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PSIQUIATRIA
NA
PRÁTICA
ÍNDICE
PSICOFÁRMACOS
TRANSTORNOS DE HUMOR
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
EZQUIZOFRENIA
DEMÊNCIAS
TRANSTORNOS ALIMENTARES
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
MANUAL DE DEPRESSÃO
PSICOFÁRMACOS
Um breve resumo
por Sofia Bauer
Introdução:
É bom ressaltar que a psicofarmacologia tem tido uma evolução muito rápida na
produção de novos fármacos, por isso é bom sempre estar alerto as novidades do mercado.
Um bom exemplo são as drogas antidepressivas da última geração como Velanfaxina
(Efexor), Bupropiona (Wellbutrin); ou antipsicóticos como Risperidona (risperdal). E drogas
antigas como novas indicações como Valproato – ácido valpróico (Depakene), utilizado antes
como anticonvulsivante apenas; e hoje, como antidepressivo de depressões maiores.
Também gostaria de ressaltar que estas drogas interagem de maneiras diferentes em
cada paciente, por isso dosagem e escolha de medicamentos requerem habilidade e muita
competência.
Outra coisa importante é simplificar o tratamento: O mínimo de drogas possível. O que
trará também o mínimo de efeitos colaterais.
Para um bom tratamento farmacológico deve-se seguir 5 “Ds”.
1- Um Diagnóstico preciso.
2- Selecionar bem a Droga-diagnóstico, história de medicamentos anteriores e
estado geral de saúde. Verificar o período da droga a selecionar.
3- Dose – Cuidado com subdosagem.
4- Duração-um período mínimo de três semanas de tratamento. São de longo prazo
os tratamentos.
5- Diálogo-Informar efeitos adversos ajuda. Descrever que há um desequilíbrio
químico semelhante ao diabetes e por isso a necessidade de algo para equilibrar. Mas
cuidado! Você pode dizer para aqueles da categoria dos ansiosos que quanto mais
melhoram (fazem psicoterapia) menos necessitam da medicação e poderão ficar livres
dela automaticamente com a melhora.
Neurotransmissores
Síntese:
Estocagem:
Liberação:
Quando a membrana é despolarizada pela ação potencial do nervo, há um maior
fluxo de sódio, potássio e cálcio. O cálcio em particular, é importante para ativação da
estocagem das vesículas, que então migra para a fronteira da célula, onde se fusiona com a
membrana celular, ocorrendo uma exocitose, colocando na fenda sináptica o conteúdo da
vesícula.
Ex: Liberação de noradrenalina, dopamina, etc...
Inativação:
Obviamente que a neurotransmissão seria impossível se o transmissor tivesse que
ativar o receptor permanentemente. A associação do transmissor com sua molécula receptora
é um equilíbrio; onde os transmissores desassociam e ressassociam constantemente.
Existem mecanismos para remover o neurotransmissor de seu receptor.
Um dos mecanismos é a quebra enzimática do neurotransmissor em metabolitos
inativos. Estas enzimas estão alojadas também na fenda sináptica ou na membrana pós
sináptica.
Outro mecanismo é a retirada física do neurotransmissor da fenda sináptica por
difusão e reabsorção por um processo de recaptação da membrana pré sináptica de volta
para dentro do neurônio, onde é reguardado nos grânulos de estocagem.
Finalmente, enzimas citoplasmáticas no neurônio pré sináptico podem quebrar
qualquer neurotransmissor que permanecer livre no líquido citoplasmático.
Ver figura retirada do livro “Introduction to Psychopharmacology” de Malcom Lader.
Mecanismo Regulatório:
Num nível bioquímico existem mecanismos que regulam a síntese de
neurotransmissores que podem ser enzimas que inibem a síntese ou a cadeia de síntese do
neurotransmissor.
Existe um mecanismo regulatório automático, uma vez que exista muito
neurotransmissor na fenda sináptica, haverá inibição da síntese do mesmo dentro do
neurônio.
Existe uma Segunda possibilidade de mecanismo regulador de neurotransmissor
que é feito nos receptores pós sinápticos que ficam “denervados”, ou seja, muito estímulo
excita receptores que ficam hipersensíveis e conseqüentemente diminui o número de
receptores nesta membrana pós sináptica como defesa. Ver fig. 2.3
É bom ressaltar que as drogas não têm um efeito único, elas podem agir de várias
maneiras das citadas acima.
NEUROTRANSMISSORES ESPECÍFICOS
Catecolaminas – Dopamina
Noradrenalina
Adrenalina
A dopamina é encontrada como neurotransmissor nos gânglios basais (fobia/
ansiedade/ pânico), sistema límbico (emoção/ depressão) e outras partes do cérebro.
A noradrenalina é o transmissor das fibras simpático pós gângliônicas em certos
tratos do cérebro, especialmente hipotálamo (emoções) e no cortex cerebral e cerebelar.
A adrenalina vem da medula adrenal e possivelmente é também um
neurotransmissor central.
A atividade das três é feita através de uma cadeia comum de síntese.
Precursor – Tirosina
Inativação – Recaptação do neurotransmissor pela membrana pré sináptica, difusão
na circulação sangüínea e quebra pela MAO (mono amino oxidase).
DROGAS
Em geral:
Você verá a seguir cada uma destas classes psicofarmacológicas com mais detalhes.
1- ANSIOLÍTICOS e HIPNÓTICOS
2-A - BENZODIAZEPÍNICOS
DROGAS
Existem muitos outros citarei apenas os nomes das drogas/ comercial/ dosagem no
final deste texto.
Receituário Azul!
Comp. 5 e 10mg-
É um ansiolítico que não causa dependência. Um pouco mais fraco. Ela não é um
benzodiazepínico, mas seu efeito é comparável aos benzodiazepínicos.
Dose inicial – 1 comprimido 5mg 3x/ dia. Dosagem diária máxima 60mg/ dia. É
indicada para quadros breves de ansiedade.
2.C – SEDATIVOS
Mas se você quer dar algum remédio como indutor do sono utilize um dos abaixo:
Anti-histamínico – Fenergan
Antipsicótico – Levomepromazina (Neozine) – 5 a 25 gotas ou
Clorpromazina (Amplictil).
3 - ANTIDEPRESSIVOS
Dupla Disfunção:
Serotoninérgica e Noradrenérgica
TABELA 1
Dificuldade de concentração
Ideação Suicida
DUPLA AÇÃO
Seletividade em 5-HT seletividade em NA
Exclusivamente 5-HT 5-HT/ possivelmente NA 5-HT/NA NA/possivelmente 5-HT Exclusivamente NA
TIPOS:
B- Tricíclicos
C- Tetracíclicos:
2- Duloxetina (Cymbalta) – Cápsulas 60mg – é tão bom quanto a Venlafaxina, muito novo
no mercado, mas com excelentes resultados. Parece que não aumenta o peso.
E – Monocíclicos
Bupropiona (Wellbutrin)
Comp 75 e 100mg.
Dosagem diária: de 200-225mg/dia.
Pode ser levantada até 300-450mg/dia após três semanas.
Inibidor puro de recaptação de NA, com alguma atividade de bloqueio da recaptação de
dopamina.
Efeito colateral – Inquietação, ansiedade, insônia (tratá-los com sedativos). Convulsões
podem ocorrer.
É uma droga nova Brasil, muito fraca. Não deve ser usada para esse fim.
Utilizamos para TDAH e para aumentar a libido!
H – Fenilpiperazinas
O soro é uma medida utilizada por alguns psiquiatras numa mistura de Ludiomil (50mg)
e Anafranil (50mg) endovenoso. Não há diferença alguma na ingestão oral ou venosa. Se a
pessoa responde bem à droga é o essencial.
ADVERTÊNCIAS:
4- DROGAS ANTIMANÍACAS
4 - Ácido Valpróico
5- Valproato de Sódio (Depakote 500mg e Torval 300mg) – Efeito igual ao ácido valpróico.
Muito usado, pois machuca menos o estômago. Em 5 dias tira o efeito da Ansiedade do
Transtorno Bipolar Misto. Muito usado! Efeito Colateral: Queda de cabelo, engorda, ovário
policístico. Comp. 500mg 2X/dia.
6- Oxacarbazepina (Trileptal, Oleptal, Oxacarb) Com 300mg/ 600mg. Dose ideal e variável
conforme o grau do Transtorno Bipolar.
Tipo I e Tipo II – 600mg 2x/dia
Ciclotimia – 300mg 2x/dia
Irritabilidade – 300mg 1x/dia
Efeitos colaterais: enjôo e dor de cabeça. Mas não engorda. Pode dar retenção de
líquido e inchaço dos pés.
Tem sido muito usado porque causa muito menos efeitos colaterais!
5- ANTIPSICÓTICOS
Drogas
Antipsicóticos Comuns
Comp 1/5mg
Amp 20mg – 2mg/mg
Ampola depot – 150 – 200mg/ mês.
A dose média- na crise é 10 a 15mg/ dia.
Manutenção é 5 a 10mg/dia.
Efeitos Colaterais: Extra piramidais
Indicação: Psicose/ esquisofrenia
Depressão psicótica
Transtornos de personalidade (impulsividade e agitação)
Tourrete
Agitação em demência
Agitação em histeria
Hipomania
8 - Diidroindóis – (Moban)
Antipsicóticos Atípicos
São considerados atípicos porque produzem poucos efeitos extrapiramidais. Porque tem
maior eficácia nos efeitos negativos das psicoses.
4 – Ziprazidona(Geodon) – comp 80mg – não engorda, mas na maioria dos pacientes não
funciona!
5- Zyprexa (Olanzapina) – 5, 10mg – muito bom, mas engorda. Tem sido muito usado, pois
não causa efeito extrapiramidais. Dá muita sonolência, que acalma as crises de mania e
ansiedade.
