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UNIDADE I

Higiene

1. HIGIENE
A higiene é uma ciência que visa à preservação da saúde e à prevenção da doença.
Algumas noções são necessárias para a compreensão e aplicação de normas com este fim:
O organismo vivo está sujeito a interferência de outras formas de vida, que em muitos
casos podem trazer grande risco à sua sobrevivência. Como exemplo podemos citar a bactéria
que provoca a meningite B, que em poucas horas, após contato com um portador (pessoa que
leva o germe em seu corpo), pode provocar grave doença em seu novo hospedeiro.
Diversas formas de vida podem desempenhar este papel na natureza, como os vírus, as
bactérias e os fungos. Estes organismos estão presentes em toda a natureza. A maioria das
formas de vida com que um ser humano entra em contato ao longo de sua existência não é
nociva. Entretanto, as formas nocivas exigem uma adaptação do homem à sua presença, no
sentido de modificar o meio para evitar seus riscos (o desenvolvimento de doenças). Algumas
adaptações o organismo faz sem que seja necessário realizarmos algum ato consciente, como por
exemplo, a produção de anticorpos (defesas internas do organismo que circulam pelo corpo e
matam agentes agressores que venham a penetrar na circulação).
O que interessa ao BM são as informações que ele necessitará para reforçar suas defesas
contra os agressores externos, e impedir sua proliferação (aumento da quantidade de germes).
Além da proteção do próprio indivíduo, isto serve como proteção aos seus pares e familiares, já
que, ao evitar sua contaminação, o BM não leva estes germes para o contato profissional e
doméstico.
No meio urbano, a maioria das contaminações pode ser originada pelos detritos da atividade
humana (lixo, esgoto, dejetos em via pública). No meio rural, além destes, animais e seus
dejetos também são fontes de contaminação. Outra importante fonte para o BM é o cadáver.

Das técnicas de higiene, a mais poderosa na prevenção de doenças


em qualquer ambiente, mesmo os mais contaminados, é a lavagem
das mãos, desde que realizada de modo correto

2. HIGIENE DO TRABALHO
A higiene do trabalho aplica as normas gerais de higiene para proteção do indivíduo em
seu ambiente de trabalho. O homem passa um grande número de horas em seu local de trabalho,
que se não for favorável à sua saúde, pode gerar inúmeras doenças, agudas ou crônicas (por
exemplo, ambientes poluidos, fechados, como escritórios, causando doenças respiratórias e alergias).
No caso do BM, as implicações são ainda maiores, uma vez que o mesmo trabalha em

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atividades variadas, quase sempre em ambientes impróprios. Assim, é fundamental observar as
normas de prevenção de doenças e acidentes, para minimizar o efeito negativo sobre a saúde,
causado pela exposição contínua a este tipo de meio ambiente.
O uso do material de proteção individual é a arma fundamental contra as infecções que
poderiam ser adquiridas em suas atividades. As luvas, máscaras, e botas, isolam o BM da
maioria dos contaminantes biológicos (germes). O uso incorreto deste material determina proteção
insuficiente.

O uso incorreto do material de proteção individual determina


proteção insuficiente e torna-se perigoso porque dá ao BM uma falsa
impressão de estar seguro, deixando-o ainda mais vulnerável à
contaminação e propagação de doenças

3. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
As doenças transmissíveis que interessam especificamente ao BM são aquelas que trazem
risco de vida aumentado, e que pela própria natureza da atividade do BM, não é possível evitar
um contato direto com portadores destas doenças, fato que torna indispensável o uso de técnicas
corretas de proteção do BM e das vítimas em geral.
Existem inúmeras doenças que poderiam ser incluídas neste tópico, mas por falta de
espaço ou pela raridade da maioria delas, não serão aqui abordadas. Das mais comuns encontramos
as seguintes:
Hepatite - Doença causada por vírus, levando a uma inflamação dos tecidos que compõem
o figado. Pode ser transmitida através do contato com sangue, e secreções (líquidos) corporais,
como a urina, saliva e sêmen. É uma doença que causa importante transtorno à saúde, podendo
tornar-se crônica e levar o paciente ter cirrose, ou até a ter um tumor maligno no fígado.
AIDS- Doença grave, também causada por vírus, cuja cura ainda não é possivel com o
que a medicina tem hoje de conhecimentos. O doente não tem resistência contra as infecções
mais simples, pois suas células de defesa estão danificadas pelo vírus. Com isso, o doente
passa a ter infecções frequentes, o que o deixa ainda mais debilitado.
Pediculose e escabiose- também conhecidos como sarna e piolho- Parasitoses do ser
humano, muito frequentes em pessoas de hábitos de higiene inadequados. O contágio se faz pelo
contato direto com pessoas que tem a doença. Estes parasitas, quase microscópicos, prendem-
se firmemente à pele ou ao cabelo, e durante o sono do portador, alimentam-se do sangue da
vítima. Como podem transmitir outras doenças, devem ser evitadas, ou prontamente tratadas
quando são percebidas.
Doenças Sexualmente Transmissíveis- As doenças que tem a característica de serem
adquiridas pelo contato sexual com pessoas que sofrem delas são um problema grave para a
humanidade, uma vez que há mais de 40 anos vem sendo combatidas com pouco sucesso,
recentemente tendo até havido um aumento na quantidade de portadores destas doenças, o que
significa que os germes que as causam estão se tornando resistentes aos remédios conhecidos.
As mais conhecidas são a Sífilis, a Blenorragia (Gonorréia), a AIDS e a Hepatite B. As duas
últimas já foram descritas acimas. A sífilis é uma terrível doença que pode levar em casos não
tratados, a loucura, ao nascimento de filhos com deformidades e outros defeitos, e até à morte. A

