numéricos ou cálculo.
Os testes cognitivos, de neuroimagem ou testes
6. Dificuldades no raciocínio.
genéticos não são úteis para o diagnóstico, no
momento atual. As pesquisas de biomarcadores Critério B: uma segunda característica chave
cerebrais estão em andamento e podem ser uma é a de que o desempenho do indivíduo nas ha-
importante ferramenta diagnóstica no futuro. bilidades acadêmicas afetadas está bem abaixo
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O papel do pediatra diante da criança com Dificuldade Escolar
da média para a idade. Um forte indicador clí- como a que ocorre na deficiência intelectual ou
nico de dificuldades para aprender habilidades no atraso global do desenvolvimento.
acadêmicas é o baixo desempenho acadêmico
A dificuldade de aprendizagem não pode ser
para a idade ou desempenho mediano mantido
atribuída a fatores externos gerais, como des-
apenas por níveis extraordinariamente elevados
vantagem econômica ou ambiental, absenteís-
de esforço ou apoio. Esses critérios requerem a
mo crônico ou falta de educação, conforme ge-
observação clínica associada a evidências psico-
ralmente oferecido no contexto da comunidade
métricas por testes de desempenho acadêmico,
do indivíduo.
relatórios escolares, escalas classificatórias ou
avaliações educacionais ou psicológicas pré- A dificuldade para aprender não pode ser
vias. As dificuldades de aprendizagem são per- atribuída a um transtorno neurológico, motor,
sistentes e não transitórias. deficiência visual ou auditiva, que são distinguí-
Em suma, as habilidades acadêmicas compro- veis pela presença de sinais neurológicos. E, a
metidas estão substancial e quantitativamente dificuldade de aprendizagem pode se limitar a
abaixo do esperado para a idade cronológica do uma habilidade ou domínio acadêmico.
indivíduo, causando interferência significativa O diagnóstico de transtorno específico de
no desempenho acadêmico ou profissional ou aprendizagem é clínico e baseia-se na história
nas atividades cotidianas, confirmada por meio médica, de desenvolvimento, educacional e fa-
de medidas de desempenho padronizadas admi- miliar do indivíduo, na história de dificuldade
nistradas individualmente e por avaliação clíni- de aprendizagem, incluindo sua manifestação
ca abrangente. atual e prévia; no impacto da dificuldade no fun-
cionamento acadêmico, profissional ou social e
Critério C: uma terceira característica central
em relatórios escolares prévios ou atuais. En-
é a que as dificuldades de aprendizagem este-
fim, é necessário especificar os domínios e sub-
jam prontamente aparentes nos primeiros anos
-habilidades acadêmicas prejudicadas. Quan-
escolares, na maior parte dos indivíduos. Mas,
do mais de um domínio estiver prejudicado,
podem não se manifestar completamente até
cada um deve ser codificado individualmente.
que as exigências pelas habilidades acadêmicas
Tal como:
afetadas excedam as capacidades limitadas do
indivíduo. F81.0. com prejuízo na leitura (dislexia): Avaliar a
precisão na leitura das palavras, velocida-
Critério D: as dificuldades de aprendizagem de ou fluência da leitura e compreensão.
devem ser consideradas “específicas” por qua-
F81.1. com prejuízo na expressão escrita: Ava-
tro razões. Primeiro, elas não são atribuíveis a
liar a precisão na ortografia, na gramática
deficiências intelectuais; o atraso global do de-
e a pontuação e clareza da expressão es-
senvolvimento, a deficiências auditivas ou vi-
crita.
suais; ou a problemas neurológicos ou motores.
O transtorno específico de aprendizagem afe- F81.2. com prejuízo na matemática (discalculia):
ta a aprendizagem em indivíduos que de outro Avaliar senso numérico, memorização de
modo, demonstram níveis normais de funciona- fatos aritméticos, precisão ou fluência de
mento intelectual, geralmente estimado por es- cálculo e raciocínio matemático1.
core de QI superior a cerca de 70 (+/- 5 pontos
Em relação a qualquer uma das especifica-
de margem de erro de medida). Sendo assim, a
ções é necessário definir a gravidade atual:
expressão “insucesso acadêmico inesperado”
é frequentemente citada como a característica Leve: gravidade suficientemente leve que
definidora do transtorno específico de aprendi- permite ao indivíduo ser capaz de compensar
zagem, no sentido de que as incapacidades de ou funcionar bem quando lhe são propiciados
aprendizagem específicas não são parte de uma adaptações ou serviços de apoio adequados, es-
dificuldade de aprendizagem mais genérica, pecialmente durante os anos escolares,
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saúde
sociocultural estab
i l i za ç
ambiente ão
familiar adaptação
social
financeiro Temperamento
Estrutura de escola
Perfil educação habilidades
Resiliência desempenho
cortical informal Formação docente
escolar
inato laços motivação
Maleabilidade
Política de educação
familiares para aprender
afeto
influência auto-estima
social ão
i l i za ç
eventos estab
críticos
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divíduo a tomar consciência de como se posicio- um direito de todo e qualquer cidadão, sem res-
na e tem sido posicionado pelos outros, possibi- trição e independentemente das diferenças e
litando novos posicionamentos de si e do outro, limitações que apresentem, sejam elas de natu-
base para a formação de identidades. reza física, motora ou cognitiva.