DROGAS ANTIPARKINSONIANOS
4- Fobias:
A - Propanolol – Comp. 40mg debaixo da língua.
Para enfrentar uma situação corta sudorese, palpitação, etc...
Toc:
1º indicação – clomipramina – Anafranil
2ª indicação - Sertralina – 150mg/ dia a 300mg/dia
3º indicação - Fluoxetina – 80mg/dia
Bibliografia
1 – Kaplan, Harold e Sadock, Benjamin – Manual de Psiquiatria Clínica – 2ª edição, Art Med,
1.998.
2- Cardioli, Aristides V – Psicofármacos – 2ª edição, Art Med, 2.000.
3 – Lader, Malcom – Introduction to psychopharmacology, Upjohm Publition – Michigan
U.S.A., 1.980.
Flunitrazepan – (ROHYPNOL)
Hipnótico/ Sedação
Indução do sono
Pré – anestésico
Trifluperazina – (Stelazine) 5 mg
Antipsicótico – dose usual 5 a 20 mg
Precisamos ter uma compreensão básica e fácil sobre as psicopatologias para que
possamos defini-las em poucas palavras e assim atingir nosso alvo terapêutico.
1 – DEPRESSÃO
Baixa de humor – tristeza
Baixa de iniciativa – falta de ânimo
Anedonia – incapacidade de sentir prazer naquilo que antes dava prazer
Anomia – falta de perspectivas ou esperanças
2 – PÂNICO
Crises agudas de ansiedade com ou sem causa aparente.
3 – ESQUISOFRENIA
Quadro delirante, mal sistematizado, ilógico (não “concatenado” de idéias), alucinatório.
4 – PARANÓIA
Quadro delirante de perseguição, mas bem “concatenado”, não alucinatório.
5 – MANIA
Sente mais alegria que a média das pessoas
Aumento de atividades
Sente prazer em tudo e mais que a média (come mais/compra mais/faz mais
sexo/etc...)
Nível elevado de esperanças
6 – HIPOMANIA
É uma mania mais mitigada e permanente.
Com este pequeno esquema você já pode começar a raciocinar de acordo com o
sintoma alvo, qual a necessidade terapêutica e o perfil de droga que será escolhido.
Por exemplo : para um sujeito dinâmico ( muito dinâmico) e com pânico. Não se deve
dar um antidepressivo. Isto aceleraria o quadro de ansiedade e de hipomania; aumentaria a
euforia. Para o pânico Clonazepan (Rivotril) que acalma e tem duração longa.
Para hipomania que no caso é mesclada de irritabilidade 5 a 10 gotas de haloperidol
(haldol). É como se fosse “um freio de mão” de acordo com Dr. Paprocky.
Depressão com sintomas físicos (Dor) pense em antidepressivo que cause menos
efeitos colaterais físicos – moclobemida (Aurorix)
DESORDENS DE ANSIEDADE
Esquema Geral
Introdução
De acordo com DSM-IV, classificamos como Transtornos de Ansiedade as seguintes
desordens:
Ansiedade
Angústia
Estresse
Ataque de Pânico
Transtorno de Pânico
Depressão Reativa
Transtorno Obsessivo Compulsivo
Fobia Simples
Agorafobia
Claustrofobia
Fobia Social
Fobia Processual
Essas desordens são agrupadas por terem uma base ansiosa. Pressão acumulada em
estímulos que causam ansiedade continuada e que trazem como conseqüência um destes
problemas relacionados acima.
TRANSTORNO DE PÂNICO
Um sinal de Alerta
Sofia Bauer, M.D.
Definição:
1- PRESSÃO
2- DESPROTEÇÃO
3- CONTROLE EXAGERADO
4- MEDO ANTECIPATÓRIO
5- NECESSIDADE PARADOXAL de ser "acompanhado" ou protegido por
familiar.
6- ALTAMENTE IMPRESSIONÁVEL-Vulnerável "aquilo" que pode fazer mal.
Como sabemos, toda doença é o caminho para a solução dos problemas. O transtorno
do pânico vem como um sinal de alerta, para que a pessoa PARE! Perceba que ela esta
acelerada e provocando com suas atitudes um ciclo vicioso: Desproteção, necessidade
de alguém protegendo, confirmação da desproteção.
Stephen Gilligan, chama nossa atenção em seu livro "The Courage to Love", que
exatamente aquilo que a pessoa faz para livrar-se dos seus sintomas é que o obriga a ficar
na doença!
O caminho é entender que a pessoa disparou o alarme. Pare! Refaça sua vida,
veja o que pressiona. É diferente de PARALIZE! Pare e Mude!
tanto pensar, sentir ficamos esgotados, ou de-primidos! Devemos cuidar bem dos nossos
pensamentos e sentimentos para podermos estar ativos sempre!
Como conseqüência do esgotamento de serotonina, podemos Ter depressões,
ou cansaço, ou inibição de ações. Por isso, os médicos utilizam os recaptadores de
serotonina na fenda pós sináptica nos casos de depressão reativa, síndrome do pânico e
fobias.
Tem uma segunda medicação muito usada que são os ansiolíticos. Eles
funcionam como uma fita isolante, bloqueando a entrada de muito estímulo elétrico no 2º
neurônio na fenda pós sináptica. Assim, a pessoa pode ter um primeiro estímulo, mas este
não se encadeia de estamos em guerra com produção de adrenalina e noradrenalina.
Costumamos medicar nossos clientes com uma associação destes dois
medicamentos. Mas sabemos que isto não cura! Alivia, e pode mesmo impedir que a pessoa
tenha crises de pânico.
Mas sabemos também, que por estes pacientes serem muito certinhos não
gostam de tomar remédios controlados (remédios para loucos!). O que nos ajuda a procurar
as alternativas de cura.
Medicar para aliviar os efeitos da fenda sináptica ajuda. Mas o que resolve? O
que resolve é trabalhar com aquilo que ativa a atividade cerebral, o estímulo é desproteção,
pressão é controle excessivo.
É o que veremos com os exercícios de limpeza. Pense que vamos limpar os
hábitos mentais desta pessoa que sofre de pânico. O que você faria? Limpeza interna de
sentimentos e limpeza externa das pressões da vida.
A psicoterapia aliada a hipnose de Erickson que utiliza os recursos do próprio
sujeito fazendo-o experienciar alívio, bem estar e mudanças externas são as dicas mais
adequadas.
Veremos a seguir um esquema básico de exercícios que você pode adequar a
terapia. São exercícios de hipnose. Associe a eles o conceito de utilização de Erickson e o
fazer sob medida e você verá os resultados também sob medida.
2- Antidepressivos:
1. Paroxetina (Aropax/Cebrilin) - 20mg/manhã - ele é relaxante. Tem-se como
droga de escolha, pois também acalma.
2. Sertralina (Zoloff) 50 mg/dia - é um ótimo ISRS, que trabalha com pessoas
que têm pensamentos ruminativos, tipos mais obsessivos e/ou compulsivos no
pensar. Ativam mais o pensamento negativo.
3. Velanfaxina (Efexor) - 75 a 150 mg/dia - é um ótimo antidepressivo e
recaptador de serotonina, traz uma certa alegria e bom humor. (Muito caro!)
DEPRESSÕES
Sofia Bauer
1. Visão geral
Esgotamento;
Pressões que implicam em de-pressão;
Frustrações constantes que implicam em sentimentos não digeridos como
tristeza e raiva. Emoções retidas adoecem o corpo e alma;
A constância e o hábito dos pensamentos negativos retroalimentadores da
depressão;
Sentimento de ser pouco amado.
frustração e impotência, e não consegue lidar com tudo isto, quando se exige demais.
Emoções não digeridas aparecem de alguma maneira e vêm através do corpo dizer: PARE!
DESCANSE! VOCÊ NÃO DÁ CONTA DE TUDO!
Os sintomas são incorruptíveis. São tentativas de caminhos para a solução; ou
melhor, dizendo, para a conexão com o seu verdadeiro EU, com o que você verdadeiramente
deseja ser.
Vemos pessoas em situações mais críticas. Não vêm à terapia por vontade
própria na maioria dos casos. Ou são aqueles pacientes que trocam de terapeutas
constantemente com fracassos terapêuticos repetidos (em remédios e psicoterapia).
Costumam gerar desânimo natural como contra-transferência. A questão é mais
profunda. Não há relação terapêutica que se estabeleça rapidamente. Nas relações objetais
foram marcados profundamente pelo abandono; por isso não investem para não perder mais.
Estes quadros são mais graves e requerem muito mais de nossa ajuda
terapêutica.
Aconselho dar uma olhada na classificação do DSM-IV sobre desordens de
Humor.
Depressão maior
Mania
Hipomania
Bipolar
Distmia
Breve conceito
Mania: humor elevado, expansivo ou irritável. Com três dos sintomas abaixo:
Auto estima inflada ou grandiosidade
Diminuição da necessidade de dormir
Hipomania:
Período de humor elevado ou irritável persistente.
Com três dos sintomas abaixo:
Auto estima inflada
Diminuição da necessidade de dormir
Mais falante que o normal
Vôo de idéias
Desconcentração
Aumento nas atividades com um objetivo determinado
Envolvimento excessivo em atividades prazerosas
Mas o episódio não é tão severo quanto a depressão maior.
Distimia: humor deprimido por mais de 2 anos com mau humor e irritação. Com
presença de 2 ou mais dos sintomas abaixo:
Pouco apetite ou comer em excesso
Insônia ou muito sono
Baixa energia ou fadiga
Baixa auto estima
Pouca concentração
Sentimentos de desesperança
3. Bioquímica
sistema límbico – responsável pelas emoções. Que de acordo com esta mudança bioquímica,
aumenta sua irrigação cerebral na região do sistema límbico causando as depressões.