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gonorréia pode levar o indivíduo à esterilidade permanente e a deformidades dos órgãos genitais e
internos.

4. PREVENÇÃO DE DOENÇAS
A prevenção de doenças pode ser realizada por diferentes meios:
- medidas de higiene pessoal
- medidas de proteção individual
- vacinas e medicamentos

4.1 Medidas de Higiene Pessoal


O simples fato de manter limpas as mãos e utensílios que o ser humano utiliza no dia a
dia, por si só, já reduz consideravelmente o risco de desenvolver inúmeras moléstias.
Fazem parte dos cuidados indispensáveis com a higiene pessoal:
- banho, cuidados com unhas e cabelos;
- limpeza das roupas e ambiente doméstico (e profissional);
- higiene bucal (dentária) adequada;
- uso correto do vaso sanitário;
- cuidados no preparo e conservação dos alimentos;
- lavagem das mãos com técnica correta, antes e após o uso do vaso sanitário, do contato
com os alimentos, do contato com doentes ou secreções corporais, e qualquer contato com as
fontes de contaminação descritas acima.
O banho diário, cabelos limpos, unhas limpas e aparadas, a limpeza doméstica e comida
saudável, preparada com higiene tornam o ambiente saudável e o corpo mais resistente aos
inevitáveis contatos com germes. Estas medidas diminuem também o número de germes presentes
no ambiente e nos alimentos.
Técnica de lavagem das mãos - As mãos devem ser lavadas durante tres a cinco
minutos, cuidadosamente, envolvendo com sabão o dorso e palma das mãos e os dedos. Atenção
especial deve ser dada às unhas, usando escovinha, se necessário para auxiliar sua limpeza.
Deve-se ensaboar as mãos incluindo os punhos e os braços quase até o cotovelo. Ao final,
enxagua-se as mãos com bastante água limpa (água corrente de preferência). As mãos devem ser
secas ao ar ou então em pano ou toalha limpos.

A lavagem de mãos feita de forma apressada ou descuidada perde


completamente seu poderoso efeito de prevenção de contaminação
por germes

4.2 Medidas de Proteção Individual


Toda medida de proteção que possa estar disponível através do desenvolvimento técnico
e do melhor aparelhamento da corporação é útil e não deve ser desprezada pelo BM. Ao pensar
que um equipamento é desnecessário ou de uso complicado demais para o dia-a-dia, o BM
contribui para a não modernização da corporação, uma vez que não é possivel defender a
aquisição de um equipamento técnicamente adequado e moderno se o mesmo não é utilizado nos
locais em que está disponível. Este comportamento pode ser comparado ao do motociclista que

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não usa adequadamente o capacete, conduzindo sua moto com ele pendurado ao cotovelo. Neste
caso o acesso ao material de proteção é completamente anulado pelo seu mau uso.
O equipamento atualmente disponível inclui:
Botas de borracha - fundamentais para operação em locais alagados e onde haja material
contaminado por esgoto ou dejetos.
Luvas - Devem ser utilizadas na manipulação de animais, terra e escombros, e
principalmente de cadáveres. As luvas impermeáveis de látex não são adequadas para este tipo
de atividades por sua fragilidade.
Máscara filtrante de material sólido para proteção respiratória - Importante quando existe
risco de contaminação por inalação de vapores ou secreções contaminantes.