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mais de aprendizagem, por meio de uma tecno- dentro desse padrão de funcionamento cerebral,
logia metodológica capaz de problematizar um os testes neuropsicológicos são padronizados
contexto, possibilitar o planejamento, descrição para áreas de concentração de acordo com a ida-
e avaliação de processos pedagógicos mais ou de da criança. Contudo em todas as avaliações
menos amplos, envolvendo equipe multidisci- deve-se investigar o desenvolvimento cognitivo
plinar conforme demandas específicas de dada global, incluindo: a inteligência, a linguagem, a
comunidade escolar. atenção, a memória, o controle emocional e com-
Nota: *Inclusão, Educação e Psicologia: mediações possíveis na escola portamental e o funcionamento social.
e na universidade é um projeto de pesquisa que nasce vinculado
ao Programa de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência)
da Faculdade UnB Planaltina (FUP), que se concretiza a partir da
Serão aqui mencionados alguns instrumentos
construção de contextos educacionais promotores de inclusão e testes psicológicos que são utilizados nas ava-
escolar e social, entendendo por inclusão o fenômeno social
que garante o pertencimento da pessoa a um determinado
liações neuropsicológicas, descrevendo-os, de
contexto, garantindo a ela possibilidades de agir com os outros maneira sucinta assim como as potencialidades
sociais de maneira autônoma e cidadã.
de cada um deles. No Brasil, o Conselho Federal
de Psicologia – CFP possui o SATEPSI, que é um sis-
tema de avaliação de testes psicológicos, desen-
Avaliação Neuropsicológica volvido pelo CFP para divulgar informações sobre
os testes psicológicos à comunidade e aos psicó-
logos. No site do SATEPSI são apresentados todos
A avaliação neuropsicológica infantil é reco- os testes psicológicos e instrumentos. Pode-se
mendada em qualquer caso onde exista suspeita
obter informações sobre os testes psicológicos
de dificuldade cognitiva ou comportamental de
com parecer favorável e desfavorável, verifican-
origem neurológica.
do a possibilidade de uso do teste na avaliação
Auxilia no diagnóstico e tratamento de do- psicológica, bem como da identificação de instru-
enças neurológicas e psiquiátricas, transtornos mentos privativos e não privativos do psicólogo.
do desenvolvimento infantil, sendo de contri-
buição relevante nos casos de transtornos de
ensino-aprendizagem, pois permite estabelecer
Instrumentos de Triagem para a
relações de funcionamento entre as funções cor-
Avaliação do Neurodesenvolvimento
ticais superiores, como a linguagem, a atenção e
a memória, e a aprendizagem simbólica (concei-
tos, escrita, leitura). Obtém-se então assim um O DENVER II - Teste de Triagem do Desenvol-
panorama qualitativo e qualitativo visando in- vimento tem o propósito de auxiliar profissionais
tervenções terapêuticas precoces e precisas no da saúde na identificação precoce de problemas
desenvolvimento e processo de aprendizagem. em áreas do desenvolvimento de bebês e crian-
Proporciona à criança, formas de lidar com as di- ças assintomáticas, a fim de serem melhor inves-
ficuldades neurológicas identificadas, bem como tigados em um futuro diagnóstico. Pode ser tam-
potencializar as funções que estão intactas. bém usado para identificar mudanças no escore
Existe uma variedade de instrumentos neu- ou padrões no decorrer do tempo, sendo primei-
ropsicológicos que analisam as funções cogniti- ro interpretados os itens individuais e depois o
vas específicas, tais como: a memória, a atenção, teste inteiro. A triagem é realizada considerando
a linguagem, o raciocínio lógico, a coordenação quatro áreas primordiais do desenvolvimento:
espacial e visual, o comportamento, o humor e a pessoal-social, motor fino adaptativo, lingua-
capacidade de síntese, concentração e planeja- gem e motor grosso. O instrumento é destinado
mento (funções executivas). a crianças desde o nascimento até os seis anos
de idade. Os itens são apresentados em forma
Na avaliação de crianças é importante salien- de gráfico com um marco dos limites para cada
tar o fato do desenvolvimento cerebral ter carac- idade. É o instrumento mais utilizado e reconhe-
terísticas próprias a cada faixa etária. Portanto, cido internacionalmente, eficaz em todo mun-
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O papel do pediatra diante da criança com Dificuldade Escolar
do em várias culturas. A aplicação é individual primeiro ao sexto ano escolar do Ensino Funda-
e o tempo médio de aplicação é de 20 minutos. mental (considerando anos de estudo formal),
Recentemente, recebeu adaptação para a popu- com idades entre 6 e 12 anos e 11 meses. A apli-
lação brasileira. Os materiais e kit de aplicação cação é individual, sem limite de tempo, sendo
são disponíveis a venda, e não são restritos aos que a aplicação dura em média 50 minutos.