O sistema nervoso cerebral funciona em termos de estímulo resposta. Para uma
mensagem passar de um neurônio a outro, faz-se através de um neurotransmissor que
comunica o estímulo elétrico na fenda pós-sináptica. O neurônio pré-sináptico – que está
mandando a mensagem – produz o neurotransmissor, que se direciona para o neurônio pós-
sináptico no receptor final. A molécula de neurotransmissor tem a forma de uma chave que só
caberá numa determinada fechadura, chamada local receptor, no neurônio pós-sináptico.
Quando a chave escorrega para dentro da fechadura, a mensagem é recebida, e o receptor é
ativado ou inibido, dependendo de sua função.
Uma vez completado o trabalho, a molécula neurotransmissora se solta
novamente na sinapse. Pode retornar ao neurônio precursor, onde pode ser usada de novo,
ou pode sobrar e ser desativada por uma enzima chamada oxidase monoamina (MAO).
O humor é afetado pelas mudanças nos níveis relativos a vários
neurotransmissores. A questão é, o que causa estas variações nos níveis de
neurotransmissores e pode alterar o equilíbrio deles? Conjecturamos que são os estímulos –
o que sentimos, o que sofremos, as emoções. Para muitos, se mudar a emoção, muda-se a
química cerebral!
Um dos mais importantes neurotransmissores é a SEROTONINA, ela influencia
muitas funções fisiológicas como pressão arterial, digestão, dor, temperatura do corpo, bem
como o humor.
Altos níveis de serotonina estão associados à estabilidade emocional.
Baixos níveis dela estão associados:
Depressão
TPM
Ansiedade
Pânico
Sensibilidade aumentada à dor (por exemplo, fibromialgia)
Abuso de drogas e álcool
Acentuado desejo carbohidratos
Distúrbios do sono
Entre outros.
4. Psicodinâmica
Sabemos através de autores como Renne Sptiz, Melaine Klein, Winnicot, como a
primeira infância e as relações de objeto são importantes na organização emocional.
A depressão se baseia na falta de uma boa relação de objeto.
Toda patologia é uma questão de volume, aqui também veremos que o “volume”
do afeto estabelecido nas relações de objeto são fatores importantes no desencadeamento de
uma psicose depressiva ou numa reação depressiva.
Isto nos ajuda em termos do trabalho terapêutico. Dar amor, ensinar o amor,
cuidar. Auxiliar a pessoa que para ser amada não precisa ser a número 1, ser perfeita. Não
precisa TER QUE SER o que ela imagina que o outro deseja para ser aceita. Ela deve
aprender a ser, como nos ensina a Dra. Teresa Robles.
Vemos dentro desta perspectiva, que a pessoa se fere (nas suas relações de
objeto) e pelo mecanismo do recalcamento vem repetindo o mesmo desfecho em suas novas
relações de objeto pela vida. Aumentando suas marcas, repetindo as feridas, se
retraumatizando.
Os sentimentos de raiva e tristeza não podem aparecer. Necessita ser boazinha
para ser aceita. Onde vão parar suas verdadeiras emoções? Ficam represadas, segurando
energia, limitando a vida das mesmas.
Ficam presas em crenças limitantes sobre si mesmos e surge a FRUSTRAÇÃO.
Uma seqüência infinita de frustrações gera o esgotamento, a desesperança, o vazio. A
necessidade (até saudável) de matar a vida que mata você!
Vemos, por exemplo, que na distmia uma depressão expressa pela irritabilidade e a
raiva, que estas pessoas extravasam sua raiva. Mas omitem a tristeza, ou melhor, não trabalham
com a tristeza escondida e também se mantêm presas em seus traumas, retraumatizando as
mesmas feridas.
Toda pessoa deprimida tem feridas abertas. Tem emoções não digeridas
guardadas. Tem raivas e tristezas que precisamos ajudá-las a digerir.
Estas emoções começam a ser ativadas na primeira infância. Por isso,
precisamos cuidar do pequeno eu de cada sujeito deprimido, ensiná-lo a perdoar seus pais
que, em princípio, são os primeiros a feri-los. Todos os pais fazem o que podem e dão conta
por seus filhos.
Como estaremos tratando de pessoas já adultas (na maioria dos casos),
podemos ativar uma parte adulta para cuidar dele próprio, com amor e carinho passar a fazer
o que sente que é bom para si mesmo. E também a aprender a perdoar as ofensas dos
outros, bem como aprender que guardar raiva é pouco prático! (Ensinamentos da Dra. Teresa
Robles).
5. Trabalho psicoterápico
6. Remédios
1. Drogas tricíclicas
Foram os primeiros, dominaram o mercado por mais de 20 anos e ainda são
usados, só que com menor freqüência. Agem dessensibilizando um receptor no neurônio que
O TRATAMENTO DE FOBIAS
Sofia Bauer - MD
1. Definição
Agora Fobia
A primeira fobia classificada pelo DSM é agora fobia. É uma ansiedade de estar
em lugares ou situações que escapa ao controle, e a pessoa se sente com dificuldades ou
envergonhada de pedir socorro a alguma pessoa, numa situação que pode levá-la a ter uma
desordem, um ataque de pânico inesperado. A agorafobia é um medo típico de estar em
lugares fora de casa, em situações com multidão, ou estando numa fila, ou atravessando o
meio de uma cidade, ou viajando de ônibus, de trem ou de automóvel. As situações são
evitadas ou restringidas, e todas elas provocam uma ansiedade e muitas vezes até mesmo
um ataque de pânico, ou sintomas parecidos com um ataque de pânico.
Fobia simples
Fobia Social
ainda mais específico. E ela costuma provocar uma crise de pânico nessas situações, como
exemplifiquei anteriormente.
Nós podemos dizer que a síndrome do pânico é caracterizada pelo medo de ter
medo, aliado a uma preocupação de perder o controle ou ter um ataque do coração, mais
uma mudança significativa no comportamento relacionada aos ataques.
No caso dessas fobias específicas, essas coisas também acontecem, mas em
determinados ambientes. Então se desenvolve uma mistura de uma fobia processual – medo
de andar de avião, medo de ficar numa sala fechada – juntamente com a síndrome do pânico.
Como o tratamento é quase o mesmo, nós vamos estar tratando dessa pessoa, tratando de
uma coisa ou da outra com o mesmo trabalho.
Eu gostaria de chamar a atenção de vocês que nós, além dessas patologias,
podemos ter outras, como por exemplo, o transtorno obsessivo-compulsivo – mais uma fobia,
que também é muito comum.
nenhum receio em relação àquilo, como adultos que são. Mas na hora que enfrentam um
determinado medo se sentem com uma criança, reagindo como se fosse uma criança a uma
determinada situação.
É muito comum observar nas queixas que essas pessoas falam de qualquer
assunto, mas evitam, de qualquer maneira, tocar no assunto que lhe traz a fobia. Só de falar
no assunto, essas pessoas já manifestam algumas das sensações específicas que nós temos
na fobia.
Toda fobia é um estímulo exagerado que a pessoa recebe, e que tem que
passar uma resposta. Como nós já aprendemos, estímulo e resposta, nos neurônios, são
feitos através de uma condução elétrica. Essa condução elétrica é transmitida através dos
nossos neuro-transmissores – serotonina, dopamina, endorfina, adrenalina e noradrenalina.
Se há um excesso de estímulos, há uma sobrecarga e uma descarga exagerada de
serotonina dentro da fenda pós-sináptica. Se há uma descarga exagerada de serotonina na
fenda pós-sináptica, os receptores recebem o estímulo como sendo uma resposta de luta ou
fuga e liberam adrenalina, o que provoca as reações fóbicas que nós descrevemos
anteriormente, no item 1, sobre o que é uma fobia.
Assim, para que possamos entender a bioquímica de um ataque fóbico, temos
que entender que a coisa não acontece apenas na fenda pós-sináptica. A causa primordial
está no determinado tipo de estímulo. As pessoas pensam, sentem, têm emoções gravadas,
têm memórias dependentes de estados de estresse, sofridas há muitos anos antes, e quando
passam novamente por aquele mesmo estímulo, reagem como se fosse aquela criança, com
aquela determinada idade, naquela postura de luta ou fuga, que foi a primeira e mais arcaica
que aquela pessoa deu conta naquele devido momento. Essas respostas não ajudam em
nada, mas se tornam constantes na vida da pessoa e, normalmente, estão guardando algum
tipo de energia vinculada à uma emoção de alguma coisa muito anterior ao momento em que
a fobia está sendo expressa.
Dentro dessa visão bioquímica podemos ainda colocar a visão do Daniel Amen,
de que a região onde há uma aceleração de neuro-transmissores, e, conseqüentemente, uma
estimulação sangüínea maior, é a região dos gânglios basais, região responsável por uma
ação motora maior e região responsável pelos medos.
De acordo com Freud, sabemos que toda fobia tem como mecanismo básico o
deslocamento de uma emoção, vinculada a um dos genitores, ou de uma pessoa que você
tem um grande afeto, para um animal, objeto ou situação. No caso estamos falando no
sentimento da raiva e da tristeza. A criança, não podendo sentir aquilo em relação a um dos
seus genitores – o pai, a mãe – ou uma outra pessoa que tenha uma ligação afetuosa maior,
na relação de objeto, desloca para uma outra figura esse sentimento de raiva, que está
acontecendo.
Como, dentro da criança, ela gosta daquela pessoa, ela não pode sentir raiva.
Por não poder sentir raiva, isso gera culpa. A culpa gera o castigo, e do castigo vem a
penalização da fobia. Podemos ver fobia simples como uma conseqüência imediata de
distúrbios dessa primeira infância e períodos de latência da criança com seus genitores ou
com a pessoa a qual ela tem uma maior ligação e o acometimento de fobias infantis.