4.3 Vacinas e Medicamentos


A vacinação a que somos submetidos desde a mais tenra idade é a pedra fundamental da
resistência a moléstias que outrora causaram enormes danos à população mundial, como a paralisia,
difteria, sarampo, tuberculose e tétano, dentre outras.
Para a atividade de BM, é fundamental a imunização atualizada para tétano (uma dose a
cada dez anos a partir de 10 anos de idade). Outra vacina importante é a Hepatite B, que tem
sido aplicada na corporação em anos recentes. A vacina contra tuberculose é extremamente
importante pois com o aumento do número de casos que se verifica atualmente, a possibilidade de
contágio vem crescendo a cada dia.
Algumas contaminações, por sua gravidade, exigem o uso de antibióticos ou outros
medicamentos assim que ocorre o contato. Isto se aplica especialmente à meningite, às mordidas
de animais e inoculações de veneno

4.4 Doenças Sexualmente Transmissíveis


Por sua freqüência e potencial gravidade são abordadas em separado neste tópico. As
DST são adquiridas apenas pelo sangue e contato sexual. Assim, só é possível a contaminação
com ativa participação do BM, ao não se precaver adequadamente. O contágio não se faz por
outros meios, como toalhas, maçanetas, beijo, uso de vaso sanitário, roupas e etc..

A prevenção das dst é simples e acessível em termos de custo,


bastando fazer uso de preservativos de borracha (camisinha de
vênus). contudo, estes só são eficazes quando usados de modo
correto e durante todo o ato sexual

Cuidados no uso de Preservativos:


1- O preservativo só é eficiente se usado em todas as relações sexuais. O uso irregular
equivale a não utilizar;
2- Antes de aplicar o preservativo, deve-se verificar se não há furo na borracha;
3- O preservativo deve ser colocado com o pênis em ereção, sem deixar a extremidade
justa demais para não haver risco de rompimento;
4- A retirada deve ser feita ainda com o pênis em ereção, pois isto previne o escape de
secreções.

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UNIDADE II
Socorros de Urgências

1. DEFINIÇÕES
S OCORRISMO é a atividade de ajudar, de forma simples, mas tecnicamente correta, as
vítimas de trauma, alterações de saúde, impossibilidade de locomoção ou qualquer situação que
necessite de ajuda externa.
P RIMEIROS S OCORROS são os cuidados imediatos a uma pessoa cuja vida está em perigo,
para mantê-la viva e evitar o agravamento de sua situação até receber assistência qualificada.

2. PAPEL DO BM NO ATENDIMENTO ÀS VITIMAS


O BM, apesar de não ser um profissional da área de saúde, por força de sua área de
atuação, tem que lidar muitas vezes com situações de risco de vida nas quais será necessário
tomar atitudes salvadoras de vida até que chegue ao local um socorro mais categorizado. Para
isso ele empregará os conhecimentos aqui ensinados. Dentro da Corporação há vários níveis de
atuação nesta mesma área, como os socorristas leigos (que não são da área de saúde), os
técnicos de emergências médicas (QBMP-11), os praças (QBMP-6) e oficiais (QOS) do GSE,
atuando em AAs e ASEs.

3. ABORDAGEM AO ACIDENTE
O socorrista deve avaliar a cena e saber:
v Observar a cena do sinistro
v Como proceder no local
v Condutas adequadas e inadequadas para a vítima e para o evento
Embora cada acidente tenha suas circunstâncias peculiares, algumas medidas devem ser
tomadas pelo BM em todas as situações:
v Observar com rigor as medidas de proteção individual
v Manter os curiosos afastados para evitar danos maiores à vitima
v Sinalização e isolamento da área

3.1. Medidas de Proteção Individual


Verificar se continua a existir risco no local que possa atingir a guarnição (como
desabamentos, explosões, aumento do nível de água, fumaça, fios elétricos soltos, gases ou
outros). O BM deve se conduzir de modo a evitar lesões corporais, e só deve atuar quando o
risco estiver sob controle.
O BM deve se conduzir de modo a evitar, em si mesmo (e nas outras pessoas), a
contaminação por germes, substâncias tóxicas ou radioativas presentes na superfície do corpo,
sangue ou secreções da vítima.
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Recomenda-se o uso de luvas, e em algumas situações, óculos especiais, aventais
impermeáveis e máscaras.
O BM deve evitar lesões de seu sistema muscular e esquelético que o tornariam
imediatamente inútil para o socorro no qual é necessário. Isto significa que não deve, em hipótese
alguma, levantar peso maior do que é capaz de sustentar, e sempre com técnica correta,
privilegiando os músculos da coxa, e poupando a coluna vertebral.

É absolutamente contra-indicado manipular secreções corporais,


principalmente sangue, sem proteção

3.2. Medidas de Proteção ao Acidentado


Acalmar o acidentado .
Determinar se há necessidade de deslocamento do paciente (risco de explosão,
desabamento, tráfego, etc.) ou de um melhor posicionamento para a reanimação (SBV - Suporte
Básico de Vida).
Ao chegar ao local do sinistro, após a avaliação da cena, dentro dos critérios de segurança
já citados, passamos à fase de abordagem à vítima. O primeiro cuidado prestado ao acidentado
inconsciente ou com dificuldades respiratórias tem como objetivo manter a circulação e a respiração
do paciente até que um tratamento mais completo possa ser realizado. Chamamos a isto Suporte
Básico de Vida (SBV).
Decidir sobre a melhor forma de deslocamento para o paciente, se isto for necessário
(pesar entre o risco de permanecer no local e o risco de causar lesão no paciente pelo deslocamento
de forma inadequada).
Executar o deslocamento.