psicólogos.
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O Teste não verbal de Inteligência – SON-R O Teste não Verbal de Inteligência para
2½ - 7[a], recentemente normatizado para crian- Criança – R-2 avalia o fator G de inteligência de
ças brasileira entre 2 anos e 6 meses a 7 anos. crianças com idades de 5 a 11 anos. Sua apli-
Este instrumento enfatiza habilidades visuomo- cação é individual, sem limite de tempo, sendo
toras, perceptuais e espacial e a habilidade de que a maioria das aplicações leva em média 8
raciocinar de uma maneira abstrata e concreta. minutos. O teste é composto por 30 pranchas
Essas habilidades correspondem aos fatores com figuras coloridas de objetos concretos e
relativos à ‘inteligência fluida’ e à percepção abstratos, que devem ser aplicadas de acordo
visual ampla. O construto de percepção visual com sua numeração. A criança escolhe a op-
inclui a estruturação, validação e a comparação ção que será registrada pelo aplicador na folha
das informações visuais. Além disso, a memória, apropriada. A correção é realizada pelo total de
os conhecimentos e habilidades de linguagem acertos, pela avaliação quantitativa e qualitati-
possuem uma associação indireta com o de- va, considerando os diferentes tipos de raciocí-
sempenho no teste, mas esta mensuração pelo nio exigidos para responder cada item do teste.
SON R 2½ - 7[a], não é baseada nessas habili- A aplicação é individual, com duração média de
dades. O resultado deste teste depende menos 10 minutos.
do conhecimento adquirido e mais das habilida-
O COLÚMBIA - Escala de Maturidade Men-
des em descobrir métodos e regras, e aplicá-los
tal – CMMS é um instrumento que fornece uma
a novas situações. Ou seja, não se mede a inte-
estimativa da capacidade de raciocínio geral
ligência cristalizada, que é obtida pelas expe-
de crianças entre 3 anos e 6 meses e 9 anos e
riências obtidas pela criança. Nos subtestes do
11 meses. Avalia, especialmente, capacidades
SON R 2½ - 7[a] existe uma distinção entre os
que são importantes para o sucesso na escola,
subtestes que compreendem as habilidades es-
principalmente as capacidades para discernir as
paciais, viso-motor e de execução (QEE: Mosaico
relações entre os vários tipos de símbolos. Com
e Padrões) e os subtestes que focam o raciocínio
este instrumento pode-se obter o Índice de Ma-
concreto e abstrato (QER: Categoria e Situações).
turidade Mental (IM). A aplicação é individual,
As soluções corretas para estes últimos subtes-
com duração média de 30 minutos.
tes é o resultado do raciocínio e da seleção en-
tre alternativas de múltipla escolha. As soluções O RAVEN infantil ou teste Matrizes Progressi-
corretas dos testes de execução são construídas vas Coloridas - Escala Especial é um instrumento
pela criança. A aplicação é individual, com dura- que visa avaliar as atividades mentais: edutiva e
ção média de 30 minutos. reprodutiva, que inclui o domínio, a lembrança
e a reprodução de materiais. A atividade mental
O Teste de Inteligência Geral Não Verbal –
edutiva ou amadurecida envolve a capacidade
TIG-NV tem como objetivo avaliar desempenhos
de extrair um significado de uma situação con-
característicos dos testes de inteligência não
fusa, desenvolver novas compreensões, ir além
verbais e possibilita uma análise neuropsicoló-
do que é dado para perceber o que não é ime-
gica, que permite identificar os tipos de raciocí-
diatamente óbvio, estabelecer constructos (em
nios errados e os processamentos envolvidos na
grande parte não verbais), que facilitam a ma-
sua execução, além das classificações habituais
nipulação de problemas complexos, envolvendo
do potencial intelectual. Pode ser utilizado de
variáveis mutuamente dependentes. A edução é
forma individual e coletiva, sendo esta última
o processo de extrair novos insights, deduções
para fins de seleção. Possibilita a classificação
e informações do que já é percebido e conhe-
dos desempenhos em termos de Percentil ou QI,
cido. É composto por três séries de doze itens
além da classificação da inteligência de acordo
cada. Cada item ou problema é impresso sobre
com o grau de escolaridade e idades. Possui nor-
um fundo colorido vivo para atrair a atenção das
matização para crianças brasileiras a partir de 10
crianças pequenas. A aplicação pode ser indivi-
idade. A aplicação é individual, com duração mé-
dual ou coletiva, com duração média de 30 mi-
dia de 30 minutos.
nutos.