Temos também as fobias que são processuais. Dizemos que uma fobia é
processual quando ela acomete o sujeito já na idade adulta, ou jovem adulto, e que não é
uma fobia simples – não é uma fobia de medo de barata, de cobra, de altura, de agulha -, mas
sim um processo – andar de avião, dirigir um carro, assinar na frente das pessoas uma folha
de cheque, falar em público. Essas fobias vão se desenvolvendo como deslocamentos e
recalcamento de outras energias que estão vinculadas de afeto – provavelmente raiva e
tristeza – que não foram elaboradas, que não foram digeridas anteriormente.
Dentro da psicodinâmica, para que a gente possa desmanchar essa energia que
está bloqueada e vinculada, precisamos fazer regressão nos nossos pacientes com fobia,
para que eles possam voltar ao momento daquele primeiro estágio, onde sentiram
determinado sentimento proibido, e poder ali desvincular essa emoção, digerir essa emoção.
Com freqüência, quando fazemos regressão nos nossos pacientes com fobia, obtemos
excelentes resultados.
Nós podemos aqui falar do livro O homem de fevereiro, do Milton H. Erickson.
Nesse livro, Milton Erickson trata de uma moça que sofria de depressão e fobia de água. Ela
não podia nadar, não conseguia nadar. Erickson faz quatro longas sessões com essa moça,
onde utilizou inúmeras regressões a idades onde tiveram acontecimentos importantes na vida
dessa menina, e assim pode ser digeridas as emoções de raiva ao pai, a uma irmã menor e o
sentimento de culpa gerado nesta situação. Com este trabalho, esta mulher pode se livrar da
fobia de água.
De acordo com Milton Erickson, essa moça, quando pequenininha, estava com
sua irmã menor, e foi testemunha da sua irmãzinha cair dentro do balde cheio de água. Ela
grita pela mãe, a mãe acha que é brincadeira e não vem. Ela grita de novo, pedindo socorro,
então a mãe vem, a menininha já está asfixiada, mas não morre, não tem nenhum problema.
Nessa mesma época, o pai dessa menininha está doente, para morrer, não está dando muita
atenção para a menina. Não por causa do episódio do balde d'agua, mas a menina faz a
junção de todos os fatos – meu pai não gosta de mim e não quer ficar comigo, porque eu
quase matei a minha irmã afogada. Além disso, eu tenho ciúme da minha irmãzinha porque
todos dão atenção a ela. Em seguida a esse episódio, o pai morre e ela desenvolve a fobia de
água.
Milton Erickson leva quatro sessões fazendo regressões, fazendo com que essa
menina volte a essa idade e vá limpando essas cenas, e vá entendendo que ela teve um
ciúme natural, que o pai teve uma doença natural, vai fazendo trabalhos de escrita
automática, várias hipnoses. E com isso consegue chegar a desmanchar um sentimento que
não foi bem digerido pela criança.
Aí, nós provamos a questão do Freud, que há sempre um deslocamento de uma
emoção que não pôde ser digerida e que fica vinculada a um tipo de atitude específica.
Podemos ver, então, que para que a gente possa tratar de uma pessoa com
fobia, o ideal seria que pudéssemos chegar até o trauma. Hoje em dia existem técnicas
energéticas que trabalham diretamente desbloqueando a energia, e fazendo com que todo o
processo que está preso na amígdala e sendo levando a uma reação de luta ou fuga com
resposta direta no córtex cerebral, possa passar ao hipocampo, ao sistema límbico, e ser
digerida essa emoção dentro do sistema nervoso cerebral.
Essas técnicas são conhecidas mundialmente e podemos citar algumas delas,
como TFT, que quer dizer, em inglês, thought field Therapy, o tratamento do campo do
pensamento. A segunda técnica, também muito usada, é o EMDR – eye movement
desensitation reprocessing – movimento rápido dos olhos de dessensibilização e
reprocessamento.
Existem outras técnicas que estão sendo desenvolvidas e trabalham diretamente
com energia bloqueada e que associadas ao enfoque do pensamento no problema, têm
excelentes resultados.
Além dessas técnicas, podemos utilizar a hipnose, pelo simples fato de que,
quando a utilizamos, estamos acessando hemisfério direito e esquerdo ao mesmo tempo,
enfocando e mantendo atento uma situação que foi traumática à pessoa. Ou seja,
desenvolvendo uma memória de estado dependente de estresse, vinculado a uma liberação
6. Tratamento medicamentoso
7. Psicoterapia
BIBLIOGRAFIA
AMEN, Daniel, Transforme seu cérebro transforme sua vida, editora Mercuryo, São Paulo, 2.000.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, Diagnostic and statistical Manual of mental
Disorders,(Fourth Edition)D.S.M. - IV, Washigton, 1994.
BAUER, Sofia, Hipnoterapia Ericksoniana Passo a Passo, Editora Livro Pleno, Campinas,
1998.
BAUER, Sofia, Síndrome do Pânico (Um Sinal que desperta), Editorial Caminhos, Belo
Horizonte, 2.001.
ROBLES, Teresa, Terapia feita sob medida, Editorial Diamante, Belo Horizonte,2.000.
ROBLES, Teresa, Revisando o Passado para Construir o Futuro, Editorial Diamante, Belo
Horizonte, 2.000.
Daniel Amen
Psicofármacos
Erva de São João
Doença como Caminho
DSM-IV
Teresa Robles – Revisando Passado
Quatro cérebros
Textos das Emoções
Passo a Passo
ESQUIZOFRENIA
(A palavra esquizofrenia significa mente dividida)
Por definição:
A esquizofrenia é um tratamento de causas desconhecido, caracterizado por sintomas
psicóticos que prejudicam significativamente o funcionamento e envolve perturbações da
emoção, pensamento e comportamento. O transtorno é crônico e geralmente possui:
Uma fase prodrômica
Uma fase ativa com delírios e/ou alucinações
Uma fase residual, na qual o transtorno pode estar em remissão.
Tipos
4 – Tipo indiferenciado
Delírios, alucinações, incoerência ou comportamento amplamente desorganizado.
5 – Tipo residual
Não há delírios ou alucinações, mas tem evidências persistentes da perturbação através de
sintomas residuais.
Tipo I – esquizofrenia com sintomas positivos (delírios/ alucinações/ fala aumentada)
Tipo II – esquizofrenia com sintomas negativos (embotamento / falta de ânimo /
desmazelo)
Idade de início – 15 aos 35 anos.
Etiologia
A – Genética
B – Fatores biológicos.
Hipótese da DOPAMINA – atividade aumentada
Hipótese da NORADRENALINA – atividade aumentada
Hipótese da GABA – redução da atividade com aumento da DA
Serotonina –
C – Fatores psicossocial e ambiental
Familiares
Psicodinâmicos
D – Teoria Infecciosa – gliose/ cicatrizes gliais por um vírus (com presença de um anticorpo antiviral no
líquor de esquizofrênicos).
Tratamento
Antipsicóticos Típicos
Antipsicóticos Atípicos
Efeitos extrapiramidais:
Distonia aguda – antiparkinsoniano – Biperideno (Akineton) – 4 à mg/dia
Pseudoparkinsonismo – Biperideno 4 - 8mg/dia
Acatísia – beta bloqueador ( propanolol) – 30 - 120mg/dia.
Insônia – Benzodiazepínico
4 – Transtorno Psicótico Breve – sintomas que duram menos que 1 mês e ocorrem após
um estresse evidente na vida do paciente
6 – Psicose Pós-Parto – síndrome que ocorre após o parto, caracterizado por depressão
severa e delírios.
DEMÊNCIAS
OUTRAS DEMÊNCIAS OU
DEMÊNCIAS DEGENERATIVAS NÃO-ALZHEIMER
DOENÇA DE PARKINSON
SÍNDROMES DE PARKINSONISMO-PLUS E
ATROFIAS DE MÚLTIPLOS SISTEMAS
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Bibliografia
b) Tratamento a longo prazo durando pelo menos 6 meses: A recaída é comum. Uma
variedade de métodos incluindo terapia individual, terapia de grupo, grupos de mútua
ajuda (tais como Alcóolicos Anônimos, Narcóticos Anônimos, comunidades terapêuticas,
grupos para famílias e manutenção química (metadona, dissulfiram, naltrexona), bem
como uma variedade de enfoques fisiológicos, incluindo modelos adictivos, médicos e
morais (ou religiosos) podem ser úteis. Descubra o que funciona para cada paciente.
c) Definições:
Intoxicação: Comportamento mal-adaptativo associado com a ingestão recente de
droga.
Abstinência: Síndrome psicoativa específica à substância após cessação de uso pesado
(implica em tolerância e indica dependência).
Tolerância: Necessidade de maior quantidade de uma substância para ficar intoxicado
ou a mesma quantidade de uma droga produzindo menor efeito com o uso continuado.
Abuso: Um padrão mal-adaptativo de uso da substância resultando em problemas
repetidos e conseqüências adversas, por ex., uso em situações perigosas, problemas
legais, sociais e ocupacionais.
Opióides
Intoxicação
a) Sinais e sintomas objetivos: Depressão do sistema nervoso central, redução da
motilidade gastrintestinal, depressão respiratória, analgesia, náuseas e vômitos, fala
arrastada, hipotensão, bradicardia, constrição das pupilas, convulsões (na
superdosagem).
b) Sinais e sintomas subjetivos: Euforia (intoxicação com heroína descrita como um
orgasmo no corpo inteiro), ocasionalmente disforia ansiosa, tranqüilidade, decréscimo
da atenção e da memória, sonolência e lentificação psicomotora.
Abstinência: Os sinais clínicos lembram sintomas gripais e incluem avidez pela droga,
ansiedade, lacrimejamento, rinorréia, bocejos, sudorese, insônia, ondas de calor e de frio.
Dores musculares, cólicas abdominais, pupilas dilatadas, piloereção, tremores,
inquietação, náusea e vômitos, diarréia e sinais vitais aumentados.