Está provado que a realização correta do SBV melhora muito as


chances de recuperação da maioria das vítimas graves. Isto é tão
mais verdadeiro quanto mais rápido for iniciado o SBV

4. SUPORTE BÁSICO DE VIDA


É um conjunto de procedimentos encadeados em seqüência fixa, que visa manter as
funções vitais mínimas (respiração e circulação) até a chegada de auxílio especializado. Os
passos básicos do SBV são chamados de “ABC da Reanimação”.
A + Manutenção das vias Aéreas com estabilização do pescoço
B + Assegurar uma Boa respiração
C + Manter funcionando a Circulação

4.1. A + Vias Aéreas e Estabilização da Coluna Cervical (pescoço)


Vias aéreas é como chamamos o caminho que o ar percorre até chegar aos pulmões
(nariz, boca, faringe, laringe, traquéia).
A obstrução das vias aéreas impede o ar de chegar aos pulmões (como exemplo, aspiração
de objetos como tampa de caneta, alimentos ou outros; obstrução por sangue ou vômitos; obstrução
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pela própria língua na vítima inconsciente.
Condutas:
1º) Proteger a coluna cervical (pescoço) para estabilizá-la
2º) Elevar o queixo e abrir a boca do paciente (para “abrir” as vias aéreas)
3º) Procurar e remover qualquer coisa que esteja obstruindo a boca do paciente

ATENÇÃO
Não introduzir o dedo profundamente na garganta, pois há risco de
empurrar um corpo estranho para dentro e piorar a obstrução

A proteção da coluna encontra-se no item A do SBV junto com a desobstrução das vias
aéreas devido à importância fundamental de não se agravar ou mesmo de se criar uma lesão da
medula espinhal, e precede qualquer procedimento nas vítimas potenciais de traumatismos.

4.2. B + Boa respiração


Após a liberação das vias aéreas, a vítima pode não estar respirando. Isto quer dizer,
que, mesmo com o caminho para o ar estando livre, os movimentos respiratórios podem não se
iniciar.
Condutas Para Verificação dos Movimentos Respiratórios:
- Ouvir se há ruídos de respiração
- Sentir no rosto se o ar é expelido
- Procurar por movimentos respiratórios no peito ou no ventre
- Ouvir diretamente no tórax do paciente à procura de sons respiratórios

Se Não Respira + Iniciar a Respiração Artificial

4.3. C + Circulação
O passo seguinte do ABC da reanimação é verificar o pulso. Se a vítima estiver sem
respiração, fazer a verificação do pulso após 2 ciclos de respiração artificial. São os seguintes os
locais para verificação do pulso:
- Bebês- axilas (artéria axilar)
- Crianças maiores e adultos - pescoço (artéria carótida)
A ausência de pulso configura ausência de circulação: PARADA CARDÍACA.
Na parada cardíaca, o sangue não circula normalmente pelo organismo. Com isso não há
distribuição de oxigênio pelos órgãos do corpo, mesmo que a respiração artificial esteja sendo feita
de modo correto, pois o sangue é responsável por este transporte.

Pulso Ausente + Iniciar REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR

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4.4. Reanimação Cardiopulmonar (RCP)
Cinco (5) compressões no peito seguidas por um ciclo de respiração artificial, repetindo a
seqüência até a chegada de socorro qualificado.

Objetivo da RCP - Restabelecer um mínimo de circulação e


oxigenação na vítima em parada cardio-respiratória

É recomendável que qualquer sangramento externo seja comprimido manualmente, desde


que haja uma pessoa livre para fazer isso.
Em hipótese alguma a tentativa de conter sangramentos de qualquer monta deve ser
prioritária e somente é instituída após completado o ABC da reanimação.
A compressão manual dos sangramentos deve ser feita usando panos limpos e tomando
as medidas de proteção individual. É vedado ao BM o uso de torniquetes, uma vez que essa
medida é atualmente considerada extrema e pode gerar danos irreversíveis aos tecidos (músculos,
nervos, vasos sangüíneos, pele) no membro afetado. Um torniquete mal aplicado pode desencadear
a morte de um membro viável, levando à amputação.