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O papel do pediatra diante da criança com Dificuldade Escolar
devem ser assinalados pela criança em ordem O M-CHAT (Modified Checklist for Autism in
alternada. Em ambas as etapas o tempo gasto Toddlers) é um questionário de triagem para a
de execução é cronometrado. A primeira parte é investigação diagnóstica de autismo, com 23
dada a criança uma folha instrutiva com figuras perguntas com respostas “sim” ou “não” a serem
de cinco cachorrinhos que devem ser ligados por respondidas pelos pais. Pode ser aplicado entre
ordem de tamanho, iniciando com o “bebê” até 16 e 48 meses em todas as crianças com ou sem
o “papai”. Na segunda parte, figuras de ossos de sinais de atraso do desenvolvimento. O resulta-
tamanhos respectivos aos dos cachorros são in- do indica a presença ou ausência de sinais que
troduzidos, e a criança deve combinar os cachor- podem necessitar de investigação mais apurada
rinhos com seus ossos apropriados, na ordem de para o transtorno do espectro autista. Possui do-
tamanho, ligando-os alternadamente. Com este mínio público e é validado para o uso no Brasil.
instrumento é possível avaliarmos a flexibilida-
de cognitiva, bem como a percepção, atenção e O CBCL (Inventário de Comportamento para
rastreamento visual, velocidade e rastreamento Crianças e Adolescentes) é um inventário de
visomotor, atenção sustentada e velocidade de competências sociais e de problemas do com-
processamento. Pode ser utilizado na avaliação portamento em crianças e adolescentes. Pode
de crianças de 4 a 6 anos de idade, a aplicação é ser utilizado na avaliação de crianças e jovens
individual, com duração média 10 minutos. entre 18 meses e 18 anos. É composto por 112
itens que abordam a rotina e o comportamento.
O Teste da Torre de Londres – ToL avalia a ca- Os resultados podem ser descritos em escalas
pacidade de planejamento em níveis progressi- de internalização e externalização ou em escalas
vos de dificuldade, desde bastante simples aos de síndromes: ansiedade/depressão, isolamen-
mais diversificados. É composto por uma base to/retraimento, queixas somáticas, problemas
com três hastes verticais e três esferas coloridas, sociais, problemas de pensamento, problemas
de vermelho, verde e azul. A tarefa proposta é de atenção, violação de regras e comportamen-
a transposição das esferas, uma por vez, a partir to agressivo. A adaptação no Brasil foi feita por
de uma posição inicial fixa, de modo a alcançar Bordin et al. (1995).
diferentes disposições finais, especificadas pelo
examinador. O procedimento completo consiste Outro questionário muito utilizado para au-
de 12 itens, variando de dois a cinco movimen- xiliar na avaliação de crianças com sintomas de
tos para resolução de cada item. Na execução TDHA é o SNAP IV. Este instrumento foi constru-
adequada do ToL, é fundamental inicialmente ído a partir dos sintomas do DSM-IV da Associa-
planejar, ou seja, pensar e representar mental- ção Americana de Psiquiátrica. A tradução atu-
mente cada passo necessário para a resolução do almente utilizada é validada pelo GEDA – Grupo
problema e, por fim, executar o movimento. As de Estudos do Déficit de Atenção da UFRJ e pelo
tabelas de normatização compreendem crianças Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescên-
entre 11 a 14 anos. cia da UFRGS. Importante destacar que este ins-
trumento é apenas um ponto de partida para o
levantamento de alguns possíveis sintomas pri-
mários do TDHA. É um instrumento que deve ser
Domínio de Habilidades Sociais, preenchido pelos pais e professores da criança.
Aspectos Emocionais, do O questionário investiga sintomas de desaten-
Comportamento e da Personalidade ção, hiperatividade e impulsividade relativos
apenas o primeiro dos critérios (critério A do
DSM-IV) para se fazer o diagnóstico.
Há uma variedade de instrumentos e inven-
tários para investigação da dinâmica da perso- As Pirâmides Coloridas de PFISTER - Versão
nalidade e dos aspectos emocionais e compor- Para Crianças e Adolescentes, é instrumento
tamentais das crianças. Selecionamos alguns valioso para a compreensão da dinâmica emo-
instrumentos. cional, da sua personalidade, habilidades cog-
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