Desintoxicação: Dê metadona, 10mg. Se a abstinência persistir após 4-6 horas. Dê
duas vezes ao dia, ou em dose única diária, e diminua a dosagem em 5mg por dia para a
abstinência de heroína; abstinência de metadona pode exigir uma desintoxicação mais
lenta.
Cocaína
Um produto natural da planta de coca. Antes de seu alto poder de adicção ser
conhecido, era muito usada como estimulante e euforizante. A cocaína é geralmente inalada,
mas pode ser fumada ou injetada. Para ser fumada, o cloridrato de cocaína deve ser
purificado. O crack é fumado, tem um rápido início de ação e é altamente adictivo.
A cocaína fumada produz um início de ação comparável ao de uma injeção IV e
é igualmente adictiva. A euforia é intensa e existe risco de dependência depois de apenas
uma dose. Como as anfetaminas, a cocaína pode ser consumida em porres que duram vários
dias. Este fenômeno resulta em parte do aumento dos efeitos eufóricos com doses
consecutivas (sensibilização). Durante os porres, o abusador consome a cocaína
repetidamente, até sentir-se exausto ou ficar sem a droga. Segue-se uma “aterrisagem”, com
letargia, fome e sono prolongado, seguido de outro porre. Com o uso repetido, a tolerância
desenvolve-se para os efeitos euforizantes, anoréxicos, hipertérmicos e cardiovasculares.
Canabis (maconha)
Alucinógenos
Drogas:
1- Dietilamida do ácido lisérgico (LSD).
2- Psilocibina (em alguns cogumelos).
3- Mescalina (cacto peyote).
4- Harmina e harmalina.
5- Ibogaína.
6- Anfetaminas substituídas, por ex., MDMA, MDEA, 2,5-dimetoxi-4-metilanfetamina
(DOM, STP), dimetiltriptamina (DMT), MMDA, trimetoxianfetamina (TMA), que também
são geralmente classificados com as anfetaminas.
PCP
Inalantes
Uma ampla variedade de colas, solventes e limpadores são voláteis e podem ser
inalados para a obtenção de efeitos psicotrópicos.
Os sintomas de intoxicaçaõ leve são similares à intoxicação com álcool ou sedativos-
hipnóticos. Os efeitos psicológicos incluem leve euforia, beligerância, agressividade,
julgamento prejudicado e impulsividade. Os efeitos físicos incluem ataxia, confusão,
desorientação, fala arrastada, tontura, reflexos deprimidos e nistagmo. Estes sintomas podem
progredir para delirium.
Cafeína
Nicotina
Bibliografia
Introdução geral:
O álcool, um depressor e intoxicante do sistema nervoso central (SNC).
Alcoolismo é o uso excessivo de bebidas contendo etanol. Os transtornos associados
ao alcoolismo geralmente podem ser divididos em dois grupos: (1) transtornos relacionados
aos efeitos direto do álcool sobre o cérebro (incluindo intoxicação com álcool, abstinência,
delirium por abstinência e alucinose), (2) transtornos relacionados ao comportamento
associado ao álcool (abuso e dependência de álcool) e (3) transtornos com efeitos
persistentes (incluindo transtorno amnéstico persistente induzido por álcool, demência,
encefalopatia de Wernicke e Síndrome de Korsakoff).
A . Definição 1
– Dependência de álcool – Uso excessivo de álcool, prejudicial à saúde física e mental. A
dependência pode assumir três formas: (1) uso contínuo de uma grande quantidade de álcool,
(2) uso pesado apenas em fins-de-semana ou quando o consumo tende menos a
comprometer o funcionamento no emprego e (3) porres de consumo pesado de álcool
(durando de dias à semanas), intercalados com longos períodos de sobriedade.
2 – Abuso de álcool – uso contínuo de álcool que interfere no
funcionamento geral de um indivíduo e geralmente evolui para a dependência.
C . Etiologia – os filhos de pais que abusam de álcool estão em alto risco para o
desenvolvimento de abuso de álcool, quer sejam ou não criados por seus pais biológicos.
Co-morbidade com outros transtornos mentais – o efeito sedativo do álcool e sua pronta
disponibilidade fazem dele a substância mais usada para o alívio da ansiedade, depressão e
insônia. Entretanto, o uso a longo prazo pode causar depressão, e a abstinência em uma
pessoa dependente pode provocar ansiedade. Muitos pacientes psicóticos se automedicam
com álcool. Em pacientes bipolares, o uso pesado de álcool freqüentemente desencadeia um
episódio maníaco. Entre os pacientes com transtorno da personalidade, as personalidades
anti-sociais estão particularmente propensas a desenvolverem padrões persistentes de
dependência de álcool. O abuso de álcool é prevalente em pessoas com outros transtornos
por uso de substância, e existe uma correlação particularmente alta entre a dependência de
álcool e dependência de nicotina.
b) Alguns sintomas da perturbação têm persistido por pelo menos um mês, ou têm
ocorrido repentinamente por um período de tempo mais longo.
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Usado com permissão do, APA.
E – Tratamento:
Psicofarmacoterapia
Abstinência de àlcool
Inicia-se algumas horas após a cessação ou redução do consumo alcoólico
prolongado
( no mínimo dias) e pesado. Pelo menos dois dos seguintes critérios devem estar presentes:
hiperatividade autônoma, tremor das mãos, insônia, náusea ou vômitos, ilusões ou
alucinações transitórias, ansiedade, convulsões de grande mal e agitação psicomotora. Pode
ocorrer com perturbações da percepção, por ex., alucinações, com teste de realidade intacto.
B) Tratamento:
1- Controle de sinais vitais a cada 6 horas.
2- Observar o paciente constantemente.
3- Reduzir a estimulação.
4- Corrigir desequilíbrios eletrolíticos.
5- Clordiazepóxido 25-100mg VO a cada 6 horas.
6- Tiamina, 100mg VO, 1-3 vezes ao dia.
7- Ácido Fólico 1mg VO, diariamente.
8- Um polivitamínico diariamente.
9- Sulfato de magnésio 1g IM a cada 6 horas por dois dias.
10- Providenciar medicamentos para um sono adequado.
11- Tratar desnutrição.
12- Evite os antipsicóticos de uma forma geral, porque devem precipitar convulsões. Se o
paciente estiver agitado, considere então, o uso de um antipsicótico de alta potência,
como o haloperidol ou flufenazina, que têm menor propensão a precipitar convulsões
que os antipsicóticos de baixa potência.
Bibliografia:
TRANSTORNOS ALIMENTARES
Introdução geral:
Transtornos caracterizados por uma acentuada perturbação do comportamento
alimentar.
Anorexia Nervosa
Definição: Uma condição séria e potencialmente fatal (em 5-18% dos pacientes estudados)
caracterizada por uma imagem corporal perturbada e auto-imposição de limitações dietéticas
severas, geralmente resultando em séria desnutrição.
Prevalência: 0,5-1% das adolescentes femininas.
Início: geralmente 13-20 anos; freqüentemente associada com um acontecimento estressante.
Razão de homens para mulheres: 1:10-20.
Mais comuns nas profissões que exigem magreza, por ex., manequins, bailarinas e em países
desenvolvidos.
Psicodinâmica
Pacientes são incapazes de se separar psicologicamente de suas mães.
Medo de gravidez.
Repressão de impulsos sexuais ou agressivos reprimidos.
Tratamento
Farmacológico: Não há droga de eficácia comprovada. A mais promissora é a ciproheptadina
(Periactin) e os antidepressivos são tentados. Agentes serotonérgicos, bem como a
bupropiona, podem ser úteis.
Psicológico: A psicoterapia.
Bulimia nervosa
Psicodinâmica
O esforço de separação da figura materna é encenado na ambivalência para com os
alimentos.
As fantasias sexuais e agressivas são inaceitáveis e simbolicamente regurgitadas.
Tratamento
Hospitalização: Desequilíbrio eletrolítico, alcalose metabólica e tendência ao sucídio podem
exigir hospitalização.
Bibliografia
Manual de Psiquiatria – Harold Kaplan, Artmed, Porto Alegre, 1980.
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE
Introdução Geral
Etiologia:
a) Componente genético
b) Dificuldades familiares precoces e inespecíficas; abuso na infância.
c) Descartar abusos de drogas, por ex., anfetaminas.
Psicodinâmica:
a) Projeção, negação, racionalização.
b) Vergonha.
c) Aspectos defensivos, masoquistas, hipocondríacos.
d) Questões não-resolvidas de separação e autonomia.
e) Identificação com o agressor.
Diagnóstico Diferencial:
Transtorno delirante – O paciente tem delírios fixos.
Esquizofrenia paranóide – Presença de alucinações e transtorno da forma de
pensamento.
Transtornos da personalidade esquizóide, borderline e anti-social- O paciente não
demonstra um semelhante envolvimento ativo com outras pessoas.
Curso e prognóstico:
Varia, dependendo dos recursos egóicos individuais e das circunstâncias de
vida, possíveis complicações na forma de transtornos delirantes, esquizofrenia,
depressão, transtornos ansiosos. Em geral, o paciente tem problemas por toda a vida
para viver e trabalhar com outras pessoas.
Tratamento:
Raramente antipsicóticos em baixas doses, Haloperidol (Haldol), 2mg ao dia; agentes
antiansiedade.
Geralmente, psicoterapia.
Definição: Estilo de vida isolado, sem demonstrar anseio por outras pessoas.
Etiologia:
Fator genético provável.
Aplicam-se as teorias envolvendo a etiologia da esquizofrenia.
Freqüentemente se obtém uma história de relacionamentos familiares iniciais
perturbados.
Psicodinâmica:
Inibição social
Restrição do afeto e negação são as defesas mais usadas contra a agressão.
Diagnóstico diferencial
Transtorno de personalidade paranóide: O paciente tem envolvimento com outras
pessoas.
Transtorno da personalidade esquizotípica: O paciente apresenta maneiras
esquisitas e excêntricas.