A tentativa de conter sangramentos de vítimas em parada cardio-


respiratória sem a RCP apropriada pode tornar irreversível a parada
cardíaca mesmo com uso de manobras mais sofisticadas de
reanimação pela equipe médica - o tempo é o fator mais importante
no sucesso da RCP, e nada deve adiar o seu início

5. TÉCNICAS PARA O SBV E PRIMEIROS SOCORROS

5.1. Técnicas de Extricação


Extricação é a retirada da vítima de local do qual não possa sair por seus próprios meios
(confinamento, inconsciência, incapacidade de usar o sistema músculo-esquelético para se
locomover).
No caso de confinamento, o objetivo é tirar ferragens e escombros que envolvem as
vítimas, e não o contrário, com as técnicas vistas na matéria de Salvamento.

Arrancar a vítima precipitadamente pode agravar ou gerar lesões


graves irreversíveis

A extricação por BM sem equipamento adequado só está justificada se há risco grave da


permanência no local, caso contrário iniciam-se as demais medidas de suporte até a chegada de
pessoal mais qualificado.
O BM não executa, a princípio, manobras de extricação.
No caso extremo de haver necessidade de realização de extricação de veículo pelo BM,
a manobra que deve ser utilizada é a da Chave de Rauteck:
1º) Abrir a porta do veículo;
2º) Verificar se a vítima está presa nas ferragens;
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3º) Liberar os pés da vítima das ferragens, se for o caso;
4º) Introduzir o braço entre o banco e o dorso da vítima, passando-o por baixo de sua
axila, mantendo-se o BM com o rosto voltado para frente (“abraçar” por trás);
5º) Com a outra mão, o BM segura a face da vítima, apoiando-a contra seu próprio rosto.
Desta maneira estabiliza a cabeça e o pescoço da vítima, impedindo movimentos de extensão,
flexão e rotação;
6º) A mão do braço que abraçou a vítima segura a mesma pelo pulso ou pelo cinto;
7º) É feita uma rotação de 90º do corpo da vítima , que fica apoiada sobre o tórax do BM;
8º) A vítima é puxada para fora do veículo e arrastada até uma distância segura, e será
colocada em posição horizontal com o cuidado de não dobrar seu corpo ou pescoço.

Qualquer manipulação da cabeça e pescoço deve ser feita "em bloco"


mantendo o pescoço alinhado à cabeça e ao corpo

5.2. Técnica de Transporte


Face a situações de perigo iminente para o socorrista ou para a vítima, é necessário
removê-la do local rapidamente (locais de incêndio, vazamento de substâncias tóxicas,
desabamentos, explosões, etc.). A técnica a ser escolhida depende:
- do peso da vítima
- do tipo de terreno e do número de socorristas
- do material disponível
- da gravidade do caso
As técnicas com 1 socorrista tem o potencial de agravar lesões traumáticas sendo
utilizadas nas emergências em que é grande a urgência de remover a vítima.

Transporte em Braço Transporte nas costas


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Como Levantar a Vítima do Chão Sem Ajuda de Outras Pessoas

As técnicas com 2 socorristas tampouco são seguras em casos de lesão de coluna, mas
permitem adequada remoção de vítimas conscientes, sem tais lesões.

Transporte de Apoio Transporte em Cadeirinha

Transporte pelas Extremidades Transporte em Braço

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As técnicas com 3 ou mais socorristas são as mais próximas do ideal, uma vez que
permitem a proteção da coluna vertebral da vítima.

5.3. Técnicas Utilizadas no ABC da Reanimação

5.3.1. Vias Aéreas e Estabilização da Coluna Cervical


É preciso imobilizar a coluna cervical. Neste nível é que:
- As lesões são mais freqüentes;
- As vértebras são mais frágeis e
- Os danos à medula espinhal são mais graves.
A coluna cervical (pescoço) deve ser imobilizada por um socorrista que se posicione por
trás da cabeça da vítima, usando as duas mãos para sustentar o pescoço, alinhado com a cabeça.
A contenção da cabeça deve impedir a sua flexão ou extensão exagerada, bem como os movimentos
laterais.

Atenção: o socorrista envolvido na estabilização do pescoço deve se


ocupar apenas disso, até que uma imobilização mais completa seja
possível, através de equipamento especializado. Desse modo, ele
não participa das outras manobras de Primeiros Socorros, podendo
em extrema necessidade recorrer a pessoas estranhas à
Corporação, para realização desta tarefa.

