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Neurotransmissores do SNC e SNP

UNIVERSIDADE PAULISTA
DISCIPLINA: FISIOLOGIA APLICADA E PSICOBIOLOGIA

PAULO RAFAEL CARDOSO DE SOUSA


PAULORAFAEL.UNIP@GMAIL.COM
Neurotransmissores

Os neurotransmissores são os mediadores da sinalização


química entre os neurônios.

Para que uma substância seja considerada um


neurotransmissor, ela deve:

1º- demonstrar estar presente no terminal pré-sináptico e


a célula deve ser capaz de sintetizá-la.
2º- ser liberada durante a despolarização do terminal.
3º- existir receptores específicos na membrana pós-
sináptica.
Acetilcolina

No sistema nervoso periférico, a acetilcolina é


o transmissor nas junções neuromusculares,
nos gânglios simpáticos e parassimpáticos e
fibras pós-ganglionares dos gânglios
parassimpáticos e alguns gânglios
simpáticos. Ela também é o transmissor no
SNC,

A degradação enzimática extracelular da


acetilcolina é propiciada pela
Acetilcolinesterase, ocorrendo recaptação de
parte da molécula.
Aminoácidos

Diversos aminoácidos atuam como neurotransmissores.


Os três mais importantes são o glutamato, a glicina e o GABA.
O glutamato é o neurotransmissor presente na grande maioria
das sinapses excitatórias no SNC.
Ele desempenha papel importante em múltiplas vias metabólicas
e é precursor do GABA. No entanto, resultados experimentais
estabeleceram o glutamato como o principal neurotransmissor
excitatório do SNC. Seu principal mecanismo é baseado na
indução de despolarização na membrana.

O GABA e a glicina atuam como neurotransmissores inibidores


no sistema nervoso. O GABA é produzido a partir do glutamato.
Ambos induzem hiperpolarização na membrana.

Depois que GABA e glicina são liberados pelo terminal pré-


sináptico, são reabsorvidas pelo terminal sináptico e pelas células
da glia adjacentes.
Aminas

Muitos dos neurotransmissores desta categoria podem ser


conhecidos porque desempenham outras funções fora do sistema
nervoso, frequentemente como hormônios.

Entre as aminas que atuam como neurotransmissores estão a


dopamina, norepinefrina (noradrenalina), epinefrina
(adrenalina), serotonina e histamina. Adrenalina

A remoção de aminas biogênicas liberadas nas sinapses


geralmente é feita pela recaptura pelas células da glia e
neurônios.

Acredita-se que a atividade da maioria dos diferentes sistemas


aminérgicos seja importante para determinar os estados cerebrais
globais. Como nível da consciência (dormindo, acordado),
atenção e humor. Seu envolvimento nas vias conectadas com o
hipotálamo e outros centros autonômicos também indica que têm
Noradrenalina
importantes funções homeostáticas.
Purinas

O ATP tem seus próprios receptores que, como os


neurotransmissores padrão, são ligados a canais iônicos, mas
também pode modificar a ação de outros neurotransmissores com
os quais é liberado, incluindo a norepinefrina, a serotonina, o
glutamato, a dopamina e o GABA. As células da glia também
podem liberar ATP após determinados tipos de estimulação. Uma
vez liberado, o ATP é clivado pelas ATPases e 5-nucleotidase à
adenosina, que pode ser captada novamente pelo terminal pré-
sináptico.

Ao se ligarem em seus receptores, a adenosina possui efeito


inibitório.
Peptídeos

São liberados pelos neurônios e atuam em receptores em todo o


SNC e, portanto, representam mecanismo fundamental de
neurotransmissão no SNC.

Até o momento, mais de 100 neuropeptídeos foram identificados.


Neurotransmissores Gasosos

Os neurotransmissores gasosos não são armazenados nas


vesículas sinápticas nem liberados por exocitose. Eles são
extremamente difusíveis e, em termos simples, se difundem dos
terminais sinápticos para as células vizinhas após sua síntese..

O óxido nítrico (NO) e o monóxido de carbono (CO)


constituem exemplos de neurotransmissores gasosos. O NO é o
transmissor nas sinapses entre os neurônios motores inibidores
do sistema nervoso entérico e do músculo liso gastrointestinal.

Não existem mecanismos específicos de recaptação e eles,


também, não passam por degradação enzimática. Assim, parece
que sua ação é terminada por difusão ou
ligação aos ânions superóxido.
Cap. 6

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