Transtorno da personalidade esquiva: O paciente esta isolado, mas deseja ter
envolvimento com outras pessoas.
Curso e prognóstico
Varia.
Tratamento:
a) Antipsicóticos em baixas doses podem trazer algum benefício para alguns
pacientes, por ex., haloperidol (Haldol), 2mg ao dia.
b) Psicoterapia.
Diagnóstico diferencial:
a) transtorno da personalidade paranóide: Ausência de excentricidades.
b) Transtorno da personalidade esquizóide: Ausência de excentricidades.
c) Transtorno da personalidade borderline: Afeto, raiva, impulsividade
proeminentes.
d) Esquizofrenia: Teste da realidade é perdido.
Curso e Prognóstico
a) Prognóstico provavelmente reservado; cerca de 10% cometem o suicídio.
b) Possível descompensação esquizofrênica.
Tratamento
a) Farmacológico – usar diretrizes para tratamento da esquizofrenia residual
(antipsicóticos em baixas doses, por ex., haloperidol 2-5 mg ao dia; pimozida (Orap)
2-5 mg ao dia; Risperidona ou Olanzapina; benzodiazepínicos coadjuvante, por ex.,
diazepam 2-10 mg ao dia).
b) Psicoterapia
Psicodinâmica
Impulsividade associada com deficiência do ego relativas ao planejamento e
julgamento.
Deficiências ou lacunas do superego; consciência primitiva ou pouco desenvolvida.
Deficiências das relações objetais – ausência de empatia, amor e confiança básica.
A- Diagnóstico diferencial
a) Comportamento anti-social no adulto
b) Transtornos por uso de substância: podem exibir comportamento anti-social
como conseqüência de abuso e dependência de substância; podem coexistir.
c) Psicoses: podem exibir comportamento anti-social como conseqüência de delírios
psicóticos, podem coexistir.
d) Transtorno da personalidade borderline: tentativas de suicídio, autodepreciação
e vínculos pessoais intensos e ambivalentes são comuns.
e) Transtorno da personalidade narcisista: O paciente obedece à lei, a serviço de
necessidades narcisistas.
B- Curso e prognóstico
a) Diagnóstico geralmente não é feito antes dos 18 anos.
b) Prognóstico varia.
c) Condição com freqüência melhora significativamente após o início ou anos
intermediários da idade adulta.
d) Complicações incluem morte violenta, abuso de substâncias, suicídio, lesões
corporais, dificuldades legais e financeiras.
Tratamento:
a) Difícil
b) Tratamento do abuso de substâncias freqüentemente é eficaz para os traços anti-
sociais.
c) A hospitalização a longo prazo ou comunidades terapêuticas, ocasionalmente, são
efetivas.
d) Em geral, o tratamento efetivo é comportamental, por ex., modificação
comportamental pela ameaça de sanções legais ou medo de punição.
Definição
Etiologia
Organicidade pode ser decorrente de lesão cerebral perinatal, encefalite, trauma
craniano e outros transtornos cerebrais.
Abuso físico e sexual, abandono, ou envolvimento excessivo.
Psicodinâmica
Clivagem
Idealização primitiva
Identificação projetiva
Intensas necessidades agressivas e intenso anseio pelo objeto, freqüentemente
alternando-se.
Medo do abandono
Subfase de reaproximação da separação-individuação não foi resolvida; constância do
objeto está prejudicada.
Virada contra si próprio – ódio e desprezo por si próprio.
Disfunção generalizada do ego resulta em perturbação da identidade.
Diagnóstico diferencial
a) Transtorno psicótico
b) Transtornos do humor
c) Alteração da personalidade
d) Transtorno de personalidade esquizotípica
e) Transtorno da personalidade anti-social
f) Transtorno da personalidade histriônica
g) Transtorno da personalidade narcisista
h) Transtorno da personalidade dependente
i) Transtorno da personalidade paranóide
Curso e Prognóstico
Varia; pode melhorar em idade avançada.
Suicídio, autoferimentos, depressão, transtornos somatoformes, psicose, abuso de
substâncias são possíveis.
Geralmente, diagnosticado antes dos 40 anos.
Tratamento
Geralmente psicoterapia.
Uso freqüente de medicamentos – antidepressivos; lítio; antipsicóticos em baixas
doses, por ex., haloperidol 2mg ao dia; carbamazepina (Tegretol) em níveis
terapêuticos.
Hospitalização é geralmente breve.
Definição
Estilo dramático, emotivo e impressionista.
Etiologia
Existe a sugestão de que dificuldades interpessoais precoces foram resolvidas de uma
forma dramática.
Psicodinâmica
Fantasia, emotividade e estilo dramático são típicos.
Defesas comuns – regressão, identificação, somatização, conversão, dissociação,
negação, externalização.
Identificação falha e relacionamento ambivalente com genitor do sexo oposto.
Fixação em nível genital primitivo.
Traços orais proeminentes.
Medo da sexualidade, apesar de modos sedutores.
Diagnóstico diferencial
a) Transtorno da personalidade borderline- Sofrimento mais manifesto, aspecto
suicidas e automutiladores; pode coexistir.
b) Transtorno de somatização- Predomínio de queixas somáticas.
c) Transtorno conversivo- presença de aparentes deficiências físicas.
d) Transtorno da personalidade dependente- não apresenta o estímulo e motivo.
Curso e prognóstico
a) Varia
b) Possíveis complicações na forma de transtorno de somatização, transtornos
conversivos, transtornos dissociativos, transtornos sexuais, transtornos depressivos.
Tratamento
Geralmente psicoterapia individual, orientada ao insight ou de apoio, dependendo dos
recursos egóicos.
Psicanálise é apropriada para alguns pacientes.
Terapia de grupo pode ser útil.
Uso de medicamentos coadjuvantes, em geral ansiolíticos, para estados emocionais
transitórios, por ex., diazepam 5-10mg ao dia.
Definição
Padrão global da grandiosidade e preocupação excessiva com questões de autoestima.
Etiologia
Fracasso na empatia materna, rejeição ou perdas precoces.
Psicodinâmica
Controvérsia defesa versus déficit – Os traços narcisistas representam
comprometimentos do desenvolvimento e defesas?
Grandiosidade e fracasso empático defendem da agressão primitiva.
Sentimento de “Ter direito”.
Compensação por sentimento de inferioridade.
Diagnóstico diferencial
Transtorno da personalidade anti-social- desconsideração mais flagrante da lei e
dos direitos alheios.
Transtornos relacionados a substâncias- paciente pode manifestar traços
narcisistas. Podem coexistir (diagnóstico duplo).
Esquizofrenia paranóide- presença de delírios manifestos.
Transtorno da personalidade borderline- maior ansiedade e caos.
Transtorno da personalidade histriônica- exibição mais emotiva que na
personalidade narcisista.
Curso e prognóstico
O transtorno é crônico e de difícil tratamento. Possíveis complicações na forma de
transtornos somatoformes, transtornos por uso de substâncias. Prognóstico reservado.
Tratamento
Psicoterapia individual, de apoio ou orientada ao insight, dependendo dos recursos
egóicos.
Ambientoterapia de milieu para transtornos severos.
O desafio do tratamento consiste na preservação da auto-estima, ameaçada pelas
intervenções psiquiátricas.
Definição
Predomínio de perfeccionismo e inflexibilidade.
Epidemiologia
a) Maior prevalência em homens que em mulheres.
b) Provável transmissão familiar.
c) Maior concordância em gêmeos MZ.
d) Diagnosticado mais freqüentemente nos primogênitos.
Etiologia
Os pacientes com freqüência têm uma história de vida caracterizada por dura disciplina.
Psicodinâmica
a) Isolamento, formação reativa, anulação, intelectualização, racionalização.
b) Falta de confiança nas emoções.
c) Questões de desafio e submissão.
d) Fixação durante fase anal.
Diagnóstico diferencial
O transtorno obsessivo-compulsivo apresenta verdadeiras obsessões ou compulsões,
em comparação com o transtorno da personalidade obssessivo-compulsiva, no qual
isto não ocorre. Caso haja obsessões e compulsões, aplica-se o diagnóstico de
transtorno obsessivo-compulsivo.
Curso e prognóstico
Possíveis complicações na forma de transtornos depressivos e transtornos
somatoformes.
Tratamento
Psicoterapia individual.
Terapia de grupo pode ser benéfica.
Os temas da terapia incluem controle, submissão, intelectualização.
Farmacoterapia pode ser útil, por ex.. clonazepam (Rivotril), clomipramina (Anafranil),
fluoxetina (Prozac).
Definição
Personalidade tímida ou retraída.
Etiologia
Possível depreciação parental explícita.
Psicodinâmica
A esquiva e a inibição são defensivas.
Temores de rejeição profundamente arraigados.
Agressão subjacente, edípica ou pré-edípica.
Diagnóstico diferencial
Transtorno de personalidade esquizóide – ausência de um desejo manifesto de ter
envolvimento com outras pessoas.
Fobia social – são evitadas situações sociais específicas, ao invés de relacionamentos
pessoais. Pode coexistir (diagnóstico duplo).
Transtorno da personalidade dependente – paciente não evita vínculos pessoais, tem
maior medo do abandono.
Curso e prognóstico
O paciente funciona melhor em um ambiente protegido. Possível complicação na forma
fobia social.
Tratamento
Psicoterapia individual.
Terapia de grupo.
Definição
Predominantemente dependente e submisso.
Etiologia
Perda de um dos pais no início da infância, em alguns pacientes.
Psicodinâmica
Questões não-resolvidas envolvendo a separação.
Possível defesa de desejos agressivos.
Diagnóstico diferencial
Agorafobia- medo de sair ou de permanecer longe de casa.
Curso e prognóstico
Varia. Possíveis complicações depressivas. Prognóstico é favorável com tratamento.
Tratamento
Psicoterapia.