As vias aéreas podem estar obstruídas por um corpo estranho, por secreções e líquidos
ou pela queda da língua para trás, na vítima inconsciente. Três manobras são disponíveis para
permeabilização das vias aéreas:

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1) Abertura de Boca
O socorrista verifica que a vítima está inconsciente e sem reação, ajoelha-se ao seu lado,
cruza o polegar e o indicador de uma de suas mãos, coloca o polegar nos incisivos superiores da
vítima e o indicador nos inferiores, faz um movimento de abertura em tesoura com estes dois
dedos. Com a outra mão, efetua a limpeza manual da orofaringe.
2) Inclinação da Cabeça e Elevação do Mento (Queixo)
É a manobra mais eficaz. O socorrista coloca uma de suas mãos na fronte da vítima e a
utiliza para inclinar a cabeça para trás, os dedos da outra mão são colocados no queixo da vítima
e são utilizados para deslocar a mandíbula para frente. Esta manobra não deve ser utilizada na
suspeita de lesão cervical. A vítima pode ser ventilada simultaneamente pelo mesmo socorrista .
3) Elevação da Mandíbula
É a manobra mais indicada no caso de lesão cervical. O socorrista se posiciona por
detrás da vítima e com suas mãos segura os ângulos de sua mandíbula, deslocando-a para frente
. As mãos do socorrista estabilizam a coluna cervical do paciente evitando movimentos laterais.

Deve ser relembrado que a retirada de materiais estranhos se


restringe à boca, e a tentativa de desobstrução mais profunda na
garganta usando os dedos, pode empurrar o corpo estranho mais
profundamente e piorar a obstrução

5.3.2 Respiração
Após a abertura da via aérea, se o paciente não apresentar respiração adequada, será
necessário iniciar respiração artificial. Existem várias técnicas para ventilação, com ou sem
equipamentos. Estudaremos apenas as técnicas sem equipamentos, onde a respiração artificial é
feita com o ar exalado pelo socorrista.

Essas manobras não devem ser realizadas em vítimas com doenças


infecto-contagiosas e nos casos de envenenamento com produtos
químicos, pelo alto risco de contaminação a que fica exposto o
socorrista

5.3.2.1. Ventilação Boca-a-Boca


Manter a via aérea aberta com as manobras descritas anteriormente.
Encher o peito de ar, prendendo a respiração. Soprar na boca da vítima. O socorrista
mantém o nariz da vítima tampado, enquanto sopra. A boca da vítima deve ser completamente coberta
pela boca do socorrista, para que a passagem de ar seja eficiente.
Após soprar, o socorrista libera o nariz e a boca da vítima, e deixa o ar sair sozinho.
Este procedimento deve ser repetido continuamente num ritmo de 12 a 18 vezes por
minuto, até que a vítima esteja respirando sozinha, ou socorro mais categorizado esteja disponível.

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O ato de soprar e depois permitir a exalação do ar corresponde a
um ciclo completo de respiração, onde a inspiração é feita
ativamente pelo socorrista, e a expiração ocorre passivamente pela
própria vítima, mesmo inconsciente. Não se deve esquecer de deixar
o caminho livre para a saída do ar proveniente dos pulmões após
soprar, caso contrário a exalação não ocorrerá

5.3.2.2. Ventilação Boca-Máscara


É preferível em relação ao método anterior, pois oferece proteção ao socorrista contra
doenças infecto-contagiosas.
Existem máscaras transparentes que podem ser transportadas no bolso. Estas máscaras
possuem um filtro que impede a contaminação do socorrista através do ar exalado pelo paciente.
Alguns modelos tem uma entrada lateral para oxigênio. Quando se usa a máscara não é necessário
tampar o nariz do paciente, nem retirar a máscara na expiração.
O socorrista sopra pelo orifício da máscara e depois apenas afasta a boca para permitir a
saída do ar. A máscara deve permanecer bem vedada, sem folgas no contato com a pele, para
que o ar chegue aos pulmões com mais eficiência.

5.3.3. Circulação
5.3.3.1. Tomada de Pulso
Após verificação da respiração deve-se avaliar o pulso da
vítima. Se ela não estiver respirando, a tomada de pulso deve ser
feita somente após dois
ciclos de respiração artificial
- cerca de cinco segundos.
A tomada de pulso é feita sentindo com os dedos
suavemente aplicados sobre a pele, fazendo ligeira
pressão. O pulso é tomado nos locais de passagem
das principais artérias dos membros e pescoço.

5.3.3.2 Técnica de Massagem Cardíaca Externa (RCP)


A massagem cardíaca (compressão esternal) feita de modo correto permite restaurar
parcialmente a circulação do sangue. O ato de comprimir o coração imita um batimento cardíaco
normal, mas de forma muito menos eficiente. A massagem é feita sobre a metade inferior do osso
do peito (Esterno), usando as duas mãos entrelaçadas, uma sobre a outra, usando a parte da mão
mais próxima ao punho para fazer a pressão. A palma da mão não encosta no corpo da vítima -
pressão com a palma da mão pode resultar em fratura de costelas. Os braços do socorrista
permanecem esticados e a força que gera a pressão é feita pelo movimento do tronco do socorrista
e não pelos braços e mãos.
A compressão é feita com a vítima deitada sobre superfície dura, de
preferência ao nível do chão para que o socorrista possa se posicionar corretamente

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e exercer a força necessária para as compressões. A posição
ideal para o socorrista é ajoelhado, do lado esquerdo do
paciente. Nessa posição os ombros do socorrista ficam
naturalmente sobre o tórax da vítima, permitindo melhor
aplicação da força de compressão.
O ritmo das compressões deve ser sincronizado com
a respiração artificial: 5 (cinco) compressões seguidas de 1 Área de
(uma) respiração, repetidas nessa seqüência até a chegada Pressão
de auxílio especializado, ou retorno dos batimentos cardíacos
da vítima. Esses movimentos são feitos em um ritmo que
proporcione uma freqüência de cerca de sessenta e cinco a
oitenta compressões torácicas efetivas por minuto.
O movimento completo da massagem cardíaca
consiste na compressão do osso esterno do modo descrito
acima, mantendo a pressão por um ligeiro momento e depois
soltando o tórax que torna a se expandir, e esse movimento
é repetido ritmadamente em sincronia com a respiração
artificial.

Os sangramentos externos são muito dramáticos e devem ser


estancados sempre que possível, mas tudo será inútil se o coração
não estiver sendo mantido em funcionamento através das
compressões torácicas!

5.3.4 Posição Lateral de Segurança


O paciente inconsciente sem traumatismo de coluna cervical deve ser colocado em posição
lateral após rolamento cuidadoso com técnica correta.
Essa posição visa manter abertas as vias respiratórias da vítima e impedir o seu
sufocamento por vômitos ou secreções.

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Nos traumatismos de coluna mesmo inaparentes esta posição pode
agravar as lesões. Contudo a possibilidade de um trauma inaparente
de coluna é geralmente menor que a chance de sufocamento de um
paciente inconsciente
.

6. ESQUEMA DO ABC DA REANIMAÇÃO

RECHECAR PULSO E RESPIRAÇÃO A CADA 2 MINUTOS


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7. CUIDADOS COM HEMORRAGIAS E FRATURAS

7.1. Hemorragias
As hemorragias são a principal causa do estado de choque em pacientes não hospitalizados,
como as vítimas em via pública.
No estado de choque o fluxo de sangue pelo corpo é insuficiente, muitas vezes devido a
perdas importantes na quantidade total de sangue do corpo (por exemplo, nas hemorragias graves).
Uma hemorragia importante pode levar ao estado de choque em minutos, e deve ser contida,
sempre que possível. Muitas vezes as hemorragias graves são internas, devido a lesão de vasos
sangüíneos de grosso calibre. Os ossos são muito vascularizados, e fraturas de grandes ossos
podem causar hemorragias graves (por exemplo, os ossos da coxa e da bacia).
Uma vítima de trauma sempre corre o risco de evoluir para um estado de choque por
hemorragia, mesmo que não haja perda de sangue visível, externamente. Os sinais físicos de
choque mais comumente encontrados são a sede, a ansiedade, palidez, sudorese, pulso e respiração
acelerados.

7.1.1. Atuação nas Hemorragias Graves


O socorrista deve acalmar a vítima e iniciar a compressão dos pontos visíveis de
sangramento. Um membro afetado deve ser mantido elevado, se não há fratura ou suspeita de
trauma craniano.

Deve-se lembrar sempre que o contato com sangue nunca deve ser
feito sem as medidas de proteção individual, já descritas

Atenção! as medidas de contenção de hemorragias nunca podem


preceder o ABC da reanimação, nem retardá-lo. O paciente que
sangra abundantemente pode gerar no socorrista o impulso de
conter a hemorragia, contudo, o estado de choque só pode ser
combatido em quem já tem respiração e circulação garantidos, ou
seja, manobras de reanimação em execução

7.1.2. Técnica de Contrôle de Sangramento


a) Pressão Direta
Quase todas as hemorragias podem ser contidas aplicando-se firmemente
uma compressa grossa, feita com um pedaço de pano, o mais limpo possível,
sobre o local do sangramento.
b) Elevação
Consiste em se elevar o membro ferido a um nível mais alto
que o do coração. Não deve ser empregado em membros fraturados.
c) Curativo Compressivo

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É uma compressa grossa presa fortemente a um ferimento
para conter a hemorragia. É inferior em eficiência quando comparado
à compressão direta.

7.2. Ferimentos e Fraturas


Se a vítima estiver estável, sem sangramentos importantes,
os ferimentos de membros devem ser cobertos com panos limpos. Ferimentos extensos que não
estejam sangrando abundantemente, não devem ser manipulados.