Farmacoterapia é útil para o tratamento de sintomas específicos, por ex., ansiedade,
depressão.
Definição
Obstrução velada, procrastinação, teimosia e ineficiência.
Etiologia
Comportamento aprendido – modelagem parental.
Psicodinâmica
a) Conflitos envolvendo autonomia e dependência.
b) Medo de agressão.
Diagnóstico diferencial
a) Transtornos da personalidade borderline e histriônica – comportamento é mais
exuberante, dramático e abertamente agressivo que na personalidade passivo-
agressiva.
b) Transtorno da personalidade anti-social – desafio é claro.
c) Transtorno da personalidade obssessivo-compulsiva – geralmente envolve
perfeccionismo, o que limita a oposição manifesta.
Curso e prognóstico
Possíveis complicações na forma de transtornos depressivos e abuso do álcool.
Tratamento
a) Principal dificuldade reside na oposição à intervenção do psiquiatra.
b) Psicoterapia de apoio.
Definição
As pessoas portadoras da condição são pessimistas, anedônicas, presas ao dever;
inseguras e cronicamente infelizes.
Etiologia
Desconhecida. Pode envolver perda precoce, falta de cuidados parentais, superego
punitivo extremo sentimentos de culpa.
Psicodinâmica
a) Baixa autoestima.
b) Autopunição.
c) Perda precoce de objeto de amor.
Diagnóstico diferencial
a) Transtorno distímico- maior flutuação do humor que na personalidade depressiva.
b) Transtorno de personalidade esquiva – maior tendência à autoridade que à
depressão.
Curso prognóstico
O paciente pode estar em risco de desenvolver transtorno depressivo maior.
Tratamento
a) Psicoterapia.
b) Farmacologia – inibidor seletivo da recaptação da serotonina, por ex., fluoxetina, 20
mg ao dia (mas usar com cautela).
Manifestações Clínicas
Os sintomas centrais do TDAH seriam graus inadequados no desenvolvimento da
atenção, da atividade motora e da impulsividade, resultando em comprometimento
clinicamente significativo das funções sociais, acadêmicas ou profissionais. Os sintomas
surgem antes dos 7 anos de idade e persistem por pelo menos 6 meses, em dois ou mais
ambientes (como casa, escola, locais de lazer). Os critérios para idade de início dos sintomas
têm sido questionados. Embora a hiperatividade geralmente seja notada antes dos 7 anos,
pode não acontecer o mesmo com a falta de atenção (Applegate e cols., 1997).
O déficit de atenção tem sido definido nesses indivíduos pela presença
de, pelo menos, seis das nove características a seguir:
Dificuldades em manter a atenção fixa a detalhes, ou ocorrência de erros por descuido nas
tarefas escolares, no trabalho ou em outras atividades.
Dificuldades em manter a atenção nas tarefas cotidianas ou nas brincadeiras.
Dificuldades de audição quando não falam diretamente com eles.
Dificuldades para seguir instruções, deixando de terminar as tarefas escolares, domésticas
ou deveres no trabalho (não por um comportamento de oposição ou por não conseguir
entender as instruções).
Dificuldades na organização de tarefas e atividades.
Hábito de perder objetos necessários às tarefas ou atividades (brinquedos, solicitações da
escola, lápis, livros ou ferramentas).
Hábito de se distrair facilmente com estímulos exteriores.
Hábito de ser muito “desligado” nas atividades cotidianas
Hiperatividade
Impulsividade
Etiologia
Base biológica
Um forte componente genético nesta afecção. Foi relatada uma associação entre
transtorno do déficit da atenção com hiperatividade e o gene do transportador de dopamina.
O gene do receptor D4 da dopamina também estava associado ao transtorno do déficit
da atenção com hiperatividade. Estudos da estrutura cerebral têm sugerido uma etiologia
frontal-subcortical para o transtorno do déficit da atenção com hiperatividade.
Observou-se que o lobo póstero-inferior (lóbulos VIII-X) do verme cerebelar é
significativamente menor nas crianças com transtorno do déficit da atenção com
hiperatividade do que em controles. Schweitzer e cols. Usaram técnicas de PET para avaliar
Epidemiologia
A prevalência do transtorno do déficit da atenção com hiperatividade varia de 2,0% a
6,3%.
Diagnóstico diferencial
O principal interesse no diagnóstico diferencial é discernir os distúrbios primários de
atenção daqueles que são secundários a outros transtornos. As dificuldades específicas de
aprendizagem, o retardo mental não reconhecidos, os distúrbios específicos da fala, os
comprometimentos auditivos, assim como transtornos mentais (transtorno do afeto, transtorno
ansioso, transtorno dissociativo ou transtorno de personalidade) podem simular os transtornos
da atenção. Muitas vezes, esses distúrbios coexistem com o transtorno do déficit da atenção
com hiperatividade e podem não permitir uma boa diferenciação. A presença de transtorno
generalizado do desenvolvimento, esquizofrenia ou outros transtornos psicóticos, dificulta o
diagnóstico de transtorno de déficit da atenção com hiperatividade.
Tratamento
Déficits associados aos domínios cognitivo, emocional, acadêmico ou social
necessitam abordagem para diminuir resultados adversos na história do distúrbio.
Recentemente, foram desenvolvidos protocolos para o tratamento do transtorno (Hill e
Taylor, 2001), tendo sido publicados algoritmos que orientam o uso de medicamentos para o
transtorno referido (Pliszka e cols., 2000).
Os estimulantes continuam a ser o pilar da terapia para o transtorno do déficit da
atenção com hiperatividade. Aproximadamente 70% das crianças respondem a qualquer
estimulante isoladamente. O metilfenidato funciona em pré-escolares de maneira semelhante
à que atua em seus análogos em idade escolar.
As anfetaminas têm sido usadas para tratar déficit de atenção há mais tempo do que
qualquer outro estimulante. A dextro-anfetamina demonstrou ser eficaz num ensaio
randomizado, duplo-cego e controlado por placebo em adultos.
RITALINA
TDAH e Comorbidade
Introdução:
O transtorno do déficit da atenção com hiperatividade afeta 3% a 6% das crianças em
idade escolar. O risco de comorbidade com outros transtornos comórbidos justifica a uma
consideração especial no tratamento de pacientes com esse transtorno.
Considerações etiológicas
As contribuições etiológicas para a TDAH são complexas e incluem anormalidades
neuroanatômicas, desregulação neurobiológica, agressões ao SNC, genética e fatores
ambientais. As anormalidades neurobiológicas no córtex pré-frontal e no cingulado anterior
têm sido demonstradas no TDAH. O córtex pré-frontal está envolvido na função executiva,
enquanto o giro cingulado está envolvido na concentração da atenção e em medir a seleção
de resposta. Entre os indivíduos com TDAH, achados consistentes têm emergido com
referência à diminuição da transmissão dopaminérgica nessas áreas. O receptor 4 da
dopamina (D4), que está relacionado às funções cognitiva e emocional, esta densamente
localizado no córtex pré-frontal do cérebro.
O risco de desenvolver TDAH aumenta duas vezes com o tabagismo materno ou o
abuso do álcool. Baixo peso ao nascimento, que pode ter causas genéticas e ambientais,
também se associa ao TDAH.
Os pacientes depressivos demonstram diminuição da concentração, e os indivíduos
com transtorno bipolar costumam manifestar agitação psicomotora e distrabilidade.
A taxa de transtorno bipolar em crianças tem sido subestimada. Como ocorre com a
depressão, a apresentação do transtorno em crianças é diferente daquela dos adultos e pode
ser difícil de distinguir de questões de desenvolvimento normal. Sintomas como megalomania,
fuga de idéias e logorréia costumam, entretanto, estar presentes. Crises maníacas em
crianças podem ser intensas, mas durar relativamente pouco e têm sido denominadas
“tempestades afetivas” por estas razões.
Devido aos sintomas compartilhados entre mania e TDAH, pode ser difícil discernir se a
criança tem transtorno bipolar, TDAH ou ambos.
Antipsicóticos atípicos parecem ser eficazes para melhorar a mania juvenil. Num estudo
com rótulo aberto, verificou-se que risperidona era antimaníaco eficaz, mas não ajudava nos
sintomas do TDAH. Entre os adultos bipolares comórbidos para TDAH, a bupropriona é eficaz
para TDAH de depressão, podendo Ter um potencial mais baixo para induzir mania. Wilens e
cols. Demonstraram que 200mg de bupropriona de liberação prolongada 2x/d diminuíam
significativamente, em 52%, os sintomas da Lista de Verificação de TDAH do DSM-IV.
Ademais, foram observadas melhores significativas na mania e na depressão.
Resumo
Bibliografia
Neuropsiconews – Sociedade Brasileira de informações de patologias Médicas – SBIPM,
2.002 – Nº 44
MANUAL DE DEPRESSÃO
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1. Conceito ................................................................................................ 4
6. Remédios .............................................................................................. 20
6.1. Ansiolíticos .................................................................................... 20
6.2. Antidepressivos ............................................................................ 21
6.3. Moduladores do humor ................................................................. 22
6.4. Cura? As Recaídas e Recidivas ................................................... 22
6.5. A necessidade da medicação ser bem orientada
(Como tomar? Quanto tempo?) .................................................... 23
1. CONCEITO
2. TIPOS DE DEPRESSÃO
TIPOS
1. Depressão Reativa
Pode ocorrer em qualquer idade. Comum nas pessoas acima dos 40 anos,
devido ao desgaste da vida diária. Geralmente já eram pessoas que apresentavam um quadro
de ansiedade como TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizado).
2. Distmia
3- Depressão Maior –
É o quadro depressivo onde a pessoa apresenta os sintomas de uma maneira
tão forte que a incapacita de trabalhar, sair de casa, memorizar, ter vontades, ter esperança
no futuro e pensar positivo.
É um estado grave e incapacitador.