O socorrista não deve tentar retirar qualquer corpo estranho de


dentro de qualquer ferimento, mesmo que estejam transfixando o
corpo. Um corpo estranho, (como um vergalhão, por exemplo) pode
estar impedindo um sangramento de vaso sangüíneo calibroso.
Essa retirada deve ser feita por profissional habilitado no hospital

As fraturas não devem ser mobilizadas pelo BM, que deve aguardar a chegada de pessoal
qualificado para fazê-lo. Não se deve tentar alinhar fraturas ou articulações que estejam deslocadas.

8. QUEIMADURAS
Queimaduras são acidentes freqüentes, provocando muitas hospitalizações. Atingem todas
as idades da vida. No caso particular da profissão de BM, a prática diária de suas funções deixa
o militar especialmente exposto a acidentes deste tipo. As queimaduras podem ser térmicas,
elétricas ou químicas. Os fatores de gravidade em queimaduras são a extensão e a profundidade.

8.1. Profundidade da Queimadura


v Primeiro Grau:
A pele fica com uma cor vermelho vivo, dolorosa. Pode ser causada por excesso de sol,
ou por um contato rápido com uma chama ou fonte de calor importante. Só a parte superficial da
pele é atingida.
v Segundo Grau:
Além dos sinais já descritos há a formação de bolhas, com conteúdo líquido. Também é
dolorosa. Pode ser causada por um contato um pouco mais prolongado com fonte importante de
calor.
v Terceiro Grau:
A pele encontra-se destruida em toda sua extensão, ficando com um aspecto esbranquiçado
ou enegrecido. As terminações nervosas estão destruidas e, portanto, estas queimaduras são
indolores.

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8.2. Extensão
A extensão é o fator isolado de gravidade mais importante
no queimado. Por exemplo, uma queimadura extensa de primeiro
grau pode ser mais grave que uma queimadura mais profunda numa
área pequena. No paciente gravemente queimado as medidas de
suporte médico baseiam-se no percentual de pele acometido por
queimaduras de segundo e terceiro grau. O percentual de pele
queimada pode ser estimado usando como medida a palma da mão
do paciente. A área da palma da mão corresponde a 1% da superfície
da pele.

8.3. Localização
Queimaduras localizadas em certas áreas são sempre consideradas graves, independente
da extensão total de pele queimada. São estas: face, mãos, orifícios naturais e órgãos sexuais,
articulações na sua face flexora.

Observação: a inalação de vapores pode gerar queimaduras e


inflamação das vias respiratórias e pulmão, mesmo na ausência de
queimaduras de pele. A presença de fuligem na boca ou narinas
de vítimas que estiveram em contato com fumaça, representa forte
indício de inalação, devendo ser a vítima encaminhada para
avaliação médica, mesmo que esteja aparentemente bem.

8.4. Idade e Estado Clínico


Os recém-nascidos, as crianças pequenas e os velhos são os mais frágeis. Certas
doenças crônicas (diabétes, alcoolismo, etc...) provocam diminuição da resistência física.

8.5. Tempo de Contato


Nas queimaduras químicas e elétricas o tempo de contato é fator de gravidade, e deve ser
sempre informado ao pessoal médico.

Atenção: nas queimaduras químicas, a retirada de pó químico da pele


e roupa dos pacientes pode causar lesão grave no socorrista. A
retirada dos agente químicos é necessária e muito importante, mas
so deve ser realizada por equipe de saúde treinada e equipada.

8.6. Tratamento

8.6.1 Queimaduras leves


O procedimento inical é resfriar a área queimada jogando água fria durante ao menos 10
minutos (Não fazer imersão do membro, e sim, jogar água continuamente sobre a lesão.

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Atenção: Não usar pomadas, cremes, ungüentos e etc. sobre as
queimaduas. Não furar bolhas. A superfície queimada deve ser
sêca com pano limpo após a lavagem. O pano deve ser usado em
movimentos suaves de tamponamento, sem esfregar.

O objetivo do resfriamento com água é diminuir a lesão pelo calor que continua a acontecer
na pele aquecida, mesmo depois de afastada a fonte de calor.

8.6.2 Queimaduras Graves


Deve se proceder ao resfriamento como nas queimaduras leves, apenas usando água em
temperartura ambiente, para evitar a baixa da temperatura corporal, que a água fria jogada sobre
áreas extensas pode provocar. As roupas em contato com queimadura devem ser retiradas, a
menos que estejam grudadas. Mais uma vez não devem ser rompidas bolhas nem usado qualquer
tipo de produto sobre a pele.

Atenção: Uma queimadura grave, apesar de dramática não deve


desviar o socorrista do ABC da Reanimação, que tem prioridade
pois se destina a manter a vida do paciente, vindo antes de
qualquer procedimento.

Toda queimadura que atingir 10% ou mais da superfície do corpo, ou


que atingir área nobre (face, áreas de dobra, pescoço, genitália)
deve ser avaliada em ambiente hospitalar. A palma da mão é um
instrumento adequado para medir a área afetada.

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