A pessoa apresenta como sinais básicos:
- Humor triste
- Desânimo
- Falta de desejos
- Falta de esperança no futuro
- Idéias de inutilidade e até suicídio
- Mudanças no apetite e no sono.
Pode ser parte do quadro do Transtorno Bipolar; ou pode vir apenas como um
quadro depressivo.
A doença é recorrente; vem em ciclos ao longo da vida.
Características do TBH
1 É uma doença médica séria.
2. Até o momento, é considerada uma enfermidade para a vida toda.
3. Quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, melhor será sua evolução.
4. Considerando todos os tipos da doença, sua ocorrência é estimada em 8 a cada 100
indivíduos.
5 Inicia-se geralmente entre a adolescência e o começo da vida adulta.
6 Pode aparecer na infância. Um terço dos indivíduos manifestará a doença na
adolescência e quase dois terços, até os 19 anos de idade.
7 Raramente começa acima dos 50 anos, e quando isso acontece, é importante investigar
outras causas.
8 A doença manifesta-se igualmente em mulheres e homens. Filhos e parentes de
pacientes têm maior risco de manifestá-la.
9 A principal causa é genética, quando se herda a predisposição para a doença. Fatores
psicológicos, ambientais, sociais e físicos também podem interferir.
10 A enfermidade é recorrente, e em 90% dos casos os episódios tendem a se repetir ao
longo da vida.
11 A doença manifesta-se por meio de mudanças psicológicas e comportamentais
incapacitantes, que são diferentes da maneira habitual de o indivíduo ser.
12 Quando não é tratada, causa grande impacto na vida do paciente, da família e da
sociedade, ocasionando prejuízos freqüentemente irreparáveis na saúde, na reputação e
nas finanças do indivíduo, sem falar no sofrimento psicológico e físico, o que compromete
à qualidade de vida do portador, da família e dos amigos.
A depressão, que pode ser de intensidade leve, moderada ou grave, é caracterizada por:
1 Humor depressivo ou perda de interesse/prazer.
2 Sentimento de tristeza, vazio ou aparência chorosa/melancólica.
3 Inquietação ou irritabilidade.
4 Perda de interesse/prazer em atividades habitualmente interessantes.
5 Perda ou aumento de apetite/peso mesmo sem estar de dieta.
6 Excesso de sono ou incapacidade de dormir.
7 Sentir-se ou estar agitado demais ou excessivamente devagar (lentidão).
8 Fadiga ou perda de energia.
9 Sentimento de falta de esperança, culpa excessiva ou pessimismo.
10 Dificuldade de concentração, de se lembrar das coisas ou de tomar decisões.
11 Pensamentos de morte ou suicídio, planejamento ou tentativas de suicídio.
12 Dores ou outros sintomas corporais persistentes não provocados por doença ou lesão
física.
Esses sintomas manifestam-se na maior parte do tempo por, pelo menos, duas semanas.
2- Tipo II- A pessoa terá um quadro de hipomania por um período de semanas a meses
que pode passar desapercebido como alegria, entusiasmo. E depois terá períodos de
depressão.
É importante verificar se não existe uma doença física por debaixo dos sintomas
de desânimo e mau humor.
Doenças como feocromocitoma, hipotiroidismo, anemia, câncer e outras podem
causar um quadro depressivo.
É aconselhável passar pelo clínico e pelos exames de rotina antes de ser
diagnosticado o quadro depressivo.
As comorbidades são outras doenças psíquicas que podem vir conjuntamente
com o quadro de depressão ou Transtorno Bipolar. São eles:
• TAG – Transtorno de Ansiedade Generalizado
• Transtorno do Pânico
• Fobias Simples ou Social
• TOC – Transtorno obsessivo compulsivo
• Alcoolismo, abuso de drogas.
• Anorexia e/ou bulimia
• Compulsão a compras, jogo.
De todos estes é bom explicar o que é TOC. O Transtorno obsessivo compulsivo
é uma desordem mental em que o sujeito é invadido por pensamentos negativos insistentes
que podem ser de medo de doenças, medo de alguma desgraça acontecer com a família.
Normalmente, para o alívio do pensamento negativo intrusivo é necessário fazer algum tipo de
comportamento repetitivo como um ritual. Este pode ser de descontaminação ou limpeza
(banhos, lavar mãos, etc.) ou contagem (rezar ave-marias, contar número, placas, etc.), ou
verificação de portas e janelas.
Neste questionário aparecem vários grupos de afirmações. Por favor, leia com atenção cada um deles. A seguir,
assinale qual das afirmações de cada grupo descreve melhor seus sentimentos durante a ÚLTIMA SEMANA,
INCLUINDO O DIA DE HOJE. Faça um círculo no número que está à esquerda da afirmação que você escolher.
Se dentro de um mesmo grupo, existir mais de uma afirmação que considere aplicável a seu caso, marque-a
também. Assegure-se de haver lido todas as afirmações dentro de cada grupo antes de fazer a escolha.
19.0. Não perdi peso ultimamente (se está tentando perder peso, esta pergunta fica invalidada).
1. Perdi mais de 2 kg. Estou tentando perder peso.
2. Perdi mais de 4 kg, intencionalmente, comendo menos.
3. Perdi mais de 7 kg. Sim _____ Não _____
(No caso afirmativo invalidar a resposta)
A noradrenalina é responsável pelo aviso de luta ou fuga. Que algo não vai bem!
Por isso a denomino de fada amarela, sinal de perigo!
Quando há uma baixa de dopamina vem o desânimo, a falta de desejo,
dificuldade para estudar, ler, concentrar, memorizar.
Quando há uma baixa de serotonina, aparece a tristeza, o pensamento negativo
e a ansiedade ou inquietude.
Algumas vezes, a noradrenalina sai substituindo a “prima serotonina” como
mecanismo de feedback e aí temos um quadro ansioso juntamente com a depressão.
6. REMÉDIOS PSIQUIÁTRICOS
6.1. Ansiolíticos
São aqueles que fecham a entrada dos neurotransmissores. Assim, caso venha
muita noradrenalina para avisar de falsos perigos, o ansiolítico bloqueia o caminho! Devemos
usá-los com moderação.
Eles não resolvem o problema. É como remédio para febre. Enquanto faz o uso,
bloqueia o sintoma. Somente no início dos tratamentos até tatear a dose do antidepressivo.
Ou em casos esporádicos para dormir um sono tranqüilo frente a um momento estressante.
Causam dependência!
Tipos: clonazepan (rivotril)
Alprazolan (frontal, apraz)
Bromazepan (lexotan),
etc.
6.2. Antidepressivos
Tipos de drogas:
1. Tricíclicos – anafranil, tofranil, pamelor, tryptanol
2. ISRS – fluoxetina, sertralina, paroxetina, citalopran, escitalopran
3. Nassa – Minalciprano
4. ISRSNa – Velanfaxina
Há muitos outros, mas estes são os mais comuns.
horário certo, a abstinência das bebidas alcoólicas e drogas. Podemos fazer uma analogia à
diabete: se falta insulina, é necessita a reposição. Mesmo quem não sofre o Transtorno
Bipolar, tem apenas uma depressão por desgaste (Depressão Reativa), deve tomar
adequadamente a medicação para não ter Recidivas do quadro. Sabemos que a doença é
cíclica e, portanto, desaparecerá por algum tempo. Se a pessoa melhora e pára de tomar os
medicamentos, terá grande chance de ter recidivas do quadro depressivo e com um sério
agravante, a crise será mais intensa e de difícil melhora com os medicamentos. Portanto, é
necessário mantê-los como prevenção de novos episódios.
Durante o tratamento medicamentoso, sabemos que o paciente pode apresentar
uma melhora acentuada num período que varia de 15 dias até 6 semanas. Se a crise for
intensa, este período para melhora dos sintomas é um pouco mais demorado.
O sujeito pode ter recaída de sintomas nesta fase inicial do tratamento, num
período de até 6 meses. Após este período, ele melhora e poderá ter recidivas do quadro ao
longo da vida. Caso mantenha a medicação de manutenção, sua recidiva será de baixa
intensidade.
O outro ponto de vista é o aspecto psicoterápico. Tem cura a depressão?
Veremos que o paciente que toma remédios e faz terapia tem mais chances de ficar livre dos
sintomas e bem mais rapidamente!
Os remédios não mudam as atitudes dos pacientes deprimidos. Melhoram os
níveis dos neurotransmissores, mas não mudam o comportamento do mesmo.
A vantagem da psicoterapia é ensinar novas maneiras de lidar com a vida, numa
visão mais objetiva e específica. Desta forma, o sujeito deprimido aprende a viver sem evitar a
vida!
Podemos, então, arriscar em dizer que há mais chances de viver bem a vida o
deprimido que tomar a medicação e fizer uma boa psicoterapia.
As chaves são de 80% de melhora!
Califórnia, as construções são feitas para suportar tremores de terra; enquanto na Ásia não há
planejamento para isso. A conseqüência lógica é uma catástrofe maior na Ásia.
Podemos usar esta analogia com os nossos pacientes deprimidos, ensinando-os
a enfrentar pouco a pouco situações antes evitadas.
Você também pode ajudar preventivamente seus pacientes que têm um padrão de
ansiedade para evitar que isto se torne uma futura depressão.
Você pode diagnosticar um quadro de ansiedade primária quando a pessoa
apresentar:
- humor ansioso
- insônia inicial
- mudanças psicomotoras (movimentos contínuos)
- Ausência de respostas aos exercícios
Quando a depressão é primária, a pessoa vai apresentar:
- humor deprimido
- insônia terminal
- agitação psicomotora e retardamento
- respostas positivas aos exercícios
Sabemos que os quadros ansiosos podem evoluir para quadros depressivos. Por
isso, podemos educar os pacientes ansiosos para uma higiene de vida, aprendendo a
enfrentar os problemas da vida diária de uma forma menos ansiosa e não paralisante.
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